10 Turns que tinham mesmo que acontecer – Top Ten #297

3 – Batista

Sim, a sua saída dos Evolution foi com estrondosa Face Turn que apenas completou uma crescente e galopante popularidade, mas essa teve os seus passos naturais. Foi quando regressou, uns bons anos depois, em 2014 que teve das viragens mais bizarras. E que, por muito mal que tivesse caído na altura, agora vemos, no contexto histórico, que correu tudo para o melhor e se calhar há coisas que não teriam acontecido se outras não tivessem corrido tão mal. Como a elevação do anteriormente listado Daniel Bryan… Teria acontecido de forma igual ou sequer se não fosse aquele fiasco com Sheamus na Wrestlemania XXVIII? E o enorme “Yes! Movement”… Teria acontecido sem “Bootista”? Agora não dá para sabermos, a história está escrita assim!

Batista regressou em 2014, caiu como enorme surpresa, e é caso para celebração! É um grande acontecimento! E claro que foi muito bem acolhido, aquele era Batista, uma das grandes estrelas da década anterior, das principais até. Mas alto e pára o baile. Tudo bem que és bem-vindo e até podes ter uns combates de grande calibre, mas há aqui umas coisas que já estão entregues. Podes ter um co-main event na Wrestlemania, claro, és o Batista, um histórico Campeão Mundial.

Até podes desafiar pelo título mais tarde, se por cá ficares por mais um tempo. Mas há aqui umas coisas nas quais não se deve mexer. A Royal Rumble é uma dessas. Mas, nem de propósito, era mesmo essa que tinham guardada para ele. Batista vence a Rumble – a sua segunda – e é banhado em vaias e cânticos de “Yes!” e “Daniel Bryan”, o tal que queriam que ganhasse e nem sequer no combate esteve! Heat irrecuperável para um Batista que já nem conseguia dizer palavra numa arena e que, ainda por cima, chegava a reagir mal às suas recepções.

Ainda tentaram esticar a sua corrida como Face ao colocá-lo numa breve rivalidade com Alberto del Rio, mas não. Não havia volta a dar. O gajo ouvia dos mais ruidosos apupos por se mexer só. E foi o combate em que Del Rio esteve mais over na WWE, cada contra-ataque seu era recebido com pop de rebentar o telhado. Tinham que reconhecer o elefante na sala e teve que acontecer. Batista finalmente se virou aos fãs, teve a Turn que não dava para desviar e acabou por resultar tudo pelo melhor.

A revolta do povo originou o tal “Yes! Movement” a ocupar o Raw e Daniel Bryan foi inserido no main event da Wrestlemania, por vias de uma escaldante feud com Triple H e venceu o título. Batista? Afinal veio e colocou over malta como Bryan ou os Shield e até veio fazer um bom trabalho. Como a coisa deu a volta, inevitavelmente, hoje podemos agradecer o seu contributo, a sua passagem e aquela hilariante vez em que rasgou as calças no ringue. Em retrospectiva, foi um bom bocado.

4 Comentários

  1. Showstealer5 anos

    Concordo com todos, sendo que ainda incluiria aqui os face turns de Sheamus e Rusev na altura em que estavam super over e eram populares.

  2. Excelente artigo. Dos mais recentes que aconteceram foi o caso da Becky e da Charlotte no Summer Slam. Queriam fazer da Becky Heel, bem tentaram e vejam onde está agora. E a Charlotte que supostamente era a coitadinha da traida, recebeu canticos de “you deserve it”

  3. Bruno Fec5 anos

    O YES movement estava tão forte que levou à Yeslmania, que na Rumble em que Batista ganha, metem Mysterio como número 30 para controlar o povo e o Mysterio é vaiado como nunca e o moment em que é eliminado recebe um pop monstruoso.

  4. vitor5 anos

    gostei da lista, são muitos nomes e realmente n dá pra acrescentar todos mas eu tiraria o seth e colocaria a becky. o heel turn dela foi um dos maiores nos últimos tempos e causou um “boom!” em toda a wwe que eles nunca esperariam. só ver o patamar que hoje ela se encontra, é a primeira vez na história que um dos rostos da empresa é uma mulher, tipo, mtt lendário!!