Boas a todos nesta grande casa que é o Wrestling PT!
Era comum, aqui no Brain Buster, defender o NXT com unhas e dentes, fundamentando toda a sua programação, forma de organização de conteúdo e as ideias e objetivos que apontava como motivos para um produto mais simples e menos complexo, mas competitivo e menos emocionante, com mais wrestling e menos sports entertainment. Eu era um enorme fã do NXT, e, quando começou a habituação às trocas de farpas entre os seus fãs e os fãs de AEW, sempre critiquei essa forma constante de tentar ver os pontos negativos de cada programa. Porém, mesmo ao fazê-lo, nunca desmentia que tinha uma preferência, e essa sempre foi o NXT.
Igualmente, há alguns meses, redigi um artigo onde analisei a situação atual do NXT quase a atingir um ano de competição com a AEW e as mazelas que os maus (ou menos bons, consoante queriam ver o copo meio vazio, ou meio cheio, como eu fazia) resultados nas ratings e ao nível do crescimento poderiam provocar no seu produto, no produto simples e competitivo que eu sempre defendi, e que podia estar prestes a ser remodelado ou alterado pela necessidade de obter resultados ou pela inevitável intervenção de Vince McMahon que, parecendo nunca se interessar tanto pelo NXT ao longo dos vários anos, com certeza, não estaria a achar muito engraçado o facto de a sua 3ª marca estar a perder constantemente uma luta de ratings com a promotora que é a única e verdadeira nº2 dos EUA.
E se na altura apresentei inúmeras razões para as alterações do NXT, a existirem, não mexerem com o núcleo duro ou essencial do que o NXT era, ou que não existissem de todo, hoje vejo-me a escrever uma rubrica sobre o NXT onde, não sabendo se Vince McMahon já quis ter uma mão mais pesada nas escolhas do NXT ou não, onde as mudanças internas na forma de pensar nas pessoas que escrevem o conteúdo do NXT aconteceram não. Mas o que é inegável, é que o produto do NXT mudou nos últimos 2 ou 3 meses, e, diria eu, não mudou para melhor.
E vou deixar de lado explicações que poderiam perfeitamente servir de “desculpa” para este decréscimo de qualidade (bem acentuado), como a pandemia que privou o NXT do seu coração, os seus fãs, das lesões várias lesões que realmente acabaram por fazer mossa no produto que se queria apresentar e, ainda, nas demasiadas chamadas ao main-roster sem respeitar os tempos do NXT de modo a que a sua qualidade se mantivesse.
De facto, numa altura em que o sistema de contratação agressiva da WWE teve de parar, por precauções económicas e financeiras, o que é verdade é que a base do NXT de bookar 10 ou 12 lutadores de forma muito forte, muitos deles acabados de chegar e com a qualidade e star-power suficiente para entrar no NXT e pegar longo destaque acabou. E se as contratações de nomes sonantes acabaram, e se muitas estrelas já sinónimas do NXT subiram ao main-roster, a consequência foi clara: uma perda brutal no interesse no produto, pois o roster tornou-se mais enfraquecido.
Claro que o NXT podia, e devia, ter indo formando e construindo novas estrelas ao longo do último, o que não colmatava tal mossa na sua totalidade, mas ajudava. E digo mais, que tal não pode ser desculpa, porque, primeiro, deveria ter havido mais conserva e negociações sobre os riscos do NXT perder os principais lutadores nesta fase, principalmente quando tem concorrência de audiências e, segundo, é uma prova inequívoca que a WWE já não consegue formar estrelas por si, e tem que ir contratar fora. Desde a pandemia, que lutadores dos Performance Center, de entre as centenas que a WWE tem, levaram push? O NXT preferiu continuar a investir em nomes contratados fora e que até aí não tinham sido aposta.
Mas deixando de lado esta incapacidade de manter ou criar estrelas, o que tem parecido, é que há, inequivocamente, uma aproximação do NXT e do seu produto, ao que é o RAW e o SmackDown e o seu estilo. Desde a forma como os títulos têm trocado com tanta facilidade, às histórias mais rápidas e com diversos rematches e com programas que privilegiam os segmentos ao wrestling, o NXT é cada vez mais WWE. Aliás, se até aqui o NXT, sendo formalmente WWE, não o era materialmente, hoje, para além de o ser em sentido formal, é-o também cada vez mais no sentido material, pois a equivalência de estilos e as semelhanças nos produtos parece-me ter aumentado bastante, e fica a questão se Vince McMahon ou alguém da sua confiança já não meteu a mão no NXT e nas suas escolhas, ou pelo menos no produto de fundo que o mesmo pretende para a brand amarela.
Mas se ficássemos só por aí, eu até dava de barato, pois mesmo tendo um programa desse género, com histórias minimamente aceitáveis, guardando o wrestling maioritariamente para os TakeOvers, era uma mudança minimamente aceitável para alguém que precisa de ser diferente numa altura de competição. Mas o que tem acontecido, é que essas histórias já estão a começar a ser bizarras e ilógicas ou, em certos casos, mesmo horríveis e desinteressantes. Temos assistido, na minha opinião, a um fenómeno que eu gostaria de chamar de “estupidificação” do NXT. Para quem possa não estar a entender o conceito, “estupidificar” significa tornar estúpido, significa tornar algo estúpido, e é isso que está a acontecer no NXT. Ao longo dos últimos meses, e mesmo no último ano diga-se, são vários os momentos, as histórias e os combates que parecem errados, descontextualizados e, porque não dizê-lo, estúpidos!
Poderíamos agora, por uma questão sistemática, dividir entre aquilo que é mau porque não há um objetivo de fundo para aquela história ou combate, porque não há um lutador que se queira evidenciar ou fazer sair over, ou em que não há uma lógica minimamente existente em certos atos ou palavras de certos lutadores, e aquilo que é mau porque simplesmente é bizarro, horrível e é uma simples tentativa de ter piada e produzir segmentos com comédia. Há um lutar para a comédia no wrestling e há comédia no wrestling que tem piada, agora aquilo que o NXT, no mesmo sentido do RAW e SmackDown, apresenta, é uma comédia descontextualizada do seu produto, da rivalidade ou dos lutadores em questão, e é uma comédia que não piada absolutamente nenhuma e que não diz nada aos seus fãs.
Querem concretizar estas ideias mais ou menos abstratas em exemplos concretos? Pois muito bem, vejamos alguns, porque, infelizmente, não são poucos. Comecemos logo por esta personagem heel do Johnny Gargano e da Candice Lerae. São duas gimmicks completamente infantilizadas, e que tornaram um dos maiores nomes do NXT dos últimos anos numa personagem de comédia, cuja credibilidade desce a cada dia que passa, e que tornou uma lutadora respeitada e, não sendo alçada a altos voos pela sua estatura baixa e falta de carisma, mas que se manteria na luta pelo título e teria bons combates, numa heel completamente desinteressante e completamente genérica. E se um, a cada segmento, só sabe tentar ser engraçado (sim, tentar só), seja com televisões partidas, fatos de treino sujos ou rodas da sorte, a outra anda com asas de borboletas nas costas. Ambos têm segmentos que alteram entre o genérico, o não engraçado e a tentativa falhada de agressividade.
E se não bastasse o Johnny Gargano andar completamente sem rumo desde o heel-turn, e andando em combates aqui e ali, misturados com combates de qualificação/torneios e title matches só para fazer número, quando finalmente vence um título, o North American title, eis que o perde na primeira defesa, depois de uma promo em que tenta ser um heel irritante, mas em que só foi irritante (porque de heel teve pouco), para um lutador que até aí não tinha sido mais do que um jobber sem direito a entrada, e que não tem uma estrutura física própria nem para ser wrestler de TV nacional, por causa de distrações do ex-campeão Damien Priest.
Há uma coisa que a WWE parece ter perdido em relação ao que é e deve ser um heel. Um heel não é apenas um lutador que faz batota, faz promos a dizer mal de tudo e todos e em que ataca adversários cobardemente. Não! Um heel é um verdadeiro antagonista que serve de obstáculo a uma boa história de superação de um babyface, é alguém que o público odeia, e não alguém que o público simplesmente não gosta. Um heel não pode ser profundamente desinteressante, pois isso não fará os fãs apoiar o babyface, simplesmente terão vontade de não se investir na história. É o problema maior do Baron Corbin e, infelizmente, é o problema do Gargano heel.
Por outro lado, um heel mais ou menos associado à comédia (MJF e Chris Jericho, por exemplo) é muito diferente de um palhaço. Um lutador pode ter comédia com frases ou atos simples, com em determinada rivalidade ou combate, mas não pode simplesmente ser um palhaço, dizendo ou fazendo coisas para captar a atenção e fazer o público rir, mas não ter reação absolutamente nenhuma, ao mesmo tempo que passa por um idiota. É, mais uma vez, o que está a acontecer com o Johnny Gargano, em que basta ouvir o que ele diz, para percecionar que ele se sente desconfortável a dizê-lo e que não acredita no que está a fazer. Não está a ser ele próprio. Esta sua personagem é um fiasco autêntico, um fracasso e a ruína de um dos melhores babyfaces nos últimos anos na WWE.
Mas voltando a esta situação do North American title, queria ainda chamar a atenção para outra coisa. Primeiro, porque é que o Damien Priest em vez de atacar o Gargano pela derrota injusta que teve na semana passada, limitou-se a distraí-lo no seu combate e, segundo, e mais importante ainda, porque é que ele ficou feliz por o Leon Ruff ganhar o título que há exatamente uma semana atrás era seu? Aliás, porque é que na WWE as pessoas ficam tremendamente felizes por outras pessoas ganharem um título? Só porque o tiraram de alguém de quem não gostavam? O objetivo do Priest era e devia ser voltar a vencer o título, então, porque razão é que ele haveria de ficar contente por outra pessoa que não ele mesmo vencer o título? Além disso, alinha no jogo de bocas e piadas do Gargano, com risinhos aqui e acolá, como duas crianças. Isto não é só ser infantil, já é ser estúpido.
Por outro lado, gostaria de chamar a atenção para algo que faz tremenda confusão no NXT hoje em dia. É impressão minha ou todo e qualquer lutador do NXT neste momento é um heel!? Johnny Gargano faz o heel-turn, Tommaso Ciampa regressa heel, Velveteen Dream regressa heel, o Karrion Kross era heel, o Pete Dunne faz o heel-turn, etc. Pior do que isso até, é que o alegado face-turn de lutadores como Damien Priest, Finn Bálor ou até mesmo dos UE não teve realmente um momento de viragem fácil de percecionar para o fã casual, além de que as suas personagens continuaram a ter atitudes que simplesmente não se as pode atribuir a um face.
Além disso, parece que a resposta que o NXT encontra sempre para tornar algum lutador interessante, para lhe dar um push, ou para voltar a dar destaque a um lutador com uma gimmick gasta, é simplesmente virá-lo heel. Não é dar-lhe um novo traço de personalidade, não é dar-lhe uma nova atitude, não, é virá-lo heel, e isto aconteceu com quase todo o roster do NXT neste momento. Não há um babyface que o seja desde o início da sua construção, é sempre alguém que fez o face-turn e, pior do que isso, é alguém que fez o face-turn sem nós sequer nos apercebermos. Isto são erros crassos.
Quero até salientar o caso do Pete Dunne. Eu percebo que o facto do NXT ter perdido o Ridge Holland, tenha feito alterar vários planos, mas vejamos, o Pete Dunne deveria ter sido a última pessoa a virar heel. Ele que tem vindo a crescer como babyface desde 2018, que tem cada vez mais conquistado o seu espaço e se credibilizado mais, que é alguém de quem os fãs genuinamente gostam. Então ele faz um heel turn que lhe suga todo o apoio e para completamente o momentum do único lutador que, neste momento, se poderia assumir como o verdadeiro top babyface de futuro da brand? Não percebo, confesso que não percebo.
Por conseguinte, e falando em coisas estúpidas, então a feud entre Cameron Grimes e Dexter Lumis? Confesso que não vou dizer muito sobre isto, porque simplesmente não tenho tido paciência para acompanhar. Sempre que aparece algo sobre esta rivalidade no NXT eu simplesmente avanço. Mas já conhecem o meu não gosto por coisas do “sobrenatural”, por coisas cinematográficas no wrestling e, no caso desta rivalidade, parece ser tudo a dobrar. E tenho pena, porque o Cameron Grimes poderia estar a ser melhor aproveitado, ele que sim, é um ótimo heel de mid-card, e alguém que não é heel de forma meramente provisória até ter apoio do público, mas alguém que o público realmente não consegue gostar. Em vez disso, anda a ser humilhado todas as semanas desta forma.
Enfim, a última ideia que eu tenho a transmitir sobre este assunto, é que dantes o NXT tinha um produto muito fácil de bookar, admitamo-lo. É fácil pegar em 10 ou 12 lutadores e booka-los de forma forte em desaproveito de todos os outros para, no espaço de 6 meses a 1 ano eles estarem no main-roster. Estamos a falar de um booking de uma fase em que são relativamente uma novidade, e é fácil manter o interesse. Mas agora que o Triple H tem um roster mais ou menos constante, e pode construir algo mais com um booking mais a longo prazo, sem ter que contar perder todas as suas estrelas no curto espaço, não sabe simplesmente o que fazer com eles, e parece que afinal, o NXT não é tão diferente do RAW ou SmackDown, o que realmente tinha de diferente, era a “vantagem” (sim, pelos vistos é uma) de ter um roster com que se alternava com muita frequência. Como diz o outro “assim também eu”.
Finalmente, gostaria de terminar dizendo que não sei se o que se está a passar no NXT neste momento é algo de momento ou se vai continuar, se é algo provocado pelo sistema da WWE ou pelas circunstâncias externas. Não sei se no futuro volta a melhorar, o que eu gostaria imenso que acontecesse, mas que neste momento se tem tornado impossível ver o NXT todas as semanas isso tem.
Claro que não tudo é mau, muito longe disso até atenção. Há diversos pontos positivos que vos poderia agora apontar, como o trabalho do Cruiserweight champion, Santos Escobar, como a divisão feminina que, apesar de uns furos tão, mas tão abaixo do que tínhamos o ano passado por esta altura, continua a ser bastante razoável, mas há, e de certeza que não sou o único a senti-lo, um pano de fundo de desinteresse generalizado por um produto que está a decair perante os nossos olhos nos últimos meses. E nem vou tocar na divisão de equipas que, outrora foi das mais interessantes do NXT, para agora ser o que é, mas acho que, por hoje, já bati que chegue no NXT.
Hoje ficamos por aqui.
Até para a semana e obrigado pela leitura.
24 Comentários
Olha realmente o NXT vem perdendo a mão nos últimos tempos, e esse artigo vem mostrar isso, eu acho que com essa pandemia, sem público, tendo pressão por causa da rivalidade que se tem nas quartas, o pessoal do NXT quer sempre fazer um show impactante, mas que com isso eles perdem o jeito em várias histórias e deixam furos no roteiro, espero que eles melhorem pois é um show que tenho imenso carinho, bom artigo.
Muito obrigado!
Eu diria AEWização do NXT, com storylines cada vez mais absurdas.
Obrigado pelo comentário.
Bom….
Não só bates-te bem no Nxt,como lhe acertas-te na jugular.
Mas a estupidificação é da WWE e de todas as suas brands,e não só no Nxt.
Obrigado pelo comentário.
Concordo plenamente. Continua assim.
Obrigado! Para mim tu interessas!
Bom artigo!
É bastante fácil pegar em 4/5 lutadores e fazer deles lutadores de topo, depois esses lutadores passam para o main roster e a só repetir a receita.
Como vão aparecendo caras novas e por consequência novas feuds, o produto é sempre novo e dá vontade de assistir.
Por exemplo, Sami Zayn, KO, Big E, Bo Dallas, Finn Balor, Bobby Roode, Adam Cole, Rollins, Ciampa, Nakamura etc, etc foram em determinado momento o lutador mais importante do NXT, se estes lutadores estivessem ao mesmo tempo no roster de certeza que que não teriam todos destaque, porque simplesmente é impossível.
A comparação entre o NXT e o main roster foi na minha opinião sempre injusta devido a este argumento, e agora o NXT não tem caras novas, e foi obrigado a fazer o mesmo que os programas principais.
Não sei se é a estupidificação do NXT ou um choque com a realidade
Obrigado pelo comentário. E bom reforço do meu ponto.
Pode ter decrescido em parte a qualidade mas não concordo com a veemência dos pontos elecados. Sempre a criticarem tudo.
Obrigado pelo comentário. É a tua opinião, e eu respeito, pois todos temos gostos diferentes.
Por um lado concordo que o NXT está cada vez mais próximo do Raw e SmackDown e que a mania de darem um heel turn a toda a gente é uma ideia muito pouco criativa e que está a prejudicar o produto mas por outro achei um bocado exageradas as críticas às novas personagens do Gargano e da Candace. A meu ver eles não se tornaram desinteressantes ou uma piada, simplesmente cansaram-se de “trabalhar no duro” porque viram que isso não estava a ter os resultados que eles queriam (o que é credível pois a Candace ainda não tinha alcançado assim muito sucesso para alguém com o potencial dela e o Johnny viu todos os reinados que teve a acabarem demasiado cedo) e então começaram a fazer as coisas da forma mais fácil tornando-se nos seres mais irritantes à face da Terra lol. Basicamente percebo o que queres dizer mas para mim até faz sentido e eles conseguem ser bastante divertidos na forma como interpretam as personagens imo. Para além disso também achei exagerada a crítica à feud entre Lumis e Grimes mas tu próprio admites que não gostas das cenas sobrenaturais e cinematográficas no wrestling portanto é natural que tenhas tanta aversão pela storyline. Gostos são gostos, não é mesmo?
Enfim, independentemente destas diferenças de opiniões, ótimo artigo e muito bem fundamentado.
Muito obrigado! Gostei dos pontos que trouxeste para a conversa, só que o problema está logo num problema de ser ou não ser. Para mim, o Gargano e a Candice não são engraçados ahahah.
Certamente não é para todos ahahah
Acertas-te em cheio!
A falta de publico complica muito a vida ao NXT é verdade mas a qualidade à uns meses para cá tem piorado enão me parece que vá melhorar até o público voltar.
Existem gimmicks sem graça como a dos Garganos e alguns lutadores que já estão “a mais” na brand, falo de casos como o Ciampa, o próprio Gargano, Velvateen e mesmo os Undiputed Era já não acrescentam nada na brand, já deram o seu contributo está na hora da subida, tudo isto afeta o NXT.
Solução? Deixem a brand respirar com as novas caras e subam quem está à mais tempo vai dar um refresh para quem assiste o show regularmente.
Obrigado pelo comentário. Não acho que NXT deva perder esses nomes, isso é a solução mais simples. Acho é que o NXT deve mostrar que é mais do que isso, mostrar que sabe fazer algo com os lutadores que não sejam booká-los para 6 ou 8 meses.
Isso foge um pouco à ideia base do tem apresentado o NXT até agora, mas vamos ver no que isto vai dar e se haverão ou não algumas subidas.
O NXT morreu quando mudaram a sua estrutura,simplemente para atrapalhar a AEW.
Ficam se preocupando com a concorrência e esquecem do seu produto,e isso acabou por os fazerem Parar de desenvolver os seus talentos,os colocando lá sem nenhum preparo ou cuidado,por exemplo o Dexter Lumis que tem um Gimmick que não funciona e que simplesmente foi jogado lá como teste.
Fora que o NXT tem cada vez mais tratando os fãs como idiotas,tentando fazer os fãs engolir qualquer coisa,como por exemplo,a brilhante ideia de transformar o Lee em double champ e faze-lo abandonar um dos titulos duas semanas depois simplemente porque sim.
Desde que a AEW surgiu,eu perdi o Amor e o carinho que sentia pelo NXT.
E isso ocorreu tanto pela qualidade da AEW,quanto pela falta de competência do NXT, infelizmente !!!
Obrigado pelo comentário. Bom ponto esse do Keith Lee. Pareceu realmente tudo feito à pressa.
A NXT é já medíocre muito antes da pandemia sequer acontecer, mais propriamente desde 2019 e mais ainda quando passou a ter duas horas. A AEW sempre teve shows semanais e crowds melhores, pois uma arena em vários sítios diferentes de 5 a 10 mil pessoas sempre será superior a algo que mais se parece um armazém com capacidade para apenas as mesmas 300 a 400 pessoas de sempre.
Obrigado pelo comentário. Discordo que o problema do NXT já vem de 2019. Lembro-me muito bem que vibrava com aqueles primeiros shows em que tudo podia acontecer, em que o wrestling era muito divertido e as histórias eram as mais simples possível. No entanto, isso realmente mudou no último ano.
Depois de uma semana e de ter lido umas boas vezes este artigo 😂 Acho que chegou a hora de eu também dar uma opinião.
Em relação ao tópico Garganos, concordo com tudo, já eram dos lutadores que eu nunca simpatizei muito (principalmente com a Candice, tirando o momento que ela teve com a Rhea no War Games 2019) e depois desse heel turn dos dois tudo piorou, principalmente com o da Candice e da forma como foi feito, ela não precisava lesionar a sua melhor amiga (aka Tegan Nox) para ganhar vantagem numa Battle Royal, mas enfim.
E agora indo para o tópico que me motivou mais que tudo fazer este comentário uma semana depois do post, o Roster maioritariamente heel sem nenhuma razão do NXT. Pois bem, na semana passada (salvo erro) houve um NXT de preparação de equipas para o War Games, posso dizer assim, e tivemos um momento que até agora não digeri, a “traição” (de traição não tem nada porque não eram uma tag oficial e rodada) da Toni Storm á Ember Moon e consequentemente heel turn e entrada da Toni na equipa heel feminina do War Games, eu sinceramente acho a Toni uma heel por natureza, ela mesmo sendo uma quase all time face durante toda a carreira dela, os períodos heels na WXW e final da passagem no NXT UK soaram-me bem mais naturais do que a personagem rockstar amiga de tudo e todos que ela já tem desde sempre, ela para mim até chegou ao NXT como heel visto a última jornada que ela teve no NXT UK. E de resto concordo que eu apesar de preferir mil vezes um heel a um face, já é um exagero a quantidade de heels que o NXT tem.
Nem vou tocar no assunto da rivalidade do Grimes vs Lumis porque realmente não acompanhei nada da história.
Bom artigo, e como fã ferrenha do NXT desde o Takeover: Toronto de 2019 (recente eu sei 😂 infelizmente dei atenção ao NXT bastante tarde) concordo que a atual situação do NXT não me agrada e já nem vejo todos os programas semanais.
Obrigado pelo comentário! Acho que a Toni pode vir a ser uma boa heel, mas ela é um face tremendamente fácil de gostar e que os fãs simpatizam logo, já não há muitos lutadores/as assim, e para mim foi um erro virá-la heel. Aliás, ficou mais que esclarecido que a Toni só virou heel para fazer nº no War Games. Também nisto o NXT se aproximou do main-roster, em que não faz o War Games porque tem histórias para isso, para porque é a altura do ano correspondente. Enfim, está impossível ver NXT todas as semanas neste momento.