Ultimamente, os meus planos para estes artigos têm-me saído furados, mas por boas razões. Tal como tinha dito ao João Macedo no passado artigo, esta semana era para dar a minha opinião sobre a estreia e evolução de Ryback, Damien Sandow e Antonio Cesaro. Contudo, uma questão extremamente interessante surgiu recentemente, colocada por Kendrick e quando comecei a formular a resposta conclui que tinha informação para fazer um artigo completo. Aliás, não só para fazer um artigo completo, mas para dividi-lo em duas partes! Portanto, quem não viu ou não se apercebeu, Kendrick perguntou-me o que é que a a WWE teria de mudar para apresentar um produto perfeito, aos meus olhos.
Quero mais uma vez relembrar que um produto perfeito para mim, pode não ser perfeito para vocês e até pode ser impossível de concretizar. Pessoalmente, não acredito que se consiga atingir perfeição, pois nós, seres humanos, iremos sempre arranjar algo que não está bem.
Outra coisa que quero esclarecer é que respeito o produto da WWE e o esforço óbvio de parte das pessoas que pertencem à companhia. Poucas pessoas no mundo trabalham tanto e dedicam-se tanto a um projecto e isso é de louvar e respeitar gostemos ou não do produto final.
A verdade é que também não acredito que uma mera fã como eu pense em formas de melhorar a WWE e pessoas que são pagas para o fazer não o façam. Por isso mesmo é que é arrogante da minha parte achar que aquilo que vou sugerir nunca foi pensado antes. Se calhar existe algum problema que nós desconhecemos que impede a WWE de fazer certas coisas, se calhar são as prioridades da WWE que não coincidem com o que vou dizer de seguida ou se calhar, aos olhos deles, as coisas estão a ser feitas e o defeito está em mim.
De qualquer forma, isso não me impede de formular uma opinião. Passo a passo, dou aqui uma lista de dez aspectos que acho serem fundamentais para uma melhoria do produto da WWE. Não quer dizer que o mesmo seja mau, não quer dizer que tornasse o produto perfeito, mas são aspectos que penso serem importantes. Convém avisar que a lista não está distribuída por ordem de importância.
Eu vejo o produto que a WWE apresenta como um puzzle onde todas as peças precisam de encaixar perfeitamente umas nas outras para o resultado final bater certo. Esta analogia pode também ser usada para descrever rivalidades, histórias, personagens e mais uma lista infindável de coisas desta indústria. Logo, para o puzzle bater certo, é necessário uma certa dose de coerência e lógica.
1) Coerência e lógica nas histórias e personagens.
Porque é que Vince vem fazer uma avaliação a Laurinaitis se foi dispensado por Triple H? Não deveria ser este último a fazer isso, talvez com uma intervenção de Paul Heyman, tal como aconteceu com o Undertaker em Janeiro? Como é que Big Show não foi despedido no domingo se acertou tudo com John Laurinaitis na noite anterior ao PPV?
São estes tipos de perguntas e dúvidas que, mesmo se forem respondidas depois, não podem existir na cabeça dos fãs enquanto assistem ao produto. Ver uma história produzida pela WWE é como ver um filme. Se algo não bate certo, distraímo-nos do objectivo original e acaba por ser tudo em vão.
As histórias que são feitas precisam de ser bem construídas, com motivos sólidos e acima de tudo, precisam de ter um início, meio e fim. Se não for bem estruturada e justificada, então é certo que irá correr mal. Isto pode parecer muito complicado e exigente, mas não o é. Ao longo da sua história a WWE apresenta imensas histórias, “catch-phrases”, personagens e mais uma lista de coisas que eram extremamente simples, mas isso não as impediu de atingir enorme sucesso.
Não são só as histórias que precisam de coerência, pois as personagens também não escapam. O percurso das personagens e certas características que estas possuem (heel/face/tweener) também precisam de ser trabalhadas e acima de tudo, consistentes através dos tempos, seja isto no low-card, no mid-card ou no main-event.
Quando um lutador está a tentar chegar ao topo da WWE precisa de o fazer por fases e estas faases precisam de ser instrutivas, moldando assim a sua personagem a cada uma das fases onde se encontra. Por exemplo, quando um lutador chega ao main-event precisa de fazer algumas alterações e adaptações – não precisam de ser grandes – à sua personagem para mostrar que está numa nova etapa da sua carreira. Para valorizar a etapa em que está, que neste caso é o main-event.
Sempre tive a crença que um campeã, precisa de se portar como um campeão. Logo, não deve agir exactamente da mesma forma que agia quando não o era.
Além de tudo isto é preciso cuidar bem dos heels, pois estes são os elementos mais importantes de uma história. Estes precisam de ser extremamente bem construídos, pois quando um heel tem sucesso por ser mesmo odiado, este torna-se um dos futuros maiores babyfaces de sempre. Exemplos? Há vários, mas um que adoro referir é o Triple H. Foi um dos heels mais odiados com arenas a gritar-lhe “asshole” durante mais de dois anos graças à McMahon-Helmsley Era e quando regressou de lesão recebeu uma das maiores ovações de todos os tempos. Tudo bem, podem dizer que é por ter regressado de lesão, mas após vários anos na Evolution a ser odiado, Triple H é hoje uma das pessoas mais apoiadas nas arenas.
Logo, ao construir um heel não estamos só a construir um dos futuros grandes babyfaces, estamos também a construir alguém que pode ser usado para valorizar outros babyfaces já existentes. Lembram-se de Alex Riley? The Miz era tão odiado que só por Riley se ter virado contra ele passou a ser extremamente bem recebido nos primeiros tempos. Não foi nada de ensurdecedor, mas pessoalmente surpreendeu-me. Só de imaginar o que podia ter saído dali se Miz tivesse sido dominante e odiado por mais tempo.
Por fim, para culminar isto tudo, não se deve fazer as coisas à pressa. Pôr uma ideia em prática e cancelá-la semanas depois é ridículo. São muito poucas as coisas que quando se estrearam se tornaram sensações do dia para a noite. É preciso dar tempo e oportunidade às histórias e personagens para convencerem. É preciso ter paciência e não esperar resultados do dia para a noite.
Isto adapta-se também aos reinados dos lutadores. Dar um título a uma pessoa e tirá-lo pouco depois é desnecessário e trás mais problemas do que benefícios.
2) Valorização dos títulos.
“Opinião Feminina #47 – The Ultimate Prize”, neste artigo falo da desvalorização de títulos e do facto deles serem passados de mão em mão como se fossem batatas quentes. Se bem usado, um título pode ajudar alguém a consolidar-se. Antigamente, pessoas choravam por ganharam títulos porque os mesmos tinham simbolismo e eram extremamente difíceis de alcançar. Os títulos eram acima de tudo, símbolos de anos e anos de trabalho e dedicação. Hoje em dia, a sensação de que estamos a ver alguém a concretizar um sonho é extremamente rara. Conseguimos com Daniel Bryan e Zack Ryder e ambos vimos como esses reinados acabaram. Outros lutadores já tiveram os títulos principais durante um ou dois meses, continuando a somar assim vários reinados.
Isto é algo que não ajuda ninguém. Quanto mais valorizarem um título, mais os lutadores e as histórias que o disputam ganham com isso. E isto não parte só da WWE, isto parte também dos lutadores. Da forma como carregam os títulos, da forma como os usam tudo mais. A verdade é que até os mais pequenos detalhes podem fazer maravilhas. E a verdade é que os títulos são partes essenciais da valorização e consolidação de novas estrelas. Se o objectivo pelo qual os lutadores lutam não tem significado, então nada disto tem significado e mais vale abolir títulos.
3) Mais representantes.
John Cena é a cara da companhia e atingiu um patamar que é difícil de superar. E embora tudo isto seja verdade e Cena não precise de mais títulos, não significa que não possa renovar-se e ter rivalidades importantes. Cena está sensivelmente ao mesmo nível que The Rock estava em 2003. E por tudo isso, gosto da forma como ele está a ser usado. Longe do título, com rivalidades próprias. Não quer dizer que goste dos seus combates ou histórias actuais, mas sinceramente, prefiro vê-lo assim que agarrado a um título ou atrás de um. A meu ver, Cena está muito bem colocado dentro da WWE.
Fora da WWE é que se coloca a questão. A WWE precisa de criar e ajudar a formar estrelas que possam ajudar John Cena a suportar este fardo que é ser a cara da companhia. The Miz foi extremamente elogiado por Cena em 2010/2011 pelo seu trabalho com a imprensa, portanto pode ser visto como uma grande ajuda. Até Sheamus tem recebido elogios e acho muito bem que assim seja.
Não é bom para nenhuma companhia apoiar tudo numa só pessoa. Primeiro, porque essa pessoa pode desiludir e depois é toda uma companhia que fica descredibilizada e prejudicada. Segundo, embora John Cena aparente ser um homem às direitas e alguém que merece o respeito de todos, ele não merece ficar reduzido só a esta indústria.
Cena pode achar que é só disto que ele precisa, que ele se sente bem assim, mas a verdade é que muitos veteranos, quando finalmente se reformam, revoltam-se e ficam amargos porque nunca tiveram mais nada na vida que esta indústria. Porque quando finalmente chegam a casa para ficar mais do que um ou dois dias, não tem ninguém à espera. Esta carreira acaba para todos um dia. Uns aceitam-no bem, não só porque se dedicaram a outras coisas durante os tempos como se esforçaram em fazer familía e mantê-la, mas porque nunca fizeram desta carreira a única coisa da sua vida; outros ficam amargos e passam a ressentir a indústria por tudo aquilo que julgam que a mesma lhes roubou e outros tantos recusam-se a abalar embora e acabam por fazê-lo da forma mais triste possível.
Eu odiava ver John Cena a sair desta indústria em maus termos e fiquei extremamente triste quando soube do seu divóricio. Obviamente a carga horária o impedia de estar em casa, o que para uma pessoa com um horário normal já era exigente, quanto mais para Cena e certamente isso influenciou a sua vida pessoal, tenha ou não tenha sido o motivo principal. Isto não só é triste, como precisa de tentar ser evitado.
Independentemente da opinião da WWE e do próprio Cena, é o melhor para todos se houveram mais pessoas a representar esta companhia da forma como Cena o faz. É o melhor para ele, é o melhor para a companhia e é o melhor para o futuro. Acredito que ele seja insubstituível nalguns aspectos, mas isso não significa que ele tenha de carregar o fardo todo sozinho e isso consiste em treinar, apoiar e investir noutras pessoas, para que a imprensa e os fãs também os queiram ver.
John Cena tem todo este trabalho porque é popular e requisitado. Isso não significa que quando ele se reformar todas as pessoas se desliguem da indústria – algumas são inevitáveis, mas nunca foram verdadeiros fãs para começar – portanto, precisam de se criar novas estrelas para o choque não ser tão grande quando finalmente essa transição acontecer.
4) Rigidez nos bastidores.
Muitos dizem que chegar à WWE e ficar lá é difícil. É preciso não só ter talento, como também ter sorte. Não posso propriamente dizer que isso não é assim, pois não estou lá para criticar e certamente não posso questionar o esforço dos lutadores, apenas posso julgar a partir daquilo que vejo. Contudo, sinto que alguns dos lutadores se tornaram arrogantes em relação ao seu lugar na companhia e deixaram de trabalhar para isso.
Se calhar estou errada e nesse caso, quero que os lutadores me provem isso. Quero ver todos a esforçaram-se e a lutarem como fosse a Wrestlemania, a usar de forma inteligente todos os minutos que têm em televisão e acima de tudo, a serem originais.
Os guiões na WWE existem, não só porque Vince sente a necessidade de controlar tudo e mais alguma coisa, mas porque as pessoas ainda não provaram que não precisam deles. John Cena e CM Punk são dois exemplos disso. Lá porque os guiões existem não quer dizer que os lutadores se encostem à parede e debitem o que lá está. Mostrem quão bons pensam ser e nunca deixem de trabalhar só porque estão na terra prometida. Algo que simplesmente não consigo compreender é a falta de trabalho que uma pessoa mostra quando está tão perto de tudo aquilo com que sempre sonhou. Dizem a Jack Swagger e a John Morrison que as suas promos são fracas e de pouca qualidade e anos depois continuam exactamente iguais.
Outra coisa que mostra uma terrível arrogância é violações à Wellness Policy. Pessoas desta indústria e colegas de muitos deles, já morreram por problemas com drogas, esteróides e até problemas de saúde que a Wellness Policy (como não existia na altura) não conseguiu detectar. E mesmo assim, com todas as mortes, tragédias, polémicas, ainda há pessoas a darem razão à WWE para serem suspensas. Não é a WWE que é picuinhas. É a WWE que está saturada de ver o seu nome associado a mortes e tragédias causadas por pessoas que tinha a obrigação de saber melhor.
Toda a gente acreditou que Randy Orton estava como novo, afinal, o seu DVD só falava disso. E na realidade, não faz diferença o que foi que ele tomou, porque Orton nunca seria suspenso – principalmente, ele – se não fosse algo que a WWE julgasse perigoso. Orton tinha o dever de saber melhor e, com a responsabilidade de não só ser uma das estrelas principais, como um dos meninos bonitos de Vince e Triple H, de provar que merecia ser visto de outra forma. Atitudes destas protagonizadas por estrelas de topo mostra um incrível desrespeito à companhia e a tudo o que fizeram por eles. Especialmente, depois do discurso de Arn Anderson no Hall of Fame onde teceu rasgados elogios a Orton. Completamente revoltante.
No Verão fiz um artigo a falar de Evan Bourne e a dizer o quão desperdiçado estava a ser o seu talento. Desde os dias da ECW que era dos meus high-flyers preferidos. Pouco tempo depois tornou-se campeão de Tag Team e começou a valorizar esta divisão, que bem o precisava. Tudo isto até violar a Wellness Policy… duas vezes! R-Truth é outro exemplo perfeito. Acabadinho de estrear uma gimmick que lhe salvou e revoluciou a carreira, quando finalmente estava a ser relevante, mete a pata na poça e estraga tudo.
A verdade é que as pessoas estão sempre a queixar-se de nunca chegar longe, dos lutadores de topo não os deixarem ascender, de não lhes ser dada oportunidade, mas a verdade é que muitos daqueles que se queixam, não só não fizeram nada para merecer apostas em si, como quando fazem ainda desiludem.
Podia continuar a analisar casos, mas está tudo explicado. Errar é humano e toda a gente tem que entender isso, mas erros destes vindos de pessoas relacionadas com um meio que está, infelizmente, tão ligado a estes passados sombrios deixa de ser erro inocente e passa a ser estupidez. Por mais inofensivo que pareça a violação, lembrem-se que a WWE não ganha nada em admitir ao mundo que os seus trabalhadores andam consumir substâncias proibidas. E sabem porquê?
Porque a WWE e o Wrestling em geral são meios extremamente atacados e julgados. Portanto, quando pessoas são suspensas, o público geral não vê a boa atitude da WWE em tentar castigar os lutadores, vê sim apenas um grupo de homens a serem suspensos por consumirem drogas até cair para o lado. Ao invés de tentarem proteger a imagem da indústria que dizem amar, colocam-se em confusões destas. É esta responsabilidade que eu não acredito que uma parte significativa do roster tenha. É este sentido de responsabilidade que Cena provou ter.
Moral da história: não basta querer algo e tornar-se bom no que se faz, é preciso ser alguém íntegro e com dois dedos de testa para conseguir aproveitar e merecer ainda mais aquilo pelo qual lutamos.
Portanto, acredito mesmo que a WWE precise de dar uns “sustos” a alguns dos lutadores que eles pensem ser mais desleixados e arrogantes. Está na hora de apostar em quem apresenta trabalho de forma consistente e começar a castigar quem se deixou desleixar. Esta é uma das consequências da WWE ser uma das primeiras companhias onde estes lutadores trabalham, mas esta é conversa para a segunda parte.
Enfim, estes são os quatro primeiro aspectos que penso que precisam de ser ajustados na WWE. Para terminar esta primeira parte, quero relembrar que – tal como disse ao Kendrick e numa das primeiras edições do Opinião Feminina – vocês são livres de fazer-me perguntas ou fazer sugestões (caso estejam interessados). Algumas questões serão respondidas no “Perguntas e questões”, outras que exigem respostas mais extensas serão respondidas aqui. Espero que tenham gostado desta primeira parte, para a semana vem a segunda! Bom PPV da TNA a todos!
11 Comentários
o santino chorou quando ganhou o USC
PN,eu também chorei,de rir
Mais um excelente artigo, como sempre.
1) Coerência e lógica nas histórias e personagens: é o tal “puzzle” que falaste e bem, muitas vezes a empresa não interliga estas peças e acaba por criar um desenho sem sentido algum. Quando estava a ler este ponto, lembrei-me da história entre Dean Ambrose e Mick Foley que, depois de ser um pouco construída, foi cancelada sem mais nem menos.
2) Valorização dos títulos: hoje, dá a ideia que quase “qualquer um” que tenha um pouco de talento, sorte e impacto no público é campeão. E tal como disseste, quando o título é desvalorizado, são as rivalidades pelo mesmo que também saem a perder.
3) Mais representantes: Sim, vai ser difícil desenvolver outro lutador como John Cena, contudo tenho ouvido desenvolvimentos no que toca a este assunto, isto é, estão a tentar colocar Sheamus como “super”. Custa muito saber que o ídolo se vai tornar num super-herói…enfim.~
4) Rigidez nos bastidores: as drogas, a meu ver o maior problema da empresa. Os lutadores estão sempre a se envolver com este assunto e desta forma dão a ideia que nem sequer educação têm. Por isso mesmo, da rigidez se faz a educação e concordo plenamente com a WWE ao ser muito rigorosa com os lutadores neste ponto.
Fico então à espera da parte 2…e cheira-me que vais falar de Dolph Ziggler… quando afirmaste que um dos problemas da empresa era os lutadores virem com falta de experiência para a mesma.
My God…cada vez melhor…
A WWE tem que começar a ser mais credível nas histórias e não abandonar uma história que já passou para a televisão. Estou a lembrar-me da história do GM anónimo,podia ter saído dali qualquer coisa brutal e de repente puff! acabou…mas há muitos mais casos.
A questão da valorização dos títulos é muito pertinente,hoje em dia os títulos não significam para a empresa o que significavam antigamente. O CM Punk é Campeão da WWE há 7 meses e quantas vezes defendeu o título no Main-Event? Nenhuma! O que é que o Título dos EUA tem a ver hoje em dia com aquilo era nos anos dourados (entre 2004 e 2007)? E os Títulos de Tag Team?
O John Cena não é propriamente a minha Superstar favorita mas eu sou justo e consigo arranjar um meio-termo. Se há alguém que dá tudo pela empresa esse alguém é o John Cena. No entanto,para o bem dele e para o bem da WWE é bom que haja mais representantes e o Miz é,sem dúvida alguma,uma opção a ter em conta. Criou-se uma relação de hiper-dependência entre a WWE e o Cena: a empresa está muito dependente dele e ele não tem vida para além daquilo…
Não vou comentar o 4º ponto porque já disseste tudo aquilo que havia para dizer e não tenho nada a acrescentar,além disso já se falou muito sobre esse assunto nos últimos tempos.
Concordo com exactamente tudo o que tu dizes no artigo desta semana e fico à espera da 2ª parte 🙂
Excelente artigo Salgado, sobre os pontos que comentasse.
1) Coerência e lógica nas histórias e personagens: Concordo plenamente com este ponto, basta lembrar do GM misterioso da Raw, que sumiu sem um final e de outros pontos como os vídeos brutais de Brodus Clay. Por vezes a WWE se perde em suas histórias e acaba nos deixando sem entender nada.
2) Valorização dos títulos: Também sou um nostálgico, do tempo em que quando um lutador ganhava um cinturão, ele entrava em êxtase, a comemorar esta grande conquista. Também sou favorável a reinados longos e consistentes. Nada como o que fizeram com Alberto Del Rio, que vence o cinturão em um PPV e o perde no próximo.
3) Mais representantes: A WWE precisa mesmo ter mais pessoas que levem o nome da WWE ao mundo, deixar John Cena apenas como a cara da WWE, acaba restringindo muito a marca. Pois estamos a ver nos PPVs o main event com combates de Cena ao invés dos principais títulos em disputa.
4) Rigidez nos bastidores: Tem que haver mesmo isto por parte da WWE, para que não ocorram fatos como os do passado, onde perdemos lutadores, devemos ter um rigidez nos exames e quem não estiver dentro das regras deve ser suspenso sim.
Mais um excelente artigo teu e adorei ler o artigo desta semana! Muito ansioso para ler a 2ª parte, continua o bom trabalho!
Mais um artigo soberbo, muitos parabéns salgado. Já agora se for possível poderias disponibilizar o link do video do arn anderson a elogiar o Orton? gostava muito de poder ver, obrigado.
Obrigado pelos elogios. Eu não o vi no youtube, vi no DVD da Wrestlemania. Durante o seu discurso no Hall of Fame 2012 (onde estava a ser apresentado com os 4 Horseman), Arn Anderson elogiou a evolução de Randy Orton, pois Arn conhece-o e ajuda-o desde que ele chegou à WWE, chegando mesmo a ser referido pelo próprio Orton no seu DVD. E depois desse discurso e de saber quão difícil era Orton antes do nascimento da filha, é que me revoltou mais a sua segunda suspensão.
Na emissão que a WWE fez para televisão essa parte foi cortada, por isso duvido que já esteja no youtube ou no dailymotion. Mas se encontrar, coloco aqui o link.
Buenas Pessoal le essa noticia aqui pf
John Cena quer Randy Orton fora da WWE?
Aumentando os rumores de que parte da WWE quer que Randy Orton seja demitido da empresa devido à sua segunda violação do Talent Wellness Program, o ex-WWE Kenny Dykstra disse no Twitter que acredita que John Cena esteja fazendo um lobby para que Randy Orton seja demitido da WWE. Dykstra disse isso novamente, após em 2006 Cena ter afimado que queria que Orton fosse demitido, quando violou pela primeira o Wellness Program.
Lembrando que em 2011, Cena adimitiu durante o vídeo The Evolution of a Predator, que não gostava do “antigo Randy”, que sempre achou ele um babaca.
Fonte: Wrestling Attitude Sera que e verdade ?
Sim também já li a notícia e acredito que o John Cena queira que o Orton seja despedido mas duvido muito que isso aconteça.
Que grande artigo, gosto de tuas opiniões Salgado, e agora deixo minha opinião spbre teu artigo e minha opinião sobre cada um destes assuntos.
1) Coerência e lógica nas histórias e personagens:
Uma coisa que não sai da minha cabeça é esta feud que estava sendo construída com Triple H e Brock Lesnar. Nunca me esqueço que o combate na WrestleMania entre Triple H e Undertaker tinha por nome “End of a Era” e o que aconteceu? Triple H perdeu e agora pode lutar contra Lesnar no SummerSlam. É ruim ver tais feuds que acabam logo, como por exemplo, eu me lembro de uma feud simples entre Ted DiBiase e Hunico (w/ Camacho) que durou por pouco tempo. Outra feud que terminou logo foi o combate entre The Miz e Alex Riley. Agora ambos estão sem nada para fazer na empresa. Acho que a WWE devia criar mais feuds para cativar mais o público.
2) Valorização dos títulos:
Eu queria mesmo que o Sheamus tivesse um longo reinado e acho que ele já está como um grande campeão, mas da maneira que ele o ganhou foi ridícula. Outra coisa que não entendo, foi porquê o Sheamus ganhou o título e na próxima Raw, veio Alberto Del Rio para começar feud com Sheamus. O ex-Champion merece sua rematch. Um título bastante desvalorizado é o USA Championship, que a muito tempo não o vemos em jogo, o que eu considero mais sem valor é o Tag Team Championship, que não o vemos mais em jogo desde que Epico e Primo o perderam.
3) Mais representantes:
O Cena é a cara da empresa e será por mais alguns grossos meses. Outro que se comparava a ele era o Randy Orton que está a um passo da demissão. Mas a WWE realmente deveria criar alguém para ser a nova cara quando o Cena deixasse a empresa por algum tempo, mas acho que a empresa não tem alguém agora com o carisma de Cena. Suas promos são muito boas, tem algumas grandes habilidades em ringue e reconheço seu talento, mas de maneira alguma eu gosto dele. Me lembro de vê-lo regressando na Raw no Highlight Reel de Y2J, sendo depois impedido de falar por Christian. Gostava de suas promos naquela época e principalmente de sua feud com Randy Orton. Eu gostava daquele Cena, não deste “Icon Death” de hoje em dia, que faz feud com o The Rock e nem mais corre atrás de títulos.
4) Rigidez nos bastidores:
Realmente eu nunca vi lá muita graça nas promos de John Morrison, muito menos nas promos de Swagger que sempre foram ruins e raras. Acho que CM Punk e John Cena são os únicos wrestlers atuais que dominaram a arte das promos, são aqueles que tem total liberdade para falar, como o CM Punk falou uma vez sobre sua retirada da WWE. Randy Orton é um cara que merece respeito, e agora realmente eu achei totalmente injusto que fosse suspenso, pois ele parecia ter mudado e para melhor. Acho que nos momentos mais importantes na carreira de Orton ele comete uma dessas burradas.
A verdade é mesmo como tu mesmo disses Salgado, a WWE quer provar que é uma empresa séria e que tenta proteger sua imagem, para fazer promoções como a B.A. Star.
Seria ruim se as pessoas pensassem que a WWE é uma empresa que libera o uso de drogas para os lutadores, e esta imagem é péssima para todas as empresas.
Deixo a tu uma pergunta:
“Porque o Triple H ainda continua com feuds de combate se ele perdeu no End of a Era?”