Bem-vindos a mais uma edição e, tal como afirmei a semana passada, esta edição é a segunda parte de uma resposta que me foi colocada por um dos visitantes do W.PT, Kendrick. Foi-me perguntado o que é que eu achava que a WWE precisava de mudar para se tornar perfeita aos meus olhos e embora ache isso impossível de acontecer, elaborei uma lista de aspectos que penso que precisam de ser investidos para o produto da WWE melhorar. Aqui está a segunda parte da lista!
5) Melhor selecção de talento.
A meu ver, no roster principal só devem estar pessoas com capacidades mínimas para honrar esta responsabilidade. Isto significa que os lutadores precisam de ser minimamente aptos em ringue e ao microfone. Há certas falhas e incapacidades que não devem ser vistas num roster principal, não só devido à grande exposição a que estas falhas estão sujeitas, como a enorme dificuldade que os lutadores terão depois a descolar-se da imagem das suas antigas incapacidades.
No fundo, não se pode colocar pessoas tão inexperientes e pouco talentosas no roster principal, pois não só eles roubam espaço a outros lutadores que o merecem, como chegam a receber títulos que ainda não fizeram por merecer, descredibilizando não só o título em si, como o trabalho de todas as pessoas que o tiveram. No fundo, com isto desvaloriza-se títulos, reinados e dificulta-se o trabalho do próprio lutador.
Por exemplo, quando Cody Rhodes era campeão de equipas e formou a Legacy, nunca o ninguém o via como futuro campeão mundial. Rhodes evoluiu imenso desde essa altura até agora, tendo assim mostrado a todos que era de facto alguém que tinha talento para ser campeão.
A questão é que Rhodes nunca devia ter chegado ao roster principal da WWE com tanta falta de inexperiência, como neste momento nem David Otunga ou Heath Slater lá deviam estar. Se Rhodes tivesse chegado ao roster principal evoluído como está hoje ou perto disso, então actualmente já seria uma das pessoas de topo e certamente, um “draw”. Não digo isto no sentido de poder ser já um multi-campeão, mas sim alguém que as pessoas pagam para ver, seja para apupar ou apoiar. Ao invés disso, tivemos a vê-lo a empatar tempo e espaço de outras estrelas durante o seu período inicial. Tal como Otunga e Slater (entre muitos) o estão a fazer.
Uma das características que mais sucesso deu à Attitude Era, e que muitos fãs se esquecem de referir, era a abundância de talento e experiência. A larga maioria dos lutadores chegava à WWE após ter estado anos e anos nos territórios e em outras companhias espalhadas pelo mundo. Ou seja, quando finalmente chegavam à WWE só precisavam de se habituar ao estilo de trabalho da companhia, que é mais diferente de todas as outras companhias espalhadas pelo mundo do que se pensa, e eram estrelas garantidas, se essa adaptação corresse bem. É claro que esta adaptação demorava tempo, contudo o trabalho e principalmente, a experiências que os lutadores traziam era uma mais-valia.
Para explicar este ponto, quero salientar algo que a antiga estrela da WWE, Chris Masters já disse sobre a sua primeira passagem pela WWE. Masters disse que aquando a sua primeira passagem pela WWE era demasiado novo, imaturo e inexperiente para assumir as grandes responsabilidades que uma empresa da dimensão da WWE acarreta.
Actualmente continuam a ser poucas as pessoas que adquirem esta experiência antes de chegarem ao topo. A WWE não pode ser o primeiro sítio em que as pessoas trabalham. Não pode ser na WWE que se ganha experiência. A WWE, como companhia mais famosa e bem-sucedida do mundo nesta área, precisa de ser vista como algo que os lutadores aspiram alcançar, se de facto for isso que desejam, não o seu primeiro emprego na indústria. É uma péssima introdução à mesma, extremamente agressiva graças ao horário e só prejudica o trabalho das pessoas.
E qual é a solução para esse problema? Reenviar os talentos para a FCW? Não, porque a FCW não é uma escola. A meu ver, a FCW é o território que a WWE possui para apresentar e introduzir melhor novos lutadores à forma de trabalho da WWE, não é o sítio onde num ano ou dois as estrelas ganham experiências. Algumas das estrelas da actualidade, como não passaram por essa fase de viajar pelo mundo à procura de experiência e como não passaram anos nas indy, não possuem o menor sentimento de vitória quando finalmente chegam à WWE.
Logo, a meu ver, lutadores que vêm dos circuitos independentes ou outras companhias deveriam sempre ter prioridade do que filhos de 2ª e 3ª geração ou pessoas com físicos impressionantes que treinaram durante um ano na FCW e não adquiriram experiência nenhuma.
O roster principal precisa de ser visto como exactamente isso: principal. Precisa de ver visto como o grupo mais bem preparado possível para acima de tudo não embaraçar a companhia. Não estou a exigir que todos sejam excelentes e estejam ao nível de main-event, apenas penso que seria adequado criar alguns requisitos mínimos para as pessoas transitarem para o roster principal.
Ora, quando os lutadores chegam a este patamar, está na hora de os dividir por divisões, que também elas precisam de ser estimadas.
6) Divisão de Tag Team e Divas.
Ambas as divisões são bastante importantes para a WWE, mas a aposta em ambas ao longo dos anos nem sempre foi coerente e consistente. Uma das coisas que a WWE precisa de perceber, ou já percebe e não quer, é que ao invés de valorizar uma pessoa de cada vez, pois não há títulos para todos nem conseguem subir todos o escadote ao mesmo tempo, pode valorizar duas pessoas de uma vez só! Tudo através de Tag Teams. Uma equipa sólida, séria, bem construída e que acima de tudo, dure um período razoável de tempo, consegue entregar aos fãs e à companhia dois lutadores sérios e prontos para avançar para maiores desafios, quando a equipa acabar.
Também as tag teams podem ser vistas como sítios para crescer e desenvolverem ainda mais as suas capacidades para quando chegarem aos main-events estarem no seu melhor. A história de que um lutador chega e o primeiro título, ou segundo, que ganha é o principal não devia acontecer. A WWE não se pode encurralar e encostar a uma parede na construção de um lutador, para que depois a única coisa lógica a fazer seja dar-lhe um título principal. Muitas vezes a WWE faz isto na altura errada deste mesmo lutador receber o título.
É claro que os parceiros precisam de encaixar bem, saber disfarçar as falhas de um do outro, mas acima de tudo os parceiros precisam de ter química entre si! Tag Team não é só juntar duas pessoas durante duas semanas e já estão prontos para ser campeões. Uma Tag Team é muito mais que isso, é uma arte muito mais complexa e por vezes mais divertida de assistir do que as pessoas pensam. Só precisa é de ser bem construída e desenvolvida.
Muitos dizem que estamos na Era da competição individual, ora não contesto isso, mas nada melhor do que preparar dois indivíduos do que colocá-los numa Tag Team bem-sucedida. A WWE não pode criar estrelas à vez, precisa das criar em massa, porque senão da próxima vez que tivermos tantos lutadores importantes e ex-campões de fora ou lesionados, continuaremos com o mesmo problema de hoje: falta de star power. Tag Team até pode ser uma forma melhor de os apresentar ao público e ajudar assim os fãs a desenvolver relações emocionais com os mesmos.
A outra divisão já foi discutida num Opinião Feminina numa edição bastante recente e penso que não seja necessário voltar a frisar o assunto. Muitos fãs querem ver mais do que aquilo que estão a ver actualmente nesta divisão (onde elas chegam a aparecer só de duas em duas semanas) e a WWE possui talento para dar mais e dinheiro para ir buscar mais.
A verdade é que a WWE nunca apostou a sério nesta divisão. Sim, Trish e Lita eram divas fantásticas, assim como algumas outras desses tempos. Contudo, faziam parte de um raro grupo de pessoas trabalhadoras. Dantes, a WWE não se importava de deixar divas talentosas trabalhar, contudo, se algumas não o fizessem, também não há problema, basta terem uma cara bonita e não arranjarem problemas nos bastidores. Não acredito que a WWE exerça muita pressão sobre elas e isso é de lamentar.
Àquelas que já trabalham como Natalya, Beth Phoenix, Layla, Kharma, Maxine, Tamina e Kaitlyn (onde as últimas três, não só andam a melhorar a olhos vistos, como nota-se esforço e trabalho da parte delas), só posso dizer que precisam de continuar a trabalhar. É assim que são respeitadas. Às restantes só posso dizer que pessoalmente, caras bonitas não me convencem no mundo do wrestling. Ou há provas de talento e trabalho, ou a mim não me entretém.
O facto das Divas recentemente não terem muito tempo para se mostrar deve-se à criação das Raw Supershow, onde os lutadores da SmackDown passar a aparecer na Raw. Ora, uma das coisas que eu mudava, se pudesse, era terminar com os Supershows e voltar à brand-split.
7) Terminar com os Raw Supershows.
Não só os Supershows sobrecarregam um programa, tiram espaço a certos lutadores e desvalorizam a SmackDown, como acima de tudo, acabam com a variedade que existia. Esse, a meu ver, é o grande prejuízo destes Supershows. Antigamente, se eu não queria ver o John Cena, podia ver o Batista na SmackDown. Se eu não gostava do Edge (quando ele estava na SmackDown), ia ver o Randy Orton. Se o Shawn Michaels não era um veterano que me satisfizesse, via a SmackDown onde tinha o Undertaker.
Embora, em ocasiões especiais, houvesse trocas, a maior parte do tempo havia variedade e possibilidade de escolha. Se hoje não gosto de um lutador, corro o risco de o ver em ambos os programas, dependendo dos planos da WWE.
A meu ver, voltava a separar o roster de forma justa e equilibrada e reforçava essa variedade que dantes existia. Nem era preciso Laurinaits perder o controlo de uma das brands, simplesmente colocava-se Eve Torres ao controlo da SmackDown. Não só ela continuava a melhorar o seu carisma, como continuava às ordens de Laurinaitis, mantendo assim o seu reino de terror. Caso Laurinaitis seja despedido, escolhiam-se dois veteranos ou outras personalidades para tomarem conta das brands.
Ao tirar a variedade aos fãs, a WWE corre o risco de os saturar ainda mais depressa com certos e determinados lutadores. Tudo o que é bom também enjoa, por isso equílibrio e balanço são as palavras de ordem.
Algo que vem colidir com isto é a Raw de 3 horas. A WWE transmite-me a ideia de que pretende concentrar tudo o que “interessa” no seu programa mais importante, a Raw. Ora, eu já falei desse assunto e das possíveis consequências que me preocupam em relação a esta decisão.
A verdade é que mesmo com a Raw de 3 horas, a WWE precisará de nomes sonantes para atrair pessoas às gravações da SmackDown e com toda esta carga horária, muitas estrelas importantes ficarão sobrecarregas, cansadas e isso pode refletir-se em lesões ou problemas do foro mental que poderão conduzir a uma necessidade de férias.
Não são só os fãs que ficam prejudicados com esta saturação de talento. Acontece que com a brand-split, existia equílibrio e imensa variedade. As pessoas podiam escolher o que queriam ver. Hoje, já nem tanto.
8) Balanço entre o entretenimento e o Wrestling.
Na realidade, este penúltimo tópico não está bem formulado, pois basicamente, Wrestling é uma forma de entreter os seus fãs. Contudo, neste tópico quero falar do balanço e da forma como certas celebridade convidadas são usadas. Primeiro que tudo, não vejo problema nenhum em trazer celebridades de fora para darem mais visibilidade e importância a um determinado evento. Isto é, se forem usadas de forma a enriquecer e ajudar o evento e o lutador em questão, não para lhes fazer sombra ou para prejudicar. Tenho todo o respeito do mundo pelas celebridades que vêm preocupadas e dedicadas a ajudar a indústria, não só a si mesmos. Parece difícil, mas há de facto celebridades que gostam desta indústria e não têm problema nenhuma em admiti-lo, mesmo quando “Hollywood” olha de lado.
Contudo, nem sempre as celebridades que vêm possuem esse apreço à indústria. Não só não possuem apreço, como muito provavelmente não conhecem a sua história.
É triste e embaraçoso, da minha parte, ver uma celebridade a ser vaiada neste meio quando supostamente vem tentar ajudá-lo. Contudo, não culpo os fãs por demonstrarem insatisfação por verem estas ditas celebridades a saírem superiores aos lutadores da companhia. A verdade é que para resolver este problema, mais uma vez, precisa de existir balanço e equilíbrio na forma como as celebridades são usadas. É necessário mantê-las restringidas ao seu meio ambiente, ou seja, trazê-las para fazer aquilo que realmente sabem fazer. Não colocá-las num ringue para lhes ensinar meia-dúzia de manobras.
Uma celebridade é uma atracção que, embora muitos fãs fiquem curiosos para ver se irá existir interacção física entre dita celebridade e os lutadores, deve ser gerida da melhor forma e dentro das suas capacidades. Ora, se a especialidade de Mike Tyson é derrotar os seus adversários por KO, não vejo problema em fazê-lo a Shawn Michaels, especialmente depois deste ter tido um combate.
Ora, um spot desses entende-se, mas por exemplo, gerar uma rivalidade inteira e um combate em Wrestlemania, entre um lutador de sumo e um wrestler, a meu ver já é demais.
Contudo, mesmo tendo sido cheerleader, não vejo isso como justificação para Snooki se envolver com as divas, pois as piruetas que ela aprendeu a fazer nos seus tempos de liceu, não foram aquilo que fizeram dela famosa ou de que ela é conhecida. O mesmo para Maria Menounos.
Na época em que a WWE tinha guest-hosts quase todas as semanas, muitos eram aqueles que resultavam num fracasso autêntico e que em nada ajudavam a empresa. Estes devem ser evitados. Não há nada mais embaraçoso do que ver uma celebridade a ser mal recebida quando vem tentar ajudar, ou vê-la a ofuscar as estrelas. Mais uma vez, como tudo na vida, só se precisa de equilibrar bem os pratos da balança para o resultado ser o melhor possível.
Para terminar, volto a deixar um lembrete: tal como disse ao Kendrick e como disse numa das primeiras edições do Opinião Feminina, vocês são livres de fazer-me perguntas ou fazer sugestões (caso estejam interessados). Algumas questões serão respondidas no “Perguntas e questões”, outras que exigem respostas mais extensas serão respondidas aqui. Agradeço mais uma vez ao Kendrick a sugestão e a todos vós que acompanham este espaço. Bom PPV a todos!
16 Comentários
Bem a qualidade deste artigo é fabulosa com os tais 8 pontos chave para a WWE melhorar aos nossos olhos sim pq isso é a tua e a nossa prespectiva porque seria impossivel não concordar com o que dizes então:
1) Coerência e lógica nas histórias e personagens.
2) Valorização dos títulos.
3) Mais representantes. Isto não girar há volta de John Cena!
4) Rigidez nos bastidores.
5) Melhor selecção de talento.
6) Divisão de Tag Team e Divas.
7) Terminar com os Raw Supershows
8) Balanço entre o entretenimento e o Wrestling.
Totalmente de acordo só digo uma coisa: Era exelente fazer chegar este artigo há WWE 😀
Acho que as pessoas depois de lerem os teus artigos ficam tão convencidas dada a qualidade que até nem conseguem dizer nada daí não teres muitos comentários mas é óbvio que não passam despercebidos estes artigos isto pode dizer se que é semelhante aquela sensação de quando estamos a ouvir uma pessoa a cantar e estamos a adorar aquilo que só queremos é silêncio para escutar com atenção e nem conseguimos falar dada a nossa focalização no que estamos a ouvir e aqui se não dizemos mais é porque simplesmente as palavras faltam. Parabéns! Fenomenal/Genial!
Brilhante os dois artigos, concordo quase em tudo que referes, neste ultimo artigo, talvez não tanto no facto de todos os lutadores ja virem eperientes pra wwe, senao so havia talentos de topo e ninguem no mid card, low card ou jobbers. De resto, espero que um dia tudo o que mencionaste se concretize 🙂 Obrigado pela excelente resposta Salgado 🙂
Talentos de topo no mid card e low card já houve é tanto que chegavamos a ter mid carders melhor que main eventers hoje em dia mas pronto era uma mais valia se eles já viessesm “batidos” para a WWE isso é que era de valor portanto não faz sentido dizer que não era mt correcto eles já virem todos experientes para a WWE quando o que era bom era eles já virem todos com expereiência de outros lados.
Mais um artigo fantástico,a sério já nem sei o que dizer…
Eu não tenho dúvidas nenhumas de que a WWE devia arranjar lutadores que já viessem com mais experiência. A WWE não deve ser a primeira campanha da qual um lutador faz parte…e além disso,quem é o Heath Slater? Quem é o David Otunga? O que é que eles fizeram para merecerem os Títulos de Tag Team? Uma coisa que me faz muita confusão na WWE é o desequilíbrio do plantel: antigamente (e mesmo depois da Attitude Era) os lutadores do Mid-Card estavam sempre prontos a subir ao Main-Event no quase de algum lutador de topo se ausentar e hoje em dia isso já não acontece.
Já muito se falou das divisões de Tag Team e de Divas e é verdade que se podem valorizar dois lutadores ao mesmo tempo simplesmente formando uma Tag Team estável e duradoura. Quantos lutadores começaram a carreira na divisão de Tag Team e acabaram por ter uma enorme valorização? Edge,Christian,Shawn Michaels,Jeff Hardy,Matt Hardy… Hoje em dia vemos lutadores a ganharem títulos individuais sem estarem preparados e ainda por cima “roubam” o lugar a muitos outros. O Cody Rhodes teve uma evolução fantástica e quando ele estava nos Legacy eu sempre pensei que o Ted Dibiase ia chegar mais longe que ele,apesar de o Dibiase também ter muito talento.
Dos teus 8 pontos este para mim é o mais urgente. Os Supershows,na minha opinião,vieram prejuducar a WWE em muitas coisas. O que é feito da rivalidade Raw/SmackDown!? Não era suposto vermos o Campeão Mundial num programa e o Campeão da WWE no outro? Actualmente há demasiadas Superstars na WWE que estão “paradas” por não terem tempo de antena. O que vai acontecer quando o Rey Mysterio,o Wade Barrett,o Randy Orton,o Chris Jericho,o Miz,o Ted Dibiase,o Alberto Del Rio e outros regressarem? Vão ficar sem tempo de antena? Mesmo comprogramas de 3 horas não vai haver lugar para todos. E o que vai ser da SmackDown!? Não chega já o facto de não ser em directo? A WWE tem que voltar a ter Brand Split o mais rápido possível.
Eu aqui não tenho muito a dizer. Por mim desde que não tirem muito tempo aos wrestlers tudo bem,mas percebo o que queres dizer quando te referes ao facto de muitas destas celebridades nem saberem o que a WWE significa e não podia concordar mais.
Acho que devias traduzir este artigo e fazê-lo chegar à WWE (tal como o Frederico disse). Muitos parabéns Salgado 🙂
Ali em cima, o Frederico_WWE falou sobre os poucos comentários do artigo, a mim cheira-me a preguiça de os ler, mas sinceramente quem lê aprende de wrestling, e muito! Muito bom artigo, como sempre.
5) Melhor selecção de talento: a imagem ali colocada, a apresentar este tópico descreve muito bem o que queres falar. Heath Slater, é daqueles casos que uma pessoa ainda se pergunta como é que ele foi 3 vezes campeão de Tag Team. Sim, foi tudo graças à sua stable, os Nexus, mas a meu ver ele nem talento tinha sequer para integrar esta stable. Mas, no meio disto, ainda existem aqueles lutadores que satisfazem este ponto, estou-me a lembrar muito neste momento do Daniel Bryan, ele teve muito tempo nas indy e chegou à WWE já com muito talento.
6) Divisão de Tag Team e Divas: quanto à divisão de Divas, já falei sobre isso nos comentários da última edição deste artigo. Na divisão Tag Team, a história é parecida mas não semelhante. Digo isto pois a divisão de Tag Team já teve grandes momentos na WWE, muitas duplas fizeram furor no passado. O problema é que actualmente a divisão “caiu”, vai aparecendo uma equipa ou outra mais jeitosa mas mesmo assim não se volta a ser o que era, para já. Na divisão de Divas, como disseste, já houveram e há Divas trabalhadoras, contudo não vejo um ponto alto definitivo nesta divisão, na história da WWE.
7) Terminar com os Raw Supershows: este tema tem, a meu ver, vários pontos de vista que uma pessoa pode tomar, resultante de pontos fortes e pontos fracos nesta decisão. Os pontos fortes são que as audiências da Raw, programa principal da WWE, sobem graças a talentos da SmackDown que aparecem também nesta brand. Os pontos fracos são, tal como referiste, o desequilíbrio que ascende graças a isto. Para quê ver uma SmackDown, se o que queremos ver ali, podemos ver na Raw? É essa a ideia que os expectadores têm com estas Raw’s Supershow’s. Para além disto, também existe menos espaço para certos lutadores, como por exemplo as Divas. Visto isto, existem mais pontos fracos do que pontos fortes nesta decisão e se pudesse, trazia de volta a brand split.
8) Balanço entre o entretenimento e o Wrestling: pois é, tudo isto vai depender da reacção dos fãs e nunca se sabe como esta será. Vou dar o exemplo dos Three Stooges, que quando apareceram na Raw, o público nem gostou muito daquilo e depois, nas audiências, notou-se que estes três tinham trazido prejuízos nas mesmas. É exactamente este tipo de aparições que a WWE deve evitar. Mas nem tudo é mau e ainda existem “celebridades” que até se podem dar bem ao aparecer num show da WWE, têm é que ser bem usadas, como disseste.
Fico então à espera do próximo domingo para mais uma edição deste magnífico artigo.
Sem dúvida eu antes de colaborar já adorava os artigos dela porque abordam as coisas de uma forma mais complexa da minha forma. Ou seja eu tento simplificar no meu espaço enquanto ela complexifica mas de forma brutal.São estilos diferentes de artigos que tornam este site especial.
5)Concordo com os pontos apresentados o Slater e o Otunga não tem talento para estarem ali, mas apesar de tudo as coisas já estão a mudar neste ponto porque tanto o Dean Ambrose como o Rollins quando começarem a surgir já vem batidos da ROH e da CZW, e quem diz eles diz o Antonio Cesaro e o Chris Hero e isso na minha opinião é a mais valia que me faz ter mais expectativas sobre estes wrestlers que estavam ou estão na FCW e que vão estar na nova NXT, mas posso enganar-me mas o potêncial do Rollins é brutal.
6) Sobre as TAg´s nada a dizer podem ser exactamente isso a forma de crescer personagens antes de chegarem ao topo, caso como foi o Orton e o Batista nos Evolution, Rhodes e Di Biase nos Legacy. E mesmo assim acho que a divisão podia estar melhor podia mas tem duplas que as podiam melhorar, tipo Titus e Young, os Uso, Reks e Hawkins, Justin e Kidd, Hunico e Camacho, Primo e Epico. Sinceramente acho que dariam conta do recado no máximo criava-se uma tag com alguem com mais impacto e tempo de WWE mais por ratings. Uma coisa que poderia ajudar neste ponto era sem dúvida na minha opinião junto com a criação de mais tags dividi-las nas Brands e voltarmos a ter dois títulos de tag Team. Nessa altura eu assisti a bons combates de Tag até a unificação de títulos tivemos apesar de tudo boas tags, Tipo Deuce N Domino, Cade e Murdoch, Colons, Miz e Morrison, Team 3D, Hardyz, MNM,os Legacy claro, apesar de tudo mesmo nessa altura assistimos a bons cobmates, até a Tag MVP e Matt Hardy era interessante.
7) E quando falo em deixarmos de ter títulos de Tag Unificados está intimamente correlacionada com este ponto porque desde do ano passado que estou contra os RAWSupershos, porque tiram tempo ás Divas, e sobretudo como se concentram as superstar todas nos dois programas os midcard não tem o crescimento necessário, o que nos leva a que o talento não começe a ser visto como maior de mais para midcard e justificar o main-event. São coisas a refletir a mudar e felizmente que ideia de unificação dos titulos individuais não aconteceu se não agravaria mais a situação.
8) Esse balanço tem que ser bem efectuado se for para uma pequena actuação como a do Florida para promover mais o evento e ainda tentar dar cabo do Slater gosto. caso contrário acho que tem que ser ponderado aliás um dos erros maiores foi antes de chegarem os NEXUS há dois anos, aquele tempo todo como famosos a fazer de GM por uma noite, e teve ali alguns que não lembravam a ninguém como por exemplo o David Hasselhoff.
5) Pois é, pelos vistos a FCW está a dar resultados e isso é muito bom, pois lutadores como esses que referiste são exactamente aquilo que a WWE precisa neste momento. A ver vamos se esta nova “fornada” de lutadores é capaz de atrair muitas audiências.
6) Também gostava que os títulos Tag Team fossem desunificados, como foi referido no artigo, a WWE quer juntar tudo que interessa no seu programa principal, isso traz mais audiências mas traz muitos mais problemas, problemas esses secundários e que são igualmente graves.
7) Sobre a Raw Supershow, dá saudades daquelas vezes em que tínhamos a Raw contra a SmackDown (Bragging Brights), o Draft e muitas outras coisas que só eram possíveis na existência de duas brands bem definidas. Com isto do fim da brand split, tudo isso foi por água abaixo.
8) Tal como disse, é a arte de saber utilizar. E muitas vezes a WWE falha neste ponto.
Sério Salgado você já pensou em ser escritora ? Você escreve muito bem ! Parabéns pelo ótimo artigo e é realmente impossível não concordar com tudo o que você falou ! Muito obrigado por nos proporcionar essa ótima leitura !
Acho que o Lucas tem razão quando disse que podias ser escritora.
Ótimo artigo!
Adoro estes artigos!
Este e o PileDriving’ everyone s~~ao os meus favoritos continua a fazer estes artigos e vamos ver se para a semana ja podes escrever o tal artigo sobre os novos talentos xD
Grande segunda parte Salgado concordo contigo nestes tópicos:
5) Melhor selecção de talento – Sem dúvida este é um dos grandes problemas que vejo atualmente na WWE. Como mesmo dissesse anos atrás a WWE possuía muitos talentos e todos que chegavam a WWE já estavam talhados e com um nível de luta bem aceitável.
6) Divisão de Tag Team e Divas – Atualmente com as sucessivas lesões a WWE não tem dado o devido valor a estas duas divisões. As divas estão praticamente reduzidas a não mais que 5 pessoas.
7) Terminar com os Raw Supershows – Também não sou favorável a Raw Supershow, uma vez que, os superstars de topo, acabam aparecendo tanto no Raw quanto na Smackdown e acabam-se repetindo-se os combates, além de os lutadores do mid-card acabarem ficando fora dos programas. Sou favorável a divisão dos superstars por programas.
8) Balanço entre o entretenimento e o Wrestling – Deve haver por vezes a presença de celebridades, para que o produto WWE tenha uma maior visibilidade. Mas prefiro que as celebridades apareçam apenas por algumas vezes, e não corriqueiramente.
É sério sensacional esse artigo, concordo com tudo que disseste, tirou as palavras da minha boca, principalmente sobre a divisão de tag e das divas, além de preferir a brand split também… Acho que se a WWE seguir essa sua cartilha tem tudo pra evoluir e resgatar audiências…
o que seria uma brand split
brand split sem duvidas e urgente…
Outra coisa na parte do entretenimento que referes e guest hosts é que é preciso diferenciar aqueles que vem para ajudar a empresa e aqueles que apenas vem para vender o filme ou album ou o que for… os 3 últimos que foram la apenas para vender o filme… acho isso deplorável e deviam de ser ainda mais assobiados!!
Qto ao talento discordo um pouco… acho que podem adquirir experiência na wwe nas brands mais “fracas” e onde podem ser moldados a sua imagem… por isso acho que foi um erro tremendo terem acabado com a ecw, onde saiu gajos como por exemplo os campeoes CM punk e sheamus… tb saiu de la swagger, kofi, etc…quiseram olhar a ratings em vez da parte da formação… outro erro foi nao fazer o NXT uma versao mais recente da ECW apos a temporada das gajas… mtos de que estao la nao evoluiram mto… vejo akeles heels todos no NXT e é tdo igual.. nao ha um que sobressai…
Ótimo artigo Salgado, gostei de ver esta segunda parte desta edição, sobre cada assunto:
5) Melhor seleção de talentos:
São poucos os lutadores que podem dizer que são wrestlers experts, e que tem habilidades suficientes para dizerem que são wrestlers da WWE, coisa que Heath Slater, até o momento não é capaz. O Randy Orton sim é um destes, e outras lendas da WWE como o Steve Austin, o Bret Hart e o Mick Foley. Esquci de Edge.
Mas dentro da empresa atualmente, alguns que podem se dizer wrestlers, são o Triple H, e algum Undertaker por aí.
A WWE devia visar mais ainda na FCW e só trazaer de lá os lutadores que estejam verdadeiramentes prontos e não lutadores como o Heath Slater que não tem lá imenso talento para ingressar no roster principal. (até o colocaram para ser atacado pelo Flo Rida na WrestleMania)
6) Divisão de Tag Team e Diva’s:
São duas divisões bastante desvalorizadas, e mais, acho que o Kingston poderia voltar a lutar pelo IC ou o USA do que ficar sempre em uma divisão tão desvalorizada como esta, acho mesmo que ele merece um USA Championship, mas só no momento que o Marella o perder.
Sobre as Diva’s, sem a Kharma, esta divisão não é lá muito boa, mas vi alguns bons combates de nossas meninas a algum tempo atrás, como a Natalya e a Layla.
Esperava o regresso de Kharma no NWO que não ocorreu, pois ela estava a treinar duro para retornar aos ringues.
A WWE devia dar valor ao Diva’s Championship igual a TNA, onde existem Steel Cage Match entre Diva’s.
7) Terminar com os Raw Supershows:
Quando Triple H inaugurou esta idéia, achei mesmo que seria muito bom, e no início foi, mas é muito ruim ver um ME de lutadores da SmackDown na Raw, eu acho que o SuperShow deve terminar, pois acho que muita perda de audiência tem a ver com isso, mas também pela tal Raw de três horas.
8) Balanço entre o entretenimento e o Wrestling:
A WWE devia criar os momentos de wrestling e o e entretenimento, pois a empresa quer mesmo alegrar o público e não mostrar a eles o Wrestling de verdade. Mas eles não podem fazer isso devido a classificação PG e acho que nos próximos 2 ou 3 anos a WWE não vai se dar ao luxo de desistir da PG.
Realmente, é necessário os momentos de entretenimento, mas deviam retirá-lo dos prinicpais momentos do wrestling.
Que artigo fantástico!
Analisaste tudo muito bem e o resultado foi este excelente trabalho
O João Macedo já me tinha falado do teu trabalho impressionante mas,infelizmente,nunca tinha lido um artigo teu
Falando sobre este artigo(parte 1 e 2) eu acho que se a WWE fosse como tu queres,e acho que todos leitores do Wrestling.PT também querem que seja assim,os fãs que vão ás arenas deixavam de entoar os cânticos “BORING”
Obrigado por partilhares as tuas opiniões interessantíssimas