Saudações aos que estão a ler este artigo, aqui é o Fábio Vaz quem vos escreve, após algumas semanas turbulentas deste espaço. Esta é a edição numero 25 e também a ultima do Tap Out. Edição esta que não será sobre algo especifico da WWE como tem sido habitualmente, mas como uma experiência ou um ponto de vista, digamos assim, da minha parte.
Se algo que temos todos em comum, é o gosto por pro wrestling, gosto esse que nos faz acompanhar semanalmente shows, noticias, e outros mais referentes à companhias voltadas para o wrestling. O primeiro contato que cada um teve com o produto aconteceu, provavelmente, de formas diferentes, por meio de indicações ou até mesmo ao acaso.
Uma pergunta que me fiz foi a seguinte: O que nos chama a atenção no wrestling, a ponto de nos tornarmos seguidores do produto?
A resposta dessa pergunta, vos digo à partir do meu contato com tal. Os combates em si são às chaves, na maioria das vezes, para que venhamos a buscar conhecer o que acontece nos shows. Lembro há 6 anos atrás quando vi pela primeira vez um combate da WWE, quando os shows do Raw foram transmitidos em um canal aberto brasileiro naquela época (conheço muitos que conheceram o produto através daí). Os spots executados, bem como a reação que a crowd fazia, me chamaram atenção para o que eu estava assistindo; combates que não se prendiam a tentativas frustradas de acertar um único soco no rosto do adversário, mas ao invés disso, combates com lutadores que executavam manobras que eu particularmente nunca tinha visto, saltos da top rope, bem como o envolvimento de terceiros que ficavam à ring side. Desde a um finisher, à uma theme song, são coisas visuais que nos fazer ver um produto diferenciado do que estávamos habituados, um produto que modifica os nossos, até então, conceitos de luta.
Nas semanas seguintes, vendo através da TV e através da internet, um leque de possibilidades foi aberto ao estilo que eu estava conhecendo no momento. Lutas Tag Team, Triple Treat, Fatal 4 Way e Battle Royals se tornam uma surpresa para quem não está acostumado a ver combates assim. As estipulações dos combates nos proporcionam expectativas novas para que fim levará o combate, e no que conheci na época agradei-me em imenso. Porem ao inicio, não conhecemos o produto num todo, é possível simpatizar com um lutador aqui, outro ali, porém o que está ao backstage, e além dos personagens, só descobrimos após algum tempo.
Muitos podem pensar a inicio, que o pro wrestling se trata de lutadores que, sem um motivo concreto, lutam com outros a troco de se obter um vencedor; porem o que temos visto a cada dia que passa, é que está longe de ser esta a realidade. Lutadores que, muita das vezes, se afastam de suas famílias para se dedicar ao aperfeiçoamento no que fazem in ring, e de forma segura a não prejudicar o adversário. Lutadores que se dedicam em uma personagem que muita das vezes não condiz em nada com o seu real, mas que mesmo assim o interpretam de forma genial. Lutadores que estão a arrancar uma reação em imenso positiva da crowd, e que com um turn inesperado, recebe vaias e cânticos negativos por meio da mesma.
Hoje para aqueles que acompanham o wrestling há alguns anos, ou a tempo suficiente para conhecer de fato o produto, o mesmo tem se tornado não só uma forma de entretenimento, mas um meio de se interagir com o que está a acompanhar. Torcer por algum lutador, mesmo sabendo que os resultados são previamente escolhidos, levantar da cadeira quando um finisher é executado em um combate com diversos integrantes ou até mesmo ficar satisfeito com uma promo feita por uma Diva em uma divisão que ninguém espera nada; tudo isso nos faz olhar para nós mesmos e perceber, que involuntariamente nos tornamos fãs de pro wrestling.
Apostas para o futuro, quem não as faz? Quem não deseja ver algum lutador como campeão mundial ou a fazer historia na empresa em que está?
Todos os dias surgem novos lutadores, e novas promessas para assegurar que o produto continuará com qualidade, mesmo quando os atuais main events não estiverem mais em ação. E são estes lutadores, que muita das vezes estão nos mid ou low cards, que nos fazem segurar a idéia de que podemos os acompanhar pelos próximos anos, que continuaremos a ver um produto de qualidade, que não se prende ao obvio, mas que está a nos surpreender em inúmeras vezes com combates fantásticos, feuds bem construídas, e resultados que muita das vezes não esperávamos.
Ser fã de pro wrestling, é ver pessoas de países diferentes a gritarem juntos para um único lutador. É ver o mundo comentar nas redes sociais um PPV, ou certo combate que está a impressionar a todos. É ver Portugueses, Brasileiros e outros se reunirem em um site e dividirem opiniões e ansiedades em um mesmo propósito.
Instantaneamente ou não, seguimos um Universo chamado Pro-Wrestling, e não só o seguimos, mas somos todos parte deste Universo.
Como dito no inicio do arquivo, esta é a ultima edição do mesmo, problemas de tempo tem bloqueado minha disponibilidade para cá estar como cronista e é por isto que estou finalizar o espaço. Reforço que este site é grande, não só pelos cronistas que cá temos, que são ótimos, porem também pelos que estão a comentar, que com uma inteligência enorme, abrem uma linha de discussão ampla em cada assunto a ser debatido. Estarei presente por aqui através dos comentários, e me desculpo com todos pelos artigos pouco construídos devido ao tempo; Espero realmente que todos possamos aproveitar o que o site tem de melhor, e com um novo cronista a chegar. Meus sinceros agradecimentos.
Um abraço e até.
23 Comentários
Tenho muita pena 🙁 um abraço.
Não é uma despedida de fato, estarei sempre presente nos comentarios :), obrigado
Obrigado pelo esforço Fábio. Pessoalmente, julgo que podias ter feito mais em muitos dos artigos que escreveste, mas isso pode não ser sinónimo de falta de talento para escrever. Talvez a razão seja mesmo a falta de disponibilidade, o que faz com que os artigos sejam escritos à pressa.
Felicidades e continua a comentar.
Sinceramente és um dos melhores a comentar os artigos, agradeço suas participações e suas criticas. Estarei sim aos comentarios
Tema bem escolhido para o final do espaço, e o melhor Tap Out que li até hoje.
Os meus parabéns, pois independentemente da qualidade dos artigos dedicaste te todas as semanas a troco de nada, o que só por si é de louvar. O mesmo se aplica a qualquer cronista que este site alguma vez teve ou pode vir a ter.
Não há razão para uma despedida, pois continuas cá, logo, até depois.
Obrigado pelo contributo ao Universo.
Daniel, não sei se reparaste mas a Stream está fora de serviço.
Hã?
O José estava a avisar a equipa toda a ver se alguém resolvia, mas já está bem.
O fail foi ele ter me respondido a mim em vez de te responder a ti LOL.
Eu sei que estava, a questão é que a stream esteve sempre a funcionar.
Obrigado Luis, fico feliz que tenhas gostado.
Parabéns. Espero poder contar com a tua presença na mesma no site para comentares e debateres esta nossa paixao.
Sim, Universo e WPT é uma parceria que vale a pena seguir
Um bom tema para a despedida Fábio. O melhor “Tap Out” que já li. Admiro todos os cronistas que sacrificam parte da sua disponibilidade para nos presentar com um artigo todas as semanas. Boa sorte para o teu futuro e espero que continues aqui a comentar.
Agradeço o comentário
Agora é a minha vez de te dar os parabéns a ti. Foste um bom cronista, produziste artigos de acordo com aquilo que tu achavas relevante e, como foi dito acima, a troco de nada, o que só por si é de louvar e respeitar. Tenho pena que abandones o Universo, pois é sempre uma perda quando alguém sai, seja quem for a pessoa em questão. Fico triste que isto tenha acontecido no seguimento de um caso insólito aqui no site e que apanhou todos de surpresa e espero não ter sido esse o motivo do abandono porque se alguém tinha de decidir de tinha ou não disponibilidade e se queria ou não sair eras tu e mais ninguém, sem pressões. Em duas semanas dois cronistas abandonam os seus espaços, e fico triste por isso. Espero continuar a ver-te nos comentários pois és uma pessoa respeitável e como tal espero o teu contributo nas “discussões” que são criadas em torno dos assuntos. Por isso e muito mais, um até já é suficiente 🙂
Agradeço o comentário. E não, não estou a sair pela confusao do ultimo artigo, na verdade o fim do Neutralizer me pegou de surpresa tambem, mas eu já vinha pensando em finalizar o espaço, é mesmo pela falta de tempo disponivel.
Como te disse, aguardo teu espaço e lhe desejo sorte por aqui, faça historia!
Pronto, ao menos isso, pois não queria que este espaço acabasse por uma simples estupidez… Tenho pena, mas força aí! 🙂
Vou tentar! ahahah. Mas muito obrigado, quero ver-te lá 😉
Adorei o artigo, Fábio, é uma forma de mostrar como o Wrestling é imprevisível e nos faz se surpreender cada vez mais com o produto que nos é ofericido. O Universo sentirá sua saída! Até breve!
Bruno hahaha, cá está você, acho que comentaste todas as edições do Ta Out, te agradeço em imenso, continues firmes ao Sharpshooter e nos falamos por lá semanalmente.
Uma crítica dá o fim a pelo menos 2 espaços no universo, o Neutralizer e o Tap Out. Acho que vocês deviam ver as críticas de uma forma positiva e não pelo sucedido acabar com espaços, acho que tu e o Miguel deviam continuar com os artigos, e desde quando aquele sucedido o universo parece estar em stand by, portanto o Universo tem que se animar e seguir em frente.
Quanto ao artigo, bom artigo, mas devias continuar pelo menos até à edição nº 50.
Pedro, o fim do espaço não foi por motivo da critica, é toda uma construção de problemas para escrever. Sinceramente seria complicado seguir até a edição 50
Grande final!
Tenho pena, um muito obrigado por teres feito o Universo crescer!
Obrigado, os agradecimentos, de fato, são meus ao site e aos que comentam.