“The men who made The Title!”

Esta frase, já foi muitas vezes dita e expressada no meio do mundo do Wrestling. Sejam bem-vindos ao Vintage, hoje, num formato opinião, não verão muitas vezes fazer isto mas, hoje será o dia que iram ler (ou não) a minha humilde opinião acerca de um título secundário, muitas vezes é assim descrito por nós e pela opinião dos entendidos.

Vintage #29 – The Men Who Made The Title!

O mítico Intercontinental Title (I.C) é um dos mais prestigiados trofeus e com mais história da WWE. Pat Patersson foi o primeiro wrestler a vencer o IC, e pelo caminho tivemos campeões como Ultimate Warrior, Honky Tonk Man, MR Perfect, Dolph Ziggler entre outros.

Este titulo podemos considera-lo um WWE original, devido a nunca ter estado noutras companhias de Wrestling, como foi o caso do USA Title. O I.C na minha opinião é dos mais bonitos cinturões, com uma mística incrível só mesmo superada pelo WWE Title e o World Heavyweight Title.

Se fizermos uma retrospectica do passado do I.C, verificamos que a história deste é muito rica, basta ver os wrestlers que mencionei em cima mas, existe uma fornada de lutadores, que fizeram este título e, não foram ofuscados por ele.

Vintage #29 – The Men Who Made The Title!

Houve um nome que não mencionei e, foi de propósito. Chris Jericho é até a data o recordista deste título com nove conquistas, essas mesmas em combates brutais que ficaram para história. Ele foi um dos que colocou o legado do I.C no mapa, sendo ele um lutador de Topo, nunca ficava mal ele possuir este campeonato. Por isso leva-me a perguntar o porquê no combate do Night Of Champions, no combate entre Punk vs Axel e Heyman, o título não estar em jogo? Bem, depois esteve contra Kofi, mas era desprestigiante para Punk lutar por um título secundário? Até podia perder mas lutava para esse propósito, quem não se lembra de Stone Cold e Triple H estarem a lutar para esse título, portanto nesse sentido muito mudou em questão do valor do I.C, ou seja agora só pode ser um Championship do mid-card.

Nos anos da Golden Era, onde havia somente três títulos importantes, como o WWE (F) Title, o World Tag Team Title e o Intercontinental Title e, com o roster enormíssimo, talvez fosse mais fácil “colocar” um superstar de topo na rota deste último. Aí sim, víamos grandes superstar a lutar para a conquista deste, combates entre Razor Ramon contra Rick Martel ou mesmo contra HBK, no célebre ladder match na Wrestlemania X. Ultimate Warrior já era um superstar de topo quando ganhou o I.C, e de nada o fez baixar de “posto”, portanto é difícil compreender esta decisão de não deixar wrestlers de Top Card terem uma oportunidade de vencer este titulo.

Bem, podemos talvez dizer que o I.C é um trampolim para a afirmação enquanto lutador, para mais tarde, pensar em altos voos. Se assim for até posso concordar, mas de nada invalida eles (wrestlers) voltarem a terem hipótese de o vencer. Dando o exemplo que dei anterior, Jericho tornou-se Undisputed Champion e depois, voltou a lutar pelo I.C, mais tarde tornou-se World Champion, em nada, manchou o legado dele.

Quando dei o título a esta edição do Vintage, dei com um propósito, ou seja, existiram superstars que foram I.C e, deixaram um legado enorme, não pelo número de vezes campeão, mas porque conseguiram colocar a fasquia elevada para quem o herdasse, coisa que não acontece agora.

Um desses exemplos só podia ser MR Perfect, um campeão perfeito que era a cara do título, com um carisma fora do vulgar, com enumeras defesas do seu título, como combates contra Shaw Michaels, Texas Tornado e Roddy Pipper.

Bret Hart, Macho Man, Stone Cold, Owen Hart, a lista é tão extensa que daria um artigo. Todos eles construiram uma cronologia histórica. Estes últimos anos de nada foram prestigiante para este mítico trofeu, basta ver os reinados de Wade Barret e The Miz, que foram bem paupérrimos em termos de qualidade.

Na minha opinião, Curtis Axel veio dar uma nova vida ao I.C, muitos de vocês discordam de mim, eu sei, o Homem talvez não seja um carismático e, sim tem ao lado o melhor manager de todos os tempos mas, está a dar o destaque merecido ao cinto, mesmo não estando em jogo inicialmente no Night Of Champions. Acho que muitos de nós, pelo menos eu sim, respirei de alívio quando Kofi Kingston não o venceu, pois este ultimo é o exemplo de um wrestler que não cria legado quando é campeão, ou seja, faz só numero e já lá vão cinco reinados como I.C.

Vintage #29 – The Men Who Made The Title!

Lutadores que foram Main Eventer´s na Wrestlemania no caso de Bradshaw e, no de Rey Misterio, venceu o Royal Rumble. Tiveram uma feud muito boa para o I.C, com spots muito bons, sendo das melhores da SmackDown naquela altura. Em nada foi abalada a reputação deles, foi sim elevado o cinturão, dando mais credibilidade ao mesmo, pois tinhamos dois Top wrestlers a combater.Claro que o combate na Wrestlemania não foi dos melhores, devido a duração do mesmo mas mesmo assim foram duas grandes figuras que foram os intervenientes.

Ora ai está uma das grandes falhas da WWE na minha opinião, ou seja, por vezes, ou quase sempre, não existe um background story, para dar mais enfase e emoção ao Championship. Soluções de recurso como usar Kofi Kingston como campeão de transição, não é a melhor decisão por parte da WWE.

Buscando um bocado do teor do meu artigo, que é recordar momentos históricos, não podemos esqueçer Ultimate Warrior. Talvez a par de Honky Tonk Man, os wrestlers que colocaram nos anos 80 o I.C, quase no patamar do WWE (F) Title. Warrior, um guerreiro enraivecido, com uma mística bastante característica, deixou um legado muito bom, lembro-me vagamente de um grande combate entre ele e Rick Rude, onde a propaganda fui enorme, muito porque o resultado era bastante imprevisível, coisa que não acontecia com o WWE (F) Title, pois Hulk Hogan era quase sempre um vencedor anunciado.

Mas não pensei que só grandes nomes podem criar um ímpeto ao I.C, não é essa a minha opinião, digo sim e, volto afirmar que não vejo mal nenhum um grande wrestler ganhar um título secundário. Ao que me parece Big Show, mais recentemente teve um reinado até bastante bom, com uma rivalidade contra Cody Rhodes.

Ora é ai que quero chegar, Cody Rhodes foi um lutador que deu de si ao I.C,como Carlito, que foi talvez dos melhores dos últimos sete, oito anos.

Um campeão não é aquele que ganha mais vezes, mas sim aquele que tem um reinado marcante. Um reinado como teve Razor Ramon, com performances brutais, como teve Benoit, Eddie Guerrero, onde deixavam o seu cunho pessoal em cada combate, momento e promo, nunca deixavam o titulo ofuscar a sua personagem.

Por isso dou o exemplo do Intercontinental Title, um mid-card Title, mas que na minha opinião não o é, é sim um dos mais prestigiantes campeonatos, que não tem uma divisão, tem sim um pódio onde esta sozinho e, quem esta lá para o representar, tem que o promover e tornar-se ele a verdadeira estrela.

Talvez não concordem comigo e talvez seja a ultima vez que faça um artigo de opinião mas fi-lo para expressar essa mesma e também dar algum destaque a um titulo que é dos mais históricos na WWE.

Deixo-vos um exemplo de um combate que teve como intervenientes, Rock e Triple H

Até ao próximo Vintage! Tenham uma semana Fantástica!

14 Comentários

  1. Boa retrospectiva da historia e da importância do titulo no passado. Não tenho muito mais a dizer André, bom trabalho meu caro.

  2. CaioPavan11 anos

    Cara sempre tive o mesmo pensamento que você,sempre fui mais com a cara do Intercontinental Championship,e na minha opinião acho ele bem mais prestigiante de assistir do que o WHC…

    Ótimo Artigo

    • O WHC é importantíssimo, mesmo que agora a WWE não o trate da melhor forma. Olha para o que o título era na WCW e não apenas para o que é na WWE onde, mesmo assim, já foi ME da WM mais do que uma vez.

    • Obrigado pelo comentário. Para mim é dos mais importantissimos titulos da WWE.Mas talvez não seja mais mitico do que o WHC, mesmo assim obrigado pela a tua opinião.

  3. THFGPEREIRA11 anos

    Eu acho que tens toda a razão, acho também que no PPV Elimination Chamber deviam fazer uma elimination chamber pelo I.C para além da do WHC, porque este combate pode proporcionar bons momentos e involve 6 superstars o que torna mais fácil a mudança do título.

    Neste combate poderia participar por exemplo o Axel, o Kofi, o Barret, o Fandango, o Miz e o Cesaro. Apesar de não estarem Main Eventers acho que todos os superstars que mencionei são bons em ringue, e ao porporcionarem um bom combate isso valorizaria bastante o título e permitiria uma rivalidade entre o antigo e o novo campeão para a wrestlemania .

  4. FAlmeida_1011 anos

    Mais um artigo de Excelência André! Sinceramente não tenho quase mais nada a acrescentar, disseste tudo.

    Uma coisa que me preocupa contudo é que com alguns reinados de transição que o Kofi costuma ter, acabe por ultrapassar o recorde do Jericho. Sim aquilo do Jericho ser Undisputed Champion e voltar a ganhar o IC é muito bem dito, mas temos de ver que eram tempos diferentes, e era o Jericho. A Carreira do Jericho sempre foi “Top Midcarder” que ia até ao ME quando era preciso. E é por essas que nós temos o trabalho realizado pelo Jericho em tão boas graças.

    • O teu ponto de vista esta correcto em relação ao Jericho, sem duvida ele foi um Top midcarder, e dessa forma temos muitos atualmente na WWE, que podem certamente entrar na corrida do titulo, como por exemploo Sheamus, ou Rey, quando voltarem!

  5. Sendo eu um cronista de artigos de opinião, considero este um artigo muito bom, mesmo por esse facto. Relatas bem o que sentes relativamente ao que foi o IC Title no passado e no que é nos dias de hoje e isso é sempre bom de se assistir. Considero, tal como tu, que o IC Title é um dos mais bonitos se não o mais bonito mesmo! (Apenas se estivermos a falar do seu actual design, porque não gostava tanto do antigo como gosto deste).

    Tu referes que não é desprestigiante lutar por este título devido ao background que lhe é associado, pois bem, eu defendo a mesma teoria, mas no entanto temos de perceber que com as estrelas de topo todas centradas nos títulos principais os “so called” títulos secundários servem para dar uma perspectiva de quem tem estofo para subir no roster e vir a vingar com um título principal.

    A questão é que -e digo isto inúmeras vezes- nós não podemos viver do passado. O passado foi bom, foi. Teve grandes campeões, teve. Só que os tempos mudam, e como diz o ditado “mudam-se os tempos, mudam-se as vontades” e o mesmo aconteceu com os títulos da WWE. Quantas vezes no passado o WHC Title foi mais importante que o Titulo da WWE? Muitas! Só que hoje em dia deu-se uma “decadência” na maneira como se trata esse título, e embora este esteja na posse de um dos melhores atletas de todo o roster, nunca vai ter a mesma importância que o WWE Title porque essa é a situação em que a WWE se pôs a si própria. Lá voltamos nós ao mesmo problema de sempre, a Brand Split dividia as coisas de forma igual, permitia que cada título tivesse o seu destaque individualmente, mas o que se vê agora é a SmackDown com um combate relativo ao Titulo Mundial e o resto tem tudo a ver com a hitória do Titulo da WWE! Aliás, basta ver os spoilers desta semana e constatar isso mesmo a acontecer de forma flagrante… Mas pronto, já desabafei, agora vamos então voltar à questão principal xD

    Acho que a tua escola de citares o Jericho como alguém numa “categoria à parte” foi acertada e acho que ele foi um dos melhores detentores desse título, assim como o Mr. Perfect que deixou um enorme legado que hoje recai sobre os ombros do seu filho. Falando nele, Curtis Axel é um lutador talentoso em ringue, mas falta-lhe tudo o resto… Carisma, mic-skills… Ele não consegue puxar pelo público de uma forma como muitos outros conseguem, e nem a mudança de gimmick lhe trouxe o que anteriormente lhe faltava. Não digo que seja um caso perdido, pois pode vir a funcionar melhor como face do que como heel, e quem sabe até poderá ter um bom “comeback” se as circunstâncias assim o permitirem, mas actualmente, “he doens’t fit in the molde of a IC champion” na minha opinião.

    Quanto ao que referes do título não ser defendido no combate com o Punk, eu achei bem, e vou explicar porquê. Que sentido faria o título ser lá defendido se o Axel tinha obrigatoriamente de perder? Não faria sentido,e daí a inteligente jogada da WWE em colocar o Kofi a lutar pelo título e assim manter a tradição associada ao PPV Night Of Champions. (O poster finalmente fez sentido para mim quando ouvi a música dele começar a tocar xD)

    Mas pronto, concordo com muitas coisas que disseste, mas também discordo de algumas. Acho que foi uma boa aposta da tua parte este artigo de opinião e espero ver no futuro outro artigo de opinião assinado por ti 😉

    • Obrigado Daniel por comentares com uma qualidade muito boa, o melhor comentário que já tive no Vintage!

      Sem duvida a tua opinião é mais que acertada, e ainda bem que deste a tua opinião era isto que procurava no meu artigo e tu “deste” aquilo que procurava…uma opinião com extremamente clareza!

      Obrigado!

      • Wow, sinto-me lisonjeado, obrigado!

        Eu percebi que num artigo como este, diferente daqueles que normalmente fazes, era preciso fazer um esforço maior e comentar a fundo tudo aquilo que tinhas dito e dizer o que achava deste “formato” que normalmente te é “estranho”. Achei realmente que deste um toque pessoal ao artigo explicitando a tua opinião e isso é sempre de louvar porque quando se dá a nossa opinião, há sempre questões que se levantam e pessoas a discordar daquilo que dizemos, e é isso que eu gosto de ver, heat! Ahahah.

        Fizeste um bom trabalho e isso tinha de ser aqui dito, eu fi-lo da forma mais sincera possível e fico feliz que tenha servido para te “esclarecer” as questões que tu procuravas que os ditos “comentaristas” te respondessem.

        Para dar aqui um ar da minha graça, e visto que está de fora quem o costumava fazer: “You’re welcome!” 😉