Na semana passada, a WWE realizou mais um PPV, de nome Battleground. Assim sendo, resolvi fazer a análise desse mesmo PPV, algo que já é habitual neste meu espaço. Olá e sejam muito bem-vindos a mais uma edição do “The Bottom Line”.

Este foi para mim um evento bastante desapontante. Teve 2 combates que provaram ser muito bons e divertidos, com suspense e bom storytelling pelo meio, mas também teve os seus momentos menos bons, com demasiados combates bastante medíocres, que não tiveram muita história. Sem mais demoras, vou analisar este PPV.

Kick Off do Battleground – Dolph Ziggler vs Damien Sandow

E começamos esta análise com o Kick Off do Battleground, entre Dolph Ziggler e o detentor da mala Money in the Bank da SmackDown, Damien Sandow. Não consigo perceber o porquê destes dois wrestlers estarem na posição onde estão. O Dolph Ziggler ia ser a próxima grande estrela no Main Event mas, de repente em poucos meses, tudo muda e o mesmo está agora apenas no Pre-Show de um PPV secundário da WWE. E o Sandow? Ele é o detentor do contrato Money in the Bank, muito provavelmente o próximo campeão Mundial. Mas ele tem estado numa maré de derrotas sem fim, que custa a acreditar que possui uma das melhores “oportunidades” de se tornar campeão. Quanto ao combate em si, foi bom. Para o tempo de combate que foi programado, ambos fizeram o melhor que podiam. Ziggler ganhou o combate, algo que já espera e, continua o seu caminho para algo pouco certo. Será que conseguirá a ter a confiança da WWE outra vez? Qual o motivo para isto tudo? Não faço a mínima ideia. Para concluir, este combate podia muito bem ter sido posto no PPV, pois tinha qualidade suficiente para lá estar.

Classificação: 6/10 (não conta para a nota final)

 RVD vs Alberto Del Rio pelo Título Mundial num combate Hardcore

The Bottom Line #14 – Storm of Mediocrity

Depois do Kick Off, o PPV começa oficialmente com um combate Hardcore entre Rob Van Dam e Alberto Del Rio, com o Título Mundial em jogo. Devo dizer que foi uma bela maneira de começar este PPV. Foi um combate melhor do que aquele que tivemos no Night of Champions. Com um outro tipo de combate, ambos os wrestlers conseguiram-se adaptar e apresentaram um performace bastante positiva. Mais uma vez, mais um bom combate PPV para o Del Rio. Teve bons momentos Hardcore, com escadotes e cadeiras à mistura. Del Rio manteve o título ao fazer o RVD desistir com o Cross Armbreaker, algo que não estava à espera, pois acreditava que era desta que o Rob Van Dam ganharia o título. Porém, não fiquei desapontado e se a WWE quer manter o título no Del Rio, não vejo problemas nenhuns. Concluindo, foi uma ótima maneira de começar este PPV com um combate bastante bom.

Classificação: 7/10

Santino Marella e The Great Khali vs. The Real Americans

Depois de um bom combate, chegamos a um mau combate. Santino Marella e o The Great Khali (sim pessoal, ele ainda tem o emprego) com o anão atrás (sim, se não acreditavam que o Khali ainda tinha emprego, muito menos esperavam que o anão o tivesse) contra os Real Americans, Antonio Cesaro e Jack Swagger acompanhados pelo seu manager, Zeb Colter. A promo inicial de Zeb Colter nos bastidores foi bastante agradável, muito pelas expressões faciais de Cesaro. Já o combate foi mau, não tendo muito por onde se lhe pegue. A única coisa de relevante é o Spin que o Cesaro fez no Khali. Foi simplesmente algo de impressionante. De resto nada de relevante.

Classificação: 4/10

Curtis Axel vs R-Truth pelo Título Intercontinental

Outro combate desapontante. Curtis Axel defendia o seu Título Intercontinental contra R-Truth. Digo que foi desapontante pois foi bastante aborrecido. Não trouxe nada de bom durante o tempo de combate. Houve alguns “spots” que até foram mais ou menos, mas de resto nada de especial. Isto pareceu mais um combate para “encher chouriços”(muito como o anterior), do que propriamente um combate por um título. Algo que me faz confusão é o facto de R-Truth ter sido introduzido numa storyline com o Axel. Basicamente o Truth esteve meses sem fazer nada de relevante e, de repente, está envolvido numa storyline por um dos títulos. Faria mais sentido se ele tivesse estado em storylines anteriores a está de forma a “habitua-lo” novamente aos fãs da WWE. Assim como querem que eu acredite que ele irá tirar o título ao Axel? Combate previsível e Curtis Axel mantem o título num combate medíocre.

Classificação: 4/10

AJ Lee vs. Brie Bella pelo Título das Divas

Se pensavam que os maus combates tinham terminado por aqui, estão bastante enganados. De seguida tivemos o combate entre a campeã das Divas, AJ Lee, e a candidata ao Título, Brie Bella. Eu estava com bastante medo que fossem tirar o Título á AJ Lee, pois nos últimos tempos, a WWE tem estado a fazer bastante promoção ao Total Divas e, agora que a Brie estava noiva do Daniel Bryan, tinha bastante receio do que podesse acontecer. O que dizer deste combate? Fraco? Sim. Pouco interessante? Sem dúvida. Foi o típico combate de Divas que não é horrível ao ponto de mudar o canal, mas não deixa de ser medíocre. O único ponto positivo deste combate foi o facto de a AJ Lee ter mantido o título.

Classificação: 4/10

Rhodes Brothers vs. The Shield

The Bottom Line #14 – Storm of Mediocrity

Depois de 3 fracos combates, temos um que provou ser bastante melhor do que se esperava. Não me interpretem mal, eu esperava que este combate fosse bom, mas não esperava que fosse muito bom. Antes do combate tivemos uma entrevista com a família Rhodes. O Dusty provou que ainda consegue fazer uns brilharetes no micro, o Goldust apesar de toda a maquilhagem, fez-me acreditar que algo de especial estava para acontecer e o Cody fez talvez uma das promos mais sinceras e fora de personagem que eu já vi ele fazer no que toca à sua família. É caso para dizer que estava bastante empolgado para ver este combate. Um dos momentos raros deste PPV, o público resolveu acordar das suas cadeiras e dar uma ovação positiva à família Rhodes. Os Shield também merecem destaque pelo trabalho que fizeram dentro do ringue.

O combate começa e durante os vários minutos que se seguiram, viu-se talvez, o melhor combate de Tag Team que a WWE produziu neste ano. Isto prova que a WWE consegue fazer combates de Tag Team acima da média, apenas tem que se esforçar um pouco. A Acção foi boa, existiram momentos marcantes no combate e, acima de tudo, existiu um “storytelling” muito bom. A Fámilia Rhodes ganhou e não podia estar mais feliz com este combate. O momento em que os 3 membros se abraçam no meio do ringue após o combate, é aquilo que me fica mais na memória. O melhor combate da noite!

Classificação: 8/10

Bray Wyatt vs Kofi Kingston

Passamos de um combate quase excelente, para um que deixou bastante a desejar e que foi um balde de água fria para o que tínhamos acabado de ver. Mais uma vez, este combate pareceu mais um combate de Raw do que um de PPV. Começo a pensar que o melhor para o Bray Wyatt seria não ser introduzido em combates. Deixem ele apenas ser uma personagem sinistra e façam com que os seus dois alianos façam o trabalho por ele. Foi um combate algo aborrecido, onde não existiu nada que fosse possível realçar. Mais uma vez defendo que o Kofi precisa de mudar de Gimmick rapidamente.

Classificação 4.5/10

CM Punk vs Ryback

The Bottom Line #14 – Storm of Mediocrity

De seguida tivemos, a meu ver, a maior desilusão da noite. CM Punk contra Ryback e, meu Deus, não podia ter sido mais desapontante. Não percebo como é que a WWE não viu que estes dois não têm química nenhuma, visto que à um ano atrás fizeram um combate Hell in the Cell bastante medíocre. Tenho que atribuir a culpa do falhanço deste combate a Ryback. Quando não consegues ter, pelo menos, um bom combate contra wrestlers como Chris Jericho, Daniel Bryan e CM Punk, isso é bastante preocupante. O Punk bem tentou que este combate não fosse um desastre, mas também não se consegue fazer milagres. Está foi a gota de água nas oportunidades que eu dei para gostar do Ryback. É impossível pensar que irei algum dia gostar deste wrestler. O final é a única coisa que merece relevo, pois o final do combate dá a entender que possivelmente teremos um novo combate entre o Punk e Ryback o que me deixa aterrorizado. Concluindo, desapontante e fraco!

Classificação 4.5/10

Daniel Bryan vs Randy Orton pelo título da WWE

The Bottom Line #14 – Storm of Mediocrity

Para terminar, tivemos o Main Event da noite, um combate entre Daniel Bryan e Randy Orton para coroar o novo campeão da WWE. Preferia mais que fosse o Orton a ir atrás do título de Bryan, envés de estar vago, mas paciência, não se pode ter tudo. O combate foi bom e bastante agradável, sendo que foi uma ótima maneira de terminar este PPV. Não foi superior ao combate do Night of Champions, muito porque a história contada em ringue não foi tão forte. Porém, não deixou de ser um bom combate, com ambos os wrestlers a fazerem um bom trabalho e a mostrarem que têm boa química juntos. O que faz com este combate não tenha uma classificação maior, é o final do mesmo.

O combate estava a correr bem e parecia que Bryan ia mais uma vez conquistar o Título da WWE. Quando menos se espera, aparece o Big Show que resolve deixar que nenhum dos dois wrestlers ganhe o combate e o título. Odeio quando combates terminam em No Contest desta maneira. Mas qual é a razão para que o Big Show esteja tão envolvido nesta Storyline? Odeio a storyline que arranjaram para o meter à mistura desta (sim, deve estar muito falido). Simplesmente não só fã deste tipo de finais e não gosto que o Big Show esteja assim envolvido nesta storyline, algo que podia ser melhor aproveitado por um jovem talento. Em conclusão, o combate foi bom, sendo que o final prejudicou um pouco este embate.

Classificação: 6.5/10

E chegamos ao fim da análise deste PPV. Em conclusão, penso que este foi um PPV algo fraco, com 2 combates muito bons que salvaram o evento, e um resto de Card bastante medíocre e que deixou bastante a desejar, sendo que me senti desapontando na maioria dos mesmos. Então e vocês o que acharam? Deixem a vossa opinião nos comentários sobre este PPV. Espero que tenham gostado do artigo. Adeus e até para à semana!

Classificação final do evento: 5/10

12 Comentários

  1. MicaelDuarte11 anos

    “Começo a pensar que o melhor para o Bray Wyatt seria não ser introduzido em combates. Deixem ele apenas ser uma personagem sinistra e façam com que os seus dois alianos façam o trabalho por ele.” – porque dizes isso, Rúben?

    Talvez seja suspeito, uma vez que sou fã do Bray Wyatt, mas apesar do combate não ter sido nada por aí além, achei-o decente. O combate teve momentos marcantes que, por exemplo, o R-Truth vs Axel, Punk vs Ryback ou um dos outros mais fracos não tiveram. O único “problema” que eu vejo nos combates em que o Wyatt participa é o uso em demasia das “partes teatrais”, tais como: ficar sentado no chão durante muito tempo; aquela “ponte” (foi interessante, mas tira ritmo ao combate); fitar o adversário durante mais tempo, entre outros. São pormenores que tornam o combate mais vistoso, mas que também contribuem para a “morte” do ritmo do combate. Na minha opinião, esse tipo de maneirismos deveriam ser incorporados durante alguns “moves” dele, ao invés de serem feitos directamente durante um combate, tal como o beijo que é incorporado na “Sister Abigail”. Assim, o combate era mais corrido e sem grandes paragens.

    O Wyatt ainda não mostrou muito (ainda para mais está lesionado!), mas acredito nas suas capacidades. É uma questão de lhe dar mais tempo e deixar que ele prove aquilo que vale.

    • Eu penso que o Bray Wyatt devia lutar o menos possível pois penso que é uma personagem que deve ter mais destaque em promos e coisas assim, envés de estar dentro do ringue. Penso que o facto de ele combater destrói um pouco aquela mística sinistra. Não sei bem explicar, é algo que eu sinto.

      • Coisa11 anos

        Eu sei explicar, é pelo simples facto de a gimmick do Bray ter um aspeto “imbativel”, o que faz ser estranho quando um suposto “monstro” leva porrada em certos spots do combate.

  2. Não quero ser ofensivo, mas penso que uma crónica sobre um PPV quando já passou uma semana e aqui já se leram vários artigos sobre o mesmo aspecto, começa a ser desgastante.
    É só a minha opinião, e repito, não quero ofender, só contribuir ( no meu entender) para um melhor funcionamento.

    • Não é por seres tu, Ruben, que eu digo isto, até porque aprecio o teu trabalho fora deste site. Isto podia ser dirigido a qualquer um.

      • Compreendo o que dizes. É me difícil também, pois o meu artigo é à segunda e para uma pessoa que não vê os PPVs em directo torna-se impossível que apresente um artigo sobre o mesmo logo no dia seguinte.

  3. Bom Artigo,Rúben.
    O Battleground para mim nao foi nada de especial mas conseguiu ser melhor do que o Night of Champions

  4. Tenta uma abordagem diferente.
    Sem ser analisar combate a combate. Vai para além disso.
    Tem é de haver algo único neste espaço que cative os leitores e que os informe de algo que eles não sabiam, curiosidades sobre o PPV por exemplo ( sim, eu sei que aparece nas noticias, mas podia deixar de aparecer e ser um exclusivo do espaço).