O título desta edição é já um antigo ditado, ditado este que não podia estar mais certo. É uma das frases mais conhecidas de sempre e mais do que isso, um dos mais famosos e credíveis factos.

No wrestling, já vimos por diversas vezes alianças, grupos e equipas triunfarem e serem recordadas como grandes lendas. As peças do puzzle começam a encaixar certo? Bem-vindos a mais uma edição do Shattered Dreams!

Shattered Dreams #5 – A união faz a força!

D-Generation X; NwO; Evolution; The Hart Foundation. O que é que estes nomes têm em comum? O enorme sucesso enquanto grupos e, se constatarmos, também o enorme sucesso individual. Qualquer stable com este destaque, credibilidade ou talento tinha de ficar na memória.

Atualmente, a WWE não se pode queixar de maneira nenhuma neste ponto e esse é outro facto. Com a Wyatt Family e os Shield nas histórias de plano principal e o seu lugar garantido nas luzes da ribalta, e ainda os 3MB e a sua popularidade que não é assim tão pouca como parece, Vince tem tudo menos com que se queixar.

É também certo de que a criatividade nasce da crise. É com a crise que vem a necessidade de criação de algo útil recorrendo àquilo que temos. Neste ponto, vou conter-me quanto à minha opinião e tentar ser o mais imparcial possível: se por um lado, a junção de vários talentos perdidos no roster para formar um motivo de destaque para os mesmos é aquilo a que chamamos de “matar dois (ou mais) coelhos de uma só cajadada”, por outro, sou contra o uso de Tag Teams pré-existentes para criar stables, pois vejo que um grupo como esse tem que ter como um dos principais objetivos lançar talentos rumo ao estrelato, e não ofuscar Tag Teams consolidadas para promover outros membros.

Dito isto, aprovo plenamente a teoria de formar stables provenientes dos territórios de desenvolvimento. Assim foi com os Shield, assim foi com os Wyatt, e agora veja-se o enorme sucesso de ambos os grupos.

Como vantagens de tal aposta, a WWE não precisa de se preocupar com o passado, ou seja, certamente já devem ter ocorrido casos em que se formam alianças entre ex-rivais, ora, tendo em conta as visualizações que campos com o NXT tem a nível nacional, isso evita-se logo de início.

Outro ponto a ter em conta é o da promoção. Não é a WWE que gosta de criar as suas própias estrelas? Não é a WWE que gosta de esculpir os seus próprios talentos? Nada me tira da cabeça que esta é a melhor forma de preencher esses campos, pois se a stable tiver sucesso, muito dificilmente os seus membros não saem desta sem o devido destaque.

Mas afinal, o que define uma boa stable?

Shattered Dreams #5 – A união faz a força!

1 – Um bom Power-House

Assumindo de princípio que todas as stables têm por cliché pessoal os múltiplos ataques em vantagem numérica, dá sempre jeito um bom Power-House. Os brawls dos Shield teriam o mesmo impacto se Roman Reigns não quebrasse o ritmo com os seus devastadores spears? Será que as emboscadas da Wyatt Family teriam a mesma consistência se Eric Rowan e Luke Harper não causassem tamanha destruição com os seus ataques violentos? Para ambas a resposta é negativa, e isso está aos olhos de todos. Não desvalorizando os outros membros, não quero com isto dizer que uma brawl  depende necessáriamente de um Power-House, simplesmente ajuda a manter a qualidade e o nível de emoção.

2 – Um representante

Um representante não tem que ser necessariamente um líder, aliás, um grupo sem líder tem, normalmente, outra perspetiva para com os fãs. Um representante tem de fazer isso mesmo: representar. Exemplo disso é Dean Ambrose, que com as suas inabaláveis promos consegue promover a sua equipa. Outra forte opção e que a mim me agrada particularmente, é o manager. O manager é o suposto líder fora dos ringues, como que um “padrinho”, e pode muito bem formular com a sua stable segmentos memoráveis.

3 – Um papel convicente

A gimmick é um dos pontos mais importantes no historial característico de qualquer lutador. Numa stable, esse ponto tem de ter a mesma importância, tanto em segmentos, como em ringue. Não se vê a Wyatt Family executar arm drags e fazer promos semelhantes a John Cena. A sua personagem deve cativar os fãs, de modo a que estes vejam o grupo com o mesmo brilho que vêm os lutadores individuais. Não só a gimmick, mas o papel na empresa deve ser convincente. O booking dos combates deve ser inteligente, seguro e consistente, promovendo essencialmente a credibilidade do mesmo e do seu vencedor. Antes da estreia, tudo deve ser planeado ao pormenor, supondo lesões ou suspensões, formulando um plano B e tudo o que de mais é necessário para que nada corra mal.

Recorrendo àquilo que temos:

Recorrendo àquilo que temos, certamente encontraríamos a fórmula certa para criar e vender sucesso. O número de nomes perdidos no roster e que certamente poderiam preencher os requesitos acima é impressionante.

Para convencer em força, Wade Barrett é algo a ponderar. Apesar de não o ser declaradamente, as suas características de Power-House são perfeitamente visíveis e é um diamante ansioso por ser esculpido.

Drew McIntyre está numa posição ainda mais abaixo, mas está aos olhos de todos a injustiça para tal. O seu talento é imenso e já deu provas disso. O seu papel no grupo encaixava perfeitamente numa equipa com Barrett, com bom wrestling e boas brawls à mistura.

Para representante, Paul Heyman parece-me o tipo ideal para colocar o seu grupo no mapa de atual destaque. As suas competências como manager são visiveis aos olhos de toda a gente, assim como o seu inabalável carisma e mic skills e a sua capacidade de valorizar os outros, sendo que é um nome a considerar.

Rikishi era também um nome a ter em pensamento, sendo que uma junção aos seus filhos Jimmy e Jey os podia pôr definitivamente com o estatuto de lendas, ou perto disso.

A personagem devia ser convincente, engraçada e tipicamente popular, bem ao estilo dos United Kingdom ou os York Foundation.

Assim me despeço, finalizando a minha perspetiva para com este tema, sendo que tão cedo não o pretendo voltar a abordar. Espero que tenham gostado, continuação de uma excelente semana!

Shattered Dreams #5 – A união faz a força!

4 Comentários

  1. Dreamer11 anos

    Grande artigo, Rúben.

    Destaco o que você falou sobre que define uma boa stable, realmente cada ponto que você mencionou tem uma grande influência.

  2. Catchphrase11 anos

    Bom artigo tenho te seguido todas as semanas mas normalmente nao comento tens uma mente criativa continua já agora um manager nas stables
    Da muito jeito
    PS:nao ligues se tiveres poucos comentarios

    • Rubinho16@11 anos

      Obrigado 😀

      Não és obrigado a comentar, não te preocupes 🙂