Nos últimos anos, a WWE tem sido assolada pelas presenças de inúmeras figuras do seu passado. Pessoas que, com as mais diferentes intenções, tendem a ocupar os lugares de maior destaque no card da WWE. Ao longo destes últimos anos, a WWE tem ensinado aos fãs uma valiosa, mas perigosa, lição: estes “part-timers” são melhores que o roster actual.

O passado é melhor que o presente. Isto está em todo o lado. Está nos comentários dos fãs que imploram por um regresso da Attitude Era, por um combate de Undertaker e Sting, por mais um combate de Steve Austin, The Rock, Shawn Michaels ou até Chris Jericho.

É injusto colocar Chris Jericho neste “saco”, dada a sua dedicação e cuidado em ajudar todos aqueles com quem trabalha, mesmo que discorde do que está a fazer – ex: Fandango na Wrestlemania 29 – a verdade é que este também é uma estrela do passado. Goldust é outro nome que, tal como Chris Jericho, é usado de forma mais saudável e inteligente.

No entanto, essas são as raras excepções. Esta mentalidade destrutiva e ofensiva existe entre os fãs, não porque a WWE não oferece melhor, mas porque a própria WWE faz questão de reforçar que é verdade: o passado é melhor que o presente.

Ao longo dos últimos anos, a WWE frequentemente chocou os fãs com a sua hesitação em criar novas estrelas, frequentemente devido ao envolvimento de uma estrela do seu passado.

Seja a situação de Alberto Del Rio em 2011, Ryback em 2012, Daniel Bryan em 2013, Dolph Ziggler nos últimos anos, existem inúmeros exemplos de momentos em que a WWE tinha todas as ferramentas necessárias para criar grandes nomes e, no entanto, a companhia diverte-se a ignorá-los.

É certo que nem todos os exemplos dados serão os melhores, olhando em retrospectiva, e que não existe a garantia de sucesso, mas na realidade, essa nem é a questão.

A questão não é o possível falhanço, mas sim o facto que a WWE, deliberadamente, escolheu não agir em momentos cruciais. Tal é perigoso. Quanto mais a WWE adia o processo de criação de estrelas, mais dependente está das que já estão criadas. Essa dependência é um grande risco. Um risco desnecessário.

Na realidade, não interessa o que o roster actual faça para tentar provar o seu valor e que também é digno da apreciação da companhia, pois quando realmente importa, quando chega a altura de fazer alguma coisa que o prove, a WWE irá sempre escolher o passado.

Essa é a maior falta de respeito para os que mantém o show na estrada, literalmente. É uma falta de respeito às pessoas que passam mais de 300 dias e noites fora de casa, que faltam a ocasiões familiares, ou até que atrasam a formação de família por esta companhia.

Por norma, todos os part-timers fizeram isso no passado e alguns ainda o fazem hoje em dia quando regressam, mas já foram recompensadas por isso. Já tiveram o seu momento ao sol. A carreira deles está no fim ou então acabada.

Opinião Feminina #168 – The Machine & The Past

Compreende-se que, por exemplo, The Rock regresse e vá direitinho para o main-event da Wrestlemania contra John Cena uma vez, visto que é um choque de gerações histórico. Não se compreende, no entanto, que monopolize diversos main-events de vários pay-per-views sem qualquer cuidado ou preocupação para com a geração actual.

E o amanhã? E daqui a cinco anos? E daqui a dez? Será The Rock, Undertaker, Triple H e companhia limitada, a carregar a WWE? Ou naquela altura será um John Cena, de mais de quarenta anos, a monopolizar as atenções? Estarei, daqui a dez anos, a queixar-me de John Cena neste contexto?

Não compreendo qual é a produtividade ou o raciocínio por detrás desta humilhação do talento actual. Será que a WWE acha que o roster não se esforça? Que não tem qualidade? Ou o facto das audiências não serem de arromba e as vendas de pay-per-views um espanto não serve só de desculpa para o caso Daniel Bryan, como também para este?

Poderei estar a ser pouco objectiva, afinal já por várias vezes dei o benefício da dúvida e apoiei estrelas que não foram a lado nenhum com isso, ainda. Tal como referi anteriormente, apoiei e dei o benefício da dúvida a Ryback quando estreou, fiz o mesmo com Brodus Clay e Fandango. Cheguei mesmo a apoiar Curtis Axel como Paul Heyman Guy.

Mas mesmo assim, tal não justifica esta atitude contra-producente.

Apoio a ideia de certas personalidades fazerem aparições ocasionais em pay-per-views ou eventos especiais. Não apoio a forma como são usados. A WWE não usa estas figuras para apoiar o evento, os seus lutadores e a companhia no geral.

A WWE torna-as no foco principal com esperança de conseguir quebrar uns recordes de vendas, fazer alguns milhões e seguir em frente para a próxima Wrestlemania. Os talentos actuais são meros nomes que estão a ser usados para entreter estas figuras, não ao contrário.

Sem contar com Goldust e a possível aparição dos New Age Outlaws, quatro grandes nomes figuram agora no card da Wrestlemania que o roster actual terá que entreter porque eles têm de aparecer. O problema não é estes aparecerem, mas sim esta mentalidade, pois a mesma irá transparecer em tudo o que a WWE fizer com estes. No passado, as coisas não correram muito bem.

Na Wrestlemania 27, The Miz fazia parte do main-event da Wrestlemania com John Cena. Era? Só no papel, porque em teoria este estava apenas a servir de desculpa para a WWE ter um ano de antecedência para anunciar o combate de The Rock e John Cena. Se The Miz é a estrela e merecido main-eventer aos olhos de todos os fãs? Não, na realidade até foi dos mais criticados, mas a mentalidade com que sacríficio de talento e humilhação do roster actual foi realizado é absolutamente inconcebível.

Onde é que está The Miz agora? O que é feito dele?

Compreendo que The Miz não seja um main-eventer aos olhos dos fãs e que o facto deste ter sofrido as consequências não aborrece muitos, mas é a mentalidade que torna isto possível o problema. Porque se afectou The Miz, pode afectar qualquer lutador que a WWE não se preocupe em proteger.

Como, por exemplo, CM Punk.

Há um ano atrás, CM  Punk teve uma rivalidade com The Rock. CM Punk, uma das maiores estrelas dos últimos anos e desta Era, enfrentou um dos melhores de sempre. Como se tornou seu hábito em situações de grande importância, CM Punk agarrou no microfone e embaraçou por completo o seu adversário. As suas palavras, o seu tom, a sua expressividade, a sua energia…Enfim, tudo o que se pode avaliar numa promo podia-se encontrar no trabalho de CM Punk e dar-lhe nota máxima.

CM Punk embaraçou The Rock ao ser melhor que ele, ao elevar a fasquia e ao ver que este não conseguia responder. O melhor trabalho de The Rock com a WWE foi em 2012 e já naquela altura John Cena teve vantagem clara. Lembro-me perfeitamente de assistir a esta interacção e questionar-me porque é que esta rivalidade não se passava na Wrestlemania.

A resposta é simples: “eles” queriam The Rock vs. John Cena II. Nâo havia qualquer hipótese. A partir do momento em que The Rock anunciou que iria lutar pelo Título no Rumble, tudo estava às vistas e pronto a ser adivinhado. Foram os três meses mais prevísiveis do ano passado.

O reinado histórico de CM Punk existiu, em parte, porque The Rock só iria aparecer no início da Road to Wrestlemania e foi sacrificado para construir uma história que ninguém estava a implorar para ver outra vez.

A partir daí, foi tudo mais do mesmo. Havia dúvidas em quem iria ganhar o Royal Rumble? Em quem iria vencer na Elimination Chamber, entre The Rock e CM Punk? Não. A WWE sacrificou uma estrela que provou ser melhor e provou merecer melhor para obter aquilo que idealizavam e viam como melhor ideia.

É verdade, a Wrestlemania 29 vendeu bem. Mas alguém tem dúvidas que teria vendido menos – ou quem sabe, talvez mais – se CM Punk tivesse enfrentado The Rock e John Cena tivesse enfrentado Undertaker? Eu aposto que teria vendido mais.

A diferença entre CM Punk e Daniel Bryan é que, ao contrário deste último, Punk já alcançou um certo estatuto. As histórias poderiam ter corrido de outra forma e proporcionado um melhor pay-per-view, mas CM Punk não sofreu, propriamente dito, com o sucedido.

O problema é que, deliberadamente, a WWE sacrifica a credibilidade e o trabalho de todos os lutadores deste roster por apenas uns milhões extra na Wrestlemania quando, se protegesse os talentos actuais e usasse as Lendas para seu benefício, poderia lucrar uns milhões extra todos os pay-per-views do ano.

Toda a gente vê este sacrifício e está-se a tornar um hábito. Até o próprio Batista não tem problemas em afirmar que o roster com quem está a trabalhar é inferior ao de antigamente.

Como se não bastasse alguns fãs já acharem isso, como se não bastasse um número significativo de fãs apenas acompanhar o produto alguns meses por ano, como se não bastasse a forma como a WWE trata estes part-timers, agora até é dito, nas redes sociais, como se não fosse nada demais.

O roster pode ser inferior ao de antigamente em muitos aspectos, mas não é mais do que aquilo que fazem dele. Aquilo que a companhia faz dele. Se Batista é uma estrela, é porque grandes nomes na WWE se certificaram que ele o fosse. Mais do que ninguém, ele deveria saber isso, mas não sabe, porque provavelmente vive na ilusão que é tudo mérito seu.

A questão é que os fãs estão a habituar-se a ver o roster actual a ser embaraçado e minimizado quando em comparação com estas estrelas do passado e tal tira-lhes qualquer credibilidade que poderiam ter. A WWE está a passar a mensagem que não vale a pena investir nesta geração.

É por isso que quando chega a altura de Wrestlemania, quando todas as grandes estrelas agraciam os fãs com a sua presença, as audiências sobem a pico e as vendas quebram recordes. Porque as estrelas que a WWE está a destacar são aquelas em que já investiu. Logo, a WWE está a colher os frutos de investimentos antigos.

Se a WWE investisse no roster actual, poderia começar já a colher esse frutos na próxima Wrestlemania, sem a obrigação de recorrer aos grandes nomes.

O importante a perceber é que o problema não reside nos nomes dos indivíduos prejudicados. A lógica da WWE não passa a bater certo só porque a grande maioria discorda no que toca a The Miz ser um main-eventer, ou Ryback ter merecido ou não um investimento em 2012 e início de 2013.

A lógica não passa a estar errada apenas porque Daniel Bryan, Dolph Ziggler e vários outros adorados dos fãs foram prejudicados.

Este raciocínio da WWE está sempre errado. Independentemente de quem afectar.

A WWE deve usar estes grandes nomes do passado de forma a ajudar o roster actual, não ao contrário. E é exactamente o contrário que está a acontecer. Não admira que, com a excepção de John Cena, pareçam todos estrelas de segunda categoria quando comparados com antigos part-timers.

Não é uma boa estratégia empresarial. A não ser, claro, se o objectivo for quebrar recordes num único evento e não assegurar o futuro da companhia.

É por isto que Batista vencer o Royal Rumble é um erro. Mantenho o que afirmei na semana passada, quando defendi que não havia nome mais acertado para vencer o Royal Rumble que Daniel Bryan. Mas isso é devido ao percurso de Daniel Bryan até agora.

Batista nunca devia ter ganho o Royal Rumble, não por causa de Daniel Bryan, mas por causa de todo o roster desta geração. Batista não ganhou absolutamente nada com o Royal Rumble e duvido seriamente que o seu efeito nas vendas da Wrestlemania sofressem alguma diferença caso este não tivesse ganho.

E o mais triste de toda esta história é a forma como os fãs reagiram a esta decisão. O comportamento dos fãs no Royal Rumble – e ao longo de todas as arenas por onde Daniel Bryan passou nos últimos anos – foi claro. Os fãs estão prontos para uma novidade. Os fãs querem uma novidade.

Cenário mais perfeito que este para criar uma estrela é impossível. Mas, tal como fez tantas vezes no passado, a WWE resolveu ignorar. Mais uma vez, em prol de uma figura que em nada precisava desse investimento.

Não sei até quando esta mentalidade irá durar, mas parece-me que a WWE não irá mudar até atingir um limite. Enquanto houver antigas estrelas para usar, a WWE irá continuar a fazê-lo sem qualquer cuidado. E, quando chegar a altura de atribuir as culpas pela falta de consistência do roster e pelo reduzido número de grandes estrelas actuais, irão fingir-se de desentendidos e sacudir a água do capote.

Os bodes expiatórios serão os fãs porque apenas compram e assistem ao que envolve as verdadeiras estrelas – algo que eles se esforçaram imenso para se certificar que acontecia, e os talentos actuais, seja porque não possuem a aparência ideal ou porque não correspondem aos seus requisitos.

Não passa tudo de um permanente ciclo vicioso que, infelizmente, não tem fim à vista. Enfim, da minha parte é tudo, desejo uma excelente semana a todos e até à próxima edição!

11 Comentários

  1. Olha já se falou muito sobre isto, e sinceramente disseste tudo o que se tinha que dizer sobre os motivos pelos quais o Batista não deveria vencer o Rumble. Esta situação do Bryan e da aposta em veteranos só muda quando chegar ao limite, se estamos perto disso, talvez.

    O que sei é que pelo menos no caso do Bryan que a corda vai partir em breve, só não sei para que lado. Só não sei que é sustentável por muito mais tempo.

  2. GabrieLpNd11 anos

    Mais um excelente artigo, Salgado.

    É tudo questão de investimento. As estrelas do passado estão aparecendo em Main Events dos maiores PPV de hoje porque no passado a WWE investiu nelas e porque a WWE não está investindo nas estrelas de hoje.

    Não intendo qual é o problema que a WWE tem com o Daniel Bryan. O publico o ama e se não fosse por eles, o mesmo já estaria enterrado, graças ao booking que ele recebe.

    A volta de Batista foi totalmente desnecessária, ao contrário de Goldust e dos NAO (nesse caso, se forem “campeões de transição”), por exemplo.

    Enfim, a WWE já deu motivos de sobra para muitos fãs pararem de acompanhar o seu produto.

  3. MicaelDuarte11 anos

    Muito bom artigo Marta, mas já falaste deste ciclo vicioso e do mau uso de antigas estrelas muitas vezes…

    Eu sei que, neste momento, os temas que assolam as nossas mentes são o caso do Bryan, a vitória do Batista e o seu mau uso, o Punk, mas tenta refrescar o espaço com um novo tema.

    Os Títulos USA e IC há muito que não são defendidos, o combate Shield/Wyatt’s… Tenho a certeza que não terás dificuldade em arranjar um novo tema.

  4. don_ricardo_corlone11 anos

    Vai chegar o dia em que o Triple H, o The Rock, o Steve Austin, o Undertaker, o Brock Lesnar e companhia limitada serão demasiado velhos para um combate de wrestling, a WWE olhará para o seu roster e vai dizer “fizemos merda”. A WWE quer o retorno imediato do investimento e acaba por esquecer o futuro e com o Triple H a situação é ainda pior, o ego dele é de tal forma gigante que ele acha que os fãs querem ver ele e os amigos, eis o resultado, ninguém quer saber de Batista, estamos todos fartos do Randy Orton e os New Age Outlaws apenas vão tirar o interesse dos titulos de tag team.
    Ainda bem que apareceu o Daniel Bryan e o CM Punk bateu com a porta, não por não gostar do Punk (que considero dos melhores ou mesmo o melhor de sempre), não apenas pela enorme qualidade do Daniel Bryan mas porque graças a eles tivemos a pior Royal Rumble de sempre com a melhor reacção que os fãs poderiam ter, o Batista a ser apupado para fora da arena. Espero que na Wrestlemania seja igual, a minha grande esperança seria mesmo os fãs irem embora antes do main event (seja ele Orton vs Batista, Brock Lesnar vs Batista ou Cena vs Batista), seria épico e lindo mas duvido muito que aconteça…

  5. Rubinho16@11 anos

    Bom artigo Salgado!

    De facto a vinda de lendas é quase que algo obrigatório na época de Wrestlemania. Sendo o PPV com mais importância do ano, é normal que a WWE queira lucrar mais com esse PPV do que com os outros.

    A questão não é propriamente a falta que as lendas fazem ou não, pois acho que toda a gente tem noção do que os devidos regressos podem render. A questão é mesmo, e como tu bem mencionas-te, a forma como as lendas são utilizadas.

    Eu não vejo o regresso de Batista como uma prioridade. Nunca desgostei dele, mas também nunca se destacou dos outros na minha lista de favoritos. Simplesmente acho que, uma vez que mais velhos do que ele o fizeram, este podia ser usado de forma mais proveitosa tendo em conta a sua condição física. Até aqui não é novidade para ninguém, não só tu o referiste, como acho que é a opinião da maioria.

    Não acredito em Egos. Posso estar a ser demasiado inocente ou até mesmo ingénuo, mas tirando Triple H e John Cena, duvido que mais alguém tenha tanto poder na empresa. A meu ver, a vitória do Royal Rumble foi uma garantia dada a Batista para que este regressasse e com isso, fazer “subir” as audiências. Acho que este está confirmado como um dos termos do contrato.

    Por mais inseguro que eu esteja quanto às minhas afirmações, acho que a culpa é mesmo da gestão da WWE, sem citar nomes. Foi ela que ofereceu o contrato a Batista e fez tudo para que este o assinasse. A TNA não é considerada concorrência, nunca foi, e num futuro próximo também não o deverá ser, logo, penso que está na altura de arriscar, aproveitar o tempo em que não têm “adversário direto”, e criar lendas a curto-prazo.

    É fácil dizer que o plantel atual é inferior ao do passado. O “Star-Power” é incomparável, não por culpa dos lutadores em si ou até mesmo do apoio do fãs, mas da sua construção em si. Atualmente, e nos últimos 2/3 anos, os únicos Main-Eventers que podem ser considerados lendas e serem recordados após a sua reforma como alguém de estatuto, são Orton, Cena e Punk, enquanto que por esta altura já podiam estar também nesse grupo Sheamus, Del Rio e Dolph Ziggler.

    Enfim, excelente desabafo, e embora o buraco para que a WWE está a caminhar seja desgastante para nós, é preciso acreditar que isto é apenas passageiro, tal como foi no ano passado e possivelmente será no próximo. Tal como referiste, um ciclo vicioso …

  6. Muito bom artigo Salgado.

    Isto é mesmo um ciclo vicioso que não tem fim à vista. A WWE quando chega ao RTWM é sempre a mesma coisa. Aposta sempre nas estrelas do passado e os “wrestlers” que trabalham um ano inteiro que se “lixem”…

    Não gostei da vitória do Batista no Rumble, apesar de ser grande fã dele. Quem devia ter ganho era o Bryan porque era momento ideal, tinha o público do seu lado e merecia ser estabelecido com “Main Eventer”. O público deve reagir mais vezes como reagiu no final do Royal Rumble para ver se a WWE abria os olhos.

    Quando as estrelas do passado não puderem fazer um combate, a WWE vai-se ver à rasca…

  7. Acho que nessa situaçao de desperdiçar main-eventers poderiam perfeitamente inserir-se também o Wade Barrett e o proprio Damien Sandow. O Barrett da forma como começou tinha tudo para estar no topo neste momento, a aderência do publico aos nexus era sempre visivel nas arenas e Barrett só tinha a ganhar se com ele fosse feito um bom trabalho. Ele tem tudo para ser um idolo desta nova geração.

    Já o Sandow é um caso que já seria um idolo diferente de Barrett a meu ver pois apesar de o ver como main-eventer nao o vejo ao nivel de Barrett no global. No entanto tem uma gimmick brutal e se o tal cash in desse certo poderia ter um reinado de imenso destaque. Infelizmente nao apostaram nele.

    Relativamente ao Miz eu vejo-o como o main-eventer, sempre o vi e sempre o verei. A meu ver ele é um heel absolutamente brutal, com promos fantasticas e que apesar de nao ser um genio dos ringues faz muito bem o seu trabalho. Por mim seria aposta segura no topo.

    Nao acho que CM Punk seja melhor que The Rock nem perto disso. The Rock a meu ver é claramente superior a todos os niveis, só perdendo mesmo para o Stone Cold no global e nem por muito. Apenas acho que naquela situação Punk estivesse do lado da razao, mas isso nao significa que seja melhor que o The Rock e a opinião da maioria dos fas so comprova isso.

  8. Isto chegou a um ponto em que já nem sei se a WWE acha que ganha mais com as antigas estrelas. Sinceramente, começo a achar que eles simplesmente pensam que é mais fácil, independentemente de vender mais ou não. Para quê tentar construir histórias com cabeça, tronco e membros de forma a criar Dolph Ziggler’, Daniel Bryan’s, Damien Sandow’s, Wade Barrett’s e afins em estrelas, se basta fazer uns telefonemas, negociar um contratozinho de milhões e fazer umas “vignettes” janotas com pessoas que já provaram tudo o que tinham a provar?

    Eu juro que tento não cair na teoria da maioria das pessoas que são anti-Triple H, mas começa a ser difícil. Batista, Randy Orton e New Age Outlaws… Todos eles ganharam no Royal Rumble, todos eles são amigos/protegidos do Triple H. É muito triste ver que a nossa WWE se tornou nisto e, sinceramente, perdi a esperança de que vá melhorar. E olhem que eu sempre fui um rapaz esperançoso, por isso se perco a esperança em alguma coisa é porque a situação é mesmo grave.

  9. Espetacular artigo Sagado.

    É justamente este o ponto em que a WWE peca, ela deveria sim trazer as grandes lendas para participarem na Wrestlemania, mas acho que o propósito de sua utilização, poderia ser em momentos de homenagem ou para alavancar novos talentos, ou para então apenas para de certa forma completarem o card da Wrestlemania, mas jamais serem já alavancados ao main event.

  10. john 3:1611 anos

    Parabéns pelo artigo Salgado, e tudo o que escreveste infelizmente está certo, a qualidade da attitude era foi muito superior a esta universe era.
    Não tenhas dúvidas que daqui a 10 anos, nomes como a, the rock, undertaker e HHH ainda serão ouvidos não so como lendas mas como lendas mas provavelmente ainda lutarão, no caso do undertaker será mais dificil.
    John Cena com 46 anos fará provavelmente o papel do the rock e do batista, roubar acesso a main events e a ganhar royal rumble matches a toa.
    Em 2012 claro que me recordo a sensação era o feed me more, ryback esteve em alta, e hoje em dia esta nas ruas da amrgura, tudo porque a wwe não o deixou ter o titulo uma unica vez, fosse com a feud com o punk ou cena, e provavelmente com o cena devia ter sido a altura dele ganhar o titulo, no entanto tal não aconteceu.
    Tenho receio que o que aconteceu ao ryback, aconteça ao bryan, caia em esquecimento, mas provavelmente isso não acontece porque apesar de tudo a personagem do bryan é mais forte que a do ryback em 2012.
    Em relação ao punk, não a muito a acrescentar disseste tudo, o problema foi sempre esse como ja referi noutros artigos, cena é o menino de ouro e por isso so ele é que enfrentou the rock, não vale a pena, eu gosto do cena, mas acho que a wwe tem de se descolar da personagem e criar novas feuds

  11. Mais uma excelente edição!

    Como sempre tocas na ferida! Para Batista ser grande, ou outros exemplos, houve alguém (main eventer) que se sacrificou… não podias estar mais correcta!

    E agora…Pois parece que já não existe esse espírito!