Sendo que a última edição mencionou vários talentos em que a WWE, pelas mais variadas razões, perdeu interesse, nesta edição a conversa será completamente diferente. O mundo habitado pela Wyatt Family e pelo grupo The Shield existe à parte, não só dos talentos que referi na semana passada, mas da esmagadora maioria do roster.
Embora possa parecer que não, devido ao tom das recentes edições, ainda existem coisas no Wrestling que valem a pena. Coisas que nos fazem sentir a antecipação a crescer. Coisas que, sem darmos por isso, nos fazem sorrir e nos empolgam.
The Wyatt Family vs. The Shield é uma rivalidade que há muito quero ver. Essa vontade tem sido expressa repetidamente em várias edições deste espaço. Felizmente, tive a sorte de não ter as minhas expectativas desapontadas e de continuar tão empolgada para o ver como estava há meses atrás.
Existem várias razões para justificar o sucesso de ambos os grupos e desta rivalidade, mas todos eles resumem-se a apenas uma. Tudo isto funciona porque foi algo em que a WWE se manteve consistentemente motivada. Ao contrário de outros casos, a WWE não se cansou passadas umas semanas e abandonou a situação.
É certo que existem sempre algumas decisões questionáveis, todavia as mesmas foram remediadas a tempo de não causar estragos significativos na credibilidade de ambos os grupos.
Este combate é, para mim, o mais antecipado do Elimination Chamber porque ambos os grupos foram protegidos ao ponto de levar as pessoas a acreditar que nenhum dos dois pode perder.
Sim, será o combate pelo Título WWE World Heavyweight que irá encerrar o evento e, pela estipulação que tem e impacto que irá ter no card da Wrestlemania, costuma ser o mais intrigante. Contudo, este é o combate que as pessoas antecipam pela qualidade e construção.
A magia de The Wyatt Family vs. The Shield não depende de tornar mais óbvio o card da Wrestlemania, mas sim de Wrestling. Nada mais que isso. Tal como as reacções que os fãs tiveram nas passadas edições da Raw mostraram, não há nada mais antecipado neste card do que ver estas duas equipas tão diferentes em rota de colisão.
O combate que Bray Wyatt teve com Daniel Bryan no Royal Rumble era exactamente o combate que queria ver dele desde o momento em que se estreou no roster principal.
Já afirmei em edições anteriores que a sua estreia contra Kane, no Summerslam, foi extremamente desapontante. Desde então, a Wyatt Family, como um grupo, deu sinais de evolução dentro de ringue, mas nunca ao nível que Bray Wyatt mostrou conseguir chegar no Royal Rumble.
É certo que ter Daniel Bryan como parceiro de dança deve ajudar bastante, mas mesmo assim, acredito que Bray Wyatt é capaz de ter combates de qualidade semelhante ou melhor com outros lutadores.
O mérito existe e estava lá. Estava em todos os maneirismos que Wyatt teve durante o combate, toda a sua ofensiva, toda a sua força bruta… Não havia uma única falha em Bray Wyatt. Embora tenhamos esperado longos meses por este combate, é seguro afirmar que valeu bastante a pena.
É um facto que qualidade in-ring, embora exista, não é um must para a Wyatt Family, em particular Bray Wyatt. A sua apresentação é tão peculiar e intrigante que, desde que não se embarasse por completo, iria funcionar. Porém, facilita o trabalho se os fãs forem presenteados frequentemente com combates desta qualidade.
Todavia, desde que a Wyatt Family se estreou no roster principal, duas coisas têm sido absolutamente claras.
Primeiro, a WWE adora este conceito e o trabalho feito pelo grupo, portanto pretende apostar no grupo à séria.
Segundo, a WWE não sabe ao certo como o fazer, o que é uma pena porque a forma como Wyatt tem levado a sua personagem a sério, aprimorado a mesma até aos mais ínfimos detalhes, é verdadeiramente impressionante.
Os curtos meses em que a Wyatt Family tem estado no roster principal da WWE foram pautados por promos fantásticas, momentos arrepiantes e, na sua maioria, combates e rivalidades pouco memoráveis.
A apresentação é brilhante e a execução ainda melhor mas, no que toca a usar tudo isto numa rivalidade de sucesso, a WWE falhou redondamente.
A única constante tem sido a forma como a WWE, mesmo não estando a conseguir atingir o potencial máximo do grupo, não desistiu do mesmo. Até tentou usar Daniel Bryan, a personalidade mais popular dos últimos meses, para ajudar a Wyatt Family.
Ora, a rivalidade do grupo com Daniel Bryan foi memorável, mas não da forma que a WWE idealizava. As pessoas irão recordar a forma como todos os fãs de uma arena fizeram o “YES!” em perfeita sincronização com Daniel Bryan. Irão recordar o combate de ambos no Royal Rumble. Irão, talvez, recordar a falta de lógica que teve a ideia de unir Bryan ao grupo, mas nada disto beneficia a Wyatt Family.
É certo que podia ter corrido muito pior, mas ao menos a WWE teve o bom senso de acabar com a história antes que existem consequências sérias.
A início receei que a Wyatt Family sofresse com toda a história, pois afinal foram estes que tiveram mais a perder, mas a qualidade daquele combate fez maravilhas e compensou a falta de lógica que a história teve na maior parte do tempo. É por isto tudo que a rivalidade com os The Shield é a primeira que a Wyatt Family tem que corresponde às expectativas e faz jus à qualidade do grupo.
Há uns meses atrás, achava que um combate com John Cena na Wrestlemania XXX era demasiado para a Wyatt Family. Há uns meses atrás, a Wyatt Family mostrava muita inconsistência que, por sua vez, levava à dúvida.
Agora, depois deste último mês, acredito que a WWE seria capaz de promover e construir o combate de forma a que não parecesse ser areia de mais para a camioneta do grupo. Além disso, só essa oportunidade, com ou sem vitória, seria espectacular para o grupo e a sua credibilidade. Existem poucas formas melhores que um combate com John Cena na Wrestlemania XXX para ajudar a promover um jovem talento.
De qualquer das formas, antes da Wrestlemania XXX existe o Elimination Chamber e o combate com os The Shield.
Talvez seja a melancolia típica de uma fã tendenciosa, mas ainda acho que é demasiado cedo para os The Shield se separarem. A WWE está a preparar esta separação e o lançamento de Roman Reigns como babyface de forma minuciosa e inteligente. Porém, embora acredite que vai resultar, sinto que a WWE teria uma maior garantia de sucesso se adiasse a separação.
A questão com o grupo é que, embora a WWE esteja a dar razões aos fãs para adorarem Roman Reigns, tal não está a ser tão eficiente no que toca aos fãs odiarem Dean Ambrose.
Desde que a WWE começou, subtilmente, a promover a tensão entre o grupo, a mesma centrou-se em Roman Reigns e Dean Ambrose, sendo Rollins o elemento neutro que tenta ser a voz da razão e manter o grupo unido.
E com Reigns está a funcionar na perfeição. Este já possui algumas manobras impressionantes que o irão consolidar de forma absoluta. O seu domínio no Royal Rumble foi apreciado e reconhecido pelos fãs, depois de toda a polémica com Daniel Bryan ter sido posta de parte.
E, acima de tudo, este tem sido colocado numa posição em que os fãs sabem, ou acreditam, instintivamente, que ele será uma grande estrela. A WWE tem promovido Roman Reigns como uma estrela e os fãs têm acreditado. Este tem sido extremamente protegido, tal como todos devem ser, e o resultado está à vista.
Talvez esteja a fazer comparações a mais com os Evolution e altura em que Batista se separou do grupo, mas grande parte do sucesso de Batista como babyface deveu-se à forma como os fãs detestavam Triple H.
Neste momento, não sinto que os fãs detestem Dean Ambrose. Não existe qualquer animosidade para com Dean Ambrose. Este ainda não fez nada de extremamente odioso para o gerar esse tipo de reacção.
Os fãs estão a reagir a Roman Reigns de forma positiva, mas não estão a reagir ao seu futuro antagonista. Se isso significa que Roman Reigns irá falhar como babyface? Não é possível dizer.
Isto não é uma ciência exacta, onde juntando os ingredientes suficientes se garante o resultado. Porém, é natural que a popularidade de um babyface esteja directamente relacionada com o ódio que o vilão consegue gerar entre os fãs. Quanto mais os fãs odiarem este vilão, mais os fãs irão adorar o herói que o derrota.
Admito, no entanto, que talvez a WWE tenha tudo isto planeado e esteja apenas a construir a história de forma mais lenta e cuidada.
Estou tão habituada a ver a WWE apressar histórias, cansar-se de lutadores e fazer trinta por uma linha, apenas porque não tem a paciência necessária para deixar as coisas evoluírem naturalmente que, quando finalmente as coisas são bem feitas, acabo por desconfiar.
Os The Shield são um grupo que tem o potencial para durar, facilmente, dois ou três anos. Quem sabe até mais. Mais de um ano depois de estrearem e o grupo está, finalmente, a explorar as personalidades de cada indivíduo que o constitui. Isto abre logo imensos caminhos e ideias que a WWE poderia explorar, ao invés de saltar para a parte onde automaticamente apostam na pessoa que mais gostam.
Ao contrário da Wyatt Family que funciona como um culto, onde Bray Wyatt é o centro e o grande foco da atenção, The Shield tem uma dinâmica completamente diferente.
Os planos imediatos da companhia para cada membro podem ser diferentes, mas dentro do grupo, estes podem ser explorados e destacados individualmente. Os três apresentam carisma e talento para tal.
Além disso, a forma como se desenvolveram e tornaram credíveis ao longo do último ano é absolutamente inacreditável. Estes três lutadores podem não estar, oficialmente, no main-event, mas não há ninguém no roster que esteja mais perto de lá que eles. Exceptuando claro, os que já lá estão.
De qualquer das formas, embora ache que ainda é cedo demais para separar o grupo, repito que a WWE o tem preparado de uma forma excelente. As interacções entre os elementos do grupo têm sido bastante interessantes de ver, dadas as novas circunstâncias e em nada os tem prejudicado.
Isto é uma prova do talento das pessoas envolvidas. A subtileza da tensão criada apenas está a resultar porque cada envolvido sabe bem qual é o seu papel e, melhor que isso, sabe representá-lo. Está tudo a fluir naturalmente e isso é tudo o que um fã quer.
De tudo isto, a única grande crítica a apontar é a forma como o Título de Estados Unidos tem sido usado no meio desta situação. Acredito mesmo que a WWE se tenha esquecido durante uns meses que Ambrose era campeão. Toda esta situação é uma pena e gostaria de acreditar que seria diferente se Ambrose não fosse o campeão, mas a história dita que provavelmente não seria, portanto acaba por não fazer grande diferença.
Não desculpa a forma despreocupada como a WWE trata os Títulos mas, nesta altura do campeonato, já é uma velha lengalenga.
Tal como afirmei na semana passada, Roman Reigns é a prova viva de que a WWE sabe o que fazer para lançar uma estrela. Todos os erros ou falhas que julgamos serem demasiado ridículas para o seu nível de profissionalismo e anos de existência não passam de meros caprichos ou manias de quem está no poder.
Ou isso, ou então é uma grande e conveniente coincidência que com Roman Reigns tudo esteja a ser feito na perfeição. A forma como este liderou os The Shield para o seu confronto espectacular com a Wyatt Family há duas semanas foi brilhante.
Os fãs na arena foram à loucura com a possibilidade dos grupos finalmente colidirem. E, milhares e milhares de quilómetros de distância, partilhei esse sentimento.
A forma como a WWE se esforçou para não acentuar demasiado a tensão entre os The Shield, de forma a que estes entrem no Elimination Chamber com todo o balanço possível foi outro detalhe extremamente bem pensado.
Embora, logicamente, se assuma que será a Wyatt Family a vencer, visto que os The Shield estão em vias de se separar e esta derrota iria facilitar essa transição, facto é que da forma como a WWE construiu a história, tudo pode acontecer.
E é por isso que este combate soa mais importante do que todos os outros no card. Ambas as equipas foram posicionadas fortemente e protegidas e isso faz toda a diferença.
Gostaria que este combate tivesse ficado guardado para a Wrestlemania, dada a importância do evento, mas a tamanha gestão que a WWE terá de fazer de todos os talentos a “part-time” que irão comparecer, temo que depois este fosse um dos combates a pagar por isso. No Elimination Chamber, acredito que este combate terá maior probabilidade de ter o destaque que tanto merece.
Esta rivalidade não é só um produto de simplicidade, de inteligência e de muito talento, mas também a grande recompensa que os fãs da WWE merecem pelos disparates cometidos pela companhia nos últimos meses. Aproveitem e divirtam-se! Até à próxima edição!
36 Comentários
Muito boa esta análise, mas acho que a Shield acaba ja hoje ou na WrestleMania, mas a Wyatt Family tem sim futuro, pelo menos mais 1 ou 2 anos sem terem problemas dentro do grupo e com titulos de Tag Team e provavelmente o US champion tal como na Shield
Também acho que, com a derrota hoje, começa o início do fim para os The Shield e acabam na Wrestlemania, daí as críticas apontadas em cima.
De acordo. A Wyatt Family, à semelhança dos The Shield, tem o potencial para durar anos, sem problemas.
e tambem acho que a Wyatt Family vai ter mais elementos em breve
Mais um ótimo artigo, Salgado. Para variar só um pouquinho, não há praticamente nada para acrescentar! xD
Acho que a maioria está de acordo que os The Shield deveriam durar mais, porque como citado, só o Romam Reigns será beneficiado com a separação.
Obrigado 🙂 Se a separação for para já, é só mesmo Reigns que irá beneficiar. Se a WWE fizesse isto com mais tempo e se preocupasse em colocar mais heat em Ambrose, talvez os três fossem beneficiados de forma semelhante.
Excelente artigo, Salgado. Muito bom mesmo!
Obrigado 🙂
Já sei que vou ser enxovalhado com criticas atrás de criticas, mas cá vai.
É a primeira vez que leio e comento um artigo teu. Por muita qualidade que tenhas, que está na cara que tens, este artigo corresponde a isso mesmo, não há nada que me leve a ler um artigo teu por um simples facto, o facto de não te dares ao trabalho de comentar as opiniões que os users deixam aqui no teu espaço. Acho isso uma “falta de respeito”, desculpa o termo, para quem lê os teus artigos semana após semana. E mais, não estando a referir-me a ninguém em concreto, mas aposto que 1/4 dos users que aqui comentam limitam-se a ler o título do artigo, visto que o mesmo aparece na página inicial do WPT.
Sinceramente, gostava de começar a ganhar hábito de vir ler estes excelentes artigos de domingo, mas como já deves ter reparado(ou não), apenas me limito a ler e a dar opinião aos artigos dos cronistas com quem partilho opiniões, sejam elas na caixa de comentários ou mesmo no chat. Não leves isto a peito, é só uma recomendação, acredito seriamente que se mudasses a forma de estar perante os leitores do teu artigo, poderias colocar este espaço no melhor dos melhores, não te esqueças disso.
Atenciosamente.
JoãoRkNO
Concordo contigo, acho que exageras-te um bocado com a “falta de respeito” mas tenho a mesma opinião que tu
Mas ela pode ter falta de tempo, pois antigamente ela respondia sempre e agora não o faz.
A “falta de respeito” era apenas um termo, não com a intenção original, mas sim porque não me ocorreu mais nenhuma palavra.
Eu sei que o comentário não é para mim, mas não vi problema em responder-te, so…
João, nós, enquanto comentadores do “site”, não sabemos se a disponibilidade da Salgado, para responder, é a mesma que tinha há uns bons meses atrás. Além disso, mesmo que não seja este o motivo, existem comentários que não geram debate ou que não justificam uma resposta por parte do autor(a) do artigo. Outros talvez justifiquem, mas lá está, não sabemos se existem outras razões que impeçam a Salgado de responder (e aí voltamos ao que referi no início)…
Apesar de ter achado a tua crítica um pouco precipitada, tiro-te o chapéu por te chegares à frente e criticares “em bons modos”.
Sim Micael, quem sou eu para falar da história de uma cronista que já vai na sua edição 170? Ninguém. Ela lá terá os motivos dela, isto foi apenas um desabafo, uma opinião que já tinha há bastante tempo, um simples critica construtiva. Mas obrigado pela compreensão bro (:
Antes de mais nada, parabéns por teres mantido o nível e não teres vindo para aqui com faltas de respeito.
Como é óbvio, a Salgado não precisa de advogados de defesa e acredito que acabará por te responder. Ainda assim, não consegui ficar “calado” depois de ler isto.
Ora bem, segundo a tua perspectiva, qualquer cronista deve responder a quem comenta os seus artigos. E, segundo percebi, só assim é que os seus artigos podem ser considerados os melhores?
Tu não sabes (tal como eu não sei) as razões pelas quais a Salgado não tem o hábito de responder aos comentários. Arrisco a dizer que será por falta de tempo, mas, mesmo que não seja, ela não merece que digas, mesmo entre aspas, que é uma falta de respeito não nos responder.
Podes ter a certeza que os teus comentários, tais como o restantes, são lidos e tidos em conta, independentemente de serem respondidos ou não. A Salgado é a pessoa que mais faz por este site em termos de notícias, actualizaões, etc, e é de uma injustiça enorme dizeres uma coisa dessas. Mesmo de forma educada, não deixa de ser injusto e, arrisco a dizer, absurdo.
Não sei se já visitavas o site nessa altura, mas há cerca de um ano a Salgado respondia a quase todos os comentários e debatia com os seus leitores. Se o deixou de fazer, certamente que não foi por não querer saber deles, mas, provavelmente, outras razões se levantam. Já pensaste nisso?
Foi o que disse ao Micael, pouco ou nada sei desta cronista que já vai na sua edição Nº170, apenas quero clarificar uma coisa. O termo “falta de respeito” não foi o adequado, eu próprio sei disso, apenas foi o termos que me veio na altura, por isso é que o coloquei entre aspas.
O que eu quis dizer com ” poderias colocar este espaço no melhor dos melhores”, foi apenas em relação a leitores assíduos, nada mais. Como referi no comment, está mais que visto que qualidade é o que reina neste espaço.
A minha intenção não era criticar compulsivamente, muito menos “deitar abaixo”, foi algo que me vinha na alma já algum tempo, e entretanto decidi expor a minha opinião, apenas e só isso. Mas obrigado pela compreensão Daniel.
Não discordo do conteúdo do comentário do João, talvez apenas um pouco dos moldes, embora ele tenha dado a usa opinião respeitosamente e há que ter isso em conta. Enquanto cronista e colaborador, bem sei que nem sempre há tempo para tudo, ainda para mais tendo em conta tudo o que a Salgado faz (decerto por vontade própria, ninguém discute isso). Ainda assim um pouco de tempo para responder aos seus leiotres seria sempre apreciado pelos mesmos. Digo-o enquanto leitor assiduo do OF. N é segredo q é um dos meus espaços favoritos. Logicamente que a integridade e qualidade do espeço n ficam em risco por causa disso, nem nada do género, mas entendo o ponto de vista do João.
Como leitor, pode ser um pouco frustrante às vezes não ver a nossa opinião comentada pelas pessoas cujo trabalho gostamos de ler e com quem gostaríamos de partilhar ideias. Digo isto por experiência própria. Até pq, por mt q colaboremos aqui, somos todos iguais, todos adeptos de wrestling e é precisamente dessa forma que olho para os espaços dos meus colegas, ou seja, com a mesma “fome de debate” que olhava antes de trabalhar com eles.
Assim sendo, entendo o ponto de vista do João e não vejo necessidade de fazer muito alarido, já que ele expressou a sua opinião conforme mandam as regras, respeitando a liberdade dos outros.
Como já disse, não vim aqui para denegrir quem fosse, ou o trabalho de quem fosse, repetindo, era apenas uma coisa que já vinha a algum tempo para vir aqui dizer. E em relação á “qualidade do espaço”, como já disse ao Daniel, queria apenas referir-me ao número de leitores assíduos, simplesmente isso. Obrigado pela compreesão bro (:
Primeiro que tudo, compreendo as justificações para a crítica e a mesma é aceite. Agradeço ainda que o tenhas feito de forma educada. Percebo que seja entendido como uma “falta de respeito” esta falta de interacção, mas discordo que o seja.
Em diversas ocasiões e mais de que uma vez agradeci o apoio de todos os que acompanham regularmente este espaço ou até dos que apenas leram um artigo meu. Tal apoio é extremamente lisonjeiro e acredita que não é igmorado. Uma falta de respeito seria não ler as vossas críticas, ignorar por completo os comentários e não dar o melhor de mim em cada artigo que faço. Presto bastante atenção às críticas, pois sem isso, não há qualquer utilidade a este espaço.
Há umas semanas fui criticada pela forma como este espaço frequentemente abordava o mesmo tópico, ou tópicos semelhantes, e de imediato reorganizei a “agenda” do espaço e tive mais atenção a esses detalhes. Outra crítica comum é o tamanho dos artigos e, embora não pareça, tenho sempre o cuidado de incluir apenas o que considero ser extremamente fulcral.
Isto para dizer que, embora tenha deixado de ser tão interactiva como fui em tempos, mas não estou de todo alheia às criticas dadas.
Poderia justificar a minha falta de interacção como falta de disponibilidade e não mentir, pois a disponibilidade não é mesmo muita. Mas, mesmo assim não estaria a ser completamente sincera. Acredito bastante na ideia que com motivação arranja-se tempo e maneira de fazer tudo.
E o problema é mesmo esse, a falta de motivação. Ora, culpa não é, de todo, vossa – leitores. Esta motivação deve-se à frustração com o produto da WWE, aquele em que me foco. E, segundo os comentários que leio, existem outros visitantes deste espaço tanto ou até mais frustrados
É por isso que há tempos atrás era extremamente mais interactiva e hoje em dia, mal sou. O produto da WWE e os altos e baixos do último ano, mais outros aspectos, tornou-o simplesmente extenuante. Há dois anos atrás, não perdi nem uma única Raw em directo na Road to Wrestlemania. Hoje, nem sei se vou ver o Elimination Chamber até ao fim. Simplesmente já não existe a motivação de outros tempos.
E isso acaba por pesar na hora de interagir e pensar sobre WWE. A única razão pela qual o Opinião Feminina ainda se mantém é o facto de ainda conseguir ficar satisfeita com o que faço. É normal em tantas edições existirem artigos fracos e maus, mas quando sentir que esta falta de motivação afecta o meu trabalho de tal forma que já não consigo produzir com frequência decente artigos que julgo serem bons, não só aos meus olhos, mas aos olhos dos leitores, então será a altura do espaço fazer um intervalo.
Nunca fui fã de “arrastar” o espaço só para fazer número, sem qualquer cuidado, pois para mim, isso é a verdadeira falta de respeito.
Ora, isto é tudo muito bonito, mas os leitores não têm culpa. E é absolutamente natural que seja frustrante acompanhar um espaço com esta falta de interacção. Quero que fique claro que eu percebo essa posição. Mas, é necessário esclarecer que isto é uma situação que, infelizmente, peca pelas circunstâncias e não possui culpados.
Espero ter-me explicado devidamente e que isto tire quaisquer dúvidas que possam existir sobre a minha falta de apreciação para com as pessoas que perdem um bocadinho de tempo para acompanhar o espaço.
Embora isto possa servir de explicação, não irá propriamente resolver o problema, portanto, da minha parte, irei novamente tentar ser mais interactiva. E, da parte dos leitores a quem esta crítica toca, peço o benefício da dúvida e a educação, como tu mostraste, ao expor mais críticas que entendam ser merecidas.
Já agora, ao Daniel, Micael e Francisco, agradeço o benefício da dúvida!
Só gostaria de acrescentar que, após ler a tua explicação, e enquanto leitor assíduo do OF, da minha parte estás mais que desculpada. Posso ser td, menos hipócrita e, tendo em conta os últimos BTM’s, n é segredo nenhum que partilho da tua opinião no que toca à falta de motivação pelo produto apresentado. Ainda vais com sorte que é só a WWE q te vai desiludindo, já eu tnh q levar com as falhas da TNA, cujo produto tmb sigo e aprecio, mas cujo marasmo é igual ao da WWE, embora por outros motivos. (Penso eu q n vês TNA, estou apenas a supor.)
Ainda bem 🙂
Quanto à TNA, não estou completamente desligada do que lá se passa, mas nos últimos tempos não tenho acompanhado frequentemente, portanto tenho apenas uma vaga ideia do que queres dizer.
Explicaste-te da melhor forma possível. Espero apenas que não me tenhas levado a mal, não vim com o intuito de denegrir o teu trabalho, era apenas uma opinião que queria debate-la contigo. Isso da má educação não foi o que os meus pais me ensinaram, que me lembre só devo ter sido mal educado com uma pessoa, logo nos meus inícios como comentador assíduo desse site. Desde já, desejo-te tudo de bom, e a melhor sorte do mundo, neste trabalho que tão bem sabes fazer, e desculpa mais uma vez qualquer coisa. (:
Não levei, de todo, a mal. Teria levado se te tivesses expressado mal ou sido rude, mas da forma como agiste, não havia como levar a mal. Acho que agiste bem e todas as críticas são bem-vindas, quando expostas desta forma. Agradeço e desejo-te o mesmo! Muito obrigado 🙂
Então, mas agora que te respondi e interagi contigo, não vale a pena gastar mais comentários com uma situação tão simples que se resolveu facilmente, portanto que se comente o tema do artigo 🙂
Quanto ao artigo, não me parece que a duração dos Shield coincida com a dos Wyatt´s. Em relação aos Wyatt´s, tenho uma opinião muito própria, considerando que poderia durar “para sempre”. Não quer dizer que andem sempre os 3 juntos, mas acho que uma mudança de gimmick de qualquer um deles seria faltal. Poderia-se fazer algo como os BOD, existindo sempre aquela ligação entre eles.
Em relação aos Shield, concordo que poderiam durar mais uns tempinhos, mas não me parece que tal aconteça. O Reigns está cada vez mais a afirmar-se, e como tal aguardo, para grande tristeza minha, o começo para o fim, que se dará hoje muito provavelmente.
Não digo que coincida, mas ambos os grupos partilham o facto de terem uma gimmick que pode durar anos, sem problemas. Sinceramente, concordo. Não ponho de parte Bray Wyatt, em particular, sofrer algumas alterações e evoluir com o tempo, mas não há dúvida que esta é a gimmick da sua carreira. Aliás, basta olhar para Undertaker para ver como uma única personagem pode durar uma carreira em tudo, desde que saiba acompanhar a evolução dos tempos.
A questão é mesmo essa. Os The Shield poderiam durar muito mais tempo, mas não é isso que vai acontecer. Pelo menos, não é essa a ideia que nos tem sido transmitida.
Excelente artigo!
Adorava que fizesses algo como o Rubén Rosa fez aqui há uns tempos no Bottom Line, um booking só que com a WWE actualmente. Era completamente épico usares essas tuas ideias. *.*
Obrigado 🙂 Nunca considerei fazer Fantasy Booking, mas não deixa de ser uma ideia interessante 🙂
Acho que era muito interessante e uma ideia a ponderar. 😉
Very well done, Salgado. You got the flow back this week. Awesome stuff. E sim, também queria ver os Shield a durar mais. Enfim, é o que temos…. Cá estarei para a semana, keep up the good work.
Yes, I did! Thank you for noticing it 😛
One notices such things. =)
I’m glad 🙂
Excelente artigo Salgado, o melhor que produziste nos últimos tempos. A meu ver, continuas a ter o melhor espaço do WPT, mesmo com algumas repetições nos artigos, algo que não acontecia antigamente.
Em relação ao desta semana, partilho da tua opinião. Também considero que é cedo para o fim dos Shield, mas a WWE, como sempre, prefere precipitar-se e lançar já o Roman Reigns, provavelmente sem saber o que fazer com ela a longo prazo…
Para hoje, espero uma vitória da Wyatt Family, não só devido aos problemas dos Shield, mas também para irem lançados para o combate entre o Bray Wyatt e o John Cena na WrestleMania, caso este se confirme.
Por fim, continua a trabalhar como tens feito até aqui. Artigos brilhantes, notícias enormes traduzidas de forma perfeita (raramente te dão crédito por isso), resultados da League publicados, em 99% dos casos, na manhã seguinte (!) aos PPV’s… Enfim, és a que mais faz por este site e mereces todo o crédito possível.
PS: Continuo à espera do meu artigo sobre os comentadores! -.-
Bro…o melhor espaço? Come on…be serious! Cof…Cof…BTM…COF xD (I’m just kidding, obviously! Mas já sabes disso. lol)
Obrigado 🙂
Acredito que saibam o que fazer com Roman Reigns a longo prazo, duvido é que tenham isso pensado para os outros.
Concordo.
Obrigado pela consideração, Daniel 🙂
PS: Pode parecer que sim, mas eu não estou esquecida 😛 Às vezes oiço-os a dizer disparates e penso nisso!
Exacto, até acho que os próximos tempos serão uma boa altura para uma bela “pipe bomb” aos comentadores num dos teus artigos. Como isto dos comentários ridículos ainda vai continuar, tens tempo para tratar disso. E se fossem só os comentários… Chegou ao ponto de se levantarem durante os combates a agradecerem os cânticos do público!
Isso é diferente.. Eles fazem isso porque é a forma dos fãs se calarem ou mudarem de cântico. Os fãs gritam os nomes de outras pessoas e dos comentadores durante os combates que estão aborrecidos. Ou seja, fazem-no para se divirtirem e para também chamar a atenção. Se não derem aos fãs o que eles querem, ou senão fingirem que lhes estão a dar isso, eles não se calam.
Eles reconhecem os cânticos porque, desta forma, os fãs têm o que querem e passam para a próxima, ou calam-se. Terás certamente reparado que quando os fãs gritam pelo JBL e este reconhece, os fãs passam automaticamente para o próximo comentador ou para outra Lenda.
Os comentadores cometem imensas asneiras hoje em dia e são geridos de uma forma terrível, mas este aspecto em particular é inteligente e é algo que têm de fazer para ver se os fãs se acalmam.