O tipo de arte que a WWE cria é bastante sensível a imprevistos. Não só o ritmo diário é exigente, como existem inúmeros factores que podem afectar um dos talentos e, por consequente, forçar a WWE a mudar todos os planos. A companhia não consegue impedir estes imprevistos de acontecerem. Estão fora do seu controlo. Daí serem chamados de imprevistos. O falecimento do pai de Daniel Bryan e a lesão deste são dois dos mais recentes exemplos de tal.

Ora, a WWE também não é imune a erros. As consequências dos erros que a WWE tem cometido, a nível criativo, ao longos anos começaram a evidenciar as suas consequências, sendo o défice de talento credível que possa desafiar o campeão principal apenas um exemplo. Sem CM Punk e com The Shield, Evolution e John Cena nas suas próprias rivalidades, Daniel Bryan ficou sem adversários, algo discutido em edições anteriores.

Estes imprevistos e erros sucessos encostaram a WWE à parede, no sentido criativo. O Extreme Rules é visto pelos fãs como o evento onde a maioria dos combates são desforras dos combates da Wrestlemania. No entanto, devido aos problemas mencionados, os combates mais importantes do Payback serão desforras do Extreme Rules, que por sua vez já eram desforras da Wrestlemania.

Ora, não existe nada de errado com múltiplas histórias a durarem vários eventos. Se for bem feito, apenas contribui para a qualidade dos eventos em si e do produto em geral. O problema é quando não é bem feito.

A WWE exaustou o que havia de especial nas rivalidades principais, ao ponto de não conseguir promover o Payback de forma bem-sucedida. Cada rivalidade em si tem os seus problemas individuais e a WWE não conseguiu remediá-los a tempo de tornar os combates do Payback interessantes, de um ponto de vista criativo.

O problema particular de The Shield vs. Evolution, a rivalidade que irá estar em análise nesta edição do espaço, revolve à volta de The Shield já terem vencido os Evolution de forma decisiva. A WWE não fez intenções, ou pelo menos não foi essa a ideia que transmitiu em televisão, de continuar a rivalidade dos Evolution e The Shield para além do Extreme Rules e é isso que está a prejudicar a rivalidade.

A história nunca esteve agendada para durar tanto tempo, pois se tivesse, acredito que a WWE teria arranjado formas mais criativas e instintivas de o dar a entender. A rivalidade simplesmente não tinha razões para continuar. Não existe qualquer problema em alterar as dinâmicas e ter os vilões (Evolution) a perseguir os heróis (The Shield), no entanto não é a dinâmica mais instintiva e precisa de ser bem feita para funcionar.

Ao longo dos últimos meses a WWE tem provado cada vez mais que, do ponto de vista criativo, não está preparada para imprevistos, nem sabe lidar com eles quando acontecem.

Embora a falta de talento credibilizado seja um dos problemas da companhia, The Shield são a prova viva de talento que está pronto para chegar à frente e se tornar o destaque de um evento, na eventualidade de um imprevisto ocorrer.

Ora, The Shield estão longe – muito longe – de serem considerados talentos pouco credibilizados, mas facto é que estes se revelaram como um verdadeiro pilar de segurança da WWE.

Ao longo de 2013 afirmei frequentemente que as três horas semanais de Raw seriam absolutamente intoleráveis sem os combates de The Shield e parece-me que irei passar 2014 a elogiar a forma como conseguem tornar-se o destaque de um evento, sem nunca ficar aquém das expectativas.

Não tenho quaisquer dúvidas sobre o talento e dedicação dos três lutadores que formam este grupo, nem duvido das suas habilidades para terem mais um excelente combate na noite de hoje, apenas lamento as circunstâncias, não só pessoais, mas também criativas, que levaram a esta situação.

Se não fosse o grupo, a WWE estaria neste momento numa situação extremamente complicada. Sem CM Punk e com Daniel Bryan lesionado, os problemas de credibilização do roster seriam ainda mais notórios.

Em 2012, Dean Ambrose, Seth Rollins e Roman Reigns estrearam-se como um grupo de lutadores talentos e com vontade de marcar a diferença. Em 2014, estes três são das estrelas mais brilhantes que a WWE possui e têm o potencial de serem três main-eventers de topo da companhia ao longo dos próximos anos.

São todos extremamente diferentes, no entanto todos se conseguem destacar pelas melhores razões e possuem uma excelente química que resulta no excelente funcionamento do grupo. Cada um, à sua maneira, marca a diferença, sem ficar para trás. A dinâmica do grupo consegue facilmente manipular as atenções dos fãs, independentemente do tipo segmento em que estiverem envolvidos.

Dean Ambrose e Roman Reigns sempre foram rotulados como as potenciais grandes estrelas do grupo, mas ao longo dos últimos meses, Seth Rollins tem provado que não merece ficar para trás.

Os trejeitos, maneirismos e personalidade de Dean Ambrose são os seus pontos mais fortes e o que leva os fãs a acreditar na futura carreira como vilão de topo da companhia.

Por sua vez, desde que se estreou que Roman Reigns é visto como o menino de ouro do grupo, devido ao seu tamanho, mas o que poucos esperavam era que evoluísse da forma que evoluiu. Cada vez mais Reigns prova que merece a confiança crescente que a WWE lhe vai depositando e que tem tudo o que é preciso para ser uma grande estrela na companhia.

Opinião Feminina #184 – The Evolution of The Shield

As suas manobras são empolgantes de assistir, à semelhança de Rollins, mas por razões diferentes, Reigns é um indivíduo cativante e fácil de apoiar. Ajuda bastante o facto da WWE tratar extremamente bem do seu desenvolvimento da sua personagem, tendo sempre o cuidado do proteger o suficiente para manter a sua personagem credível, mas nunca demais, para não saturar os fãs. É um equílibrio que, frequentemente, a WWE não consegue ou não quer estabelecer.

Por sua vez, e tal como já afirmei, Seth Rollins tem impressionado cada vez mais nos últimos meses. Seth Rollins tem o seu lugar no grupo e a WWE tem tido o cuidado do destacar, sem nunca deixar que seja ofuscado pelo potencial dos outros dois. O seu destaque e importância nos combates de Tag Team do grupo, não só o tornam um dos destaques de qualquer evento, como o tornam essencial para a qualidade dos combates.

É preciso alguém que equilibre o grupo e é a Rollins que cabe esse papel. Também é um excelente sinal quando Seth Rollin exibe as suas capacidades face a campeões mundiais.

No fundo, todas as diferentes personalidades do grupo são destacadas e é um absoluto prazer vê-las desenvolver e interagir. Quando personalidades são bem desenvolvidas, torna-se bastante mais fácil contar histórias cativantes. Prova disso foi o combate entre The Shield e a Wyatt Family.

Só a perspectiva de ver estas diferentes personagens a lutar levou fãs à loucura com cânticos de “This is awesome!”, muito antes destes se tocarem. Mais uma vez, quando as personalidades são sólidas, o resto tornam-se detalhes fáceis de ajustar.

Este é um dos motivos que tornava a rivalidade com os Evolution tão interessante. Tal como The Shield, os Evolution são constituídos por lutadores algo diferentes, com personalidades e um passado conhecido pelos fãs, ou por uma porção deles. Aquilo com o qual não contava era com a forma como as personalidades de Batista e Randy Orton iriam afectar o grupo.

Já foi bastante debatido o regresso falhado de Batista como babyface e, embora seja fortemente vaiado, tenho as minhas dúvidas relativamente ao seu sucesso como vilão. É notório que a embirração que os fãs criaram no Royal Rumble veio para ficar e, graças a tal, os apupos a Batista são frequentemente as reacções mais audíveis durante um combate.

Pessoalmente, não sinto que os fãs se interessem verdadeiramente pelo que Batista faz. É certo que apupos são apupos e que, independentemente do motivo, tudo é melhor que o silêncio, mas não sei até que ponto é que estes apupos são prova de sucesso para Batista como vilão.

Opinião Feminina #184 – The Evolution of The Shield

Por outro lado, sinto que a sua personalidade não está a ajudar os Evolution. A meu ver, os Evolution não estão na sua melhor forma e apenas a nostalgia do que foram no passado, ou do que as nossas memórias gostam de lembrar, que está a suportar o grupo. Como fã, não sinto o investimento de Batista na sua personalidade, nem sinto qualquer contributo positivo da mesma ao grupo.

Randy Orton, por sua vez, enfrenta os seus próprios problemas. A personagem de Randy Orton tem sido humilhada por Triple H e rivalizado com Batista ao longo dos últimos meses. Tal torna bastante complicado aceitar a sua inclusão pacífica no grupo, especialmente quando podia apenas dizer que era campeão e que não sofreu o pin na Wrestlemania, portanto podia simplesmente exigir a sua desforra a Daniel Bryan.

Depois quando temos em conta a história de Randy Orton nos Evolution e a forma como, no passado, se recusou a reunir com o grupo devido à forma como foi expulso, ainda se torna mais difícil de compreender esta reunião.

Por sua vez, Triple H está a fazer o que sempre faz e o que tem feito ao longo dos últimos meses, apenas com um alvo diferente.

Não sinto que esta reunião dos Evolution tenha resultado, porque não marcou nenhuma diferença, nem teve um motivo plausível. Apenas reuniu três indivíduos, dois deles com sérios problemas com as suas personalidades, que na altura ganhavam mais juntos do que separados. O grupo não transmite a química que tiveram em tempos.

Esta reunião não teve toda a pompa e circunstância que sempre acreditei que fosse ter e soa bastante mais a uma solução rápida do que um regresso bem estudado.

No entanto, é um facto que é preferível ter os The Shield a enfrentar uma versão desapontante dos Evolution – três campeões mundiais e futuros Hall of Famers –, do que vê-los lutar os New Age Outlaws e Kane, como aconteceu na Wrestlemania, ou qualquer outro grupo de midcarders heels.

Essas vitórias irão ser, certamente, bastante citadas no futuro. O que será omitido é a forma como a fraca reunião dos Evolution os impediu de gerarem o ódio dos fãs nesta rivalidade.

Opinião Feminina #184 – The Evolution of The Shield

Como bem se notou durante o combate dos grupos no Extreme Rules, a estrela mais vaiada foi Batista, por razões já debatidas. Os fãs mal reagiam a Triple H ou Randy Orton. Acredito que a falta de reacção a Triple H tenha sido pelo facto deste ter perdido para Daniel Bryan na Wrestlemania.

Foi na Wrestlemania XXX que os fãs tiveram o seu final feliz e acredito que, tal como eu, muitos sentiram que já tinham encerrado o capítulo que tinha Triple H como vilão e estavam preparados para seguir para o próximo.

Relativamente a Randy Orton, acredito que tudo se deva à forma como este tem sido retratado nos últimos meses. A WWE fez dele um vilão bastante fraco e irrelevante e as consequências estão à vista.

Ora, The Shield são grandes babyfaces, mas é complicado fazer estas histórias desta importância sem vilões efectivos e odiados. A vitória de The Shield, embora fosse a decisão mais correcta na visão de muitos, revelou-se como um erro. O pouco heat que os Evolution tinham dissipou-se por completo no momento em que estes perderam.

Se a rivalidade era para continuar no Payback, algo que a WWE deveria ter previsto ou considerado, então os Evolution deveriam ter ganho, de forma a ter os The Shield a perseguirem-nos, possivelmente tornando a história para o Payback mais interessante. Já para não dizer que dava aos Evolution algo para se vangloriarem.

Aliás, estes deviam ter ganho com batota ou com Triple H a abusar do seu poder a favor do seu grupo. Tal dava imensas razões aos fãs para começarem mesmo a odiar o grupo.

O problema foi a situação com Batista e a sua iminente saída. Ora, não sei quais eram os termos do contrato de Batista, o que é que lhe foi prometido ou o que se passa nos bastidores da WWE. Apenas acredito que esta situação afectou bastante os planos da companhia, pois da forma que a história entre The Shield e Evolution foi apresentada, a WWE nunca fez nada que desse a entender ou justificasse um segundo combate.

E o problema do main-event do Payback é mesmo esse. Este combate não tem razão de ser. Teria, se The Shield tivessem perdido. Mas não perderam. Não tenho quaisquer dúvidas que o combate vai ser excelente, tal como foi o combate que tiveram no Extreme Rules. O problema é que a promoção deixa bastante a desejar e remove qualquer interesse que se poderia ter no combate, à excepção da qualidade garantida.

Opinião Feminina #184 – The Evolution of The Shield

E isso não atrai mais fãs, ou convence mais fãs a obterem a WWE Network. Tal é algo que apenas os fãs mais dedicados querem assistir, ou seja, os fãs que já possuem a WWE Network. A porção de fãs que se preocupa com a qualidade dos combates, independentemente da qualidade da história contada antes do combate, já a WWE conquistou. Esses são os que assistem todas as semanas.

Os restantes apenas são atraídos por grandes histórias com personalidades convincentes e carismáticas. E são esses que faltam atrair.

Dois dos combates principais do Extreme Rules vão-se repetir no Payback e seriam três, se Daniel Bryan não se tivesse lesionado. Mesmo assim, dois dos combates principais do Extreme Rules terminaram com os heróis a vencerem, conclusivamente, os seus adversários, o que elimina a necessidade de mais combates.

Apresentar o mesmo evento duas vezes, ou algo bastante semelhante, não é solução. É certo que o midcard mudou um pouco do Extreme Rules para o Payback, mas a WWE passou imensos anos a garantir que o midcard não é relevante, nem decisivo para a compra de eventos, portanto não podemos esperar que sejam esses combates que vão convencer os fãs a ver o Payback.

The Shield vs. Evolution é uma rivalidade que tinha o potencial de ser histórica, mas as circunstâncias actuais não permitiram que chegasse a tão longe. Felizmente, a WWE não perdeu a noção do que realmente é importante e The Shield continuam a ser retratados da melhor forma possível.

Existe o problema de tal tirar um pouco a mística ao combate, tornando os resultados um pouco óbvios, quando em combates de grande importância  é sempre preferível ter algum mistério em roda do vencedor.

No entanto, ver The Shield a interagirem com três estrelas desta dimensão e a serem retratados de forma tão forte definitivamente não os magoa e acaba por ser a única vantagem de toda esta situação.

Não consigo visualizar outro cenário para o fim do combate de hoje que não envolva a vitória de The Shield. Se este for o último confronto dos grupos, como foi dado a entender durante a construção deste combate e tendo em conta que as aparições de Batista estão contadas, não faz sentido ter outro resultado.

A estipulação adicionada ao combate é um bónus inteligente, pois assim existem vários cenários possíveis para o fim do combate. Neste sentido, Roman Reigns e Triple H poderiam ser os últimos de cada equipa e, independentemente de quem ganhasse, tal poderia servir para começar a construir um possível combate entre ambos no futuro. Essa pode ser a única justificação da WWE para uma derrota de The Shield, embora duvido que façam tanta questão disso.

No geral, acho que o Payback vai ser um dos muitos eventos sólidos, com excelentes combates, que apenas peca pela sua promoção. Mesmo assim, desejo um excelente evento a todos, peço que não se esqueçam de apostar na League e até à próxima edição!

25 Comentários

  1. Bom artigo, embora não concorde contigo. Eu e o José concordamos que os Shield deviam-se separar hoje para dar tempo às pessoas de se habituarem ao seu ovo attire e à nova música de entrada, etc, se os planos para ele passarem por uma vitória do Rumble. Até porque não seria muito boa ideia termos um Triple H vs. Roman Reigns com o Reigns ainda acompanhado dos Shield. Portanto, ou hoje ou no Money in the Bank o Ambrose e o Rollins devem trair o Reigns.

    • Exacto eu falei disso no comentário. Podem parecer coisas pequenas, mas esses pormenores vão contar, porque foi mais de um ano e meio habituados á aquela entrada, com aquele atire, e quanto mais próximo for do Rumble é ligeiramente pior.

    • Obrigado 🙂

      Acho que é demasiado cedo para The Shield se separarem e, dada a falta de babyfaces de topo na companhia, acho que a WWE precisa que continuem assim durante os próximos meses.

      Pessoalmente, não consigo imaginar Rollins como vilão a trair Reigns. Não me parece que se enquadre na personagem dele.

      • Eu já vi o PPV, mas vou continuar este debate. Concordo que o Rollins devia ficar face, mas o Reigns tem de começar a sua carreira a solo se querem que ele ganhe o título na WrestleMania 31, e o Ambrose até é melhor como heel. Portanto não sei o que vão fazer, e já agora não concordo que os Shield tenham ganho, pois tal como o José disse, não tanto interesse ver o Reings-Triple H quando os Shield venceram os Evolution duas vezes e inclusivamente o Reigns fez o pin no Hunter.

  2. Excelente artigo.

    Eu não estaria tão certo sobre a vitória dos Shield… Sem me alongar muito, acho que o Dean Ambrose (talvez juntamente com o Seth Rollins) pode muito bem trair o Roman Reigns já hoje e, até, juntar-se aos Evolution, principalmente tendo em conta a saída do Batista. Pode parecer muito rebuscado, mas eu acredito que isso possa acontecer. O fim dos Shield está perto… Ah, e lá está: depois de uma vitória daquelas no Extreme Rules, porque raio iam os Shield voltar a vencer hoje?

    Já agora, se os Evolution tivessem ganho no PPV anterior, faço ideia o que muitos fãs iam dizer sobre o ego do Triple H…

    • Pá, gostei muito do artigo e ia comentar mas li o teu comentário e não consigo acrescentar mais nada. Dás-me licença para fazer minhas as tuas palavras?

    • Obrigado 🙂

      Não estou nada a ver uma separação do grupo hoje. Ao contrário do que fizeram no início do ano, a WWE não tem dado sinais de tal e, teoricamente, Ambrose não tem qualquer motivo para trair Reigns. Há uns meses atrás, quando a WWE estava claramente a preparar a separação, fazia todo o sentido. Hoje? Não me parece que faça sentido.

      Também não acho que o fim esteja para perto, especialmente com a falta de babyfaces que a WWE atravessa.

      E porque raio iriam perder? A não ser que fosse para preparar o combate de Triple H e Reigns, não faz qualquer sentido os Evolution vencerem o último combate da rivaldiade.

  3. MicaelDuarte11 anos

    Excelente artigo.

    De início achava que os Shield venceriam o combate de hoje, mas comecei a pensar que o “turn” de um/dois membros dos Shield poderia muito bem acontecer…

  4. Excelente artigo. Porém vou alinhar com o discurso do Micael e do Daniel, e também acho que os Evolution podem ganhar. As estipulação permite traições mas não só, até permite ajudas externas e alguém como o Sheamus e o Del Rio poderão vir a ser um novo Evolution. Não digo que vá acontecer, apenas não o descarto.

    Depois falas da rivalidade Triple H e Reigns, e é mesmo por isso que acho que os Evolution vencem. Porque pessoalmente eu não queria ver esse embate com um passado onde o Reigns ia 2-0 com o Triple H, e no Summer fazia o 3. E digo isto porque não passaria pelo típico “sofrimento” do face antes de conquistar a vitoria sobre o vilão, que é como normalmente se faz e onde o Triple H é genial.~

    Por fim, é á altura dos Shield acabarem. Não por estarem desgastados, mas porque mais vale a acabar em grande do que arrastar os homens por mais feuds(até porque não vejo muitas mais depois desta). Eles enquanto wrestlers fazia bem uma revolução e isso seria feito com o fim dos Shield. Até porque quando tens uma stable tão marcante e com pormenores específicos convêm que tenhas tempo para os desenvolver no pós-stable. E se a ideia for mesmo fazer do Reigns a estrela do Rumble, então acho que a WWE vai precisar de o fazer com tempo, criando as marcas únicas dele e de cada um dos outros a solo.

    As pessoas vão estranhar as novas entradas, musicas e attires, e para isso precisam claramente de tempo para essa habituação. E como acho que o Reigns chega ao Rumble já com uma imagem própria uma separação nesta altura não seria nociva para ele, nem para nenhum dos outros mesmo que não tivessem já pushes como o Reigns.

    • Obrigado 🙂

      Não acredito numa traição hoje. Não existem razões para tal e a WWE não deu qualquer sinal nesse sentido. Não quer dizer que não façam, mas não acho que faça sentido. Há meses atrás fazia mais sentido.

      Os The Shield como babyfaces – e o sucesso que têm tido – foram a salvação da WWE, depois de CM Punk ter saído da WWE e de Daniel Bryan se ter lesionado. Não só estes ainda têm muito mais para dar como babyfaces, como a WWE não se pode dar ao luxo de tornar dois elementos do grupo heels.

  5. John_3:1611 anos

    Apesar de gostar muito das duas stables, estou a torcer pelos evolution, e por acaso tbm tinha a impressão que eles ganhariam, mas apercebi-me que existem grandes hipóteses pra os evolution ganharem felizmente.

  6. Excelente artigo, Salgado.

  7. Ângelo Martins10 anos

    Bom artigo. Lá está, tudo pode acontecer com esta estipulação. E o facto de Rollins e Ambrose poderem trair Reigns é, no meu ponto de vista, bastante provável. Não só porque permitiria a Reigns lutar primeiro os seus ex-colegas, e depois concentrar-se em Triple H, visto que ainda falta mais de 3 meses para o Summerslam, se é que é lá que o combate vai acontecer.
    Concordo e já disse isso: as rivalidades começam a maçar os fãs, pois todas as semanas, desde a Wrestlemania, e desde fevereiro, no caso de Cena vs Bray, que vemos as mesmas rivalidades e encontros. O que muda é apenas quem “vence” em cada Raw.

    • Obrigado 🙂

      Acho que a realização do possível combate de Triple H e Roman Reigns depende bastante da recuperação de Daniel Bryan. Caso este não consiga recuperar rapidamente e a WWE precise de um main-event rápido, é possível que adiantem os planos.

  8. Excelente artigo Salgado 😀
    Tal como disseram antes de mim, eu não acredito muito na vitória dos The Shield mas sim na derrota e traição de Ambrose e Rollins porque:

    1. O combate entre Reigns e Triple H previsto para o SummerSlam terá que ter uma certa coerência (apesar de ter havido pouca ultimamente mas isso, como disseste, foi devido ao facto da WWE ter improvisado face aos problemas que enfrentaram) e acho que se a WWE deixar os Evolution perderem pela 2ª vez consecutiva, acabariam por destruir-la porque o combate entre ambos deixaria de ter sentido.

    2. É preciso dividir o tempo da atenção de Reigns nestes próximos 3 / 4 meses, ou seja o Reigns irá precisar de se focar primeiro no Ambrose e no Rollins por estes o terem traído e depois sim focar no Triple H. Eu não vejo a WWE a apressar um combate tão prometedor em termos de qualidade de combate e storytelling como o combate entre ele e o Triple H no SummerSlam.

    • Obrigado 🙂

      1. “Neste sentido, Roman Reigns e Triple H poderiam ser os últimos de cada
      equipa e, independentemente de quem ganhasse, tal poderia servir para
      começar a construir um possível combate entre ambos no futuro.” Defendi que uma vitória dos Evolution faria sentido, nestes termos, para construir um combate entre Roman Reigns e Triple H. Vencer só por vencer, sem continuidade, é que não se justifica.

      2. Não acho que uma separação do grupo fizesse sentido já. Tal não foi preparado. Há meses atrás isso fazia sentido, mas agora não têm quaisquer motivos para o fazer, o grupo está mais forte que nunca.

  9. GonRodri10 anos

    Excelente artigo Salgado [mais uma vez ;)]

    N tenho nada a apontar, simplesmente perfeito 😉

  10. Embora seja um grande fã dos Shield e embora gostasse que eles ganhassem hoje e ficassem juntos mais 50 anos :p acredito que os Evolution vão ganhar…mas não acredito que haja traição, não hoje…pode ser amanhã, pode ser para a semana, mas não hoje e por uma simples razão: sendo um No Holds Barred ELIMINATION Match, TODOS os membros de uma equipa terão de ser eliminados. Imaginando que haveria essa traição e que o Reigns era eliminado (não teria hipótese contra 4 ou 5) o que acontecia aos outros? Deixavam-se eliminar de propósito? Ou simplesmente saíam juntamente com os Evolution não tendo o combate propriamente acabado? Não faz sentido! (como faria, por exemplo, no mês passado onde só um tinha de sofrer o pin)

    A vencerem os Evolution, acredito que haja interferência de outros lutadores OU que o Roman, acidentalmente, faça um Spear a um dos seus parceiros deixando a própria equipa em desvantagem…(e aí sim, termos a separação a acontecer amanhã com os outros a confrontar o Reigns)

    Seja como for, BELIEVE IN THE SHIELD

    • Também não acredito numa traição hoje. Não foi nada preparado nesse sentido e a WWE não se encontra em posição de tornar 2 dos seus babyfaces mais fortes em vilões.

  11. JoãoRkNO ®10 anos

    Bom trabalho Salgado . Apesar do Reigns ser o meu favorito do grupo , não podemos negar que ambos 3 são especiais , cada um dentro do seu estilo . Em relação ao combate de hoje , admito que já tive mais certezas que os Shield ganhavam hoje . Espero não me enganar , mas esta noite promete em termos de surpresas .