No tempo em que estive “fora daqui”, no tempo em que estive longe dos artigos e dos comentários e de tudo isso, tive tempo de pôr a minha leitura em dia. Qual Fernando Pessoa eu sou um amante de literatura, e amo ler, tanto quanto escrever. Ora, um dos livros que li (e que me foi aconselhado por uma amiga) chamava-se “À Procura de Alaska”, escrito pelo autor John Green (sim, o rapazito do À Procura das Estrelas, esse mesmo). Como eu gosto de ser diferente e nadar na direcção contrária, decidi optar por ler um livro que não fosse o que “está na moda”, optei por ler esse tal “À Procura de Alaska” e dessa forma, além de ter em atenção a história, analisar o modo de escrita do autor, que não deixa de ser interessante, diga-se.
Pois bem, adiante. “À Procura de Alaska” retrata a vida de um rapaz de 16 anos que vive na Florida (com tantos sítios nos Estados Unidos, tinha de ser logo na Florida. Há coisas dos diabos!) mas que tem uma vida monótona e acima de tudo incompleta pois falta-lhe substância. Miles Halter é, como se diz em Portugal, um “zé-ninguém”, alguém que não tem qualquer vida social pois não tem amigos. Devido a tal facto, este decide mudar a sua vida e mudar-se para o Alabama para frequentar um colégio interno -que o seu pai frequentou- na esperança de conseguir encontrar algo que lhe desse aquilo que ele nunca realmente teve, emoção. Miles tinha uma particularidade, era especialista em últimas palavras. Qualquer pessoa importante para a história mundial teria as suas últimas palavras reproduzidas por Miles, pois este tinha o estranho hábito de ler as biografias das pessoas, e nunca as suas obras. Na sua despedida ele citou as últimas palavras de François Rabelais enunciando aquilo que procurava encontrar em Culver Creek (“I go to seek a Great Perhaps”).
Long story short, Miles, também conhecido como Badocha devido à sua extrema magreza, conheceu Chip “O Coronel” Martin que o apresentou a Alaska Young, uma rapariga residente em Culver Creek. Alaska, durante meses, proporcionou-lhe aquilo que ele sempre quis encontrar, emoção, diversão, perigo, mostrou-lhe um lado do “Great Perhaps” que este não conhecia, fazendo com que este se apaixonasse por si. Alaska tinha namorado, e Miles sabia disso, mas numa noite de grande tensão e depois de muito alcool os dois envolvem-se, com Alaska a parar a meio e dizendo-lhe “Continuamos isto depois?” abandonou o quarto. Na manhã seguinte, o colégio foi informado de que Alaska tinha morrido na noite anterior, vitima de um aparatoso acidente de viação. Este acontecimento ceifou todas e qualquer esperanças de Miles, puxou-lhe o tapete em que este se erguia, deixou-o sem rumo e sem conseguir perceber se o acidente tinha sido provocado pelo alcool ou se teria sido suicidio. No fundo, um monte de perguntas e tristezas.
Agora, ligamos isto ao wrestling. Em certa parte, nós somos como o Badocha. Nós somos aqueles que, vendo wrestling, andamos à procura do “Grande Talvez”, da grande história, daquela dose de emoção que só este desporto nos proporciona. Procuramos nele tudo e nele depositamos cegamente as nossas esperanças e expectativas num produto que por vezes, ingratamente, não está à altura, como por vezes Alaska não estava para Miles. Alaska por vezes agia como se Miles nem existisse, e o wrestling consegue fazer-nos sentir dessa forma em determinados momentos. Mas agora pergunto: E se tudo acabasse de repente? E se, tal como Alaska, algo repentino e sem qualquer aviso eliminasse por completo o wrestling da nossa vida? Se, por algum motivo, tudo aquilo que o wrestling representa para nós fosse ceifado como foi o amor de Miles por Alaska, deixando-nos apenas um vazio enorme e uma mão cheia de perguntas, o que faríamos nós? O que seria de nós, como fãs? Certamente passaríamos por uma má fase, exactamente como Miles passou. Primeiro a negação, o não querer acreditar que aquilo aconteceu, o não querer acreditar que nunca mais irei ver alguém entrar num ringue, alguém combater, oh, e aquele som da campaínha…
Já imaginaram o que seria ligarmos o nosso computador e não existir WPT? Não existir nada daquilo a que hoje têm acesso? As noticias, os shows, os artigos, o convivio, tudo eliminado num só dia, como acham que seria a vossa reacção? Ficariam arrependidos do tempo que passaram a pensar demais sobre algo que vos entretia? Ficariam tristes por nunca mais ter a possibilidade de ver o Bryan, o Cena, o Orton, o Reigns e todo o resto da turma que compõe a WWE? É uma daquelas questões que nos faz pensar…
Com tudo isto eu pretendo mostrar que por vezes não damos o valor certo às coisas e acabamos por perdê-las de um momento para o outro. A vida são dois dias, e eu acredito piamente nisso, e o que isso nos diz é que por vezes perdemos demasiado tempo com intrigas e coisas tão mesquinhas que só servem para nos ocupar tempo precioso da vida que levamos. Se aproveitarmos mais a vida, se olharmos para ela de uma forma mais positiva e vivermos cada momento como se fosse o último, quem sabe se não seríamos mais felizes? Quem sabe se, daqui a uns anos, quando estivermos mais velhos e esta história do wrestling for “velha demais” para nós, quem sabe não nos arrependemos do tempo que passámos a desvalorizar o que era feito, mais do que a apreciar a arte que no fundo o wrestling é. O wrestling é arte, é divertimento, é entretenimento, é felicidade e é tristeza, é estarmos alegres num dia e estamos furiosos no outro, é emocionante e acima de tudo emocional. Mas, um dia, quando olharmos para trás, o wrestling vai ser isso tudo e mais uma coisa: saudade… E eu pergunto: Querem ter saudades dos tempos em que viam isto com gosto, o tempo em que apesar de algumas más escolhas conseguíamos pôr isso de lado e apreciar as coisas boas (que não deixam de ser muitas), ou é preferível lembrar com saudade o nosso lado de pensar demasiado sobre as coisas, o lado de pensar o que é que vai ser daquele lutador se perder uma vez, duas… Qual é o lado que preferem lembrar? Eu sei qual é o meu, e vocês?
Com tudo isto venho tentar convencer-vos (através de um discurso argumentativo e fundamentado) a tentarem ter outra visão das coisas. Sim, o lado crítico é importante! Muito importante! Pois só assim é que as coisas melhoram, criticando, barafustando e marcando uma posição, mas não quando essa crítica cega nos deixa a nós sem ver a beleza das coisas, de sentir a emoção das coisas, de ter saudade dos bons velhos tempos. Eu, quando for mais velho, quero lembrar-me daqueles momentos que me deixavam arrepiado, dos spots espectaculares e dos spots falhados, das grandes vitórias e das grandes derrotas, dos grandes nomes mas também dos pequenos. Acima de tudo quero lembrar-me, lembrar-me de toda a diversão que tive enquanto acompanhava os shows, de toda a diversão que tenho a escrever estes textos para vocês lerem. No fundo, quero ser feliz ao lembrar-me, quero poder ter a certeza e dizer em voz alta de que eu aproveitei o máximo que podia daquilo que via, que fui feliz a fazê-lo e que não tenho vergonha de o dizer. Porque, acima de tudo, acima das más decisões e das boas, acima das críticas construtivas e destrutivas, debates, discussões, amizades e textos, eu quero poder afirmar que não há nada que eu tivesse querido ver ou fazer e que não tenha feito, porque se lá chegar e me arrepender de algo que queria ter feito e não fiz, então de que serviu tudo isto? De que serviram todas as palavras, todos os minutos, horas, dias, noites de sono mal dormidas por tudo isto se no fundo não realizei tudo o que queria? Eu quero olhar para trás e poder contar aos meus netos os bons tempos que passei aqui com vocês, estranhos e ao mesmo tempo amigos, conhecidos mas ao mesmo tempo pessoas que viviam connosco alguns dos melhores momentos através das nossas palavras, pessoas com as quais partilhei as minhas emoções nos meus textos.
Para Miles, o importante eram as últimas palavras. Ele não lera os livros de nenhum autor, no entanto lera todas as suas biografias, sabendo portanto aquilo que os grandes senhores da história mundial disseram no leito da sua morte. E comigo acredito que não seria diferente. O BTM já vai com 39 edições e muitos mais textos eu escrevi para além desses, e ele até poderia não ler toda a minha obra, todos os meus textos, tudo aquilo que escrevi dentro e fora deste site, mas se por acaso ele viesse a saber que as minhas últimas palavras foram “Eu fui feliz”, certamente ele perceberia que eu tinha tido uma vida repleta de boas coisas, coisas essas capazes de ocultar as más. Porque as últimas palavras de alguém são talvez as mais importantes de toda a sua vida, e Miles sabia disso, se tivermos a sorte de poder reproduzir essas palavras no leito da nossa morte, então certamente seguimos o rumo certo na nossa vida.
BTM’s Music of The Week
Vou-vos confessar uma coisa, sou fã de Nickelback. Os Nickelback costumam ser bastante criticados, mas eu simplesmente não me importo, adoro as mensagens que estes passam nas suas músicas e como tal não poderia deixar de partilhar esta música quando o tema pede isso mesmo.
Nickelback – If Today Was Your Last Day
http://youtu.be/lrXIQQ8PeRs
Portanto, “if today was your last day”, poderiam a plenos pulmões dizer que foram felizes e que viveram cada momento aproveitando o máximo possível? Fica a questão.
E assim termina o BTM desta semana. Espero que mais uma vez continuem fiéis ao espaço e venham cá comentar e dizer-me o que acharam do artigo. Opiniões são sempre bem-vindas, positivas ou negativas, vocês já sabem como isto funciona. Bem, para a semana logo se vê quem decide aparecer! Até lá, um bom resto de semana!
Half of the World’s Greatest Tag Team has left the building!
36 Comentários
Excelente artigo, que realmente me deixou a pensar.
Ah, os Nickelback, uma banda que eu adoro, e que para muitos é a pior melhor de sempre.
Era mesmo esse o objectivo! Nunca percebi o hate aos Nickelback, juro, mas que eu adoro as músicas, disso não há dúvidas :p
Obrigado pela participação e volta sempre! 🙂
Porque, ao que penso, os que não gostam dizem que as musicas são sempre “mais do mesmo”, com letras simples, sempre a mesma sonoridade e o que faz com que as musicas seja algo chatas. o que eu não acho! São odiados, e já chegarem a levar com pedras no focinho num festival em Portugal!
Ao menos estas passam uma boa mensagem, podemos aprender coisas com as mesmas, fazem-nos reflectir, enquanto que quem as critica são os mesmos que depois vão ouvir certos e determinadas músicas como a “Anaconda”, por exemplo. Cada um gosta do que gosta e temos de aprender a lidar com isso. É como dizia o outro, i like Nickelback, DEAL WITH IT!
Excelente artigo!
Tudo o que escreveste é verdade, nós devemos dar graças enquanto ainda podemos ver este desporto maravilhoso pois um dia pode acabar e se isso acontecer (ou quando acontecer) todos vamos desejar termos aproveitado ao máximo enquanto podíamos em vez de estarmos sempre com críticas.
Infelizmente não temos este pensamento enquanto estamos a ver algo do produto atual. Por exemplo, as Raw’s são tão más atualmente que quase não conseguimos ver que tudo tem um lado bom. E, neste caso, o lado bom é que ainda temos Raw’s para ver.
Por fim, tenho de te agradecer a ti e ao Akuji (por causa do artigo da semana passada) por me terem feito perceber isto.
Obrigado!
Fico contente por teres percebido a mensagem por detrás do artigo, mostra que me expliquei bem e que consegui mostrar às pessoas a forma como vejo as coisas, tentando justificá-lo ao máximo.
Como disse nos comentários de há duas edições atrás, o meu objectivo sempre foi passar um pouco daquilo que tenho vindo a aprender nos meu artigos para que, também vocês, saiam daqui um pouco mais “instruídos”. Não sou professor de ninguém nem quero ser, mas gosto que os meus artigos tenham essa vertente e que possam mostrar às pessoas caminhos alternativos aos “normais”. Folgo em ver que o pessoal gosta disso!
Agradecer? Nós é que te agradecemos por cá estares novamente a comentar o nosso espaço! 🙂
PS: Se o akujy vê a forma como escreveste o nome dele, frita a pipoca xD
Já corrigi! xD
Fizeste tu bem xD
Acho que voltaste a bater um pouco na mesma tecla… Ainda assim, excelente artigo. Se há coisa que ninguém pode negar é a qualidade da tua escrita.
O “À procura de Alaska” parece ser interessante, mas tenho outras prioridades… Sou fã de Dan Brown (o autor de “O Código Da Vinci” e “Anjos e Demónios”, etc…) e tenho outras obras dele em lista de espera xD
Não te preocupes, não és o único a gostar de Nickelback, embora eu aprecie mais as músicas antigas do grupo. Ah, e nunca percebi muito bem o “hate” à volta desta banda…
Foi um pouco ao encontro daquilo que foi dito nas últimas edições porque foi algo planeado a “longo prazo”, eu tinha as coisas idealizadas para mais do que uma edição, daí o tema ser mais ou menos o mesmo. Faz mais sentido que assim seja do que ter deixado em banho-maria e daqui a 5/6 edições voltar a reforçar pois não faria sentido e acredito que não teria o mesmo impacto devido à saturação. Assim, deste modo, fecho este capítulo com um artigo com “shades” do tema do outro mas conjugado de uma maneira diferente, com um toque mais “fofinho”, mais suave, de modo a não ser tão controverso. Além do mais, para aqueles que não compreenderam totalmente o que eu queria dizer no outro, pode ser que desta forma, com esta escrita menos directa e menos agressiva possam de facto entender a minha verdadeira intenção.
Obrigado pelo elogio à minha escrita, é uma vertente na qual acho que tenho vindo a crescer bastante e que orgulha-me estar a ser reconhecida 🙂
É um livro interessante, sim. É de leitura fácil -tem 200 e poucas páginas- e a maneira como o Green escreveu este livro foi, no seu todo, dirigido a um público mais jovem, com uma linguagem mais fresca e com algumas obscenidade, fazendo com que sintamos que eles tinham, de facto, a idade que ele quis representar. Conheço Dan Brown, embora não tenha lido na totalidade nenhum dos livros dele, infelizmente. Mas como eu sei que todas as obras dele são quase tão grandes quanto a minha paixão pelo Benfica, acredito que tenhas obras até o ano que vem xD
As músicas antigas são os “clássicos” deles, obviamente. No entanto, para este artigo em particular, acho que a “If Today Was Your Last Day” se adequava na perfeição. Sim, também nunca percebi o que é que o pessoal tem contra eles, principalmente quando depois veneram “Anacondas” e tal…
Obrigado pela lealdade ao espaço 🙂
Excelente artigo.
Gosto como fazes os teus artigos mais emotivos e profundos, em vez de ser só, “comentar wrestling”.
Btw, em tom de curiosidade: O John Green também é um dos meus autores preferidos e estava mesmo a pensar em comprar o Looking for Alaska xD
Obrigado!
É assim, eu não gosto apenas de analisar as coisas, porque isso torna-se entediante ao fim de uns tempos, tanto para vocês como para mim. Por isso, gosto de dar um toque diferente aos artigos, é o que se chama na gíria de “embelezar” um pouco as coisas. Desse modo associo coisas do dia-a-dia aos meus artigos e consigo falar de várias coisas num artigo só, é juntar o útil ao agradável! Fico contente por gostares 🙂
Eu ainda só li esta obra dele, ainda não li mais nada. Sinceramente, gostei do que li, é uma leitura leve e que fica-se sempre a querer ler mais. Digamos que em 4 dias (mais coisa menos coisa) eu acabei o livro enquanto estava no Algarve de férias, por isso estás a ver xD Mas sim, aconselho o livro. Sorry for the spoiler though!
Já agora, leste o Cidades de Papel? (Se sim, nada de spoilers! Ahah)
Sim, por acaso li. Se o quiseres comprar recomendo, é muito bom xD
Bem-vindo de volta! Eu não tive a oportunidade de comentar os últimos 2 artigos, mas li-os. Tal como disse o MicaelDuarte, voltaste a bater na mesma tecla. Eu não tenho nada a dizer, eu nem sou de me queixar muito, vejo a Raw e o Impact todas as semanas, mas há imensas coisas que são muito perturbantes de ver. O Beyond The Mat continua a ser o meu artigo favorito, mas acho que na próxima edição deviam falar um bocadinho mais sobre wrestling e deixar este assunto: quem percebeu percebeu, quem não percebeu tivesse percebido.
Em primeira instância, obrigado pelo comentário.
É como disse ao Micael, este foi um 2 em 1. Eu tinha planeado estender este tema durante duas edições (as duas que me calhassem a mim), e aproveitava para fazer este de uma forma mais leve, mais sift, de moso a ser menos polémico e fazendo com que quem não percebeu as minhas intenções no primeiro artigo, as percebesse agora. Como disse, não faria sentido deixar este assunto para depois, pois seria repetir-me numa altura em que nada o faria prever e sem qualquer nexo. Desta forma a coisa foi feita com pés e cabeça, dividido em dois artigos seguidos e o assunto ficou arrumado. Ainda aproveitei para ligar a história que pretendia contar com a história do livro em si e penso que o fiz da melhor maneira possível.
Obrigado pela distinção, é um grande orgulho 🙂
“…mas acho que na próxima edição deviam falar um bocadinho mais sobre wrestling…” Mas eu não deixei de falar sobre wrestling, pois não? 😉
Mas pronto, obrigado pelo comentário e pela lealdade ao espaço e espero que assim continue para a semana e para todas as outras em que cá estivermos!
Claro que tu e o akujy não deixaram de falar sobre wrestling, caso contrário o artigo nem estaria neste site, apenas recomendo que na próxima edição falem um pouco mais de wrestling, continuando com o vosso toque que liga o wrestling ao mundo que nos rodeia, que é uma mistura única e fantástica.
Não sei se isto é um elogio mas os teus textos, actualmente, conseguem entreter-me mais do que os episódios do Raw. Escreves muitíssimo bem, isso penso ser inquestionável.
Quanto à mensagem do texto propriamente dito, já dei a minha opinião sobre o assunto e não vale a pena continuar a repisar.
Ainda assim gostava de te deixar uma pergunta. Acompanho a WWE há uns 8 anos e considero que esta é a pior fase que já vivi. Se não criticar agora, vou criticar quando? Nunca?
Essa mensagem faria sentido se as críticas fossem maldosas ou os haters andassem à procura de uma agulha no palheiro para arrasar com a WWE. Não é esse o caso. As lacunas têm sido tão evidentes que conseguia fazer-te uma lista enorme com os erros do booking.
A cena é que o Wrestling é um monopólio. Se eu não gostar da série A, na boa, vou ver a série B. Se a minha mãe não gosta da novela da SIC, vai ver a da TVI. Se não gostas de uma banda, ouves outra. Pá, no Wrestling ou vês WWE ou tudo o resto está noutro campeonato. Numa fase destas, em que detesto o produto da WWE, a alternativa é deixar de ver Wrestling. Pá, mas por enquanto não estou disponível para tal, até porque existe sempre aquele 1% de esperança de que as coisas melhorem subitamente.
Btw, Nickelback é uma excelente banda. Não estás só ahah.
Um grande artigo. Eu já li o livro e é fantástico. E este artigo é uma daquelas coisas que nos deixam a pensar
Eu gosto dos Nickelback mas não um grande fã. Simplesmente aprecio.
Obrigado! Eu gostei do livro, sim, mas não o achei fantástico, e digo-te porquê. Acho que a história pecou um pouco pelo rumo que tomou. Percebi claramente a intenção e o final foi muito bem pensado, aquele texto foi sem dúvida qualquer coisa, mas houve demasiadas incógnitas deixadas no ar, e isso deixou-me um pouco chateado porque fiquei com imensas perguntas por responder! No entanto, o plot twist que o livro tem a meio e a história que é contada até lá é de uma imaginação e inteligência incriveis, disso não há qualquer dúvida! Inclusivé, já comprei mais um livro dele para ler, o Cidades de Papel, conheces?
Sim, o objectivo do artigo era esse mesmo, fazer-vos reflectir, e fico contente por ver que resultou em certos casos 🙂
Ao menos não és um hater, o que já não é nada mau! Obrigado pelo comentário e volta sempre!
Yup, i’ll take that as a compliment, thank you!
Podes criticar quando quiseres e bem te apetecer, mas lá está, desde que seja ponderado e justificado, como eu defendo no artigo. Como tu o fazes, e bem, não há anda a apontar-te nesse aspecto. Penso que foi esse ponto que tu ainda não tinhas percebido de tudo aquilo que eu já tinha dito antes, tu, em particular, não és uma das pessoas que critico, pois para isso não há razões. Daí achar que o tal “enfiar a carapuça” que tu assumiste no artigo passado não ter nada a ver contigo, pois tu, sendo tu, não precisavas de o ter feito.
Primeiramente, o meu nome é Daniel, não Triple H, por isso acho que o nome de “Shovel” não me assenta tão bem quanto isso xD Segundo: eu compreendo o que dizes, inclusive eu que apenas acompanho WWE sei bem àquilo que te referes no caso de deixar de acompanhar o produto, pois não iria ver mais nenhuma companhia. No entanto, sempre que as coisas estão “más”, eu continuo a ver, porque sei que depois de cada batida no fundo há sempre uma recuperação, e é por esses momentos que eu estou aqui, para me deliciar com as histórias provenientes desse recuperar, e acredito piamente que esse 1% não estará tão longe assim 🙂
Claro que é! Thanks ahahah.
Mas aqueles que criticam “porque sim” ou são incoerentes (volto a dizer, são uma minoria) eu nem sequer leio os comentários. Não me interessam, pura e simplesmente.
Quanto ao teu optimismo, espero que tenhas razão. Basta aparecer uma ou duas histórias mais cativantes que as opiniões do pessoal mudam logo. Eu, sinceramente, também já me sinto cansado de criticar a WWE mas, neste situação, é dificil não fazê-lo. Pode ser que com boas decisões no NOC, principalmente no que concerne ao main event, as coisas melhorem pouco.
Já sabes o que penso acerca deste tipo de artigos , reflexões são coisas que devemos estar constantemente a fazer na nossa vida , bom trabalho . Apesar de não ser o ” Top Guy ” da leitura , aprecio bastante livros como o que demonstraste , livros que retratam uma história de vida . Vou ver se arranjo um tempito para lê-lo . Em relação aos Nickelback, nunca fui fã do reportório da banda , apesar de existirem algumas letras que me cativam bastante .
Muito bom! Keep the good work! Também gosto do kruger e do resto da banda!
O pensamento é carp diam!
Gostei bastante do artigo, apesar de ser parecido ao último, mas já li as explicação que deste aos outros, e entendo perfeitamente.
Quando ao livro, parece interessante, mas eu tenho dois problemas, primeiro não me consigo motivar para ler livros sem ser para a “escola” e agora vou entrar em Direito, onde o meu tempo livre vai diminuir imenso. Uma amiga minha falou-me do livro quando fomos ver o “A culpa é das estrelas” (acho que escreveste mal o título da obra no artigo).
Quanto aos Nickelback, acho que gosto de 1 ou 2 músicas mas não passa disso, e nem sei o nome das músicas.
Excelente artigo, Daniel!
Bem, boas-vindas e bom retorno atrasado aos dois, finalmente tive tempo na minha quarta para ler e comentar.
Bem-vindo Daniel e Parabéns por este excelente artigo, simplesmente épico, li do 1º ao último minutos e subscrevo totalmente, Obrigado. 🙂
Quanto ao tema em si, disseste tudo e concordo, mas acrescento que sou como tu dizes, eu critico o produto, entre outras coisas, e faz parte e é necessário, mas aproveito cada minuto da WWE, desfruto e divirto-me e, no fim, acabo sempre gostar e ficar colado à TV a ver os shows, é caso para dizer que: “eu falo, mas não morde”, e encaixo-me no perfil que falas no que ao Wrestling diz respeito e acho que deve ser assim, podemos criticar e tudo mais, mas deixar de apreciar e ver NUNCA!!! aproveitar cada segundo e dar graças por podermos ver este fantástico desporto, é o que podemos e devemos fazer, neste caso, tema especifico e artigo, digo com todas as palavras que: “I´m a Daniel Daniel “ThaGr8One” Leite Guy” e mais não digo.
Bom trabalho. 🙂
PS: Também sou fã dos Nickelback, e para quem critica I got three words for them: “I don´t care” porque continuo a gostar. 😉
Excelente artigo. Já disse o que penso sobre o assunto no teu anterior artigo. Nos momentos certos críticos o que tem que ser criticável, como é grande exemplo a forma como trataram os wyatt na Raw da semana passada.
É bom ver-te de regresso espero que tudo tenha corrido bem, quanto ao artigo gostei do tema assim como aprecio os Nickelback, cotinuação de bom sucesso.
Adorei este artigo achei-o soberbo 😉 a escrita está mesmo Top!
Fizeste muito bem em remar contra a maré e em ler primeiro o “À Procura de Alaska”(mas isto é porque eu acho o “A culpa é das estrelas” muito sobrevalorizado)- Eu tenho uma relação de amor-ódio com o “João Verde” xD Acho-o inconsistente nos seus livros, as histórias têm imensos “plot holes” e eu não gosto muito de livros que me deixam com dúvidas do que terá ou não acontecido, ou pelo menos o Green não sabe fazer da maneira que eu aprecio. Mas continuo a ler os livros dele, se bem que estou a ganhar coragem para pegar no “Cidades de Papel” após ter detestado “O Teorema de Katherine”.
Eu gostei bastante (tirando as tais lacunas na história) do Looking for Alaska e adorei este paralelo que fizeste, quem leu vai perceber bem como a comparação está muito bem feita. A Alaska era uma mistura explosiva de qualidades e defeitos, ia de um extremo ao outro em poucas páginas, ao longo de algumas partes foi impossível não odiá-la perante o desprezo que dava ao Miles, Com a WWE é igual, critico (com moderação :P) mas entretém-me sempre.Tenho sempre aquele optimismo que vai mudar sempre para melhor, já sabemos que a WWE vai do 8 ou 80 na mesma semana portanto é continuar a ver, nem que seja em fast forward.
Não sou apreciadora dos Nickelback mas “if today was my last day”, a resposta à tua pergunta seria positiva. 😀
Mas que artigo TOP! A tua escrita é mesmo sensacional.
Adoro estas comparações que tu consegues arranjar entre “A procura do Alaska” do John Green( livro que vou ler) e a WWE. O Miles perdeu a Alaska Young o seu ” grande talvez” como nós estamos a perder a WWE(o intresse) mas eu acredito que isso vai melhorar e não me imagino, pelo menos num futuro próximo, sem WWE.
Excelente BTM. Acho que está tudo didto sobre este tema. E precisava ser dito! Awesomse stuff.
Brutal. Fantástico. Magnífico…
Como diria o RVD: “ahhh, that’s the stuff…”. E sim, este artigo resultou melhor do que o outro. Até a mim me deixou a pensar…
Acho que as pessoas exigem Muito do Wrestling, muitos dos lutadores e sempre estão buscando algo perfeito e no fim acabam esquecendo que na verdade isso é um entretenimento para se divertir!
Muito interessante a sua analogia, esses tempos mesmo desisti de jogar um certo jogo online, que de certo modo está para chegar ao seu fim, enfim, depois de muito tempo de jogatina a minha sensação foi realmente como descreveu “[…] arrependidos do tempo que passaram a pensar demais sobre algo que vos entretia[..]” haha…
Mas com o tempo a sensação de saudade misturada com nostalgia transformou-se em saudosismo e arrependimento de não ter aproveitado mais enquanto podia xD
Espero que não esteja aparentando ser piegas haha. E parabéns pelo artigo!
PS: Estou também lendo “Quem é Você, Alasca?” (nome no Brasil)
Magnifico BTM. Adorei a temática literária que arranjaste para esta semana e gostei da forma subtil como a ligaste ao tema. Ainda assim, após 3 semanas, acho que é tempo do BTM seguir em frente. xD Good stuff.