Esta semana, fez um ano que o grupo mais bem-sucedido dos últimos anos se separou. The Shield, constituído por Dean Ambrose, Seth Rollins e Roman Reigns, conheceu o seu fim no dia 2 de Junho de 2014. Seth Rollins, o “arquitecto” do grupo e o mediador das discórdias que o grupo tinha sofrido até então, atacou os seus supostos irmãos e aliou-se à Autoridade, começando assim a sua ascensão a vilão principal da companhia.
Foi um desenvolvimento bastante irónico, visto que os fãs conseguiam imaginar vários cenários para o futuro de Rollins, menos o cenário em que este se tornava o vilão principal da companhia e acabava mais estabelecido no main-event que os restantes membros do grupo.
Dean Ambrose, o antecipado grande vilão desta Era, acabou por se tornar num herói improvável, cuja popularidade sobreviveu a derrotas consecutivas, histórias inconsistentes, rivalidades sem rumo e à falta de criatividade da equipa criativa da WWE.
Tudo graças à sua única habilidade de transformar em ouro (quase) tudo aquilo em que toca. Dean Ambrose não precisa de fazer muito para cultivar a adoração dos fãs. Umas piadas aqui, uns olhares ali, e este acaba com a audiência na palma da sua mão.
Também ajuda o facto de este ser dos poucos – senão o único – que consegue protagonizar segmentos questionáveis e arriscados e fazê-los resultar graças à sua naturalidade. Outros, na mesma posição, falhariam redondamente quando colocados em imitações baratas dos segmentos protagonizados por Steve Austin nos áureos tempos da Attitude Era.
Ambrose é peculiar e tem o potencial de ser algo completamente diferente dos restantes membros do roster. Esta diferenciação é uma das razões principais por detrás da popularidade das estrelas que vemos no roster principal. Não existe mais ninguém no roster que tenha a presença de Brock Lesnar, que faça promos como Brock Lesnar e que lute como Brock Lesnar.
Tal como não existia alguém genuíno, humilde e cativante como Daniel Bryan. Tal como não existe alguém como Kevin Owens.
Tal como estes exemplos, Dean Ambrose precisa de ser único. Precisa de ser mais do que comédia barata e histórias ensaiadas e previsíveis. O que temos visto até agora é um Dean Ambrose popular, mas sem ajuda da WWE. Imaginemos o que poderá ser um Dean Ambrose, no roster da WWE, quando/se tiver ajuda. Não é um mau sonho de se ter.
Existe imenso potencial para ser explorado antes de sequer ser considerada a ideia de Dean Ambrose se tornar num vilão. De momento, este limita-se a ser alguém que mantém Seth Rollins entretido até o campeão ter o seu verdadeiro desafio, seja este Brock Lesnar, Triple H ou Roman Reigns.
Por isso, não vejo este potencial a ser explorado num futuro próximo e espero que a WWE espere até então para lhe dar o Título principal. Não é necessário usar o Título principal da WWE para continuar a banalização de uma das personalidades mais únicas e naturais que a companhia possui de momento.
A longo prazo, prevejo um futuro brilhante para Dean Ambrose. Este sobreviveu até aqui e basta continuar a ser ele próprio para continuar a sobreviver. Dizem que o talento acaba sempre por vingar. Não acredito que o caso dele seja diferente.
Para mérito da WWE, convém reconhecer que a companhia também não fez nenhuma tentativa descarada de tentar arrasar com a sua popularidade, como fez com outras estrelas. E por isso, a popularidade de Dean Ambrose sobreviveu.
Por isso e porque é mais fácil para os fãs identificarem-se com o rebelde irreverente que foi traído por um suposto irmão, do que se identificarem com o representante de uma família lendária dentro da indústria que foi escolhido a dedo para ser a próxima grande estrela da companhia.
Que Roman Reigns tinha sido escolhido para tal, ninguém duvidava. Desde o momento que o grupo se estreou que se sabia – ou suspeitava – que Reigns como herói favorito dos fãs era o objectivo central. Os fãs apenas tinham esperança que, pelo meio, talentos como Ambrose e Rollins não fossem sacrificados por este objectivo.
O que ninguém esperava era que Roman Reigns revelasse a incapacidade da WWE para promover estrelas que realmente querem promover. Nos últimos anos, a WWE teve mais sucesso em criar heróis que não pretendia criar do que em preparar o “escolhido” para o maior combate da carreira dele.
É, de facto, uma realidade assustadora. Mesmo agora que a popularidade de Roman Reigns parece estar a recuperar, é assustador ver como no espaço de um ano, a WWE falhou por completo na sua missão de criar um herói popular. Criar um John Cena não é fácil. Eles podiam ter falhado nisso. O problema é que falharam em criar um herói que os fãs quisessem apoiar de todo.
Este falhanço levou à inevitável conclusão que, intencionalmente, a WWE só consegue criar vilões. No espaço de um ano – o mesmo ano que a WWE teve para lançar Roman Reigns – a companhia conseguiu estabelecer três vilões de peso: Brock Lesnar, Seth Rollins e Rusev.
Brock Lesnar tornou-se um favorito dos fãs, no início do ano, mas já foi rapidamente substituído por Kevin Owens (como vilão no top 3, como é óbvio).
A razão para isto é bastante simples, mas não é uma que a WWE vá admitir.
É fácil criar um vilão. Ou pelo menos, é mais fácil do que criar um herói. Rusev recorreu ao velho truque chamado de patriotismo. Insultou os fãs, dominou e venceu os seus adversários. É fácil.
Seth Rollins e Brock Lesnar tiraram aos fãs algo que estes genuinamente adoravam: The Shield e a Streak. No entanto, ao passo que Brock Lesnar e Kevin Owens são vilões que irão durar pouco tempo, visto que ninguém consegue odiar durante muito tempo pessoas fisicamente dominantes ou impressionantes que fazem exactamente aquilo que prometem fazer, Seth Rollins é mais matreiro.
Seth Rollins, como vilão, funciona a longo prazo porque ninguém gosta de batoteiros. Especialmente batoteiros que atraiçoaram a família para atingir os seus objectivos.
Criar um herói é mais complicado. Muito mais complicado. Porque nada do que se referiu acima exige um entendimento particular da audiência que se tem. Isso não é possível com um herói. É preciso conhecer a audiência que se tem para perceber com o que é que estes se podem identificar.
Não basta escolher os olhos mais bonitos do roster. Não basta atribuir vitórias contra gigantes que ninguém leva a sério. Não basta ser o miúdo mais porreiro do roster. oje em dia, noções antigas não apresentam a mesma taxa de sucesso de outros tempos.
Tudo isso, bem feito, gera popularidade. Mas não gera o apoio único, sentido e fervoroso que a WWE procura. Esse apoio só aparece quando os fãs sentem que se identificaram com o herói ou com a sua causa. Precisa de ser uma ligação verdadeira. Algo que a WWE não deixou que Roman Reigns fosse durante muito tempo.
Basta olhar para John Cena. Este pode parecer atrair apenas os fãs mais novos (o seu público-alvo) e, à primeira vista, pode não haver nada que dê indicação de que este consegue motivar o público mais velho. Mas depois, ele abre a boca, faz uma promo como a que fez na passada Raw e poucos são os que não o apoiam. Os que não o respeitam. E isso é algo que Roman Reigns ainda precisa de encontrar dentro de si.
E os fãs precisam de encontrar uma razão para torcer por ele. Ser constantemente atribuído oportunidades de lutar pelo Título antes dos fãs quererem que tal aconteça é um disparate. A WWE quer que a sua coroação como campeão seja um grande acontecimento, mas para tal acontecer este não deveria falhar tantas vezes. Recentemente, houve alguém que viu demasiadas oportunidades falhadas num só ano a prejudicarem seriamente o seu primeiro reinado. O seu nome era Alberto Del Rio. Se isso prejudicou um vilão, o que poderá fazer a um herói?
Cada meta que Reigns alcança é tratada como se fosse a maior de sempre, o que seria aceitável, se este não tivesse vencido o Royal Rumble, defendido de forma bem-sucedida o seu lugar no main-event da Wrestlemania e sobrevivido a Brock Lesnar. Sim, porque foi Seth Rollins que lhe roubou o momento ao sol.
Ajudar Dean Ambrose, embora faça sentido e seja coerente com o passado que ambos têm, não vai transformar-se no apoio que este precisa de ter para ser a estrela que a WWE quer que este seja.
Este não deveria lutar três vezes numa noite quando, claramente, não é um lutador cujos combates façam os fãs pedir por mais. Este não deveria ser atribuído lugar no Money in the Bank, deveria lutar por ele. Não para o defender, mas para o ganhar.
Acima de tudo, este deveria estar numa posição dominante, numa série de rivalidades à parte, até ao momento em que os fãs estão a implorar que este lute pelo Título. De momento, a sua presença na contenda pelo Título apenas serve de lembrança de como era suposto ser ele na posição de Seth Rollins.
Esta proximidade também coloca uma leve sombra no reinado de Seth Rollins, pois devido a esta lembrança, existe a crença que Rollins é apenas um campeão de transição até Roman Reigns estar preparado para assumir o lugar de campeão.
No entanto, não é o aspecto mais preocupante do reinado de Rollins, nem o prejudica tanto quanto prejudica Reigns. Como vilão aproveitador e interesseiro que é, Rollins poderá sobreviver a muito e, na Wrestlemania 31, foi tomado um passo decisivo na sua consolidação como main-eventer. Edge consolidou-se como main-eventer a ser o vilão que Rollins é agora e nunca fez um cash-in em plena Wrestlemania.
O aspecto mais preocupante da posição actual de Seth Rollins é a Autoridade e a dinâmica que esta apresenta. Edge era um vilão interesseiro, mas tinha ajuda. Seja de Lita ou de, mais tarde, Vickie Guerrero e da La Familia, a dinâmica nunca era a que Seth Rollins tem com a Autoridade. Edge era beneficiado, mas também era quem controlava a situação. Era ele que tinha a apaixonada e dedicada Vickie nas mãos.
Seth Rollins, por sua vez, não tem qualquer poder sobre a Autoridade. Foi escolhido e, tal como o Kane deixou bem claro, poderia ter sido outro qualquer no seu lugar. Este é, claramente, um fantoche nas mãos da Autoridade. Alguém que estes simplesmente entendem como sendo adequado para aquela posição.
Esta dinâmica foi a mesma que prejudicou Randy Orton em 2013/2014.
Os “escolhidos” pela Autoridade são tratados como se fossem substituíveis. Como se não fossem o futuro que a Autoridade tanto apregoa que eles são. São crianças irresponsáveis e substituíveis, tratadas de forma condescendente por adultos que sabem melhor, que fazem melhor e que vendem melhor.
Em vez de colocar todo o foco em Seth Rollins, o vilão que todos deveriam odiar com todas as suas forças, este é forçado a partilhá-lo com a Autoridade e, especialmente, com os membros errados da Autoridade.
Ora, é inegável que WWE fez de Seth Rollins um main-eventer e este vai consolidar-se nesta posição – a não ser que tudo corra bastante mal – ao longo dos próximos anos.
Todavia, tal como no caso de Dean Ambrose, não estará esta dinâmica que Seth Rollins possui com a Autoridade a impedi-lo de ser um vilão ainda maior e mais odiado? Não estará esta dinâmica a impedi-lo de atingir todo o seu potencial como vilão? Pessoalmente, não tenho quaisquer dúvidas que é esse o caso.
O que pode ajudar a validar Rollins como main-eventer – e deveria acontecer – é uma vitória limpa contra Triple H. A WWE deu sinais de estar a mover na direcção de um combate entre ambos depois de Rollins ter perdido as estribeiras e afastado Triple H do seu caminho. Que melhor forma existe de Rollins provar que, afinal, não é uma criança descartável que foi usada por Triple H, apenas para acabar com The Shield, do que uma vitória limpa? Que melhor forma existe de consolidar este main-eventer e elevá-lo de forma mais séria?
A meu ver, não existe melhor. Brock Lesnar tem sido um dos nomes discutidos para enfrentar Rollins e, embora Lesnar deva ter a sua desforra pelo Título, é com Triple H que Rollins tem história. Mas, até lá, é com Ambrose que Rollins terá de lidar para queimar tempo enquanto Lesnar não regressa.
Para manter a rivalidade viva, a WWE recorreu ao famoso “Dusty Finish” para deixar os fãs revoltados – no bom sentido. Infelizmente, o resultado obtido foi apatia, visto que a larga maioria das pessoas não acreditou na vitória de Ambrose e tinha noção que a Autoridade não iria deixar que tal acontecesse ou durasse muito tempo.
Porquê pensar o contrário quando a Autoridade é responsável por terminar mais de metade dos main-events da WWE, desde a sua criação, de forma supostamente controversa para gerar ódio contra o grupo?
Não foi uma estratégia nova ou criativa. Foi apenas o mínimo que achavam que tinham de fazer para continuar a rivalidade sem mudar o Título de mãos.
Ora, um ano passou desde que o tão adorado grupo se separou e, contra todas as expectativas, os três parecem ter atingido semelhante sucesso. Os três tornaram-se main-eventers e agitaram o main-event de forma a torná-lo, de novo, uma novidade.
No entanto, os seus esforços e talentos são atrapalhados pelo ambiente desprovido de criatividade que os rodeia. Pelo ambiente que, no espaço de um ano, não soube aproveitar todo o potencial que três das suas estrelas mais promissoras têm para oferecer.
No fim do dia, não são Seth Rollins, Triple H ou Kevin Owens os maiores vilões da WWE, mas sim todos os envolvidos no processo criativo da companhia. É uma triste realidade quando, criativamente, uma companhia não consegue corresponder à qualidade do seu talento.
Caso estejam interessados, está disponível mais uma edição do Tretas, dizem eles! Nesta edição, são debatidos os seguintes tópicos:
– Análise: WWE Elimination Chamber;
– Possível combate de Steve Austin vs Brock Lesnar na Wrestlemania 32.
Podem ouvir todas as edições gravadas até agora aqui. De uma forma mais rápida, para ouvir a edição mais recente, basta carregar aqui. Se quiserem, podem seguir-nos no Facebook e no Twitter.
Enfim, desejo uma excelente semana a todos. Até à próxima edição!
17 Comentários
Excelente artigo, Salgado.
Um ano passou desde que os shield se separaram e cada um seguiu o seu caminha rumo ao main-event.Diga-se de passagem que nem todos estão ao mesmo nível.
Dean Ambrose acabou por ser um herói improvável,com uma grande popularidade entre os fãs de WWE,talvez o novo babyface da companhia, quando o plano A era Roman Reigns. O Dean Ambrose ganhou a atual popularidade devido aos segmentos que protagoniza,principalmente quando anda atrás do Rollins ou quando roubou os títulos,por exemplo.
Roman Reigns tinha tudo para ser um super herói, o novo John Cena,só que a WWE falhou na sua construçao.
Ele devia ter sido constrido com mais calma,subindo gradualmente ate ao main event,mas decidiram coloca-lo no main event da WrestleMania.Depois para ele ser mais apoiado meteram-no numa feud com o big show, um homem que nos últimos anos não da interesse nenhum em ve-lo e depois mete-lo a lutar constantemente pelo titulo.
Seth Rollins neste ultimo ano evoluiu muito e isso ve-se.Acho que terem dado o titulo na WrestleMania foi a coroação da sua evolução ate ao main event.Acho que ele na autoridade é tratado como um puto quando faz algo mal e quando faz algo bom é tratado como um rei pela autoridade. Agora vem o defasio Lesnar quero ver se ele continua com o titulo,o que é pouco provável.
Artigo fantástico, Salgado.
Ainda bem que comparas o Rollins ao Edge (há uma semelhança bastante óbvia, na verdade), pois é algo que tenho feito quando argumento que a construção do Rollins está longe de ser a melhor.
O Edge tinha reinados extremamente curtos e não eram, na sua grande maioria, memoráveis. No entanto, todos os fãs se lembram de como ele manipulava toda a gente à sua volta e das coisas “mete-nojo” que ele fazia. Isso, no fim do dia, era o que interessava.
Quando olho para “este” Rollins, vejo um vilão a ser constantemente humilhado, sem que os fãs tenham visto, primeiro, algo que os deixe mortinhos por vê-lo a sofrer. O problema deste Rollins, na minha opinião, mais do que ser tratado como um fantoche, é não fazer nada que leve os fãs a odiá-lo.
É claro que o Rollins precisa de vencer combates de forma suja, mas que seja ele, na maioria das vezes, a decidir e a controlar as situações em que se coloca. Basicamente, estou a falar de não termos a WWE a desenvolver histórias que não giram à volta do Rollins (por exemplo, a situação do Kane ter que garantir a vitória do Rollins caso quisesse permanecer na Autoridade). É o Rollins quem tem que controlar. Ele é quem tem que brincar, não é acabar a ser brincado.
Enfim, quero o Rollins que ameaçou matar o Edge (“but damn, you gotta know me better then that. I’m gonna kill him anyway.”) e que rebentou a cabeça ao Orton e ao Ambrose.
Excelente. Não tenho nada mais a acrescentar sobre a tua análise do Rollins, e da transformação que ele sofreu nos últimos tempos. Tal como o Micael eu quero aquele Rollins que ameaçou o Edge, mas sei que ele não voltará. Aliás, é bem possível que ele já seja face no final do Verão se a WWE avançar com essa rivalidade com o Triple.
Excelente Artigo.
Cheira-me que daqui a longos anos os Shield estarão juntos para serem inductees no HOF. Estes rapazes são claramente o futuro da companhia!
Bom artigo, embora discorde de vários argumentos.
Porquê comparar o Seth Rollins com o Edge e não, por exemplo, com o The Rock?
Enquanto o Edge tinha uma simples GM e uma “Família” atrás dele, o Rock tinha o dono da companhia. Aquele que mandava em tudo o que acontecia ali. Tal como o Rollins hoje em dia. E tanto o Rock como o Rollins foram os “escolhidos”.
O Rock também não era um vilão muito odiado. Tanto assim é, que foi forçado a virar face tal era o apoio que recebia dos fãs. E, enquanto “Corporate Champion”, também não era ele que mandava. Era, também, um fantoche nas mãos de Vince McMahon, e isso não o impediu de chegar onde chegou depois.
Além disso, noto aí uma incoerência. Se o objectivo é tornar Seth Rollins num herói – foi assim que interpretei, ou estás a pensar em Triple H face vs Rollins heel? – porquê tentar que ele seja extremamente odiado agora? Se ele fosse tão odiado como querem que ele seja, o face-turn podia não resultar depois, visto que os fãs teriam ainda presentes na memória as tais atrocidades que ele deveria fazer.
Acho que se analisa demasiado a situação. O Rollins teve o melhor “booking” dos últimos 370 dias – mesmo não sendo perfeito, mas isso NUNCA é – e devíamos desfrutar disso. Tudo o que apontas aí são simples pormenores que, muitas vezes, devemos ignorar, senão nunca vamos ter prazer a ver a WWE.
Nos casos de Ambrose e Reigns concordo em tudo, e não são simples pormenores. Acho inconcebível que o Reigns tenha lutado pelo título logo dois PPV’s a seguir à WrestleMania. Esta aproximação ao Ambrose é natural, especialmente se os planos passarem por um heel-turn do Reigns ou, até, do Ambrose.
Se me permites que comente Daniel, eu concordo contigo na parte que falas da comparação com o Rock. E sem dúvida que por vezes existe um exagero porque queremos que tudo encaixe de forma racional, e por vezes isso não acontece. E não é de agora, sempre aconteceu e irá acontecer no futuro.
Isto.
Sem querer ser depreciativo, Salgado porque pões todos os títulos dos teus artigos em inglês? Só da um aspeto mais “comercial” a coisa, banalizando-a.
Este Daniel é que é ouro nesta equipa, subscrevo o que dizes a 100%
Excelente artigo, again.
Era fã dos The Shield, tive pena quando se separaram porque eram uma excelente Stable e das melhores da história, o meu preferido era o Roman Reigns e em segundo o Rollins, depois não gostei do rumo do Reigns e o Rollins passou a ser o meu preferido porque na WWE sou um “heel guy” e o Reigns acabou por passar a último e o Ambrose subiu um lugar, acho que a WWE ajudou imenso o Rollins com o fim da Stable mas os outros dois ficaram desapoiados e um pouco à deriva, felizmente começam a ter rumo e agora há ali futuras estrelas e top guys da WWE.
Confesso que vejo o Rollins como o HHH era nos tempos dos Evolution, posso estar enganado mas até é uma espécie de “discípulo” dele e tem parecenças, o HHH também era um heel batoteiro e que adorava fugir, sem esquecer que o HHH também traiu o Orton para atingir os seus objectivos e preparava-se para fazer o mesmo ao Batista e também acabou por trair o próprio Ric Flair, agora também vejo coisas de Edge nele, concordo que o que lhe falta é ter uma verdadeira ajuda como HHH tinha Evolution e o Edge a Lita e a Vickie, seja como for está aqui um enorme talento e que tem um potencial como heel mas também como face, HHH e Edge também foram heels odiados mas conseguiam ser faces com popularidade, adorava ver um HHH vs Rollins mas não sei o que será melhor, se o HHH heel com o Rollins a vencer e sair por cima como face, se o HHH face e o Rollins a destruir a Autoridade e sair por cima como um heel consolidado, como o daniel disse acima há um risco de ser mais complicado os fãs aceitarem um possível face turn, embora a WWE possa conseguir esse turn com sucesso se fizer as coisas bem.
Quanto ao Ambrose, adoro o seu estilo pouco ortodoxo em ringue onde não tem aquela técnica de alguns, nem o atleticismo de outras mas tem uma atitude enorme e só quer é dar pancada em tudo e todos, depois no micro fala com naturalidade e nas expressões é dos melhores da empresa, sinceramente vejo-o como o SCSA na medida em que é um rebelde contra a Autoridade da empresa e que não quer saber de nada, nem ninguém mas assim andar à porrada e chegar ao titulo principal, depois de derrotas e feuds pouco interessantes parece que finalmente estão a apostar nele e a dar-lhe o rumo certo, o desfecho no Elimination Chamber foi o ideal para os fãs odiarem mais o Rollins e apoiarem mais o Ambrose e acho que a WWE é capaz de estar sempre a lixar o Ambrose até que este consiga virar tudo a seu favor e tornar-se campeão para a explosão de alegria dele e dos fãs, é esperar para ver.
Quanto ao Roman Reigns, já se sabe que teve um booking miserável e a feud com o Big Show não ajudou em nada, sendo que a lesão ocorreu num timing péssimo e depois a WWE devia ter feito as coisas de outra maneira mas seguiram com o plano e correu pessimamente, agora começa a recuperar o apoio dos fãs mas lá está, se a WWE continuar a seguir o rumo actual será complicado para o Reigns ter o apoio total dos fãs como campeão, deviam seguir o que tu disseste e aí ele estaria pronto para ser campeão em breve.
Bom trabalho Salgado. 🙂
Salgado, estava pensando o que fazer com o Roman. Ele precisa ficar afastado desesperadamente do ME, ou nunca resultará. Pode fazer o heel turn ou não. Pensei nele com o Ambrose ganharem os Tag teams, porque não?
Sim, eu sei que tem outras duplas lá há mais tempo, mas acho que podem permanecer como duplas e resultarem no futuro. Eles continuariam o fantastico trabalho que os New Day vem fazendo e um prêmio ao Dean Ambrose, plus, liberaria o Kofi para ganhar o Money in the bank. Acho que seria uma decisão mais acertada do que a WWE pretende fazer…
Excelente artigo, Salgado.
Acho que a única vez que vi o Rollins como uma ameaça foi aquela vez que ele ameaçou matar o Edge. Gosto muito dele e acredito que tem um grande futuro, masa WWE tem que ajuda-lo tambem, fazendo esse tipo de cena onde Rollins é realmente ameaçador mais frequente.
Estou sem palavras… F-A-N-T-Á-S-T-I-C-O
Consegues juntar três homens diferentes num artigo que nos dá vontade de devorar cada parágrafo. E penso exatamente o mesmo do que tu, sobretudo na questão do Rollins. A história da Autoridade há muito que se tornou enfadonha e a relação direta que esta apresenta com o campeão, apenas serve para contaminar a credibilidade dele. Ainda para mais, quando para esse mesmo grupo não se traz nenhum elemento que o revitalize (como aconteceu com o ingresso do Seth há um ano) e a maior sombra de Rollins é neste momento ninguém menos do que Kane – um elemento cuja personagem está há muito desgastada. E aproveito para acrescentar um outro ponto: Tanto no Extreme Rules, como no Payback por exemplo, eram combates propícios a vitórias com “batota” mas mesmo assim soube-se fazer tudo da pior das formas.
Excelente Artigo
Bom airtgndo
Excelente artigo, Salgado!
Dean Ambrose foi o que menos destaque recebeu. Aquele que promeia ser o melhor heel da atualidade acabou transformando-se em um anti-herói bastante popular entre os fãs. Esperava que fosse ele no lugar do Rollins, tendo em conta tudo o que aconteceu durante o tempo que estiveram juntos. Felizmente, parece estar a conseguir seu merecido lugar consolidado no Main Event.
Roman Reigns é até hoje uma incógnita. É um bom wrestler, que transmite intensidade a cada golpe seu, mas que peca no acting de suas promos. A sua ascensão como babyface de topo foi demasiado apressada. Não deram tempo para ele construir uma identidade pós-Shield como os outros dois fizeram. Tudo isso, combinado a promos infantis e com fraco conteúdo, levou a uma baixa aceitação do público. Com a volta do Badass que se fez famoso no Shield, a sua aceitação pelo público tem aumentado.
E por último, mas certamente não menos importante está o Architect, o homem que surpreendeu a muitos com sua ascensão. Sinceramente, esperava que Rollins fosse a parte fraca do Shield. Não pelo seu talento, pois já havia visto lutas dele e sabia de seu potencial, mas tudo indicava que ele teria algum sucesso por ter sido parte do Shield e depois, ainda como face, teria rivalidades médias. Resumindo, tudo o que aconteceu a Ambrose até a sua ascensão ao ME. Mas o homem está fantástico. Mic skills bastante boas e ring skills indiscutíveis, aliados a uma naturalidade impressionante fazem dele uma das únicas coisas positivas que vieram com a Authority.
Excelente artigo.
Roman Reigns não tem carisma, não tem presença, é péssimo no mic e todos sabem que a WWE quer fazer dele o grande campeão. A verdade é que se o Reigns viesse de qualquer outra familia, teria tanto espaço na WWE quanto o fandango.
Dean Ambrose sobrevive a péssimas historias porque tem carisma, a plateia adora ele pq ele é maluco, a gimnick dele é bem legal e ele sabe como jogar.
O Seth Rollins é sensacional. Um grande lutador e que de fato merecia a chance q teve. Gostaria de ve-lo perceber que não precisa da autoridade pra nada, afinal ele chegou ao cinturão sozinho com seu cashin em plena wrestlemania. Uma luta com o HHH seria legal pra acabar com esse lixo de autoridade, mas ele não precisaria fazer o turn… Tem trabalhado muito bem como heel.
Gostaria de parabenizar a todos os administradores deste site. Sou brasileiro e acompanho a WWE a cerca de 8 meses. Este é o melhor site em língua portuguesa para informações e debates sobre o universo WWE. Parabéns novamente