Quando, em 2012, os fãs da WWE transformaram a primeira Raw após a Wrestlemania 28 numa manifestação de fúria e revolta pela derrota de Daniel Bryan em 18 segundos, mal sabiam aquilo que estavam a criar involuntariamente. O que começou como uma anomalia evoluiu para uma tradição anual.

Em 2012, na noite após a Wrestlemania, os fãs lançaram a carreira de Daniel Bryan e transformaram a Raw após a Wrestlemania num dos eventos mais esperados do ano. No evento em que todos os fãs queriam estar, porque sabiam que algo especial ia acontecer.

Todos os anos, desde então, que os fãs que estão presentes na audiência tentam ficar à altura da reputação que as primeiras experiências criaram com Daniel Bryan e, no ano seguinte, com o Fandangoing.

Enquanto no início o comportamento dos fãs foi adorado e elogiado, porque era algo completamente fora do normal, com o passar do tempo, o comportamento dos fãs começou a ser alvo de críticas. O que tinha surgido de forma orgânica e inocente era algo forçado e até um pouco ofensivo. Dizia-se que os fãs já não lutavam por nenhuma estrela em particular, apenas estavam lá porque queriam ser o destaque do evento. Queriam ser eles as estrelas.

No fundo, esta experiência da reação dos fãs na Raw após a Wrestlemania é exatamente o que se passa com o NXT e respetiva audiência em Full Sail, Brooklyn, Londres e, no futuro, Dallas.

Opinião Feminina #266 – Hey, Hey Bayley!

Recentemente, o NXT transmitiu mais um TakeOver, desta vez a partir de Londres, e como de costume, apresentou um fantástico evento com muitos combates de qualidade e uma audiência bastante animada que, mais uma vez, foi motivo de conversa pelo seu comportamento.

Nada do que aconteceu foi uma novidade. A audiência europeia, em particular os fãs provenientes do Reino Unido, é conhecida por ser bastante enérgica, barulhenta e imaginativa. A maioria dos cânticos usados durante a tour do NXT no Reino Unido e durante o TakeOver foram inspirados em várias músicas. É esta alegria, energia e atitude que ajudou a tornar o fim de semana de Wrestlemania, em particular a Raw, mais especial, porque são estes fãs que viajam milhares de quilómetros para fazerem parte da experiência.

Com o NXT é precisamente a mesma coisa. Quando o NXT começou em Full Sail, a audiência destacou-se de imediato de tudo resto pela sua atitude. Não só pelo seu incondicional apoio ao produto, mas também pela sua honestidade, energia e, especialmente, imprevisibilidade. Esse é um dos aspetos mais importantes da audiência de Full Sail.

Nunca se sabia o que é que os fãs iriam inventar de seguida e fazia parte da experiência do NXT descobrir. Uma das principais caraterísticas do NXT como produto é a forma como os fãs se divertem em Full Sail. A audiência de Full Sail é uma das razões principais para o NXT esgotar várias arenas para milhares de pessoas, sem quase promoção nenhuma Raw e acordo televisivo nos Estados Unidos.

O NXT é um exclusivo da Network nos EUA e conseguiu esgotar a mesma arena em que o Summerslam e a Raw estiveram. O que numa noite a WWE usou Undertaker e Brock Lesnar para fazer, o NXT fez estando apenas na Network e com talentos bastante menos conhecidos, em comparação.

E uma das razões principais para isso acontecer é a forma como a audiência de Full Sail retratou o NXT. Os cânticos, a imprevisibilidade, a euforia, a energia inesgotável e a aparente lealdade dos fãs levaram o NXT a ser visto como algo divertido. O ambiente era de tal forma fascinante que os fãs só queriam a oportunidade de fazer parte dessa atmosfera. De estar naquele ambiente e participar na diversão.

É o que acontece todos os anos na Raw após a Wrestlemania. O que começou como um grito de revolta transformou aquela Raw em particular numa festa da qual todos querem fazer parte.

Opinião Feminina #266 – Hey, Hey Bayley!

A influência do comportamento da audiência de Full Sail nunca pode ser menosprezada, por muito arrogantes e desnecessários que os seus comportamentos sejam às vezes. Porque muitas vezes, ter o melhor talento e booking do mundo não basta para encher arenas e, no caso do NXT, a audiência e a atmosfera do evento são dois aspetos fundamentais na promoção do produto.

Eventualmente, a magia da audiência de Full Sail começou a desaparecer para alguns fãs e os mesmos problemas que surgiram com a audiência da Raw após a Wrestlemania repetiram-se.

Primeiro, os elogios ao comportamento dos fãs deu-lhes a confiança necessária para irem mais longe ou desenvolverem uma certa arrogância. Enquanto a WWE dava Slammys à audiência da Raw após a Wrestlemania e John Cena fazia discursos a elogiá-los pelo seu comportamento, o NXT tem os seus talentos, Triple H e os restantes fãs a elogiá-los.

Mais recentemente, numa manobra extremamente inteligente, Triple H chegou mesmo a referir-se ao NXT como sendo a programação dos fãs. Como defendi numa edição recente, não é só por causa das contratações de estrelas independentes e do booking que o NXT tem os fãs na palma da sua mão. É a forma como os consegue envolver e trabalhar com eles que, no fim, funciona a seu favor e facilita qualquer manipulação.

Os constantes elogios enchem os fãs de orgulho e de uma responsabilidade para manterem a sua reputação. A audiência do NXT não é imune e a sua arrogância já lhes custou um puxão de orelhas da parte de Kevin Owens.

Segundo, o erro mais fatal de todos foi querer criar uma festa à força, sem deixar que esta surgisse naturalmente. Como consequência do que referi acima, quando os fãs tornam a sua responsabilidade garantir que o evento é divertido e peculiar acabam por forçar o que estão a fazer e tornam-se mais focados em criar um espetáculo do que em divertirem-se com o espetáculo que os lutadores estão a fazer.

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Um exemplo ideal disso foi a atitude dos fãs durante o combate de Bayley e Nia Jax no NXT TakeOver: London. Durante a tour, em particular em Blackpool, a adaptação da música Hey Baby começou a fazer furor nas redes sociais, portanto, tal como qualquer criança com um brinquedo novo, os fãs presentes no TakeOver estavam desejosos do fazer também.

Pessoalmente, adorei o cântico. Achei doce e engraçado. A minha impressão inicial não foi, de todo, sexista ou negativa. Bayley, por sua vez, também reagiu bastante bem, o que também os poderá ter incentivado mais.

No entanto, é óbvio que, no início, os fãs não estavam a reagir ao combate. Tinham descoberto algo novo e queriam liberdade para o explorar e se divertir. Felizmente, Bayley é uma heroína carismática o suficiente para, eventualmente, conseguir trazer os fãs de volta para o combate. No fim, durante as tentativas de submissão, Nia e Bayley já tinham conseguido recuperar os fãs, mas foi complicado.

Como já se viu várias vezes, audiências deste tipo conseguem fazer milagres. Conseguem salvar um evento ou transformar um combate satisfatório numa experiência espetacular, mas também conseguem estragar bons combates. Randy Orton vs John Cena e Randy Orton vs Sheamus foram vítimas desse mesmo tratamento.

Em certos casos a culpa dos fãs é discutível, pois a função da promoção e do booking é envolver os fãs, não contar com o seu apoio incondicional independente da qualidade do seu produto. A complacência não deve ser recompensada. Porém, também há casos absolutamente inocentes em que, supostamente, não há razão nenhuma para os fãs estragarem certos momentos e estes fazem-no à mesma.

Ao longo dos últimos anos tenho tido muita dificuldade, como fã, em lidar com este tipo de audiências. Por um lado, este tipo de audiências consegue, por vezes, captar a magia do Wrestling num único momento.

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São momentos únicos. Daniel Bryan a ouvir uma audiência de milhares a dizer que ele merece ser campeão, Bayley a festejar com uma criança para a delícia de todos, o respeito e adoração dos fãs durante o combate de Bayley e Sasha Banks em Brooklyn e a explosão de alegria quando o árbitro bate com a mão pela terceira vez no tapete, entre muitos outros, são momentos que este tipo de audiências torna especial. São estas audiências que tornaram Chad Gable numa estrela. Aliás, a equipa tem feito a delícia dos fãs, tanto nas gravações antes do TakeOver, como em Full Sail e na tour pelo Reino Unido.

A aura e presença de Asuka, Brock Lesnar e Ronda Rousey (Wrestlemania 31) aumenta exponencialmente no momento em que os fãs começam cânticos do género “You fucked up,” “[Fill in the blanks] is gonna kill you.”

Fenómenos como Blue Pants nunca teriam existido senão fosse Full Sail. Blue Pants é uma versão ainda mais bizarra do que aconteceu com Fandango. Uma lutadora foi contratada para ser jobber por uma noite. Por acaso usou calças azuis e, também por acaso, a audiência resolveu usar isso como cântico. Meses mais tarde, mais de catorze mil pessoas gritavam por “Blue Pants” em Brooklyn.

Não há palavras para descrever este fenómeno. Não se explica. Faz parte do Wrestling. É especial, é inexplicável e não se consegue replicar. É esta espontaneidade que torna estes momentos especiais. O problema é que a guerra que se instalou no roster principal entre os fãs e a própria WWE – tema abordado numa edição recente deste espaço – reforçou a mentalidade que os fãs mais fanáticos estão todos no mesmo barco.

Porém, não estão e, em alguns casos, defeitos no comportamento dos fãs irão ser encontrados com base nas preferências e gostos de cada um. Embora a audiência presente nos eventos do NXT e presente na Raw após a Wrestlemania seja capaz de criar momentos bastantes especiais, a verdade é também capaz dos estragar. No fim, os fãs apenas precisam de escolher se a espontaneidade e o ambiente frenético é o suficiente para compensar os maus momentos ou não.

O que é preferível? Correr o risco de deixar a audiência divertir-se, cantar as suas músicas e fazer o que bem entende, ou preferir audiências caladas e sossegadas, completamente indiferentes ao que acontece em ringue, como se vê em muitas Raw? Não se vai encontrar um meio-termo e o comportamento dos fãs que vão ao NXT não vai agradar a todos. Tal é algo ao qual já me resignei com muita dificuldade.

Uma das pessoas que já deixou de ser fã é Mick Foley. Este queixou-se da forma como os fãs de Full Sail estão mais preocupados em chamar atenção para si mesmos. Como foi referido anteriormente, esta é uma queixa legítima.

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O que não é legítimo é recriminar os fãs pela sua aversão a Eva Marie. Eventualmente, o NXT conseguiu dar a volta à situação e criar um bom segmento, ao mesmo tempo que tinha os fãs à beira de um ataque de nervos, mas tal não muda a qualidade do trabalho de Eva Marie.

O problema é que a culpa também não é de Eva. O problema é das circunstâncias. Eva Marie é demasiado inexperiente para estar em televisão. É raro o combate que esta tem que não tem uma falha óbvia e isto acontece depois das edições. Vários fãs em Full Sail dizem que os seus combates são bastante piores ao vivo, o que pode ser verdade ou apenas uma injustiça da sua parte. Pior do que os seus combates terem falhas óbvias é ver a WWE a tentar fingir que as mesmas não aconteceram.

O problema é que o NXT já não é o território de desenvolvimento da WWE. Com a chegada de lutadores do circuito independente que têm fama junto desta audiência em particular, com o início dos TakeOvers e com a constante qualidade desses mesmos eventos, os fãs deixaram de olhar para o NXT como o território de desenvolvimento.

Nos mais recentes TakeOvers, poucas estrelas não têm qualidade suficiente para estar no roster principal e isso aumenta a fasquia para todos os que estão a tentar aprender e são talentos de raiz da WWE.

Se a fasquia não tivesse sido tão elevada, se o NXT não tivesse evoluído desta forma, a inexperiência de Eva Marie não iria funcionar contra ela. É muito pouco provável que os fãs gostassem dela, visto que a aura dela exige exatamente o oposto e esta representa aquilo que os fãs mais detestam na ideia de uma Diva, mas não iriam odiá-la tanto.

Baron Corbin e Dana Brooke passaram – e ainda passam – pelo mesmo problema. No NXT, os mais vaiados são, por vezes, os mais inexperientes, os talentos de raiz, aqueles que não conseguem estar à altura da qualidade apresentada pelas outras estrelas e, principalmente, aqueles que foram escolhidos a dedo sem terem ainda talento suficiente para defender esse investimento.

Tudo isto são fatores circunstanciais que pouco ou nada têm a ver com Dana, Baron, Eva ou os fãs.

As responsabilidades do NXT aumentaram e agora existe a pressão de apresentar constantemente os melhores combates, os melhores TakeOvers e as melhores rivalidades, especialmente na Divisão feminina. Já não é um território de desenvolvimento. Agora é uma promoção que finge ser território de desenvolvimento. As regras do jogo mudaram e o comportamento da audiência adaptou-se às mudanças.

Agora todas as audiências irão tentar imitar o que Full Sail começou no NXT, porque faz parte da identidade do produto. E tal como tudo na vida, tem as suas vantagens e desvantagens. Enfim, desejo uma excelente entrada no novo ano a todos. Divirtam-se, mas de forma responsável! Voltamos a ver-nos em 2016!

Opinião Feminina #266 – Hey, Hey Bayley!

15 Comentários

  1. Jorge9 anos

    Excelente artigo. Parabéns.

  2. Henrique9 anos

    Que mulher meu Deus! Mingravida Bayley! Me engravida

  3. Feliz ano novo a você Salgado e a todos! XD

  4. Eu nunca vou entender tanta atenção dada a audiência por parte dos frequentadores desse site. Por mim, enquanto estiverem em seus respectivos lugares na arquibancada, nada me incomoda.

    No mais, bom ano novo e excelente artigo, como de costume.

  5. Sam9 anos

    Grande artigo Salgado.
    Como bem observastes é um comportamento/ciclo vicioso onde os fãs tanto podem ser as estrelas e salvar o evento quanto estragá-los, no Raw pós-Wrestlemania os fãs se tornaram parte fulcral e indissociável do show, são o show e não os wrestlers que o deveriam fazer. Em dados momentos esse poder e autonomia dos fãs criam momentos mágicos(e como referistes) captam a essência do Wrestling, mas essas atitudes não deveriam ser totais e a todo momento, os fãs se tornam o show e trazê-los de volta ao mesmo demanda tempo e criatividade. No NXT como dissestes é a mesma coisa, esta simbiose tornou-se a sua alma, ora elogiável e necessária, ora irritante e desgastante. No mais acredito que é melhor ter essas atitudes que não tê-las, pois a experiência de assistir a um Raw com pouco barulho e manifestação dos fãs é insossa, frustrante, pois , o produto da WWE não consegue retomar, reanimar esses fãs. No NXT essa retomada é mais frequente. Uma situação no meio-termo é a melhor, mas quase impossível(ou o é) de conseguir, ou os fãs estão enérgicos ou não. É algo que eventualmente nos acostumamos e sentimos falta quando acaba.
    Outro aspecto interessante que comentastes é a dos talentos fracos que não são bem vistos pelos fãs, o que acaba por atrasar ou dificultar a sua evolução em todos os sentidos, um exemplo é o Baron corbin. Pois a função primeira do NXT foi superada, o sítio chegou em outro patamar e exigência, até acredito que o acordo com a ENVOLVE tenha um pouco a ver com isso, até para dar um crescimento paulatino maior para os talentos. Esse patamar que o NXT alcançou/consolidou pode acabar por prejudicar o produto em vários momentos, em especial, onde há o processo de reformulação que passa a divisão feminina e a masculina em parte, mas ele já provou/prova que pode passar por isso sem grandes pesadelos.
    É trabalho da companhia e auto-reflexão dos fãs achar o meio, todos os lados podem melhorar, em especial o da companhia.
    No mais grande artigo, bom trabalho.

  6. Não concordo muito com este artigo.
    Na minha opinião, deviam ser todos os fãs como os de Londres, que aproveitam um espetáculo ao máximo e não comem só o que lhes dão.
    Claro que deve ser feito dentro de certos limites (como os limites raciais e sexistas), mas creio que os wrestlers não estão lá só para seguir um guião, mas para fazerem com que um fã chegue a casa e diga “Valeram a pena as dezenas de dólares que gastei”.
    Se as estrelas não gostam é porque se calhar não entretêm como convém.

  7. Eva está verde, mas eles pegam muito no pé dela e botam pimenta em tudo que ela faz… como começaram a pegar no pé da Nia também depois que ela se juntou com a Eva, digamos que é um heat massivo…

  8. Excelente artigo, bom ano novo.

  9. Hey Hey Bayley foi sem dúvida algo pra mim espantoso, o poder que a WWE tem nas mãos para usar tanto para o benefício da empresa quanto para afunda-lá é Gigantesco…. Bayley sem dúvida pode se tornar o maior nome feminino da empresa…

  10. 434 Days9 anos

    Um bom artigo, embora discorde um pouco com algumas coisas

    Eu pessoalmente adorei o cântico que o público de Londres usou para a Bayley no TakeOver, pois foi muito divertido e acho que quando se trata da Bayley, uma grande parte do público admira a sua capacidade no ringue e também ela como pessoa. Talvez este cântico tivesse durado por demasiado tempo mas acho que nem o público afectou a qualidade do combate, nem a Bayley ou a Nia falharam de qualquer maneira.

    Falando de públicos destes em geral, eu sou da opinião que, desde que não abusem com algumas questões sensíveis (como este ano com aqueles cânticos para as Divas no Raw Pós-WM), estes são públicos que a WWE por vezes precisa pois animam o produto e por mim deviam ser uma maneira de o talento tentar corresponder mais no seu trabalho. Concluindo, a situação ideal é termos públicos energéticos, correndo o risco de por vezes estes esticarem a corda, com o talento a corresponder da melhor maneira possível.

  11. Bom artigo.

  12. Dolph Ziggler9 anos

    Bom artigo, Salgado.

  13. Miakuda9 anos

    https://www.youtube.com/watch?v=J0YjQQ8bwGo

    https://www.youtube.com/watch?v=6HOt2oASk18

    A crowd do NXT é sensacional. Gritam o nome de “Chris Benoit”, um assassino covarde de uma criança inocente. Por quê não gritam “Owen Hart”, “Eddie Guerrero” ou “Brian Pillman”? Não gritam. Preferem o endeusamento de um cara tomou a mulher do outro, batia com frequência nela, e depois a matou, além do filho.

  14. Muito bom o artigo, Salgado!!!

    Eu, sinceramente, não vejo nenhum problema na crowd de Full Sail. Eles são bastante participativos e curtem o show da maneira deles. Eles agem dessa forma porque estão a gostar do show e porque o produto lhes agrada. Esses são os verdadeiros fãs de Wrestling, que fazem sua voz ser ouvida e não as moscas mortas de algumas crowds do RAW, que provavelmente pagam uma fortuna para ficarem que nem defuntos, não esboçando reação nenhuma, com um completo desinteresse no show, o que até deixa quem está assistindo em casa desconfortável.

    Já o público inglês, em qualquer esporte, é bem vocal. É uma das minhas “crowds” favoritas do mundo inteiro (principalmente no futebol e no wrestling). As adaptações de “Hey Jude” e “Seven Nation Army”, além, é claro, da sensacional adaptação de “Hey Baby” ficaram magníficas. Esses cânticos para a Bayley foram um reflexo do quão bem o NXT construiu e protegeu sua personagem. Também não achei que houve algo de ofensivo nesse cântico.

  15. ricardo9 anos

    excelente artigo salgado