Olá a todos e sejam muito bem-vindos a mais uma edição do “The Bottom Line”. Na edição desta semana, irei apresentar um novo capitulo da minha fase como mark, onde assistia Wrestling todas as semanas na televisão por cabo. Para quem não percebeu ainda, o meu objectivo é partilhar com vocês algumas das minhas histórias como “wrestling mark”, que durou desde o momento onde comecei a ver wrestling (Novembro de 2004), até ao momento onde comecei a ter acesso á Internet com regularidade (Finais de 2009). Irei dar a entender como eu via wrestlers, certos programas e wrestling em geral durante esta fase, comparando o que eu pensava na altura, com o que eu penso agora.

The Bottom Line #94 – Wrestling Nostalgia (22)

No artigo desta semana, irei analisar o No Way Out de 2007, um PPV apresentado pela SmackDown. Vou analisar este PPV, pois é o último PPV antes da Mania e é o último PPV apresentado apenas por uma Brand. É verdade, a partir daqui as 3 Brands estarão envolvidas em todos os PPVs, isto até ao surgimento do NXT. Este PPV construiu-se à volta de 2 combates. O Main Event é um combate de Tag Team entre o Main Event da Mania da SmackDown vs Main Event da Mania da Raw. Após o Royal Rumble, o vencedor do combate, o Undertaker, escolheu o título que iria tentar capturar na Mania 23. Ele escolheu Batista, o actual campeão Mundial. Na mesma noite, no Main Event da Raw, ocorreu um Triple Threat entre Edge, HBK e Randy Orton para determinar o candidato principal ao título de John Cena. Shawn Michaels ganhou o combate e vai desafiar o Cena pelo título na Mania. Numa das edições da SmackDown, Vince Mcmahon anuncia um Tag Team Match entre o Main Event da Raw e o da SmackDown. Nas duas equipas, o consenso não existe. No lado da Raw, HBK começava os seus jogos psicológicos com o Cena, coisa que este último não apreciava, pensando que seria traído a qualquer momento. Contudo, Cena e Michaels entram no PPV como os campeões de Tag Team da Raw, depois de vencerem os Rated RKO. No lado da SmackDown, as coisas até começaram pacíficas, mas no último SmackDown antes do PPV, Undertaker aplicou um Chokeslam em Batista, para mandar a mensagem de que é cada um por si na Mania.

The Bottom Line #94 – Wrestling Nostalgia (22)

O segundo combate com maior build-up no evento foi entre King Booker e Kane. Após Booker ter eliminado Kane de forma ilegal no Rumble, o Big Red Machine procurava vingança.. Kane arruinou a cerimónia de Booker, que recebia a chave da cidade de Houston, enquanto que o King contra-atacou ao avaliar em forma de gozo a performance de Kane no filme, “See No Evil”. Vamos então passar para a análise!

Após o típico promo package, o evento começa. O primeiro combate é um 6-man Tag Team Match com os Hardy Boyz e Chris Benoit de um lado e os MNM e MVP do outro. Por alguma razão, estas duas Tag Teams ainda estão em feud. Pouca coisa mudou desde o Royal Rumble até aqui. Benoit e MVP são introduzidos no combate pela simples razão de não terem mais nada que fazer. O combate foi razoável, durante pouco mais de 12 minutos. Os Faces dominaram a grande parte do combate, com Benoit a ser a grande estrela. O final acontece quando Benoit prende Mercury num Crossface para a vitória por submissão. Eu por acaso pensava que a rivalidade entre o MVP e o Benoit tinha começado antes, mas ao que parece até aqui ainda nada.

No Backstage, Vickie Guerrero fala com a Kristal sobre conversas que as duas têm vindo a ter. Vickie diz que vai começar a por em pratica aquilo que conversou com ela. Nesta altura a Vickie deixou o Chavo e está storyline com a Kristal está a ser construída muito lentamente. Em devida altura irei falar dela.

Noutro sitio, Finlay fala com o Hornswoggle. O anão diz que tem medo do Mini-Boogeyman. Mas espera, o Hornswoggle fala? É verdade, ele falava perfeito inglês antes sequer da WWE decidir fazer uma storyline que durou anos, onde este não dizia nada. Quanto ao Mini-Boogeyman, já falo dele.

Agora temos um torneio aberto, onde qualquer antigo campeão Cruiseweight pode participar e onde o próprio título está em jogo. Os primeiros Cruiseweights no combate são o Daivari e Scotty 2 Hotty. Daivari mudou-se para a SmackDown e voltou a competir, ganhando até ao campeão, Gregory Helms. Mas este push nada significa, pois neste mesmo combate, Daivari sofre o Pin de Scotty, depois de um Worm. De seguida, é o Gregory Helms que aparece, o campeão em título. Em 2 minutos, Helms elimina o Scotty com um Go 2 Sleep modificado. De seguida aparece o Funaki, mas Helms elimina-o em 30 segundos. Depois aparece Shannon Moore, da ECW, que em 2 minutos também é despachado. Estava a gostar bastante que o campeão estava a despachar a competição como se nada fosse. Aparece o Jimmy Wang Yang e as coisas ficam mais interessantes, pois Wang elimina Helms e assegura que vamos ter um novo campeão. O reinado de mais de um ano chega ao fim, com o JBL completamente furioso, dizendo que o sorteio foi injusto para o campeão. Jamie Noble é o próximo adversário de Yang, e a acção é boa durante os 3 minutos que durou. Noble é eliminado por um Moonsault e o público festeja, pensando que Yang é o novo campeão.

The Bottom Line #94 – Wrestling Nostalgia (22)

Porém, a música de Chavo Guerrero toca e ele sendo um antigo campeão,  pode participar. Chavo acaba por ganhar, atingindo Yang com um Frogsplash para a vitória. Este combate foi decente, mas podia ter sido melhor. Depois de mais de um ano de reinado, isto é uma ideia péssima para o Helms perder o título. Não existiu praticamente drama nenhum.

De seguida temos um combate misto (1 pessoa e 1 anão vs 1 pessoa e 1 anão). Finlay e Hornswoggle vs Boogeyman e Little Boogeyman. Nesta altura, o Hornswoggle ainda tinha o nome de Little Bastard. Isto tudo aconteceu quando Finlay vencia combates com o Boogeyman devido a ajudas de Hornswoggle. Assim, o Boogeyman decidiu trazer o seu próprio Mini, e este combate foi marcado. Pode parecer que este combate seria um desastre completo, mas não, pois o Finlay salva este combate e torna-o decente. O melhor spot do combate é quando os dois anões se preparam para andar à porrada, mas é um truque para que o Finlay posso lhe atingir com um little boot (perceberam o que eu fiz?). No final, Finlay consegue a vitória, depois de atingir o Little Boogeyman com a shillelagh. Foi curto e divertido até.

The Bottom Line #94 – Wrestling Nostalgia (22)

No backstage temos momentos com o HBK e Cena a dizerem que não confiam um no outro.

Agora temos o King Booker vs Kane. Este combate sofre daquilo que acontece quando não existe química entre dois wrestlers, ou seja, o heel faz as suas manobrar, o face faz as suas manobrar, e depois acontece o final do combate. Kane vence com um chokeslam em Booker para terminar o combate e a rivalidade. Este combate foi aborrecido e não chega a ter uma nota positiva. Não foi péssimo, mas também não foi praticamente nada. Next!

The Bottom Line #94 – Wrestling Nostalgia (22)

Noutro segmento de backstage, Batista garante que o SmackDown vai vencer a Raw nessa noite, apesar do chokeslam que sofreu do Taker na passada SmackDown.

De seguida, os títulos de Tag Team da WWE estão em jogo: London & Kendrick vs Deuce & Domino. Esta última Tag Team tinha uma persona de greaser e chegavam até ao ringue num carro à anos 50. Tinham também consigo uma manager, a Cherry, que se vestia a condizer com a época em questão. Está Tag Team tinha também a particularidade de ter o pior wrestler da companhia na altura, Deuce. Para quem não sabe, o Deuce é o filho de Jimmy Snuck e ele era simplesmente terrível no ringue. Domino era decente, mas nem de perto nem de longe conseguia esconder a falta de qualidade do Deuce. Graças a Deus, eles estão no ringue com London e Kendrick. O que leva este combate para níveis razoáveis, foi a psicologia apresentada pela equipa heel. O público não quer saber, porém. A equipa dos faces consegue ganhar e manter os títulos depois de um Roll-Up de Kendrick.

Antes do combate de Mr.Kennedy vs Booby Lashley pelo título da ECW, temos uma entrevista de backstage com o Kennedy. Este insulta o público e Lashley aparece e dá-lhe uma chapada. Estes dois estão a lutar, porque numa das edições do SmackDown, Kennedy desafiou Lashley e instantaneamente recebe uma oportunidade pelo título. Lashley é o primeiro a entrar, mas é atacado por trás por Kennedy. Mas isso pouco serve, pois Lashley consegue a ofensiva rapidamente. Nem sei o que dizer deste combate. Este dois simplesmente não me cativaram a atenção durante o combate. Foi bastante aborrecido e ambos fizeram as coisas mais simples que 2 wrestlers poderiam fazer. Ainda por cima, o combate acabam por desqualificação, num PPV! O que funcionou mal, mais que tudo o resto, foi a falta de capacidade de fazer selling do Lashley, que o Batista teve o trabalho de fazer o mês passado, mas que este primeiro não o quis fazer. Se o campeão Mundial não tem problemas em dar ofensiva ao Heel, então tu não tens desculpa.

The Bottom Line #94 – Wrestling Nostalgia (22)

Antes do Main Event, temos um Divas Talent Search. Eu pensava que estava livre disto na altura do Armaggedon, mas ao que parece tenho que levar com isto. Isto durou estupidamente bastante tempo, mas vou tentar ser rápido. O Miz aparece e diz que isto está a acontecer e que as primeiras Divas a mostrar os seus talentos são as Extreme Exposé (Kelly Kelly, Layla e Broke Adams da ECW). Elas fazem a sua dança e coreografia, que até seria agradável de se ver, se a luz não aumenta-se e diminui-se sem razão aparente. Se eu tive dificuldade em perceber, então o público ainda mais. De seguida aparece a Jillian Hall, que nesta altura tem a Gimmick de ser uma Britney Spear Wannabe. Ela está pronta a cantar (por favor, não!), mas o Miz faz a melhor coisa que fez na carreira ao fazê-la parar, dizendo que está não possui talento. Isto irrita a Jillian que começa a chamar tudo e mais alguma coisa às Extreme Exposé e às outras divas que ainda tinham que competir. Resumindo, isto torna-se num Brawl entre todas no final. Até que aparece a Ashley Massaro, que era a nova capa da Playboy, e deixa os seus seios pintados á mostra, para toda a plateia ver. The Miz nomeia a Ashley a vencedora, por ter mostrado os seus seios grandes e bons (referência dos Gato Fedorento). Perda de tempo.

The Bottom Line #94 – Wrestling Nostalgia (22)

Temos então o Main Event da noite. O que à partida torna este combate bom, é o facto de o Michael Cole estar roco e já não conseguir falar, o que deixa o JBL sozinho para fazer os comentários durante todo o combate. Este combate de Tag Team tem um sentimento de “Grande combate”, muito devido ao estatuto dos 4 wrestlers e o facto de ser raro nesta altura existir confronto entre Brands. Este combate é muito bom, com grande wrestlers envolvidos. Está é aquela altura na WWE, onde qualquer combate de Tag Team que envolva Main Eventers éum clássico instantâneo. O final do combate acontece quando Batista e Undertaker têm Cena e HBK à sua mercê. Mas, o Animal aplica um Spinebuster no Taker como vingança pelo que aconteceu no SmackDown, deixando-o sozinho contra os wrestlers da Raw. HBK aplica um Superkick no Taker e o Cena finaliza com um F-U para a vitória. Gosto da história contada neste combate. Não só existiu bom wrestling durante mais de 20 minutos, mas a equipa da Raw deu-se bem durante o tempo todo, enquanto que Batista, não fazendo um heel turn, deixa uma mensagem ao Taker no caminho até á Mania. Belo trabalho!

The Bottom Line #94 – Wrestling Nostalgia (22)

Concluindo, este PPV acaba por desiludir em vários aspectos. É verdade que um combate apenas carrega o PPV, mas esperava-se muito mais de muitos destes combates. O opener foi razoável, bem como o torneio Cruiseweight e o combate de Tag Team pelos títulos. O problema é que não mostraram nada de especial ou novo.  Pontos negativos teria que nomear o combate entre o Kane vs Booker, Mr.Kennedy vs Lashley e o concurso das Divas. O único combate que salva este evento de ter uma classificação claramente negativa é o Main Event que cumpriu e de que maneira. Se tivesse que atribuir uma classificação de 1 a 10, daria um 5. E vocês que acharam? Da minha parte é tudo e até uma próxima!

8 Comentários

  1. Bom artigo,Rúben.

  2. Foi um bom artigo Ruben. Só um erro: no inicio do texto falas que vais analisar o Royal Rumble em vez do No Way Out 😉

    Dou 4/10 a este PPV.

  3. Bom artigo Rúben. Sinceramente, não gostei deste PPV e de tivesse de dar uma nota de 1 a 10 ao mesmo, daria-lhe um 4. O main-event salvou completamente o evento, também houve combates razoáveis que foram o Six-man Tag e o combate pelo título de Pesos-Leves que contudo pecou pela forma como o Helms perde o seu título depois de cerca de 1 ano de reinado. O resto não chamou a atenção como o combate pelos títulos de Equipas e o combate entre o Kane e o King Booker. O combate entre pelo título da ECW e o concurso de Divas, da minha parte, levam nota muito negativa.

  4. André Almeida9 anos

    Mais um grande artigo como todos os outros ja agora qual achas que foi o melhor ano e storyline de sempre na wwe ou wwf?
    Abraço

    • Anónimo9 anos

      A melhor storyline para mim será sempre Austin vs Mcmahon. Quanto a melhor ano de WWE ou é 1998 ou 2000. Mas se estivesse que dizer, seria mesmo o de 2000, pois a WWE tem divisão feminina, Tag Team, Midcard e Main Event recheada de talentos acima da média.

    • Melhor storyline é Austin vs Mcmahon. Melhor ano seria o de 2000, onde a WWE em todas as divisões, possui o melhor talento do Mundo