Sejam bem-vindos a um novo Top Ten, como manda a lei! Celebra-se entre fãs da TNA ou antigos fãs do seu novo Campeão Mundial um acontecimento que marca esta semana que passou. Após aquilo que parecia um mero rematch entre Matt Hardy e EC3 pelo TNA World Heavyweight Championship, mete-se o irmão Jeff ao barulho e aumenta-se a festa. E como não chegava, Drew Galloway, portador de uma mala Feast or Fired, faz um cash-in à moda antiga e vence o título!
Um bom momento do Impact Wrestling e um grande momento para Drew que andava a merecer uma recompensazinha destas há bastante tempo. O seu primeiro título Mundial numa Liga maior e consegue-o noutra companhia que não é aquela que o lançou. Por lá existem memórias de um Drew McIntyre que tanto prometeu e de quem extraímos tão pouco, infelizmente. Staple regular na lista negra dos “enterrados a precisar de um push” de há um par de anos atrás, é bom saber que tem uma segunda oportunidade por outros lados. Vamos então recordar o que fez Drew McIntyre?
Nota: O Top não é cronológico, como o de Daniel Bryan. A listagem é numerada por relevância, recordação, etc.
10 – A primeira tentativa
Mas começa-se pela raíz na mesma! Esta até é uma estreia que passa ao lado de muitos. Acontece que Drew McIntyre já tinha sido Drew McIntyre antes. Mesmo antes da sua estreia, o Escocês tinha estreado com o mesmo nome, em 2007. Normal surpresa para aqueles que não o sabiam. Introduziu-se no SmackDown como um Face simpático que pedia apoio do público para conseguir singrar e estabelecer cidadania Americana a juntar à sua Britânica. Nesta missão fazia-se acompanhar do Inglês Dave Taylor, antigo parceiro de William Regal, incluindo nos Blue Bloods da WCW. Fez dois combates nos quais derrotou os irmãos Major – Zack Ryder e Curt Hawkins, em mais um refrescar de memória. Já era suficientemente parte do plantel para ser transferido para o Raw onde apenas venceu Charlie Haas, antes de desaparecer dos ecrãs e voltar para o desenvolvimento. Uma tímida primeira tentativa. Alguém se lembra?
9 – Tentar arrebitar no NXT
Avançar um pouco para os seus dias de amargura. Ou melhor, os seus dias após os dias de amargura. Que ainda estavam repletos de amargura. Chega de vocabulário repetitivo. Não havia que fazer com McIntyre nos programas grandes. Tinha que se aproveitar alguma coisa. O NXT era remodelado e mudava de formato para aquele que conhecemos e tanto adoramos actualmente. Ainda não era aquela sede de contratações internacionais de luxo como é agora mas tinha talento promissor em fartura e rapidamente se tornava o melhor programa semanal da WWE. Por lá também aproveitavam alguns talentos estagnados no plantel principal. Tipos como Michael McGillicutty ou Johnny Curtis deram passos por lá antes dos nascimentos de Curtis Axel e Fandango. E sim, também se deu uso a Drew McIntyre. Chegou, inclusive, a integrar o torneio para coroar o inaugural NXT Champion. Perderia com honra, para o vencedor e Campeão: Seth Rollins. Não desenvolveu muito por lá e assim que encontraram eyeliner de sobra nos bastidores, arranjaram-lhe biscate novo no plantel principal.
8 – O fundo
Quando elas se dão e nós lamentamos. Quando temos um Superstar talentoso que tinha todo o potencial e que chegou a estar lançado para as estrelas… Quase reduzido a passar a vida jazido a ver estrelas. Os problemas começaram assim que se viu envolto numa confusão com violência doméstica. Parece que a Tiffany/Taryn Tarrell não é tão fofa como aparenta e é virada para os açoites quando lhe dá os azeites. E o pobre Drew, marido, é o receptor. Mulher punida, homem também por se deixar rebaixar, é a política de Vince, como se diz. Com o tempo, a falta de heat, de ideias, de concretização de ideias passadas… Tudo se foi acumulando. E perdeu-se um midcarder alto a potencial main eventer. Ganhava-se um jobber. Ganhava-se uma presença ocasional na escura arena do WWE Superstars. Ganhava-se nova razão para lamentar online porque realmente havia um indivíduo muito bom que não tinha uma chance merecida. Mas lá ia ele dar o seu tudo… Para ser squashado pelo Brodus Clay no Raw, esse que tinha e teve um futuro tão brilhante à sua frente!
7 – Olha um velho amigo!
Pode não ser uma feud significativa ou simbólica mas acaba por se adequar muito bem aqui. É engraçado. Acontece que ali pelas alturas do Verão de 2010, Drew via-se envolvido em várias encrencas, algumas dentro e outras fora do ringue. Fora do ringue, o seu visto de trabalho expirava e Drew tinha que ser enviado de volta para a Escócia até renovar e poder regressar. Utilizaram esse incidente para TV e incorporaram na história. Dentro do ringue, era obrigado a implorar para que Teddy Long o voltasse a colocar no plantel e apurava-se para o combate Money in the Bank, competindo nele sem sucesso. Com quem acumulava sarilhos e tinha uma feud contínua, para quem sofria derrotas decisivas na sua deportação e com quem retomaria porrada quando regressasse. Esse cavalheiro era Matt Hardy! Parece que já se conheciam bem antes de meter títulos Mundiais alheios à mistura. E o mais engraçado é que eles até eram tipos de múltiplos encontros! Pouco depois da sua estreia, McIntyre ingressou uma equipa liderada por The Miz no Survivor Series, que venceu. Estes dois e Sheamus foram os sobreviventes. Vítimas eliminadas por Drew? Evan Bourne e… Matt Hardy! A apurar-se para o seu primeiro combate Money in the Bank – antes do já aqui mencionado – tinha várias tentativas, com Vince a obrigar que novas oportunidades de apuração lhe fossem dadas. Quem foram os que o mandaram com as trouxas? Kane e… Matt Hardy! Caramba que afinal até se conhecem bem!
6 – Um pé fora
Chega sempre àqueles momentos em que eles reconhecem os problemas. E dirigem-se a eles e trabalham à volta deles. Não os resolvem! Mas reconhecem-nos! Foi o que aconteceu quando Drew McIntyre atingiu o fundo. Fê-lo como membro do Raw mas foi transferido para o SmackDown onde reencontrou Teddy Long, homem de quem nunca foi amigo. E Teddy Long tinha um ultimato: ou ele começava a ganhar combates ou… Rua. Dizia Long que era a condição para se manter. Ganhar combates. Que é uma valente treta, muitos estavam tramados se assim fosse. Mas façamos de conta que realmente funciona assim. Drew recebia chances. Muitas chances. Muitas últimas chances e algumas delas facilitadas. Ele não conseguia. Tinha que insistir e implorar por mais uma, sempre. Esgotou e Teddy Long despediu-o. Teve que aproveitar quando John Laurinaitis controlou o SmackDown por uma semana e lhe deu mais uma oportunidade… Contra Hornswoggle! Superou o duro desafio e integrou a equipa de Laurinaitis na Wrestlemania para que este ganhasse controlo sobre o Raw e o SmackDown. Oportunidade para novo protagonismo e push Heel de Drew! Nope. Lesão, recuperação e de volta para os fundos lá de onde veio. Valeu o esforço, rapaz.
5 – Cheiros de World Championship
Chegou a acontecer. Andou lá perto mas não deu para o saborear sequer. E era um candidato entre muitos, estava lá um pouco para fazer número. Mas lembro-me perfeitamente de apoiar o push por já estar mais que convertido para McIntyre. Apanhou-o a meio de uma storyline estranha. Andava de beicinho pela Kelly Kelly. Não o culpo mas foi um angle esquisito que deram para um gajo como ele. E ela não queria muita conversa com ele porque ele era demasiado violento. Diz ela dentro de uma arena repleta de homens e mulheres que fazem vida de andar à porrada. Durante esta história, Kelly Kelly recebeu defesa de Edge… Que calhava ser World Heavyweight Champion e estar prestes a defender o cinto no Elimination Chamber contra cinco outros homens. Drew McIntyre incluído. Azedaram um pouco as coisas entre ambos depois da Chamber mas sem realmente pegar alguma coisa, devido aos diferentes planos de Edge para a Wrestlemania. Mas até lá, teve que levar com Drew na Elimination Chamber onde foi uma surpreendente revelação agradável. Era o mais “verde” e menos credível para vencer. Mas assim que entrou foi para partir tudo e assim eu gosto. Pena que não tenha chegado para o ponderar para mais uma caça ao título mais tarde…
4 – THREE MAN BAND!
Realmente não foi aqui que ele teve das experiências mais gratificantes e com mais fruto, não foi? Até foi por esta fase que muitos tiveram que aceitar a mal a ideia de que já não havia volta a dar e Drew McIntyre não mais subiria para onde quase já tinha estado ou mesmo para onde já tinha estado. É só por isso que tenho muita pena de não poder classificar isto numa posição mais cimeira. Porque sempre fui fã deste trio, os 3MB! A derradeira prova de alguém que, mesmo com o estatuto que tinham, iam sempre ao ringue quando era necessário, para dar o seu melhor e tentar divertir-se. Mesmo sabendo que aquele era muito possivelmente o seu fundo do poço. Três rapazes carismáticos e talentosos – por esta altura também o Jinder Mahal tinha melhorado – a protagonizar segmentos divertidos ou a brincar com o “So Bad It’s Good”. Heath Slater, Jinder Mahal e aqui o nosso amigo Drew McIntyre eram eles. Tinham imensos fãs por todo o lado. Mas seria o último feito de Drew – e Mahal – na WWE, abandonando como membro de uma banda que nada tocava, com direito a eyeliner e bandana. Mas foi divertido enquanto durou. Agora espero que aproveitem melhor os Social Outcasts como espécie de 3MB 2.0!
3 – Tag Team Champion
Apesar de tudo ainda provou ouro. Um deles até foi algo inesperado, deixou muitos fãs baralhados e era numa altura em que os cintos significavam pouquíssimo. Se actualmente vemos a divisão de Tag Team como os New Day e o resto, sabemos que tem lá um resto mesmo que muito longe dos Campeões e os Campeões são bastante relevantes. Nesta altura nem por isso. A partir da tal rivalidade com o camarada Matt Hardy, McIntyre conseguiu uma aliança com o “Dashing” Cody Rhodes. Serviu para fazer uma tag team para participar num “tag team turmoil” no Night of Champions de 2010, para dizer que tinham muitas equipas. Equipas como Evan Bourne e Mark Henry. Lá competiram e… Ganharam. De forma tão simples, inesperada e enigmática. Um par de indivíduos com pouco em comum que recebem um push em conjunto sem que algo realmente o justificasse. E ainda conseguiram umas vitórias sobre a Hart Dynasty! Os cintos apenas seriam perdidos para David Otunga e John Cena, a representar os Nexus. Logo de seguida a equipa se dissolveria e não haveria mais registo de um par como Rhodes & McIntyre. Digam, com toda a honestidade, se ainda se lembravam disto.
2 – Intercontinental Champion
Este já foi qualquer coisa mais. Permanece como o seu derradeiro feito na WWE. Sim, o título não andava na sua fase mais alegre mas foi com isto que Drew mais deu cartas. E era um título e o mais valioso que deixou no seu currículo. Conseguiu-o a John Morrison, que andava a gozar com ele, servindo-se de fortes estereótipos Escoceses. Porque era babyface e tal. McIntyre não gostou e, como castigo, tirou-lhe o título no TLC de 2009. Que ainda se fez sentir durante a sua streak invicta que era sempre reposta por Vince McMahon até Undertaker acabar com essa brincadeira de uma vez. Viria a perder o cinto de forma peculiar, sendo suspenso por constantemente atacar um certo competidor. O raio do Matt Hardy! Teve que ser de novo Vince, aquele anjo-da-guarda que não quis saber dele mais tarde, a protegê-lo e a forçar Teddy Long a restaurá-lo no plantel e a defender o cinto que tinha sido declarado vago e era disputado num torneio vencido por Kofi Kingston. Não foi das coisas que lhe adiantou mais porque foi aí mesmo que perdeu o cinto para Kofi. Até nem considero um reinado agridoce, teve o seu tempo e os seus momentos. O único amargo aqui é saber que foi quase tudo que obteve!
1 – “The Chosen One”
E pronto, para a primeira posição vem o seu lançamento! Quando se fez ao mundo. Com endosso de Vince McMahon, o mais sagrado dos apoios e lançamentos que podia haver! Tudo nele era apresentado de forma a sugerir que não tardaria nada e toda a companhia estaria na palma da sua mão. Vince McMahon declarava-o como o “Chosen One”, um escolhido seu, uma estrela com a sua bênção, o futuro dos futuros, um futuro World Heavyweight Champion garantido. Caramba, ele era o Roman Reigns ou quê? Para quem o acabava de conhecer e viria a tornar-se fã, era bom ter aquele patrocínio. Para quem já o acompanhava desde as independentes Britânicas e já era fã dos seus talentos, podia rejubilar-se em histerismo porque era um menino-de-ouro de Vince. Ou quase lá. “The Chosen One” virou a sua alcunha e era um lembrete constante. Até que chegou ao ponto a que chegou e apenas parecia irónico. Tanta aprovação de Vince para nada. O certo é que ele o declarou como futuro World Heavyweight Champion. E olhando para o presente… Ele tinha razão… Mas era a isto que ele se referia?
Creio que dê para se resumir aqui o curto trajecto de Drew McIntyre pela WWE. Não há muita necessidade em recontar todo o sucesso que teve à sua saída, conquistando títulos mundiais na Insane Championship Wrestling ou na EVOLVE ou na TNA, onde reina actualmente após já se ter estabelecido como um dos Faces de topo, favorito do público há um bom tempo. Espero que tenham gostado e manifestem-se lá fãs de Drew e comentem o seu trajecto na WWE e o seu novo “achievement” na TNA. Espero que me recebam na próxima semana, como planeio cá estar e espero que traga um bom tema. Até lá fiquem bons e inteiros e uma boa Páscoa a todos!
7 Comentários
Bom artigo. Há algumas coisas que não sabia do Drew, não sabia dessa passagem como face pela SmackDown e nem me lembrava de quando ele foi despedido pelo Teddy Long antes do Laurinaitis se tornar GM da SmackDown. Também não acompanhei os primeiros anos deste novo formato do NXT, por isso não estava muito a par da sua passagem por lá. Eu sempre gostei do Drew McIntyre, e ele lá se conseguiu afirmar como babyface de topo na TNA, embora eu já não acompanhe há uns meses o produto deles pelo facto de me ter fartado, mas fico muito feliz por ele e se o Drew está realmente satisfeito lá, então espero que a TNA se aguente ainda mais anos e com establidade para ele (tal como os outros wrestlers da TNA, claro) tenha o destaque que merece (pois como já esteve na WWE duvido que tivesse muito destaque no NXT).
*e com estabilidade, para que ele
Óptimo artigo, dessas fases, não tinha na ideia da sua fase como face no SmackDown e a sua passagem pelo NXT. Gosto bastante do Drew é um excelente face que pode abanar o main-event da TNA.
Um excelente lutador que se não tivesse sido empurrado para baixo na WWE hoje poderia estar quem sabe no main event da Wrestlemania.
Só prova que a wwe não aproveita muitos wrestlers que teve e tem !! Atualmente temos Dolph Ziggler mal aproveitado ..
Sinto falta dessa época da WWE, lembro me muito bem do Barrett quebrando a RAW o Mictrew almejando algo e o Lucky Cannon mandando na NXT. Bons tempos
“Porque sempre fui fã deste trio, os 3MB”
É a primeira pessoa que leio que é fã deste trio, que na minha opinião, foram terríveis…tanto que foram, e ninguém sentiu falta. Qdo Drew entrou nesta equipe, pra ficou claro: “jobber deluxe”