Sejam bem-vindos a um novo Top Ten que vem em clima de bola. Mas ninguém nos tira wrestling e as suas maravilhas ou trapalhadas, dependendo do lado para que acordarem voltados. Também ninguém nos tira os célebres Tag Team Matches e, felizmente, ninguém nos tira Teddy Long. Se tiram é por pouco tempo.
É esse louco e histórico GM que inspira o Top Ten desta semana, após o seu tão disparatado regresso no passado Monday Night Raw. Basta falar-se em SmackDown a voltar a ter o seu plantel exclusivo e em transmissões ao vivo que ele vem. Isso ou se existirem mais que dois homens em ringue. Lá vem ele. Muito fino não parecia ele estar. Nunca o foi. Estes dez momentos são a verdadeira prova da maluqueira e galhofa que Teddy Long sempre foi.
10 – Woo Woo Woo, Playa!
Não deve ser fácil ter um trabalho tão pesado como o de gerir um programa sem um assistente para dar uma mãozinha de vez em quando. Mas deve ser menos fácil ainda ter Zack Ryder como assistente! Pela altura do auge da popularidade de Zack Ryder, quando este tinha arenas a gritar por si e ele até tinha direito aos seus momentos de destaque, aproveitavam para um pouco de cóboiada com ele. Os plantéis ainda estavam divididos e ele fazia parte do Raw mas isso não o impediu de ser enviado para o SmackDown para ser assistente de Teddy Long! Ou devo eu dizer que foi para o… Zackdown? Coisas que Teddy Long tinha que aturar. Um raro caso em que era ele o menos doido na sala.
9 – Meet “The Chosen One”
É verdade, muito divertido mas nem todos gostavam dele. Especialmente os seus empregados. Fossem eles escolhidos pelo patrão ou não. No caso de Drew McIntyre, o desperdiçadinho lutador e o General Manager simplesmente não se entendiam e passavam todo o tempo que partilhavam em TV às cabeçadas. Ainda para mais, Drew era um protegido e favorito de Vince McMahon – não, a sério, era na altura – e Teddy Long não podia fazer muito contra ele. Bem que se tramou porque foi-lhe exigido um combate com McIntyre, no qual ainda se conseguiu safar ao ajoelhar-se e proclamar Drew como o “Chosen One” e deitar-se sem dar ou receber luta. Pronto, menos mal. Papéis inverteram-se quando problemas legais se deram com a papelada do Escocês McIntyre em solo Americano. Retornado, foi ele que se ajoelhou e proclamou Teddy Long como o melhor patrão que já teve. E era. Por muito que a Dixie goste dele agora, Teddy é Teddy!
8 – Ganha o posto, nasce a lenda
Era um manager Heel barulhento, com catchphrases e com uma certa tendência a orientar midcarders sem futuro – Rodney Mack, Mark Jindrak, Rosey e Christopher Nowinski são fortes exemplos. “Back da Mack”, “Mack Millitant” e “Hateorade” eram coisas que não podiam sair de qualquer cabeça. Mas os dias de gerir talentos sem rumo tinham que acabar. Em 2004, o SmackDown precisava de um General Manager. Já não era posto para Kurt Angle. Chamem Teddy Long que cai imediatamente no encanto do povo, vira Face, multa Kurt Angle e faz história ao tornar-se o primeiro General Manager Afro-Americano na WWE. História mesmo história foi a sua dança mítica e o seu talento inigualável em dar-nos Tag Team Matches. Nasceu tudo aqui!
7 – Welcome back, playa!
Foi o brinde deste Raw. E aparece de uma forma tão lógica e automática. Seis homens num ringue, prestes a andar à bulha. Três Faces para um lado e três Heels para o outro. Tag Team match, playa! O tema de entrada de Teddy Long é algo que já nos toca na cabeça automaticamente. Mas a maldita tocou mesmo! E foi para trazer Teddy Long! Que marcou… Não sei bem o quê. Disparatou tanta coisa sem sentido que até podia treinar o Sporting na próxima época. Voltou na mesma noite. Deu ideias boas para Stephanie McMahon. Tentou finalmente marcar o combate Tag Team. Foi retirado da arena para desgosto universal. Apresentou um estado mental que só nos podia deixar a imaginá-lo a vaguear perdido fora da arena. Reza a lenda que ainda hoje vagueia pelas ruas de Oklahoma City a marcar combates com o Undertaker aos civis por que passa…
6 – Alvo fácil
Dolph Ziggler está bem é sozinho, tem mais espaço, pode abrir mais as asas. Com Vickie Guerrero era um perdido candidato ao World Heavyweight Championship que até ganhava, mesmo que por oferta. OK, se calhar ele até nem estava assim tão mal. Não podia ficar assim para sempre, é facto, mas Vickie ajudou-o imenso. Durante o seu tempo no SmackDown em 2010 e 2011 – transição de um ano para o outro, até – quem cortava as pernas a Dolph Ziggler era Teddy Long. Daí que lhe acontecesse aquilo a que ele já era bastante propício: aparecer inconsciente no seu escritório. Porque acontece-lhe de tudo. Estava tudo muito bem alinhado para que Vickie subisse à posição de GM, tramasse o seu ex-marido Edge e ajudasse Ziggler a vencer o título de todas as maneiras possíveis. Até que só um despedimento forçado ao agora Hall of Famer permitiu Ziggler ser premiado com o cinto. Contou como um reinado mesmo que tenha durado uns minutos e ele nunca o tivesse vencido. O que cortou o reinado de papel foi a recontratação de Edge por… Teddy Long! Quem é vivo sempre aparece e Teddy revelou que o ataque tinha sido feito por Ziggler e orquestrado por Vickie. Quem diria!
5 – Ai, a Aksana…
É verdade que as ideias esgotam-se e tudo chega ao seu eventual fim. E na WWE então, há uma tendência tremenda em prolongar as coisas ao ponto da perda de piada. São esses os factores que tenho que ter em conta quando me deixo invadir pela vontade de que estes segmentos continuassem e durassem até… Agora, porque não? Antes isto que a Aksana em ringue! O homenzinho pode ser meio atravessado mas parece sabê-la toda. Pescou ali uma febra como a Aksana com facilidade, proporcionando-nos segmentos a brincar com os limites do PG, com Aksana a ficar com algumas das melhores frases saídas do SmackDown na altura. Eventualmente trocou-o por Cesaro e lá se foram os segmentos mágicos em que a música e a iluminação se ajustavam à ocasião. Aksana partiu para o ringue onde tinha dotes muito inferiores. E ela que sabia fazer mais coisas com a boca, além de anunciar… Também sabia cantar! A sério que não dá para ter isto outra vez?
4 – O servo
Dois principais pontos a reter da rivalidade entre General Managers do Raw e do SmackDown. O primeiro: John Laurinaitis venceu a rivalidade na Wrestlemania, através de uma equipa seleccionada por si, tornando-se GM do Raw e do SmackDown, após meses de rivalidade. O segundo: Laurinaitis recrutou The Miz dando-lhe as boas-vindas à Team Teddy porque o gajo até no próprio nome se enganava. As maiores peripécias viriam a seguir porque a história não podia acabar abruptamente. Teddy tinha que se manter empregado e Johnny queria abusar um pouco dele. Logo fez dele seu assistente, sujeitando-o a actividades humilhantes como guardar-lhe a porta do gabinete como se fosse algum soldado da rainha ou utilizar etiquetas de identificação enormes. E cumpria tudo ou Laurinaitis cortava-lhe os fundos para a Universidade dos netos. Porque o Johnny é um homem com tanta classe como emoção e expressão facial ou potência na voz!
3 – Siga para uma voltinha!
Mais algumas consequências das asneiras feitas pela Vickie Guerrero. Talvez se lembrem dos tempos em que a manobra Hell’s Gate de Undertaker estivesse banida. Quando Teddy Long retomou o poder no SmackDown… A manobra manteve-se proibida. Isso não é maneira de se fazer amigo do Undertaker. É que ainda por cima, por instrução do obcecado Vince McMahon, fez a original e exclusiva recriação do Montreal Screwjob contra Undertaker e a favor de CM Punk. Bem se explicou mas para quê? Na hora de ir embora, tinha um condutor muito especial na sua limusine privada. Undertaker pronto para uma voltinha! Teddy Long acabaria por voltar a legalizar a manobra, após o nosso Dead Man o levar ao ringue num caixão, mas para sempre recordaremos Teddy como o primeiro cliente de uma promissora carreira de Undertaker como condutor de um Uber.
2 – Típico de casório
O que seria do wrestling sem casamentos? É o que move este negócio! Até Teddy Long teve sorte com a bela Kristal Marshall, com quem se envolveu em 2007. É a Aksana, é esta… Quem é o “playa” aqui, afinal? O homem não resistiu e pediu a jovem em casamento, que ela aceitou mesmo que não imediatamente. Estava tudo planeado para ser épico, até tinha o Ron Simmons como padrinho! Mas isto não era um belo segmento com Randy Savage e Miss Elizabeth. Era para dar barraca e aconteceu da mais natural das formas: um mero ataque cardíaco e consequente coma para o nosso amigo Teddy! Não se ficam por leve. E isto foi apenas o segundo melhor de toda esta história. Atribuo o “prémio” de melhor para o despedimento repentino de Kristal Marshall, que obrigou a abortar a história à força. Sendo assim, Teddy Long voltou… Voltando!
1 – Guerra dos Tronos
Ali para os fins de 2005 realizou-se um dos sonhos molhados de alguns espectadores. Uma pequena rivalidade – mesmo que do midcard – entre Raw e SmackDown. Envolvia um punhado de talentos de cada programa a competir. E era bom de se ver. Mas se dois produtos díspares tão iguais estavam em guerra, também os seus representantes tinham que rivalizar. E não era totalmente à moda de um Teddy vs Johnny. Aqui era Teddy vs Eric Bischoff e teve uma resolução bem mais ousada… Com um combate no Survivor Series entre os dois General Managers. Que se submeteram ao semelhante. Para um público que também se submetia àquilo à força. Teddy venceu com uma ajudinha essencial do Boogeyman. E o combate venceu uma distinção honrosa como o pior combate do ano. Disso, só com os melhores!
Dez grandes momentos que até podiam ser apenas dez vezes diferentes em que ele nos brindou com a sua dança. O histórico Teddy Long e futuro Hall of Famer, espero. Ao que já lá está. É a vossa vez de falar acerca deste personagem excêntrico e das suas loucuras, do que se recordam dele. Quais momentos aqui listados se lembram e o que acham deles. É o costume mas com um toque especial. Holla, holla, holla! Para a semana é para cá estar de novo, que nenhum Santo Popular me impede. Fiquem bem, um bom Money in the Bank a todos e para quem já as cheirar… Boas férias!
4 Comentários
Excelente Top Ten.
Muito bom.
Mais um Top Ten muito bom!
Mais um grande artigo, parabéns! 🙂