“You want content that’s relatable, genuine, authenthic and resonates with your consumer. They have to have a reason to care. If we’re doing our jobs right, you become invested in our characters’ tragedy and triumph.” – Stephanie McMahon (Adweek).
Graças a entrevistas do género dadas pelos membros da família McMahon, existem três cenários que explicam o porquê da realidade criativa da WWE não refletir o que foi dito acima. Primeiro cenário, os oficiais principais da WWE sabem perfeitamente o que devem dizer em público e afirmações como a citada acima não passa de publicidade e nada mais. Segundo cenário, os oficiais da WWE realmente acreditam no que dizem em público, mas têm dificuldade em aplicá-lo na prática e, como é natural, não o querem admitir publicamente. Terceiro cenário e o que acho mais próximo da realidade, os oficiais principais da WWE acreditam no que dizem e acreditam que é exatamente isso que estão a apresentar.
Mas não é.
Desde a coroação de Kevin Owens como campeão Universal que o Raw somou derrota após derrota contra o SmackDown na competição para apresentar o melhor programa. Do ponto de vista criativo, o SmackDown apresenta os melhores resultados, relativamente à construção de rivalidades e desenvolvimento de personagens, embora tenha menos tempo e menos estrelas que o Raw. O Raw tem falhado, por duas vezes consecutivas, em promover os seus eventos exclusivos e criar antecipação para os mesmos.
E o principal problema criativo do Raw é a falta de um herói. É o que falta na luta pelo título Universal – uma figura carismática a quem os fãs se afeiçoem. Em teoria, os fãs têm Roman Reigns e Seth Rollins como os heróis principais do Raw, mas na prática, a situação é bastante diferente. A WWE (ou simplesmente Vince McMahon) teimou que Roman Reigns tem de ser o grande herói, que tem o potencial para ser, já. A sua teimosia, impaciência e falta de bom senso tem vindo a prejudicar Roman Reigns, criativamente, ao longo dos últimos anos e ainda não surgiram evidências fortes o suficiente para justificar esta atitude.
O investimento obsessivo da WWE em Roman Reigns, não como estrela principal da companhia, mas como herói numa altura em que os fãs não o querem ver como tal, é prova que a companhia não gosta de ser contrariada e nunca considera a possibilidade de estar errada. Quando existe essa possibilidade, a companhia muda a narrativa e escreve a sua própria versão dos acontecimentos para a prosperidade.
Portanto, apesar de, na pequena bolha em que alguns dos oficiais da WWE vivem, Roman Reigns ser um dos heróis principais do Raw, na realidade a situação é muito diferente e este ainda não teve uma rivalidade a solo que fizesse sentido e em que este foi apoiado do início ao fim. Dizer que Roman Reigns é a figura de esperança e bondade que os fãs têm no Raw é o mesmo que dizer que eles não têm ninguém com quem se identificar. No fim do dia, quando nem os génios que a WWE tem na sua equipa de edição conseguem fazer Reigns parecer um herói, então é um sinal que a companhia tem mesmo um problema.
A situação de Roman Reigns já foi discutida até à exaustão durante os últimos anos, portanto hoje vamos analisar o segundo possível candidato ao cargo de herói principal do Raw – Seth Rollins, alguém também bastante discutido e extremamente exposto ao longo dos últimos anos.
É curioso, enquanto Dean Ambrose, Seth Rollins e Roman Reigns dominavam a WWE como membros do grupo “The Shield”, a opinião mais popular era que, quando o grupo chegasse ao fim, Dean Ambrose e Roman Reigns iriam seguir a solo como vilões, enquanto Rollins parecia o óbvio herói do grupo. O seu atleticismo e capacidade superior em ringue que o tornava no mvp (most valuable player) de cada combate iria garantir o apoio dos fãs.
Porém, foi exatamente o oposto que aconteceu e, durante os primeiros meses, parecia que a WWE tinha sido extremamente astuta nas decisões que tinha tomado. Os primeiros meses de Roman Reigns a solo lançaram de imediato alguns alarmes, mas Seth Rollins e Dean Ambrose conseguiram apresentar uma rivalidade cativante, divertida e lógica ao longo de vários meses, o que pareceu compensar os riscos que a WWE tinha corrido ao atribuir-lhes papéis diferentes do esperado. Infelizmente, o que não falta na história da WWE são decisões que pareciam brilhantes nos primeiros meses, mas devido ao seguimento dado pela companhia, acabaram por se revelar erros.
Por exemplo, o fim da streak de Undertaker na WrestleMania XXX é uma dessas decisões. A execução foi excelente e o adversário parecia ser perfeito. Brock Lesnar era, afinal, intocável. Mas, como tantos fãs receavam e previram, a WWE não conseguiu capitalizar o fim do histórico recorde e Brock Lesnar ainda não beneficiou ninguém. Como tal aconteceu há mais de dois anos e, desde então, Lesnar já perdeu contra Undertaker e o voltou a vencer, a vitória na WrestleMania perdeu bastante do seu significado. Ficou na história como mais uma decisão que os fãs não gostaram e não como o fantástico truque de magia que resultava em mais uma enorme estrela. E depois de tantos a discutir a possibilidade do fim do recorde, o receio dos fãs tornou-se realidade – a WWE não conseguiu fazer com que valesse a pena.
Dois anos depois da separação do grupo, Roman Reigns ainda não alcançou o seu potencial como estrela principal (como vilão ou herói) ao participar numa rivalidade que não seja pautada pelas críticas negativas relativamente à sua questionável apresentação; Dean Ambrose foi reduzido bobo da corte, um pouco mais importante que Santino Marella e Seth Rollins… Bem, Seth Rollins tem sido, em par com Roman Reigns, uma das pessoas em que a companhia mais investiu e expôs ao longo dos últimos anos.
Quando o grupo se separou em 2014, Seth Rollins aliou-se à Autoridade, tornando-se num vilão, e numa versão moderna de Triple H – o lutador que precisa de, todas as semanas, fazer o mesmo longo e aborrecido discurso que já toda a gente conhece e não acrescenta nada de novo. Não me interpretem mal, Seth Rollins surpreendeu pela positiva e foi melhor vilão do que esperava. O problema não eram as suas habilidades, mas sim a situação em que estava a ser colocado. Ninguém, nem o melhor talento do mundo ao microfone, aguenta tamanha exposição sem se tornar num ato esgotado.
O facto deste não passar de um simples peão para a Autoridade também o prejudicou imenso. Seth Rollins não tinha o destaque que devia ter, nem era tão odiado quanto devia ser porque estava constantemente a ser repreendido como se fosse uma criança de cinco anos. Todavia, apesar de todos os erros criativos que a WWE cometeu com Seth Rollins, os fãs apreciavam-no pelo seu talento, esforço e dedicação. Isso é algo que a WWE nunca conseguiu compreender.
Os fãs não apoiam lutador A, B ou C única e exclusivamente porque este veio do circuito independente, nem repudiam lutador D, E ou F porque não passou pelo circuito independente. Os fãs, sejam eles fanáticos ou casuais, reconhecem e apreciam talento. Tudo o resto são acréscimos que podem agravar o instinto dos fãs de gostar ou não gostar de um lutador. O instinto dos fãs nunca foi odiar Roman Reigns – muito pelo contrário, basta ver as reações que recebia quando fazia parte do mítico grupo – mas quando este foi mal apresentado e alvo de um investimento na altura errada, opondo alguém verdadeiramente carismático e fácil de gostar? O resultado era inevitável.
Quando Seth Rollins se lesionou, a brincadeira acabou para os fãs. Este continuou a agir como um vilão nas poucas aparições que fez durante a sua recuperação, mas o apoio que este recebeu dos fãs foi gigantesco – nas redes sociais e nas arenas. Os fãs reconheciam o seu talento e queriam que este soubesse que estavam do seu lado durante a sua recuperação. Aliás, na altura, vários fãs notaram que todo o apoio que Rollins estava a receber só os deixava mais empolgados para ver a ovação que este iria receber aquando o seu regresso.
E tinham razão para isso, porque, de facto, o regresso de Seth Rollins foi um dos melhores momentos do ano. Infelizmente, este voltou para ser novamente posicionado como vilão, como se nada tivesse acontecido. E foi aqui que a WWE um dos maiores erros criativos do ano – Seth Rollins devia ter sido o que Triple H foi em 2002. Sim, é verdade que eventualmente Triple H voltou a ser o vilão de antigamente, mas na altura a WWE tirou proveito do enorme apoio que este estava a receber quando regressou.
Era isso que a WWE devia ter feito desta vez com Seth Rollins – ver até onde todo este apoio o levava, tirar proveito dele! Numa Era em que os momentos verdadeiramente arrepiante se contam pelos dedos das mãos e os lutadores desta geração raramente têm, consistentemente, grandes ovações, esta não era uma oportunidade para desperdiçar. Especialmente não em prol da experiência falhada que está a ser Roman Reigns como herói – sim, porque é um falhanço se ele não está a conseguir suscitar as reações desejadas, o que não está! Não só Seth Rollins regressou como o peão da Autoridade que sempre foi, como meses mais tarde, este tornou-se, supostamente, num herói após a traição de Triple H.
E, mais uma vez, sei que a WWE não podia prever a lesão de Finn Bálor e que tal mudou os planos da companhia, mas já passaram mais de dois meses desde que ele se lesionou – nesta altura do campeonato, a companhia já devia ter retificado, justificado ou compensado todos os erros criativos que foi obrigada a cometer devido à lesão de Bálor. E, na minha mais honesta opinião, fazer do campeão atual um assunto secundário, tornar o primeiro reinado de Kevin Owens numa anedota e não conseguir aproveitar decentemente a popularidade e Seth Rollins não são correções aos erros cometidos, mas sim formas de agravar os existentes.
Meses depois de ter perdido a oportunidade perfeita para o fazer, a WWE decidiu dar uma oportunidade a Seth Rollins como herói. Ou algo parecido com isso, porque sinceramente não consigo compreender se é mesmo isso que está acontecer. É certo que este tem sido posicionado como um herói por exclusão de hipóteses e, ocasionalmente, suscita excelentes reações, mas que mudança de atitude é que Rollins teve? Este não parece ter mudado desde os seus tempos como peão da Autoridade. Não sinto, e se calhar o erro é meu na interpretação dos acontecimentos, que Rollins está zangado porque a Autoridade são os vilões, este se fartou dos seus jogos e está à procura de redenção pelos seus erros.
Muito pelo contrário, sinto que Rollins está zangado porque foi trocado. Rollins não está zangado porque a Autoridade é injusta e faz batota, mas sim porque as batotices que eles fazem já não o beneficiam. Isso não é muito bom. Não é um sinal de caráter. Um herói não tenta fazer acordos com o diabo ou voltar às suas boas graças, nem se comporta como uma criança que está a tentar ser novamente o filho preferido. E, no entanto, é a isto a que Rollins está reduzido.
Como já disse, este consegue ocasionalmente excelentes reações porque é um fantástico lutador com um estilo perfeito para um herói e os fãs ainda gostam dele, pois compreendem que este foi prejudicado pelos erros criativos da WWE, mas do ponto de vista criativo, não há como investir na sua jornada emocionalmente. Não quando o que este quer é voltar a ser adorado pelos vilões principais da companhia.
Já me dou por muito contente por este não estar a enfrentar a revolta que Roman Reigns enfrenta, quando é tão exposto quanto ele. Afinal, o Hell in a Cell foi o quinto evento consecutivo em que Seth Rollins lutou pelo título principal e, apesar de múltiplas derrotas contra três campeões diferentes, este continua na corrida para ser campeão principal. E isto é apenas depois de ter regressado de lesão, mas todos sabemos que antes de se ter lesionado Seth Rollins também dominava o topo da WWE estando presente em múltiplos combates pelo título principal. Aliás, neste momento, Rollins tem um combate agendado para o Roadblock com Chris Jericho, apesar de já o ter vencido múltiplas vezes ao longo das últimas semanas.
Todos estes erros criativos a trabalhar contra Seth Rollins e a sua popularidade preocupam-me. Preocupa-me que eventualmente os fãs se cansem de uma história que não faz sentido e da ausência de um herói em quem se possam investir emocionalmente, sem estarem sempre a ser confrontados com o facto do que estão a ver não fazer sentido.
Preocupa-me o facto de Triple H e uma lista serem mais importantes que o título Universal na rivalidade principal do Raw, quando o primeiro está ausente há meses e ainda não apresentou justificação para as suas ações e o segundo é um objeto usado (de forma muito efetiva) para proporcionar gargalhadas. Preocupa-me o primeiro reinado de Kevin Owens estar reduzido a isto. Alguém tão talentoso e tão carismático como Owens merecia e era capaz de muito, mas muito melhor.
Kevin Owens é uma pessoa que passou anos e anos a tentar chegar à WWE, sempre com pessoas a dizerem-lhe que este nunca o iria conseguir e, se conseguisse, também não chegaria ao topo. Não só este chegou à companhia, como venceu a maior estrela da última geração no seu primeiro pay-per-view e tornou-se campeão principal no seu segundo ano na programação principal. É uma história épica e de enorme carga emocional que está à espera para ser contada, no entanto estamos reduzidos a quê?
A dois fantásticos talentos a discutirem como crianças sobre quem deve ser o filho preferido? Preocupa-me, mas não me surpreende.
Na noite passada, Conor McGregor, uma das figuras mais controversas de hoje, um génio na arte de auto-promoção e um dos melhores lutadores de hoje, fez história. Este é um vilão arrogante que irrita meio-mundo e todos o querem ver perder, porque sentem que toda a sua arrogância é natural. Este é adorado por milhões e gera milhões, constantemente quebrando recordes. Há, de facto, várias coisas que Conor McGregor está a fazer que a WWE não deixa os seus lutadores fazer e não tem nada a ver com comentários sexistas e palavrões, mas tudo a ver com naturalidade. Conor McGregor é a cara da UFC, neste momento, e é um vilão que lucra milhões. Ninguém o está a forçar a ser algo que ele não é, ninguém insiste que este tem de ser um herói ou um vilão. E funciona. Quem diria?
Espero que quando Triple H perder para Seth Rollins – se é que alguma vez vai acontecer – tudo isto tenha valido a pena. Mas, existe sempre a possibilidade de ser tarde demais.
Desejo uma excelente semana a todos e até à próxima edição?
4 Comentários
Grande artigo. Você falou perfeitamente o que se passa com os nomes principais da Raw, mas ainda espero um artigo apenas sobre a situação do KO.
“Rollins não está zangado porque a Autoridade é injusta e faz batota, mas sim porque as batotices que eles fazem já não o beneficiam. Isso não é muito bom. Não é um sinal de caráter.” Não acredito que eles estão a contar a história dessa forma, até por que não há como contar, pois poucos meses atrás o Seth estava rindo de ter lesionado o Finn Balór e rindo de ter traido seus irmãos… Acredito que a WWE viu que não dá pra ser coerente nesse caso (as interações recentes com o RR mostram como é estranho os dois se darem bem depois de tudo), e até estou impressionado de não tentarem empurra-lo como good guy guela abaixo dos fãs . O Seth não é um herói, ele é um twenner. Um cara que apenas quer vingança e amanhã mesmo ele pode atacar um face e rir da cara dele, porém se a WWE quiser, ela pode contar uma história de redenção sim. Mas acredito que o momento em que o Seth virar Face será na rivalidade contra o HHH e vai se fixar após derrota-lo.
No momento o que interessa é deixar o KO credível, e pra isso o Seth tem que ir atrás dele de todas as formas buscando por vingança e no final ser derrotado por ele. O que tem me irritado no Raw é que a rivalidade está mais cômica do que devia por causa do enorme talento do Jericho. Sinto que isso está prejudicando muito o Seth e o KO. Sei que o Owens merece e pode fazer muito mais do que isso, ele tem uma carreira nas independentes que prova isso, mas até que gosto da temática dos filhos pródigos. Adorei a luta no Clash of Champions por isso, um estava tentando mostrar que era mais oportunista que o outro. Mas é fato que a rivalidade tem deixado a desejar.
“Aliás, neste momento, Rollins tem um combate agendado para o Roadblock com Chris Jericho, apesar de já o ter vencido múltiplas vezes ao longo das últimas semanas.” Isso é o que já não suporto mais no Raw. Sei que é bom wrestling e bla bla bla, mas não faz o menor sentido como história. Por mim ou fariam KO VS Jericho logo, ou uma Fatal 4 Way com o RR no meio, ou uma luta final contra o Rollins, numa estipulação foda e sem interferência do Y2J.
Se apenas o Rollins tivesse virado face após o seu regresso e logo no MITB o HHH lhe custasse a vitória e o Roman virasse heel tínhamos logo um HIAC no SummerSlam que era perfeito
Excelente artigo. Apenas algumas considerações:
A transição de Rollins para face não podia ser algo rápido, como foi com Big Show, Kane, Orton e outros que fizeram parte da Autoridade, simplesmente porque Rollins foi um vilão muito bom. Ele foi o sujeito que traiu os companheiros, quebrou a cabeça de Ambrose em blocos de concreto, que riu no ringue por ter lesionado Cena, Sting e Bálor, que ameaçou (e tentou) matar Edge, que foi o responsável por trazer a Autoridade de volta depois da magnífica vitória de Ziggler no Survivor Series 2014. Por conta de tudo isso, Rollins não pode virar um heroi simplesmente por ter sido atacado por Triple H. Nesse momento, ele é o sujeito que está solitário e sem amigos, em grande parte, por culpa de suas próprias ações. Ele ainda precisa de um grande momento de redenção para poder se consolidar como herói.
Falando na falta de heróis do Raw, acredito que parte da culpa seja, mesmo da WWE, porém, os fãs têm sua parcela de culpa. Roman Reigns é um exemplo perfeito. Não importa o quanto ele evolua (e só com MUITA má-vontade não se enxerga a evolução dele de dois anos pra cá), será sempre apupado. Pelo mesmo público que aplaude Braun Strowman!!! Por que os fãs, de modo geral, argumentam que o cruzamento de Giant Gonzales com Great Khali (aka Strowman) tem apresentado melhoras no ringue (sendo que só o vemos em squash matches contra jobbers) e nos recusamos a ver as melhoras em Reigns? Kevin Owens é carismático, mas sua gimmick não mudou em absolutamente NADA desde que se estreou no NXT e ninguém parece se importar com isso. Gallows e Anderson fazem rigorosamente a mesma coisa toda semana e ninguém os critica. E isso porque nem falei de Brock “push divino” Lesnar e suas lutas idênticas que não beneficiam ninguém. Heróis extremamente talentosos no ring como Neville, Sami Zayn e Cesaro sofrem derrota atrás de derrota e ninguém reclama de estarem sendo “enterrados” (já quando o mesmo acontece com Owens, Rusev ou Wyatt, a internet quase trava.) A falta de heróis é culpa de quem não liga para eles. Aí está o resultado, o Survivor Serias com duas equipes predominantemente compostas por vilões.
falou tudo