Beyond The Mat #4 – Inspiração, onde andas tu?

Bem-vindos mais uma vez ao espaço que vos chega por parte da minha pessoa, Daniel “The Great One” Leite. Depois de uma semana em que batemos recordes no que ao número de comentários no Beyond The Mat diz respeito, tenho que manter o nível e apresentar algo igualmente bom ou até superior. A tarefa não se avizinha fácil, mas vamos ver o que sai daqui! Enjoy.

Dou por mim a pensar toda a semana sobre aquilo que devo escrever, sobre o tema que vou desenvolver, mas nada me sai. Nada mesmo. Estou completamente em branco e não sei o que fazer para conseguir chegar a terça-feira e submeter algo no nosso estimado Universo -de preferência algo que vos agrade a vós, leitores-. Andei pelos recantos mais e menos explorados da minha imaginação e mesmo assim nada me saía. “Falta-me inspiração”, concluo.

Inspiração, onde andas tu? Onde foi que eu te deixei da última vez que escrevi um artigo? Entendam que a inspiração é indomável. Por muito que nós queiramos usufruir dela num momento específico, ela foge a sete pés e não quer nada connosco. Mas eis que, quando nos abstraímos do assunto principal e nos focamos em outra coisa qualquer ela aparece, de rompante e sem avisar, e tudo aquilo que outrora procurávamos, ela permite que aí encontremos. Numa forte procura por ideias para aplicar neste humilde sítio que todos adoram, o Universo, numa procura de ideias para apresentar algo de diferente, descobri o tema do meu artigo. Sabem quando vos dizem “Quando deixares de procurar, aquilo que procuras eventualmente encontra-te” e vocês pensam que é tudo treta? Não é, garanto-vos, aconteceu comigo.

Mas é aqui que chegamos ao primeiro “cruzamento” deste artigo, a altura em que tenho de decidir se viro à direita ou à esquerda de maneira a que encontre a melhor solução para continuar o meu caminho. Não vos vou dizer qual foi a direcção que escolhi, não, vou antes mostrar-vos em primeira mão.

No mundo do wrestling a inspiração é algo que é essencial. Essencial é pouco, vital será a palavra certa. A inspiração (ou a falta dela) podem causar sérias mudanças -boas ou más- no wrestling de entretenimento, e isso é tão notório que por vezes até nos esquecemos desse facto.  Num dia bom, ou seja, num dia em que a inspiração “passeia” lado a lado connosco, tudo aquilo que produzimos sai bem, somos como que “intocáveis” pois nada para nós é desafio. Mas tal como os amigos, os verdadeiros génios da escrita só são revelados nas piores alturas, nas alturas em que tudo é desfavorável, mas nem sempre assim é. Um escritor sem imaginação é como “futebol sem bola e bebé sem chupeta”, é uma situação que muitas vezes torna a escrita impossível. “Mas ó Leite, o que é que isto tem a ver com o wrestling?” Tudo caros amigos, tudo. Há regras fundamentais que estruturam o wrestling a que nós assistimos, como por exemplo: sem lutadores não há combate; um combate sem ringue fica algo “despido”; sem árbitro os combates seriam uma autêntica mixórdia. Mas, e os bookers? Sem bookers há combates? Sem bookers há personagens? Afinal, sem bookers há wrestling de entretenimento? Não, não há. Mas ao fim do dia, o que são os bookers? Os bookers não são uns escritores como outros quaisquer? São. São escritores que foram destacados para “desenhar” cenários hipotéticos de forma a criar as feuds, os combates e as promos a que nós tanto gostamos de assistir.

Pois bem, a inspiração… Sim, estamos de volta a este ponto, mas agora vamos lá fazer com que isto tudo faça sentido. Digam-me vocês, leitores, se gostam mais de ver o produto a passar uma fase boa ou fase má por favor. É algo que é realmente óbvio não é? Claro que preferimos quando o produto está bom, mas quando as coisas dão para o torto e o produto está numa fase pior quem é que vai “para a carreira de tiro” dos fãs? Os bookers – ou guionistas, se assim preferirem. Todos os problemas associados ao mau produto que nos é apresentado está umbilicalmente ligado a eles. É justo acusar um booker, afinal são eles que escrevem aquilo que dará origem aos programas semanais que vemos, mas vamos lá associar ideias: a inspiração torna-nos imbatíveis quando está presente, mas e quando não está? Quanto não está, um grave problema aparece. Não será um mau momento do produto resultante da falta de inspiração de quem escreve os guiões? Afinal, os bookers são como todos nós, humanos, e por isso também têm as suas limitações. Alguém já pensou realmente no que é guionar cinco programas por semana sendo que um deles tem três horas? Tudo parece fácil quando é visto de fora…Onde eu quero realmente chegar é que por vezes o produto pode estar mau, mas temos de ser pacientes e esperar pois tal como tudo na vida, nada é para sempre uma -para muitos- inútil página em branco e melhores dias sempre virão.

Beyond The Mat #4 – Inspiração, onde andas tu?

Aproveitando a “onda” quero dar-vos um conselho: sempre que abrirem um artigo, seja quem for o seu autor, antes de julgar tudo o que ele diz lembrem-se que ele dispendeu parte do seu tempo para, tal como os wrestlers que adoramos, conseguir entreter quem nos acompanha. Saibam valorizar o trabalho de quem todas as semanas se esforça para apresentar o melhor que consegue e se for possível comentem todos os artigos que conseguirem, pois não há melhor recompensa do que ver alguém dizer que gosta do nosso trabalho.

Assim finalizo o meu artigo. Um pouco menos polémico que o da semana passada mas que espero ter sido do vosso agrado. Aproveitem bem estes dias para ultimar as vossas apostas para o PPV de Domingo, o BattleGround. Não se esqueçam de acompanhar as antevisões e o rescaldo do BattleGround aqui, no Universo! Um bom resto de semana a todos.

PS:Numa altura em que já vou no meu quarto artigo aqui no site e em que espero que todos já associem o nick ThaGr8One ao nome D’Leite, decidi passar a comentar aqui no site como D’Leite até porque é mais fácil para mim. Por isso já sabem, quando virem esse nome seja onde for não se confundam, sou eu!

Cumprimentos,
D’Leite 

22 Comentários

  1. Daniel bom artigo, e tens toda a razão no que dizes. Mas isso não impede que façamos criticas aos artigos quando têm falhas porque isso ajuda a desenvolver a nossa escrita.

    Ah já agora não vejam só as antevisões do Universo(não resisti a puxar a braza á minha sardinha).

    • Obrigado José 🙂 Claro que sim, nem é isso que está em causa! Críticas são sempre boas quando são bem formadas e construtivas, pois ajudam-nos a crescer como cronistas. Eu referia-me às pessoas que fazem criticas só porque sim, só para rebaixar a pessoa que perdeu o seu tempo a escrever algo que julgava que iria agradar aos leitores, era a essas criticas que me referia.

      Não tem qualquer problema, podes fazê-lo à vontade ahahah. Eu só não fiz a minha antevisão porque, além de serem muitos os cronistas que também o farão, ainda é cedo para ter a certeza do card inteiro. Mas vá pessoal, tudo a ler o Smoke and Mirrors do José esta semana!

  2. Gostei a imagem inicial!

    Sem duvida fez te bem esperares pela vinda da inspiração…gostei muito do artigo, que li logo de manhã mal ficou publicado!
    Fazes artigos bastante originais e ainda vais em poucas edições!

    Parabéns!

    • Eu desde o início que queria um logo, e queria que fosse algo que estivesse segundo a minha visão. Este não fui eu que fiz nem que dei as ideias, por enquanto, porque irei arranjar uma melhor e à minha maneira! Esta vi na net e como queria pôr um logo coloquei este, até para ver o que me diziam, por isso, obrigado!

      Espero que tenha valido mesmo a pena, porque esteve perto de não conseguir nada com que me sentisse satisfeito para colocar aqui.. Mas eu não sou de desistir!

      Tem que ser, é assim que quero deixar a minha marca aqui no site! Mas obrigado André 🙂

      PS: Já li o teu, mas ainda nem tive tempo para comentar, só agora é que arranjei tempo de aqui vir! Depois passo lá 😉

  3. montesinhos11 anos

    O artigo anterior,na minha opinião,foi melhor que este e expressaste-te melhor. Atenção!!! Eu não estou a dizer que o teu artigo foi mau, porque até gostei bastante porque não é todos os dias que se fazem artigos fora de série xD.
    Abraços!

  4. Sylvester1511 anos

    Bom artigo

    Um off topic: Eu ontem tive a ver Highlights do Summerslam 2003 e Alguem me pode dizer que musica é esta de fundo? http://www.youtube.com/watch?v=gVtZQz0lRtE

    • Estás a gozar, certo? Essa informação está no vídeo…

    • Ricardo Silva11 anos

      Acho que a Invicta tremia se eu visse voltar no mesmo Raw os dois Senhores que lutaram no 3º combate desse PPV.

      • Sylvester1511 anos

        Eu adorei este PPV, alias tenho voltado atras no tempo e tenho visto todos os PPVs desde 2000 ate 2004.

    • Obrigado pelo elogio 🙂

      Btw, já conhecia a música à bastante tempo e percebo o porquê de queres saber o nome dela ahahah.

  5. Excelente artigo. Continua assim Dani.

  6. LuisMPBO11 anos

    Mais um bom artigo. Tens mantido o nível de qualidade semelhante de artigo para artigo por isso a minha análise é basicamente uma cópia das que já fiz anteriormente.

    Estas analogias que fazes pouco ou nada deixam por dizer, daí, mais uma vez, não conseguir acrescentar nada. Não são propriamente temas de debate. Acho que tu mesmo já “arrumaste” “a coisa” no artigo.

    Quanto ao que dizes de comentar todos os artigos possíveis, pois é a melhor recompensa pelo trabalho realizado e para não criticar sem pensar aquilo que deu trabalho a outra pessoa, eu entendo te, mas olha que não podes julgar o sucesso ou insucesso pelo número de comentários. Muitos “fatores externos” contribuem para alterar o número de pessoas que comentam. Guia te sim pelo conteúdo dos comentários que te chegam, sejam poucos ou muitos. O número para mim pouco importa. Quanto a criticar artigos sem pensar, bem, concordo com a parte do sem pensar (LOL), mas acho que todos devem poder criticar. A não ser que seja uma daquelas críticas arrogantes e convencidas, até acho bem. Dizer mal de um artigo não é um sinónimo direto de desvalorizar o trabalho do cronista, apenas significa que, independentemente de tudo, não saiu pelo melhor, mas respeito está sempre na ordem do dia (pelo menos nas minhas críticas). Acho isto tão óbvio que não preciso de referir “apesar de eu respeitar muito *o resto da lenga lenga*”, todos devem subentender isto.

    E pronto, tenho dito. “Continuação” 🙂

    • “…por isso a minha análise é basicamente uma cópia das que já fiz anteriormente.” O que, diga-se de passagem, é bem positivo para mim!

      Por momentos, deixei de perceber se isso seria uma coisa boa ou uma coisa má… Mas thanks, i guess ahahah.

      Eu sei que sim, e tens toda a razão no que dizes. Eu, quando comento, tento sempre ser o mais abrangente possível. Tento fazer uma análise do que foi dito e comentar de acordo com o que eu acho do assunto abordado, e gosto quando fazem o mesmo comigo pois é uma maneira de eu perceber a recepção que o que eu escrevo tem junto de quem lê. E, de acordo com o que dizes, o número é apenas isso, um número, e se for apenas feito com simples comentários como “Bom artigo” (nada contra quem o faz, agradeço da mesma forma claro) de nada te irá servir para teres uma opinião concreta dos leitores. Claro que as críticas, a par do que o José disse, são importantes para o nosso crescimento como cronistas. A questão que eu abordo são os comentários infundados, feitos por alguém que apenas não tinha mais nada para fazer e decidiu dizer porcaria a alguém que dedicou parte do seu tempo a escreevr algo para aqui publicar. Aliás, todos nós já assistimos a esse tipo de coisas aqui no site e é apenas contra essas críticas em particular que eu me refiro. lá está, são as críticas feitas “sem pensar”.

      Tentarei continuar 🙂

      • LuisMPBO11 anos

        Nem é bom, nem é mau, é uma constatação xD.
        Sim, há quem faça disso, mas esses são para ignorar. Enfim…

  7. Ha 2 coisas q detesto neste mundo: A 1a é e será sempre o fcp, a segunda depende do q estiver a comentar. XD Esta semana será “escritores q n se sabem desenrascar”. Portanto, d volta ao principio, as 2 coisas q detesto neste mundo: fcp e escritores q n s sabem desenrascar. Conseguiste evitar ambos. N es do fcp e provaste q, msm quando n ha inspiraçao, t consegues desenrascar bem,pq o talento esta sempre presente e vai para alem da inspiraçao.

    Quando n soubermos o q escrever, so resta fazer uma coisa, dizer a verdade, d preferencia sem inventar mt. Foi o q fizeste e msm assim conseguiste ser excelente.

    You have escaped from a Pipe Bomb. You can thank me later. XD

    Ps: D’Leite?? No, no no. Vamos la mudar esse nick. XD Ja tinhas um bom. Lol

    • Não, não sou do FCP, graças a Deus. (Nada contra quem é do clube da Invicta, atenção. Não pretendo iniciar uma guerra à volta de algo que nada tem a ver com wrestling. Já chega as que aqui há…). Quanto à parte dos “escritores que sabem desenrascar”, obrigado pelo elogio, pois mesmo quando a inspiração falta, o trabalho duro e a dedicação compensam sempre, como entendo ter sido o caso por tudo aquilo que já aqui foi dito.

      Já viste? Multitasking ahahah. Obrigado pelo elogio!

      Mesmo quando não estou à espera consegues surpreender-me, vintage Akujy! (“You can thank me later?” Bem podes esperar sentado xD)

      PS: Eu até dizia qualquer coisa sobre isto, mas já falámos sobre isso e não vale a pena falar aqui também.