(O Ringue usado para esta montagem é o Ringue de Wrestling da academia do WP, em Queluz)
Bem-vindos caros leitores a mais uma edição do BTM! Esta é a nona edição do meu -na minha opinião- humilde espaço e nesta edição eu decidi fazer algo que não tinha feito ainda, mas que sempre quis fazer. Confusos? Não estejam, “o tio explica”. Numa altura em que amanhã se completam três meses desde que vos comecei a chegar via artigo, decidi contar-vos uma história, contar a minha história de como tudo começou quando aqui cheguei. E já agora, visto que isto é uma artigo, falar sobre wrestling lá pelo meio. O que pensam disto? Bem, de qualquer das formas, “it doesn’t matter what you think!”.
Vou começar por dizer que isto vai ser uma maneira de vos mostrar o porquê de hoje estar aqui a escrever-vos deste “patamar” onde me encontro. Vou, então, mostrar-vos em primeira mão algo a que só os responsáveis pelo concurso que me coroou tiveram acesso, o meu artigo de qualificação. Espero que compreendam que a qualidade do mesmo provavelmente não se poderá comparar com os mais recentes artigos, mas acho que dessa forma perceberão que, apesar de estar “aqui” há pouco tempo, a minha evolução já é qualquer coisa! Vamos então começar:
Corria o mês de Julho quando me deparo com algo neste site que capta a minha atenção, esse algo dava pelo nome de “Concurso ‘Cronista Universo’ 2013”. Apressei-me a abrir tal publicação para me deparar com um pedido que rapidamente me cativou, um pedido a que com todo o esforço me dediquei, o pedido de que enviássemos os nossos trabalhos por mail para o Kapitas de modo a que pudessemos ser avaliados e perceber se poderíamos entrar ou não no concurso. Mal eu sabia que o sonho que facilmente criei se tornaria realidade… Apressei-me a pensar em algo interessante, que servisse para captar a atenção dos leitores e que ao mesmo tempo servisse para demonstrar o dom que eu pensava e penso ter para a escrita (sem querer parecer convencido, claro).
A primeira coisa em que pensei foi num nome para o meu espaço, mas apercebi-me que esse seria um mal menor quando comparado com o caminho que me faltava percorrer para chegar ao último ponto final do artigo que poderia fazer de mim alguém relevante na escrita e no wrestling, coisa que neste site me é permitido e oportunidade pela qual estou extremamente grato. Abri o Word e comecei a escrever tudo o que me vinha à cabeça, uma escrita impulsiva que sempre foi uma das minhas características no que a este campo diz respeito. Demorei uns dias a trabalhar naquilo que eu pensava ser algo relativamente bom e até que enfim o acabei. O que eu li quando acabei? Bem, foi isto:
“Ora boas WPT Universe, o meu nome é Daniel Leite e neste artigo pretendo dar a minha opinião sobre o que é preciso para ser campeão, sendo essa a pergunta-base do mesmo.
Existe uma ideia generalizada (ou houve em tempos) de que o campeão tem que ser o mais alto e o mais forte, aquele que ninguém consegue alcançar, e que muito poucos conseguem derrotar pela sua imponência física. Pois nos dias que correm, essa “lei da selva” não é a que é defendida pelas empresas de que este site fala (WWE e TNA), mas ficarei apenas pela WWE visto que TNA já está fora do meu alcance e não quero entrar num labirinto do qual posso não sair. Na WWE, actualmente, temos casos de atletas altos e/ou fortes, tais como Mark Henry, The Great Khali, Ryback, Big Show, Kane e por aí fora, mas como podemos constatar essa não é a classe dominante na empresa.
Tudo isto tem uma razão: o físico nem sempre é o suficiente para ser o campeão. Hoje existem tópicos de referência quanto a essa questão, tópicos que irei abordar já de seguida.
1- Carisma: Um verdadeiro campeão tem de ter carisma, tem de saber puxar pelo público, mantê-lo interessado naquilo que vai dizer e naquilo que vai fazer, tem que ser alguém que entusiasme só de ouvir o seu nome. Lutadores como The Rock, Shawn Michaels, “Stone Cold” Steve Austin e Cm Punk são alguns exemplos de lutadores capazes de obter do público reacções espectaculares, quer como faces, quer como heels. Porque se um lutador fazendo o seu papel não recebe qualquer tipo de reacção, quer boa quer má, então está em maus lençois.. Atletas como Ryback são atletas que de carisma têm muito pouco, porque como se pode perceber durante a sua entrada e durante os seus combates o público está adormecido e não reage a praticamente nada do que se passa com ele. (Isto foi há mais de três meses, parecia que estava a adivinhar o que estava para vir!)
2- Trabalhar Arduamente: Mais importante que o físico que qualquer um possa ter, uma coisa é certa, se não “der no duro” nunca chegará a um main-event, nunca chegará a ser “o” campeão, e isso é certo. No entanto, esta é uma questão polémica, visto que há lutadores que trabalham todos os dias afincadamente, mas que nunca chegam ao topo, como é o caso de Zack Ryder e Kofi Kingston, cingindo-me apenas a estes dois casos. E porquê? Porque é que eles não chegam a esse patamar se trabalham no duro? É aí que entra outro factor importante, que falarei já de seguida.
3- A Gimmick: A gimmick de um lutador (personagem, em português) é a “persona” que o lutador representa, é o nome e (fazendo aqui uma redundância) a personagem que é apresentada ao público. Esta representação tem que ser feita da melhor forma possível, tem de ser credível, os fãs têm de “comprar” aquilo que o lutador está a “vender”, têm que ficar convencidos que o lutador é realmente quem diz ser! Esta é sem dúvida uma característica importante no crescimento de um lutador, porque pode fazer com que este atinja voos mais altos, como pode fazer com que ele caia e nunca mais se levante. Ao longo dos anos temos assistido à criação (e no caso de se dar mal) ao abandono de variados tipos de gimmicks, todas elas únicas e peculiares à sua maneira! Bem, exceptuando talvez alguns casos de gimmicks que de certa forma nos fazem lembrar alguém, como é o caso de Ryback relativamente a Goldberg. Mas sem dúvida que originalidade é coisa que não falta a quem atribui as personagens a cada lutador, visto que temos casos (gimmicks mais fantasiosas do que baseadas em factos reais) como Santino Marella, sem dúvida uma das personagens mais peculiares de sempre, desde a sua entrada, o seu desempenho in-ring e por último mas não menos importante, o seu finisher, que acho que é ainda menos credível que o do Bo Dallas(e olhem que isso é dificil!). Mas depois temos casos em que a realidade se mistura com a ficção, e para ilustrar isto recorro a personagens como as de CM Punk e John Cena.
Para termos uma noção de como a “persona” que nos é mostrada é importante, olhem para Damien Sandow e vejam o momento actual que ele está a viver, e como a personagem dele foi importante para que isso acontecesse porque simplesmente lhe encaixa que nem uma luva! (Olha como isto vem a calhar…)
4- Mic-Skills (ou em português, habilidade no microfone): Este também é um ponto importante, que no fundo nos remete um pouco para o ponto número 1 que vos apresentei, o carisma. Para tornar uma rivalidade ou um lutador realmente importante, e se este quer destacar-se dos outros, é bom que tenha habilidade no microfone aliada às habilidades no ring (das quais falarei mais à frente), porque ser bom atleta apenas não chega, é preciso ser bom entertainer. Mas as mic-skills são algo que, como o carisma, ou se tem naturalmente (e lá voltamos nós ao suspeito do costume, CM Punk) ou então é preciso trabalhar muito, mas mesmo muito para que tal característica nos passe a ser favorável, ao invés de nos prejudicar. Existem casos extremos em que essas mic-skills nunca serão melhoradas, como por exemplo as de Great Khali, por razões óbvias. Mas este não é o melhor caso para demonstrar alguém que não tem o dom de ser o melhor no microfone, porque nem as in-ring habilities de Great Khali são as melhores, mas o caso de Antonio Cesaro eleva a discussão a um nivel totalmente diferente. Antonio Cesaro é um dos melhores atletas na WWE actualmente, tem um porte físico excelente e é muito bom a combater (basta ver o combate entre este e Kofi Kingston pelo titulo dos Estados Unidos num episódio do programa semanal “Main Event”, em que mesmo perdendo Cesaro teve um desempenho acima da média, e o combate com Daniel Bryan na Raw de 22 de Julho para perceber o quão bom é este senhor dentro da sua área de trabalho, do seu escritório, o ring). Mas tinha um problema que lhe foi apontado desde cedo, a falta de carisma e de habilidade no microfone. Isso não o impediu de ser o campeão dos Estados Unidos por muito tempo, em que o seu reinado até foi bastante razoável, mas faltou-lhe sempre algo, e isso ditou talvez a forma como o seu reinado acabou. Falou-se durante semanas e semanas que Cesaro precisava de alguém que falasse por ele, alguém que fosse o seu representante, assim como Heyman e Lesnar, ou Zeb Colter e Jack Swagger, e a “pedido de muitas familias” a WWE concretizou-nos esse desejo e aliou Cesaro ao patriota Colter e ( ao não menos patriota) “Real American” Jack Swagger. Esta aliança permite a Cesaro ter mais destaque juntamente com Swagger, e permite que tenha alguém que o represente, alguém que eleve a sua personagem a um nivel que ele não foi capaz de alcançar, e Zeb Colter foi sem dúvida o homem certo para o cargo e pode proporcionar a Cesaro voos mais altos, e quem sabe, talvez no futuro uma oportunidade por um titulo principal.
5- In-Ring Skills: Chegámos então a um dos pontos fulcrais deste artigo, aquilo que um lutador precisa mais de possuir, e que tem de saber fazer melhor, combater em ring. Um lutador que não se saiba “mexer” em ring, tem um futuro negro no que ao futuro na companhia diz respeito. Dentro do panorama actual da WWE temos wrestlers absolutamente soberbos, wrestlers com uma capacidade elevada, wrestlers de capacidade média, e por fim, wrestlers que deixam algo a desejar. Temos de compreender que todos estes tipos de lutadores têm de existir para que haja equilibrio na companhia, tal como na natureza onde os mais fracos são necessários para que os mais fortes sobrevivam. O uso desta metáfora é algo diferente, mas permite elucidar o meu pensamento da melhor maneira e fazer com que vocês percebam exactamente onde quero chegar. Todas as companhias têm de ter a estrela de topo, e a “estrela de fundo” (refiro-me aqui aos “so called” jobbers), e a WWE não é excepção à regra.
Ser bom em ring abre muitas portas a qualquer tipo de lutadores, qualquer tipo, e isso é uma certeza porque basta olhar para o historial de campeões do wrestling de entretenimento e perceber que todos eles são diferentes entre si e cada um foi especial (ou secalhar nem tanto..) à sua maneira. Todos os dias treinar para ser melhor atleta tem que ser o pensamento de qualquer lutador se um dia quer chegar ao main-event, e por consequência, aos titulos mais cobiçados da empresa.
E assim termino a minha análise àquilo que penso serem os 5 pontos mais importantes para ser campeão no panorama actual do wrestling na WWE. Espero ter conseguido ser o mais claro e directo possível de modo a que não tenha havido dúvidas na compreensão daquilo que fui escrevendo ao longo do artigo, espero não ter sido maçador e ter conseguido manter o artigo fresco e interessante!”
Depois de ler isto fiquei contente, fiquei orgulhoso de mim próprio e achei que mesmo que não fosse o escolhido, ao menos tinha tentado e tinha dado o meu melhor para mostrar o meu valor e aquilo que poderia oferecer ao Universo. Nunca, mas nunca, pensei ser o vencedor deste concurso. Aliás, achei que passar à fase de eliminatórias já seria uma chance muito remota, mas adivinhem lá? “I’m baaaaaaaaaaaaaaaaaack”! Ah, esperem lá, citação errada… “The Article Writer is hereeeeeeeeeeeee”! A partir do momento em que recebi o primeiro mail toda a excitação tornou-se em ambição e quem ambiciona e luta por aquilo que quer consegue alcançar os seus objectivos, falo por experiência própria! O resto da história? O resto da história começou a partir do dia 7 de Agosto, mas essa parte, essa parte já vocês sabem!
Assim termino mais um Beyond The Mat, ou melhor, um “Storytime with The Great One” que espero ter sido do vosso agrado. Falando por mim, adorei fazer esta retrospectiva e adorei ter a oportunidade de vos mostrar como tudo começou, como as coisas se desencadearam para este “escritor de meia-tigela” que hoje aqui vêem. Portanto, se daqui a uns anitos tiverem a oportunidade de ler algo em meu nome, lembrem-se, foi aqui e assim que tudo começou, junto de vocês que mesmo longe de mim, se encontram perto quando todas as semanas comentam o meu artigo. O meu MUITO obrigado por todos os elogios e pelas críticas construtivas que me teceram até hoje. Ainda só vamos na nona edição, ainda muito está para vir, mas espero que esse muito que está para vir possa ser acompanhado por todos vocês. E agora despeço-me com o maior respeito e admiração por vocês. Despedi-me assim no Vintage da passada quarta-feira (espaço que aconselho a lerem hoje e sempre!) e vou-me despedir assim também hoje com shades of Shawn Michaels:
“The Great One Daniel Leite has left the building”
…
Mas só até à próxima semana!
17 Comentários
Bem Daniel, já sabes a minha opinião, este espaço é fantástico, tem se revelado a cada artigo que passa, e este, foi mais um, gostei bastante.
Continua assim, tens futuro nisto!
Muito, muito obrigado por esse elogio, é um reconhecimento enorme! Espero que tenhas mesmo gostado, quis torná-lo mais pessoal desta vez 🙂 Espero bem que tenha mesmo, saudações!
Detestei o artigo, espero que nao te ofendas, mas acho que não conseguiu trazer nada de novo…
Não, claro que não me ofendo, visto que tu deste a tua opinião e te justificaste de uma maneira que não foi ofensiva, o que, só de si, já conta muito. No entanto, o intuito desta edição não era trazer algo fresco ou algo novo, foi apenas com a intenção de fazer algo mais pessoal para que vocês se pudessem identificar mais comigo e foi para dar a conhecer o artigo que abriu portas àquilo que hoje tenho que é este espaço. Mas, de qualquer das formas, obrigado pelo comentário. Cumprimentos 🙂
Excelente. Mais nada a dizer sobre este artigo.
Thanks sir! É um gosto ter-te de volta aqui no meu espaço! 🙂
PS:Eu sei que não comentei o Smoke de sábado, mas já sabes que TNA não é o meu campo…
Mais um artigo de classe e obrigado pelo elogio final…”partner”
Obrigado! Só disse para verem algo que já todos sabemos ter grande valor e ser sempre óptimo, que é o Vintage 😉
Meus parabéns brother por esta conquista.Um ótimo artigo,alias o primeiro que li seu,pois gostei bastante e estarei sempre acompanhando mais uma vez meu parabéns,vá em frente tem futuro!
Muito obrigado! Fico feliz por a cada semana ter uma pessoa nova a visitar e a gostar do que lê no meu espaço, espero que não seja a primeira e última! Com certeza que irei em frente, os sonhos são muitos e desistir nunca! Abraço!
Excelente mesmo, gostei muito 🙂
Obrigado Danilo, muito obrigado mesmo 🙂
Belo artigo Daniel.
Desde vez não me alongo muito no meu comentário, até porque nem há necessidade disso, apenas peço que continues com a qualidade que sempre apresentas 😉
É belo? Tipo AJ ou melhor? Ahahah, obrigado 😉
O quê, tu num comentário com três linhas? That’s gotta be a first! 😮 ahahah. Mas obrigado pelo elogio, e já sabes que, desde que continue com o vosso apoio, sempre farei o que estiver ao meu alcance para produzir os melhores artigos possíveis 🙂
Sempre pensei em fazer algo parecido e postar meu “artigo-teste” no meu espaço, mas… sei lá, é que sempre tenho ideias durante a semana e não pretendo escrever sobre o mesmo no meu espaço, mas aqui é um bom momento.
Quando apareceu no site: Queres fazer parte do Wrestling.PT? Corri fazer minha inscrição, enviei meu e-mail ao Kapitas e ele me disse o que eu teria que fazer. Dois dias depois enviei meu “artigo-teste”, ele gostou, adicionei-o ao Skype e no dia 03/03/2013 começou o Sharpshooter! Tempos depois e vários artigos, me tornaria o responsável pelo Best of Raw também. Neste Domingo, meu quadro já vai pra edição #37.
Tive vários artigos com sucessos, recebi críticas como o normal, mas tudo isto me ajudou a crescer. O Universo se tornou um lugar onde eu tenho meu espaço, posso compartilhar minhas ideias e também aprender mais sobre Wrestling com os leitores do Sharpshooter e com os outros escritores do quadro (inclusive o Beyond the Mat!).
Inovador e excelente artigo, Daniel!
Bem, peço desculpa por ter “roubado” a ideia, mas acredito que um Sharpshooter com o teu artigo-teste e com algo que o complementasse -como eu fiz aqui- seria sem dúvida interessante, afinal, nós não entramos aqui por acaso!
Esse podia ser um excerto desse Sharpshooter especial, ficaria extremamente lisonjeado visto que foi aqui que deste o teu primeiro “ar da tua graça” sobre o assunto!
Lá diz o ditado: “Quem anda à chuva molha-se” e quem não escreve e não se põe à prova todas as semanas é que não falha, mas como é óbvio por vezes descemos um pouco o nível dos nossos artigos e temos criticas, é mais que normal! Afinal, só quem cá anda é que pode falhar não é! Eu, apenas com 9 edições, posso claramente dizer que já aprendi muito, mesmo! Obrigado pela menção honrosa, digo o mesmo do Sharpshooter!
Muito, muito obrigado Bruno! 🙂
PS: Eu sei que não sou tão assíduo no Sharpshooter como tu és no BTM e por isso mesmo quero pedir desculpa pois gostava que fosse diferente mas os meus horários actuais pouco me deixam ver os shows e o tempo que tenho para comentar e “passear” é apertado. Por isso, se eu falhar o Sharpshooter alguma semana peço mil deesculpas porque não mereces tal coisa de mim. Prometo que vou sempre tentar lá passar mesmo com o pouco tempo de que disponho 🙂
Ah… D’Leite! Nem roubaste a ideia, teve sua própria e nem sabia que tinha planos. Volte e meia vejo sua presença no Sharpshooter e posso dizer que sempre são bons comentários que complementam o artigo!
Tempo, acho que para todos do Universo é apertado, eu, por exemplo, estudo o dia inteiro e só nas Sextas-feiras tenho tempo para o meu quadro. Mas sempre entro no computador para ver os artigos do Universo, comentando sempre que possível (como o caso do Beyond the Mat, sou fã do quadro!)
Obrigado pelos elogios ao Sharpshooter!