Esta semana no Canto New Japan temos a última edição de 2017, com o que de mais interessante se passou no mundo da New Japan Pro Wrestling ao longo do ano. Temos ainda a aguardada entrega dos primeiros Prémios Canto New Japan nas diferentes categorias.

O episódio começa com as notícias breves do card completo para o Wrestle Kingdom 12, a vitória de Kitamura na Young Lion Cup e os impressionantes já mais de 30 000 bilhetes vendidos para o grande evento de 4 de Janeiro.

Segue-se a retrospectiva do ano que chega em breve ao fim e a entrega dos primeiros prémios anuais do podcast.

Vencedores das Categorias:

  • Show do Ano – Wrestle Kingdom 11
  • Melhor Wrestler – Kazuchika Okada
  • Melhor Combate – Okada vs Omega (Dominion)
  • Melhor Jr – KUSHIDA
  • Melhor Combate Jr – KUSHIDA vs Ospreay – Final BOSJ
  • Tag Team do Ano – War Machine
  • Revelação do Ano – Juice Robinson
  • Maior Desilusão – Cody
  • Melhor Momento – Regresso surpresa de Shibata
  • Melhor Young Lion – Hirai Kawato

Poderás ouvir os resultados em maior detalhe no Canto New Japan desta semana!

Como sempre, muita coisa foi falada e estão convidados a comentar todo o conteúdo deste episódio. Obrigado a todos os 50 que votaram nos prémios, simplesmente fantástico.

Não esquecer que para a semana o episódio de antevisão ao Wrestle Kingdom 12 conta com a presença especial do João Basílio do Smarkdown!

Muito obrigado a todos pelo apoio e até para a semana, até ao próximo Canto New Japan!

15 Comentários

  1. Rui Portugal6 anos

    Ola

    Este foi um ano realmente fora de série e que vem na sequencia de uma serie de anos fenomenais da New Japan. Os grandes responsáveis foram sem dúvida os big 4 actuais, assim como a divisao Jr., que permitiram que mesmo nas ausencias por lesao ou no seguimento das grandes perdas do roster de 2016 tenha havido sempre quem dissesse presente. Aqueles primeiros 6 meses com o Okada Omega do Dome, a série de invencibilidade do Hiromu que até certo ponto chegou a disputar seriamente o lugar de MVP do ano, a subida que o Shibata estava a ter e que teve o final que teve, o Naito sempre tremendamente over, a culminar no empate do Dominion.. foram tempos incriveis. Na minha opiniao, embora o nivel tenha estado sempre muito alto, ja foi tudo mais espaçado. O especial de Long Beach foi melhor do que se chegou a temer, mas na minha opiniao o G1 nao me agradou tanto como no ano passado e, talvez, até tenha gostado mais do BOSJ este ano. As elevações do EVIL e do Juice ja antes do G1 foram tambem muito bem conseguidas, assim como a trilogia Naito Tanahashi que certamente noutro ano ficaria mais na memoria. Tivemos tamb]em a primeira WTL decente em muitos anos (embora a divisao tag em si tenha sido má), o Ospreay finalmente a ganhar o titulo, o Suzuki e os Suzuki-gun a serem completamente execráveis, a lesão do Honma (e, ja agora, do Takayama), mais estreias, a New Japan organizar um show de forma independente nos Estados Unidos, uma geração fenomenal de young lions, o regresso do Ibushi sem ser como Tiger Mask W e no topo do bolo o reinado incrivel do Okada, é certo que ja vindo do ano passado, mas em que cada defesa foi sempre uma obra-de-arte. Será dificil imaginar que volte a haver um ano assim tao cedo mas felizmente esta tudo em jogo para continuarmos a desfrutar do melhor pro wrestling que existe durante muito tempo.

    Passando aos premios CNJ, começaria dizer que é uma pena que tendo havido 50 votações, mais gente poderia comentar aqui…
    Penso que o Wrestle Kingdom 11 é justo ser o melhor show do ano (também o é tradicionalmente), até porque quase tudo o que aconteceu no ano se pode traçar a esse show (até porque os combates principais do Dominion eram os mesmos). Wrestler do ano, não há mesmo volta a dar, tinha que ser o Okada. O Naito pode estar mais over, o Omega pode também ter tido bons combates mas com o Okada estamos a falar mesmo de outro nível, em termos de qualidade e quantidade e com uma serie de oponentes distintos. Se para mim o booking do Gedo é mais King’s Road que Strong Style, este reino do Okada foi muito mais à Misawa do que à Hashimoto. Mesmo o Tanahashi não teve reinados assim o que, para mim, diz tudo.

    Sendo assim, se escolhesse os 3 melhores combates, diria Okada Omega II em primeiro lugar, mesmo sabendo que dependeria do 1º (que ficaria em 2º lugar). Mas o próprio facto de terem feito um combate ainda melhor do que o do Wrestle Kingdom era impensável. Nunca houve um combate de 60 minutos com aquela intensidade. Em terceiro elegeria o Okada Shibata porque tinha a carga emocional da historia do Shibata (de anos!) por trás, sem descurar o contexto do reinado do Okada. Shibata levou o Okada ao limite de uma forma que o Omega e o Suzuki não tinham feito, e ponho-o à frente do Okada Omega III porque este último, embora também incrível no culminar (plo menos) da trilogia, penso que foi simplesmente demasiado cedo e, o tal factor x, ja nao era um combate tao fresco como os 2 primeiros da serie.

    O junior do ano para mim foi o Hiromu, porque a maneira como ele entrou, ficou imbativel ate ao BOSJ, foi incrivel. Nem o Okada ficou uma superestrela tao cedo, e embora o tivessem arrefecido pouco depois (quase inexplicavelmente, embora tambem imagine que fosse para lhe poupar um pouco o corpo porque alguns bumps daqueles primeiros meses ja o estavam a atirar para os lados do Sabu), o impacto que teve na divisao manteve-o elevado acima dos outros, para mim. De igual forma, a queda a ressurreição do Kushida foi para mim um pouco apressada, assim como a propria conquista do titulo pelo Ospreay (nao q tenha sido apressada, porque ja merecia ter ganho antes, mas a maneira como o ganhou). Pelas mesmas razoes, considero ser o Hiromu a revelação, embora o Evil e o Juice se tenham elevado bastante, na minha opiniao nao subiram tao alto. Mas o futuro é risonho…

    Do resto, penso que ja fui falando nas ultimas semanas. O estado da divisao tag nao deixava grandes alternativas que nao os War Machine, Goto foi uma desilusao mas também o reinado do Suzuki e momento do ano penso que nao reduziria tanto aos momentos mas a todo o interesse q se gerou com o Okada Omega I, a lesao do Shibata e o proprio reinado historico do Okada (la esta, nenhum destes sao exactamente “momentos”). Cody para mim nao foi desilusao na medida em que nao esperava muito dele. Até fiquei contente por nao “ocupar” muito espaço na NJPW (nao esteve no G1, por exemplo). O young lion do ano provavelmente seria mais justo ao Kitamura pela vitoria recente mas para mim o meu preferido continua a ser o Kawato. Gostava que pelo menos um deles estivesse no rumble.

    Finalmente, e correndo o risco de já ir tarde: não seria melhor ter o convidado no show de analise ao Wrestle Kingdom, em vez do de antevisao?

    • Obrigado como sempre pelo comentário!

      Quanto ao ano da NJPW, o que tu disseste complementa o que referi, um ano completamente fantástico, com várias memórias que levamos para futuro de certeza.

      Em relação ao número de votantes/número de comentários, sempre vai ser assim, creio. Apenas uma pequena percentagem vai desenvolver comentários escritos, mas o objectivo é trazer sempre mais gente para a discussão.

      Sinceramente “decidi” ter o convidado na antevisão porque seria obrigatoriamente o primeiro episódio de 2018 e é uma maneira diferente de começar o ano. Para além disso, se bem me conheço, vou alongar-me bastante na análise, fora que nessa análise já vai caber o New Year Dash, ou seja, ainda mais conteúdo.
      Em suma, mesmo que fosse um episódio de hora e meia a dois para a análise, nunca faria justiça ao evento porque ficariam sempre pormenores “no ar”.

      Para além disso, a antevisão do Wrestle Kingdom 11 foi até hoje o Canto New Japan com mais visualizações (mais de 700, ou seja, pelo menos 7x mais que o normal), daí também a “estratégia” de colocar um episódio com convidado nesta altura em específico.
      Não é mais do que “rechear” aquele que é de longe o Canto New Japan mais importante do ano em termos de “appeal”.

  2. Boas.

    Bom podcast e acho que falas te praticamente de tudo. Começo já por pedir desculpa pelo tamanho do comentário que vai ser grandinho.

    Em relação ao ano da NJPW, foi um excelente ano, talvez dos melhores de sempre da companhia que se encontra no enorme ascensão, tanto no Japão, onde se afirma cada vez mais como a principal companhia japonesa, mas principalmente no resto do mundo onde os fãs hardcore estão cada vez mais investidos neste produto.

    Começando pelo WK11, este foi um excelente show, de destacar claro, o incrível main event entre o Okada e o Omega, e a estreia em ringue do Hiromu Takahashi que se transformou imediatamente na cara da divisão Jr Heavyweight. Pessoalmente, a defesa com sucesso do Naoto foi o que mais me deixou contente, uma vez que com a derrota do Omega apanhei uma desilusão. Com a derrota do Shibata percebeu se que viria aí um push (mais nisso depois).

    No New Beginning, de realçar aquele que foi para mim o maior erro do Gedo este ano, a completa destruição dos Suzuki-Gun que se viria a refletir no resto do ano, e para mim, apenas os KES conseguiram recuperar da destruição da aura do retorno da stable. Destaco também o combate do Hiromu que tem muito a agradecer ao Dragon Lee pois esse combate mostrou toda a qualidade do Hiromu.

    Agora sim destaco a vitória do Katsuyori Shibata na New Japan Cup que levou a um dos melhores combates do ano, e infelizmente, dos momentos mais tristes na minha opinião, estou a falar como é óbvio da lesão do Shibata. Este combate foi o culminar da redenção do Shibata para com a New Japan e o seu público, e infelizmente acabou da pior maneira, fazendo com que um ano que poderia ser espetacular para o The Wrestler transformou se no pior momento da sua vida. Como fã do Shibata e como a esperança é a última a morrer, ainda acredito no seu retorno no futuro, aquele momento no G1 Climax deu me ainda mais esperanças.

    Em relação ao BOSJ, foi um bom torneio mas para mim a redenção do KUSHIDA foi demasiado apressada.

    De destacar agora o excelente show que foi o Dominion, para mim o segundo melhor show do ano. Muitos combates desforra do WK, destacando como é óbvio o combate main event que foi um dos melhores combates de sempre, e para mim, o meu combate favorito desde que sou fã de wrestling.

    Falando no G1 Climax, foi um excelente torneio com combates espectaculares, destacando eu os seguintes: Naito vs Ibushi, Suzuki vs Okada, Naito vs Tanahashi, Omega vs Okada, e aquele que foi para mim o melhor combate do torneio e talvez o meu segundo favorito do ano, empatado com o Okada vs Shibata, e estou a falar da final do G1, Naito vs Omega.

    Destaco agora para não ser mais massador, o Power Struggle, com o desafio do Jericho ao Omega, Tanahashi vs Ibushi, e o retorno do Jay White.

    Falando nos prémios, embora certos resultados não tenham correspondido às minhas escolhas, consigo compreender.

    Show do ano: Wrestle Kingdom 11. Corresponde à minha escolha.

    Wrestler do ano: Kazuchika Okada. Embora compreenda pelo excelente ano e reinado do Okada, escolhi o Tetsuya Naito, não só por ser o meu wrestler favorito, mas também pelo seu excelente ano. Para mim é o wrestler com a personagem mais interessante da atualidade. Teve um reinado espetacular com o IWGP Intercontinental Championship, um G1 espectacular que culminou na sua vitória, e como para mim teve muitos dos meus combates favoritos este ano, contra o Elgin, contra o Tanahashi, contra o Ibushi, contra o Sabre Jr, contra o Omega, contra o Ishii, etc, foi a minha escolha.

    Melhor combate: Okada vs Omega no Dominion. Concordo pois foi a minha escolha, poderia ter sido também Okada vs Shibata como também Naito vs Omega que eu concordaria.

    Melhor Jr: KUSHIDA. Compreendo mas não concordo, pois a minha escolha foi o Hiromu Takahashi. Embora o KUSHIDA tenha ganho o BOSJ, e tenha recuperado o seu título (cedo demais, diga se de passagem) o Hiromu teve uma primeira metade do ano espetacular. Uma personagem, única, refrescante, com um carisma abismal, e um excelente wrestler. Além de refrescar a divisão, teve defesas espetaculares, tanto na destruição do KUSHIDA, como frente ao Dragon Lee e ao Ricochet. Infelizmente a New Japan não soube dar lhe o devido destaque após a sua derrota frente ao KUSHIDA, fazendo com que este perdesse o seu ímpeto.

    Melhor combate Jr do ano: KUSHIDA vs Will Ospreay na final do BOSJ. Concordo pois foi a minha escolha.

    Tag Team do ano: War Machine. Escolhi os Young Bucks mas percebo.

    Revelação do ano: Juice Robinson. Percebo, mas escolhi o Hiromu pelos motivos que referi acima.

    Maior desilusão do ano: Cody. Compreendo mas o Cody apenas me desiludiu nas suas performances dentro do ringue, já que a sua personagem é muito boa. Para quem se habituou a combates espetaculares na New Japan é irritante ver a postura do Cody, brinca demasiado e retira o ímpeto dos combates. Escolhi o Hirooki Goto, pois depois do WK11 pensei que iria ter um ano espetacular, e afinal foi muito desapontante.

    Melhor momento do ano: Regresso surpresa do Shibata no G1. Compreendo e para mim era o segundo melhor, acabei por escolher a vitória do Naito no G1 Climax, pois como sei fã foi um grande momento para mim. Mesmo assim o regresso do Shibata deixou me com um sorriso de orelha a orelha.

    Melhor Young Lion: Hirai Kawato. Percebo mas escolhi o Katsuya Kitamura.

    Mais uma vez peço desculpa Miguel pelo enorme comentário. Fico à espera do episódio com o Basílio.

    Cumprimentos,
    Jorge

    • Não peças desculpa, quem me dera ter muitos mais para ler assim!

      Comentário, tal como o do Rui, muito completo.

      Destacas coisas menos boas do ano da NJPW como a “pressa” que tiveram na redenção do KUSHIDA e o ano “muito ao lado” do Goto e são coisas que entendo, como se podia pegar no reinado do Suzuki ou naqueles meses da Jr tag division à deriva após o Wrestle Kingdom e até aquele overkill da Heavy Tag division com aquelas 3-ways. É em suma como eu referi, o ano foi excelente e mesmo assim, se quisermos ir ao pormenor, há coisas que não correram bem também mas que ficam por baixo de tudo o que foi fantástico.

      Houve tanta coisa que não referi porque fui referindo insistentemente ao longo do ano, mas se referisse tudo sempre que necessário, o podcast deixaria de fazer sentido ser semanal porque a extensão de cada episódio seria tal que mais valia ser um por mês para digerir tanto conteúdo.

      Isso leva-me ao ponto de muita gente que vê NJPW de fora ou sem regularidade me abordar a questionar como é que tenho sempre assunto se a NJPW não tem show semanal como a WWE. A resposta é simples: com boa vontade e gosto pelo produto, há sempre algo para falar, seja o assunto do momento ou algo mais secundário mas interessante.

      Se me faltassem temas facilmente eu teria feito meia dúzia de episódios sobre determinadas personagens que tiveram um bom ou um mau ano, por exemplo.

      Voltando a pegar na questão dos convidados porque já surgiu essa pergunta também de forma privada, não é compatível fazer isso de forma mais constante também precisamente por causa da duração. Com o meu “dom” de me alargar e mesmo assim acabar por não dizer absolutamente tudo o que há para dizer, muitas vezes já passando a marca da 1 hora, seria como ter algo da duração do New Japan Purocast todas as semanas pelo menos e acho que isso não se ajusta muito na Comunidade que temos até porque não vejo pessoas capazes de dispensar 2 horas ou 2h e qualquer coisa para ouvir uma pessoa a falar de NJPW, ainda que pudessem ir ouvindo aos poucos.

      O episódio, como disse ao Rui, é estrategicamente colocado para a semana, pelas razões que mencionei e é porventura dos episódios mais importantes desde o início do podcast.

      Para além da importância já explicada, tem um grande significado pessoal porque o Basílio é obviamente grande parte do lançamento e projecção inicial do podcast e através do canal dele o CNJ chega a um grande número de pessoas semanalmente se estas desejarem acompanhar, algo que eu por mim mesmo não conseguiria.
      Acaba por ser alguém com quem sempre me dei bem desde a primeira mensagem que trocámos e tendo até começado a ver NJPW por “convite” dele, acho que é mais que apropriado que seja ele o primeiro convidado.

      Estou entusiasmado por tudo isso e caramba, é antevisão ao Wrestle Kingdom!

      Obrigado pelo comentário, Jorge!

      • Como a ter esperanças mais vale que seja pelo melhor, ainda acredito que daqui a um ano e tal este possa voltar, mesmo sendo improvável.

        Respondendo a ti Miguel.

        Nesta resposta vou referir os aspetos negativos deste ano, uma vez que para a semana, ao fazer a antevisão do WK12 elogios ao produto não vão faltar.

        Os piores aspetos do booking da New Japan, e neste caso os piores erros do Gedo, na minha opinião foram:

        A destruição estrondosa dos Suzuki-Gun, destruindo completamente a aura que o grupo possuía quando regressou no New Year Dash, fazendo com que a stable não se conseguisse reerguer depois dessa queda abismal, talvez apenas os KES tenham conseguido reerguer se.

        A redenção demasiado apressada do KUSHIDA. Depois de ter sido completamente destruído pelo Hiromu em menos de 2 minutos, num booking perfeito, no qual o Time Splitter queria derrotar a Ticking Time Bomb no seu próprio jogo, falhando redondamente e sendo completamente massacrado. Mas o que aconteceu depois foi que em vez de termos tempo para nos conectarmos com a sua redenção, quando damos por nós este já está a ganhar o BOSJ, e depois a ser capaz de derrotar o Hiromu Takahashi.

        Consequentemente, a destruição total do ímpeto do Hiromu após ter perdido o título foi outro erro crasso, chegando nós ao Wrestle Kingdom e se apenas nos focarmos na segunda metade do ano, nem percebemos o porquê do Hiromu estar no combate pelo título.

        Continuando na divisão Jr Heavyweight, nomeadamente a divisão de Tag Team. Esta sempre foi um dos piores aspetos do produto da New Japan. Teve um ano muito mau e apenas se levantou um bocado com a estreia dos Roppongi 3K. São uma excelente dupla na qual tenho muitas esperanças. Vamos ter de certeza um excelente combate no WK12 contra os Young Bucks, mas sinceramente não sei quem serão as duplas a chegar se à frente no New Year Dash e no resto do ano.

        Falo agora na divisão Tag Team Heavyweight. Continua ser um dos piores aspectos do produto devido ao mau booking. Aquelas 3-ways deram cabo de mim. E sinceramente depois da WTL deste ano vimos que não faltam Tag Teams na New Japan para ser um bom ano para a divisão Tag Team.

        Sinceramente não sei qual é o problema do Gedo com a divisão Tag Team.

        O ano do NEVER Openweight Championship também foi muito mau. O Goto não teve o reinado que seria de esperar após a sua grande vitória frente ao Shibata no WK11. Depois não percebo porque é que alguém como o Suzuki, que tem uma aura imparável, um move set muito real e doloroso e mesmo assim para o Gedo este só consegue vencer com interferências constantes.

        Vemos que mesmo num excelente ano, ainda houveram uns quantos erros mas felizmente o resto do produto foi excelente e mal nos lembramos destes aspectos negativos. Se a New Japan conseguir evitar estes erros, o próximo ano será ainda melhor, isto claro se melhorarem nestes aspectos negativos e continuarem com o resto no mesmo nível de excelência.

        Em relação ao próximo episódio, estou muito ansioso. Às vezes queixo me por não ter descoberto a NJPW mais cedo, não ter acompanhado a formação do Bullet Club, todo o trajeto do Okada, do Naito, do Omega, etc. Mas depois penso melhor, e neste momento com 17 anos a minha maturidade no Wrestling, má forma de o ver e perceber, não é a mesma de há 2 ou 3 anos. Quando comecei a ver New Japan, foi após o vídeo de antevisão ao WK11 do Basílio, tinha eu 15 anos. E creio que essa foi a altura certa para mim como fã de wrestling, creio que com 13 ou 14 anos e percebendo ainda pouco do que é o mundo do wrestling, não seria capaz de perceber o booking maravilhoso e o produto.

        Cumprimentos,
        Jorge

      • Rui Portugal6 anos

        Não sei se entendo bem esse problema da destruição dos suzuki-gun. Por o Suzuki ter perdido? Eles ja estavam bastante desgastados do periodo em que estiveram na NOAH. Acho que se havia saudades do Suzuki, nenhum dos outros tinha deixado saudades (ou o Yano) e foi uma sobrecarga grande no roster (com que ninguem estaria a contar te-los la tao cedo). Assumi que o plano seria sempre aproveitar o regresso para ter um bom oponente (e diferente) para o Okada no inicio do ano e que depois teriam sempre de descer no card.

        Quanto aos problemas com as divisoes tag nao deixa de ser curioso pelo passado do Gedo como lutador. Mas também há uns anos se podia dizer o mesmo da divisao jr em si, e nos ultimos 2 anos isso foi sendo tratado. Se ainda nao voltou ao que foi no passado, agora nao envergonha ninguem e é mais um dos motivos de interesse da companhia. E acredito que em 2018, mesmo com a saida dos War Machine, as divisoes tag ficarao mais fortes e com mais interesse. Parece claro ser essa a aposta, pelo facto de terem trazido o sho e o yoh como uma equipa, e pela aposta feitoa na WTL deste ano.

        O NEVER title neste momento parece-me um pouco mais tremido, tanto que quer ganhe o Suzuki quer ganhe o Goto, nao parece q va mudar muito no titulo. Seria interessante que fosse um verdadeiro titulo openweight e que pudessemos ver combates entre heavies e jrs. Ou pelo menos que voltasse a ser o titulo mais rijo, e nao o titulo das gimmick matches.

      • É claro que depende daquilo que gostamos e de se somos fãs ou não. Mas passo te a explicar Rui a minha opinião.

        Sou um grande fã do Minoru Suzuki. Toda a sua personagem me fascina. O facto de ser talvez o único heel puro no Wrestling atual deixa me muito interessado.

        Com a destruição dos Suzuki-Gun refiro me ao seguinte:

        Após o WK11, à exceção dos LIJ, os CHAOS detinham praticamente todos os títulos, mostrando o seu domínio sobre as restantes stables. Os Suzuki-Gun tiveram um regresso excecional no New Year Dash, prometendo acabar com o domínio da stable liderada por Okada.

        Do meu ponto de vista, a New Japan tinha dois caminhos: ou o Suzuki perdia frente ao Okada, e os restantes membros dos Suzuki-Gun ganhavam os outros títulos, ou apenas o Minoru ganhava, e os restantes membros perdiam. De ambas as formas a stable saía do New Beginning com uma aura dominadora, no primeiro caso o seu líder perdia, mas o resto da stable possuía metade dos títulos da New Japan, ou então no segundo caso, 90% da stable falhava mas o seu líder que é o principal membro da stable (por norma se o líder estiver bem a stable também acaba por estar) passava a ser a cara principal da companhia.

        O que acabou por se passar foi o fracasso total em todos os objetivos, continuando os CHAOS a dominar, e fazendo com que os Suzuki-Gun deixassem de ser vistos como uma ameaça real.

        A partir daí para os Suzuki-Gun, foi sempre a descer, o Suzuki ainda ganhou o NEVER Openweight Championship, mas como para o Gedo, uma vitória do Suzuki não pode acontecer sem interferências este ainda ficou pior e consequentemente o título também acabou por ser descredibilizado.

        Mas é claro que está é a minha opinião de fã do Minoru Suzuki e dos Suzuki-Gun, já vi que não gostas muito deles por isso compreendo que para ti não tenha havido problema.

        Em relação ao que disseste sobre o NEVER Openweight Championship, partilho a mesma opinião que tu, acho que deviam dar significado ao termo Openweight e variarem entre os combates Strong Style (Ishii, Makabe, Goto, Suzuki, EVIL, etc) com combates Heavyweight vs Jr Heavyweight. Acho que delirava se um dia acontecer Tomohiro Ishii vs Hiromu Takahashi.

      • Rui Portugal6 anos

        Nao posso dizer que seja propriamente fã de nenhuma das stables, e as criticas aos Suzuki-gun tem mais a ver com o estilo de interferencias que sao muito cansativas e que, até há uns anos, até eram mais comuns com os bullet club.
        O jogo de poder das várias stables é muito dinamico e nao é incomum irem variando períodos de maior ou menor domínio. Como disseste, os Chaos pareciam bem lançados no final do ano mas excepto o Okada e um pouco do novo folego dos R3K, acabaram um pouco ela por ela, e o Goto, Yoshi-Hashi e Ishii estiveram sempre longe dos titulos.
        Se acho pouco provavel que o Suzuki volte a ser campeao mundial (porque muito pouca gente na New Japan de hoje em dia chega aí e nao parece que um reinado do Suzuki neste momento fosse positivo), nao ponho de parte que ganhe o título intercontinental em 2018 (até para completar o grand slam) e que os Suzuki-gun voltem a ter um período de domínio. Se o Zack aparecer mais vezes, também terá oportunidade de ter um título, sem duvida.

        Sim, um Ishii Hiromu.. um Suzuki Kushida.. um Sanada Ospreay.. era bom!

      • Percebo o teu ponto de vista, sei que a New Japan tenta fazer com que todas as stables pareçam fortes, mas acho que nesse momento isso não aconteceu, mas sim o contrário. Os Suzuki-Gun saíram muito fragilizados pois perderam todos os combates, falhando os seus objectivos por completo, e para mim a partir daquele momento deixaram de ser uma ameaça credível, creio que aí a New Japan cometeu um erro crasso.

        Na minha opinião um reinado com o IWGP Heavyweight Championship não seria benéfico pois neste momento o que faz com que este título seja tão especial é importante é o facto de muitos poucos terem acesso. Muitos wrestlers excelentes vão se retirar sem vencerem este título. Ishii, Goto, provavelmente o Ibushi, o Omega no caso de não renovar.

        Mas creio que um reinado com o IWGP Intercontinental Championship seria o ideal, com o booking certo como é óbvio, os mesmos erros com o Suzuki é que não.

        Sem dúvida existiriam alguns dream matches Heavyweight vs Jr Heavyweight, creio que em 2018 isso deveria acontecer para refrescar este título. Não faltam ideias, Ishii vs Takahashi, Suzuki vs KUSHIDA, Sanada vs Scurll, etc. Dinâmicas interessantes não faltam.

    • Rui Portugal6 anos

      Falando da esperança ser a última a morrer, estou a contar que talvez o Honma dê um saltinho ao rumble e o Shibata volte a aparecer (mas nao a lutar) no dia 4…

      • A minha resposta a ti Rui está logo no inicio do segundo comentário, e também gostava de ver o regresso do Honma.
        *a minha forma de ver e perceber

      • Queria aproveitar este momento para vos agradecer a ambos pela vossa participação aqui nos comentários e desejar-vos boas entradas em 2018!

        E que o ano comece bem com a Antevisão ao WK12 e depois melhore ainda mais com o Wrestle Kingdom 12 em si.

      • Obrigado eu Miguel por teres criado este espaço onde discussões como esta, sobre wrestling, são possíveis.

        Boas entradas para ti e para os teus, e que tenhas um feliz e próspero ano novo.

        A antevisão vai ser boa, mas o WK12 é uma garantia de um excelente começo de ano.

  3. Boas Miguel,
    Desde já quero desejar um feliz ano novo e queria dizer que adorei todos os podcasts deste ano e tenho sido um grande assíduo do mesmo e espero que continues a fazer um ótimo trabalho. Após isto tenho duas a apontar:
    – Concordo com a maior parte dos prémios, sendo que para mim o melhor junior heavyweight foi o Hiromu mas compreendo também a escolha do KUSHIDA.
    – Para ti qual foi o melhor combate de tag team deste ano da NJPW ?
    Aguardo a resposta e mal posso espera pela antevisão do WK12 com o basilio.
    Cumprimentos,
    André
    P.S. De referir que este ano foi para mim o melhor ano da NJPW

    • Boas André,

      Obrigado pelo elogio e por “saltares” aqui para os comentários, é um gosto ter sempre as pessoas a participarem por aqui também.

      A questão do Hiromu não ter ganho para mim deve-se ao “desinvestimento” do booking da NJPW nele na segunda metade do ano. Ele passou da cara da divisão e do campeão mais dominante desde o Kenny Omega para alguém que quase foi varrido para debaixo do tapete para algo completamente secundário e maioritariamente de comédia.

      Melhor tag match? Bucks vs Roppongi Vice no G1 Special in USA.

      A antevisão com o Basílio está gigante em termos de duração, esperemos que corresponda em mais do que isso.

      Obrigado e boas entradas também para ti, André!

      PS: Same, ano excelente. Não perfeito, mas excelente sem dúvida