4 Decisões que podiam beneficiar a WWE

1. Manter o nome “WWE Universal Championship”, mas com um novo design

Pode ser uma opinião controversa, mas sempre achei o nome Universal Championship excelente para um título mundial. Transmite algo grandioso, moderno e dava continuidade à ideia de expansão global da WWE. Infelizmente, o título acabou por ser abandonado e substituído pelo “novo” World Heavyweight Championship. Um regresso que, na minha opinião, devia ter permanecido no passado.

O nome “World Heavyweight Championship” carrega um legado, é verdade. E o design original é, sem dúvida, um dos mais belos da história do wrestling. Mas o prestígio do título já morreu há muito. Durante anos, a WWE concentrou toda a importância num único título principal, e agora tenta equilibrar novamente as coisas, recriando o World Heavyweight Championship com um design que tenta homenagear o original, mas que fica claramente aquém em impacto e beleza. A sensação de secundarismo é difícil de ignorar.

Talvez, daqui a alguns anos, os fãs passem a ver os dois títulos com igual importância. Mas esse processo seria muito mais rápido e eficaz se tivessem mantido o nome Universal Championship, que já tinha alguma legitimidade, e apenas reformulado o design. Era a oportunidade perfeita para dar nova vida ao título, tornando-o visualmente imponente e digno de dividir o topo da empresa com o WWE Championship.

E sim, o design é importante. Um título principal tem de ser bonito, desejável, com presença. Precisa de ser algo que os fãs queiram ver erguido no main event da WrestleMania. Não só pelo prestígio, mas porque tem presença, imponência e transmite a imagem de um verdadeiro título mundial. O atual World Heavyweight Championship, infelizmente, não transmite isso. Não é memorável, nem imponente. Perde tanto na história como na estética.


Chegamos ao fim de mais um artigo e como disse, estas são apenas sugestões de um fã que acredita que estas decisões podiam contribuir para um produto melhor. E tu, tens ideias que gostavas de ver na WWE? O que achaste destas? Comenta, pois tenho a certeza de que há por aí muita gente com ideias muito interessantes para partilhar.

Desejo-vos uma excelente semana e para quem já está de férias, que sejam bem aproveitadas!

18 Comentários

  1. JOAOPEDROOOOOOOO24 horas

    A brand split tem um problema que é a falta de star power. No fim da A.Era e na Ruthless Agression, o star power era imenso e dava para preencher dois rosters, agora já não. Assumo que a WWE apresente a brand split porque as superstars aparecem noutros shows, mas a maioria dos jobbers, mid-carders e feuds com menos relevância, são feitas em exclusivo na sua brand

    • Obrigado pelo comentário e por leres o artigo!

      Percebo o que dizes, mas acho que o roster atual tem qualidade mais do que suficiente para justificar duas brands fortes. O problema não é a falta de talento, mas sim como esse talento é utilizado.

      Penso que a brand split pode funcionar se houver compromisso criativo em construir estrelas, proteger personagens e criar histórias distintas em cada programa.

    • WS-PT7 horas

      Não acho que falte talento, porém o talento atual é inferior a 20 anos atrás. Você tinha Taker, HHH, Bautista, Edge, Punk, Hardy’s, Orton, HBK, Kane, por exemplo divididos entre as Brands. Acho até que o roast feminino hoje tem mais qualidade que a época de 20 anos atrás. Concordo em tirar o MITB e o E. chamber e também tiraria o Fastlane. O designer dos cinturões deveriam mudar e o Universal manter o nome e ser o Cinturão de maior desejo. Outra mudança que faria era que somente uma vez por ano Raw x Smackdown ocorresse. Realmente deveriam ser coisas separadas, o de anualmente, via draft os cinturões mudassem de lado com seu detentor. Uma coisa que deveria mudar eram shows apenas de 2h com 5 a 6 lutas no máximo e terem tempo para histórias e rivalidades serem criadas. Defesa de título nos shows também e não somente apenas em live events. Uma mudança que faria de imediato era que part times não disputem cinturões, celebridades não lutem e que reinados longos fossem.de no máximo 6 meses. Mas enfim, é apenas a minha opinião.

    • JOAOPEDROOOOO3 horas

      Ora essa João, é sempre um prazer. Nem sempre concordando, mas faz parte. Continua o excelente trabalho

      Quanto aos vossos comentários, concordo com ambos, vou então reformular: a WWE não tem atualmente star power suficiente para ter duas brands. A criatividade é pouca (limitada pela cultura woke também) e portanto andamos a ver um Cody Rhodes à exaustão, um “old” Cena, um “old” CM Punk ou um RR que foi elevado ao extremo. Na melhor das hipóteses, alguém fica over com uma theme song ou uma catch phrase e lá ganha também. É difícil olhar para o roster atual e dizer quem é que no auge da A.Era ou R.Agression seria uma top star (estamos a falar no masculino). Contudo, muitos destes seriam sólidos midcarders

    • WS-PT1 hora

      Uma coisa importante que disseste, cultura woke. Isso está a destruir tudo em todos os aspectos, seja na luta, cinema ou esporte e isso é algo que a WWE cedeu indo para Netflix. Infelizmente somente quando a WWE voltar a ser mais adulta (vão entender como liberar diálogos mais pesados) surgirá uma nova A. Era. Para mim boa parte está na wwe unicamente porque pagam mais por la.

    • WS-PT, antes de mais, obrigado por leres e comentares!

      Achas o talento atual inferior ao de há 20 anos? Isso faz-me pensar. Pessoalmente, não acho que seja inferior. Acredito é que as gimmicks desses nomes que mencionaste tinham mais impacto, eram mais marcantes. Em termos de talento puro, acho que o roster atual é excelente. E concordo contigo quanto ao roster feminino: hoje em dia tem muito mais qualidade.

      O Fastlane ainda existe? Para mim, esse PLE é um filler. Por acaso, nem me lembrava que ainda estava ativo.

      Sobre as mudanças que sugeres de imediato, percebo a lógica, mas acho que algumas têm exceções. Por exemplo, gostei que tenham dado espaço ao Logan (mesmo sendo uma celebridade). Agora faz parte do roster e tem entregado bons combates. Mas sim, concordo contigo que há outras celebridades que claramente não deviam entrar em ringue.

      Quanto aos reinados longos, também depende. O reinado do Roman Reigns, por exemplo, achei muito bem construído e gostei bastante.

      Obrigado por partilhares a tua opinião! Concordemos ou não, o importante é que todos temos direito à nossa visão.

    • Obrigado pela força, João Pedro! Vamos lá ver se me surgem mais ideias para outros artigos 😁.

      Percebo o teu ponto. Tal como disse ao WS-PT, acho é que as gimmicks de antigamente tinham mais impacto e eram mais marcantes. Mas em termos de talento, acho que o roster atual tem tudo para ser tão ou até mais marcante do que o do passado.

    • WS-PT14 segundos

      Talento puro hoje é equivalente, mas sinto que falta mais liberdade para os lutadores. AJ, Seth, Orton são exemplos de talento que estão entre os melhores de todos os tempos. Mas falta liberdade criativa e liberdade nas lutas. Não dá para ter uma WWE com Jey ou Jimmy protagonistas, Cody e Roman limitados em técnica de wrestler serem o topo e não dá para ter o Maverick lutando apenas em live events, queria que ele estivesse semanalmente como tantos que não tem tido as chances que ele tem. Drew, Nakamura e Cross não deveriam ser apenas jobbers enquanto part times e outros sem tanto talento tenham protagonismo. Um exemplo veja a luta do Drew x Priest na Mania, o que eles fizeram foi brutal e depois sumiram. O que o Dom fez para ser campeão além de ser filho de quem é? Fraco física e tecnicamente e tem uma relevância muito grande. Eu vejo que o maior potencial novo hoje é o Solo Sikoa, pois é completo e ainda tem um lado cômico, apenas é mal utilizado.

  2. TR22 horas

    O terceiro ponto não tem muito sentido e tem um erro, não foi na WrestleMania 29 que deixou de haver MITB.

    • Tens razão! O último Money in the Bank Ladder Match na WrestleMania foi na 26. Obrigado pela correção!

      Mas porque é que achas que esse ponto não tem muito sentido?

      Obrigado por leres o artigo!

  3. Esta nova junção de brands, apesar de não ser a ideal, é melhor do que a que tinhamos naquele péssimo periodo do “Super Raw”, mas está a ter o mesmo efeito no WHC. A WWE tem de decidir se quer a brand split, ou se quer os dois titulos, ambos não pode ser. O WHC já começou mal, pois via-se claramente que não queriam tirar o título ao Roman Reigns mas queriam outras rivalidades pelo titulo mundial, logo aí, ficou sempre com aquela aura de prémio de consolação. Depois com os péssimos reinados do Gunther e do Jey Uso, com o facto de abrir para o Summerslam e ser atirado para o Saturday Night’s Main Event, ficando fora do PLE, é só pregar mais pregos no caixão.

    • Obrigado pelo comentário Ricardo!

      Concordo contigo. O World Heavyweight Championship começou logo com essa sensação de “plano B”, exatamente porque o Roman Reigns era intocável no topo. E quando um título nasce assim, é difícil que os fãs o vejam como um verdadeiro título mundial. A WWE vai ter de fazer um grande esforço para mudar essa perceção.

  4. Desconhecido11 horas

    Excelente artigo João, parabéns.
    E são pequenos aspectos que podem ajudar bastante. E sem mudar muito a rota da WWE.
    E o que eu mais queria que acontecesse é o dos títulos femininos .
    O antigo me traz um sentimento nostálgico, mas quando vejo o RAW e SmackDown womens Championship parece como se eles tivessem tomado a decisão certa em apagar esses títulos

    • Ainda bem que gostaste! Obrigado pelo comentário e por leres, Desconhecido!

      Fiquei só com uma dúvida no teu último ponto: estás a dizer que foi positivo terem deixado de usar os antigos títulos femininos, aqueles que eram idênticos ao WWE Championship mas com fundo azul ou vermelho? É isso?

    • Desconhecido5 horas

      Sim isso .
      Era só uma cópia dos títulos masculinos .
      Aquele dos tempos da Trish e da Lita podia não ser levado tão a sério mas era muito autêntica e único

    • Concordo contigo. Eram títulos visualmente bonitos, mas no fundo eram apenas uma cópia dos masculinos. Agora que falaste nisso, lembrei-me daquele momento em que a Becky Lynch e a Charlotte Flair trocaram os títulos entre si porque mudaram de brand (acho que foi esse o motivo)… como se os títulos não tivessem qualquer significado. Que momento ridículo. Não sei se te recordas.

      Infelizmente, na altura da Trish Stratus e da Lita, o título não era levado tão a sério porque o roster feminino era muito limitado e poucas sabiam realmente lutar. Ainda assim, acho que o título tinha mais personalidade do que os atuais.

  5. Um grande artigo! Mas sim a WWE devia de voltar à aqueles tempos de 2011 a 2015, das melhores épocas que me recordo!
    Um abraço!