Todos sabemos que um espetáculo de Wrestling não se resume apenas ao que os lutadores fazem em ringue. Os fãs presentes na arena, os narradores/comentadores, os cameramen, o/a ring announcer e todos os oficiais de bastidores contribuem para aquilo que vemos nos nossos computadores e televisores.

O artigo de hoje será centrado no trabalho dos atuais comentadores da WWE, assim como na responsabilidade que poderão ou não ter nos comentários proferidos ao longo dos programas semanais.

Michael Cole, JBL, Jerry “The King” Lawler, Byron Saxton e Tom Philips têm sido os narradores/comentadores de serviço ao longo dos últimos tempos. A meu ver, uns são mais competentes que outros, embora nenhum receba “nota positiva” no que toca ao seu desempenho atualmente.

Cutting Edge #16 – Falta de Profissionalismo

Michael Cole está na WWE desde 1997 e, desde cedo, foi protagonista de segmentos em que era humilhado por The Rock, Chris Jericho e, até, Jim Ross. Era precisamente este último que Cole ia substituindo quando se ausentava da WWE para tratar dos seus problemas de saúde.

A partir de certa, Michael Cole começou a ser comparado a Jim Ross e essas comparações duram até aos dias de hoje. Do meu ponto de vista, sem razão de ser.

Todos sabem o historial de JR e a marca que este deixou na WWE, sendo praticamente unânime que se trata do melhor narrador da História da empresa. Por isso mesmo é que me parece um pouco descabido comparar Michael Cole, ou seja quem for, ao melhor de sempre.

Pessoalmente, Cole é o meu comentador favorito entre todos os que já ouvi na WWE. Não estou a dizer que é o melhor, apenas é o que me deu mais gosto ouvir até hoje. Na altura em que fazia dupla com Tazz na SmackDown, adorava ouvi-los, visto que tinham uma excelente química e narravam muito bem as histórias contadas em ringue.

Momentos como a primeira vez que Mick Foley ganhou o Título da WWE, a histórica vitória de Eddie Guerrero sobre Brock Lesnar que lhe valeu o seu único Título da WWE ou o segundo cash-in de Edge mostram que Michael Cole não é, de todo, um mau narrador, como muita gente apregoa.

Porém, nos últimos três anos, tornou-se penoso acompanhar o trabalho de Cole. Desde que deixou de ser heel, devido ao ataque cardíaco do seu parceiro, os seus comentários perderam a qualidade que alguns fãs ainda lhe reconheciam. Esta falta de qualidade é ainda mais gritante no caso do próximo comentador.

Cutting Edge #16 – Falta de Profissionalismo

Jerry “The King” Lawler começou o seu trabalho como comentador em 1994, na WrestleMania X. Durante uma década, apoiou os heels (salvo algumas exceções), até que em 2006 passou a apoiar os heróis. Foi a partir daqui que o seu trabalho começou a ser mais criticado, embora Lawler nunca tenha sido propriamente brilhante na sua função – muitas das suas falhas eram colmatadas ou compensadas pela qualidade de Jim Ross e pela fantástica química que tinham juntos.

Depois do seu ataque cardíaco, a própria voz do comentador oriundo de Memphis sofreu alterações. Lawler tornou-se ainda mais irritante (os guinchos que dá cada vez que vê John Cena chegam a ser ridículos) e muitos pedem a sua reforma. Pelo que me parece, a sua mudança para a SmackDown poderá ter sido o primeiro sinal de que isso está para acontecer em breve.

Voltando à equipa de comentadores da Raw, JBL já tem um longo historial na empresa, tanto como lutador, como na função atual, onde já tinha estado em 2006 e 2007. A diferença entre essa altura e a atualidade é que o texano, tal como os colegas supracitados, parece ter perdido qualidades.

Cutting Edge #16 – Falta de Profissionalismo

As constantes repetições de frases feitas – “We fight on Friday night’s”, quando estava na SmackDown, “We got ourselves a flying Uso”, “Alabama Slamma”, etc – irritam-me particularmente. Ainda por cima, não gosto do sotaque do Texas, o que só piora a situação, para além de nunca ter gostado de JBL como lutador. Logo, para mim, só foi aceitável durante a primeira parte da sua carreira como comentador.

O que é que terá acontecido, então, para que esta queda de qualidade vinda da mesa de comentadores tenha ocorrido?

O primeiro aspeto, a meu ver, prende-se com as mudanças que o produto foi tendo ao longo dos anos. Se virmos bem, até Jim Ross reagia de forma mais “calma” ao regresso de algum lutador nos seus últimos anos de WWE, assim como não punha tanta emoção nos seus comentários comparando com o que fazia anteriormente (em que, sinceramente, chegava a exagerar, o que também não me agradava nada. Felizmente isso ocorria apenas esporadicamente).

Talvez isso sirva como explicação para a forma como Michael Cole reage com um simples “Oh my” aquando do regresso de alguém à WWE. Se o regresso de Kane, em 2011, usando uma máscara, tivesse ocorrido dez anos antes, qual seria a reação de Cole e Lawler? Certamente não seria a mesma.

Contudo, as mudanças no produto e a perda de algumas qualidades por parte dos comentadores não podem nem devem justificar tudo.

Atualmente, Michael Cole (o principal narrador) e os restantes comentadores só colocam emoção nas suas vozes quando a WWE os manda fazer isso. Quando não têm ordens para tal, chegam a ser insultuosos tal é o desleixo dos seus comentários.

Gritar de forma forçada quando Daniel Bryan ganhou o Título da WWE na WrestleMania ou quando Seth Rollins realizou o seu cash-in só reforça esta ideia. Antigamente, a emoção parecia sair de forma natural dos comentadores; hoje em dia, só forçosamente colocam emoção nas suas vozes.

Cutting Edge #16 – Falta de Profissionalismo

Outro caso claríssimo em que tal acontece é no que toca à “Revolução” atual na Divisão Feminina. Hoje em dia, os comentadores estão – muito convenientemente – interessadíssimos em tudo o que as lutadoras fazem e já as promovem de forma mais ou menos decente, depois de anos – demasiados anos – a fazerem pouco do seu trabalho em ringue. Ora gozavam com elas, ora ignoravam-nas falando de outras histórias que valiam mais a pena ser promovidas. Quando os combates acabavam, os próprios comentadores diziam, com todo o desplante: “bem, parece que já acabou”! Mas porquê? Qual a razão para tudo isto acontecer?

Por vezes critico a forma como Vince McMahon é tratado por alguns fãs, que o culpam de tudo o que de mal acontece mas, quando algo de positivo ocorre, atribuem os louros a Triple H. Porém, neste caso, e tendo em conta que é ele quem está a berrar aos ouvidos dos comentadores durante os eventos (pelo menos, na Raw e nos PPV’s), torna-se impossível ignorar a sua responsabilidade no trabalho dos seus empregados.

O que eu não entendo é o seguinte: se tenho uma empresa e o objetivo é gerar o máximo de dinheiro possível, o que é que eu ganho em fazer pouco dos meus trabalhadores e em promover apenas alguns deles de forma positiva?

Porque é que, por exemplo, quando Jack Swagger aparece (nas raras vezes em que tal acontece) para lutar numa Raw ou numa SmackDown, não se faz menção ao facto de ser um ex-Campeão Mundial? Noutros tempos, os comentadores faziam constantemente referência às conquistas dos lutadores no passado, mesmo que estes estivessem a passar um mau momento na carreira. Dessa forma, valorizava-se quem os derrotava. Estavam a derrotar um antigo campeão, um atleta credenciado.

Cutting Edge #16 – Falta de Profissionalismo

O que é que a WWE ganha ao colocar os comentadores a promoverem apenas Roman Reigns, Dean Ambrose, Seth Rollins, Bray Wyatt, Kevin Owens, Rusev, Brock Lesnar, John Cena, Randy Orton e, até ver, as “Divas”? O resto do plantel não conta para nada?

Jack Swagger é um ex-Campeão Mundial, Miz é um ex-Campeão da WWE (ao menos este tem oportunidades para nos relembrar desse facto), Dolph Ziggler também foi campeão duas vezes, para além dos vários títulos de mid-card. Quando alguém desce a rampa para o ringue, porque não falar das suas conquistas e dos seus principais atributos, de forma a valorizar-se os lutadores que vão participar naquele segmento/combate (tantos os que perdem, como os que vencem)?

Por mais em baixo que estejam nas suas carreiras, relembrar os seus feitos ajuda aqueles que estão a ser alvo de aposta neste momento. Dessa forma, Ryback (ou outro lutador qualquer) não estaria apenas a derrotar Miz. Estaria a derrotar um antigo campeão que esteve no main-event da WrestleMania. Se isso fosse dito para os fãs em casa ouvirem, tenho a certeza que o próprio Miz seria um pouco mais respeitado pelo seu enorme trabalho como heel, mesmo não ganhando um combate (pelo menos, que eu tenha visto, e admito que neste momento só acompanho a Raw e os PPV’s) há quatro meses.

Enquanto a WWE não mudar a forma como quer ver o seu talento a ser retratado e parar com esta falta de profissionalismo e desleixo inconcebíveis, não vale a pena pedirmos para Renee Young fazer parte da equipa de comentadores da Raw ou da SmackDown. A mudança não depende dela. Tal como não depende de Byron Saxton, cujo trabalho no NXT nem se compara à mediania que apresenta na Raw.

Há que libertar os comentadores das amarras em que os prendem e deixá-los serem mais naturais e com menos frases feitas. Mais humanos e menos robóticos. Todos ganharão com isso, é uma questão de deixarem de ser preguiçosos e valorizarem o (muito) talento que têm.

Cutting Edge #16 – Falta de Profissionalismo

47 Comentários

  1. gostava so de dizer que pessoalmente gosto do trabalho do booker t na mesa de comentadores e visto que nao lhe fizeste uma analise se podias fazer do que tu pessoalmente ves no seu trabalho de comentador .

    • Não gostava muito, mas preferia-o ao JBL e ao Jerry Lawler. Também se repetia muito, mas ao menos falava mais do que se passava em ringue.

  2. Bom trabalho.

  3. Excelente artigo,Daniel.

    Eu pessoalmente acho que os comentadores da WWE atualmente só dizem o que lhes mandam dizer,não falam com a sua própria emoção e não transmitem nada ao publico.
    A questao aqui é que o problema não é dos comentadores,porque eu acho que tem algum talento e se lhes dessem liberdade teriamos comentarios muito melhores.

    Em relação ao Michael Cole,acho que ele não é um mau comentador mas os “guiões” que a WWE lhes impõem acaba por prejudica-lo.

    O JBL também não é um mau comentador, mas ele tem tendencia para repetir o que diz.
    E sinceramente não gosto muito dele.

    Em geral,não gosto muito dos comentadores da WWE. A WWE tem coisas a melhorar neste aspeto

    • Obrigado.

      Eles não têm liberdade, mas também têm culpa no cartório. Ainda assim, sem dúvida que a mudança tem que partir de quem manda.

  4. WWEdge9 anos

    Excelente trabalho.

    Concordo com tudo o que escreveste. O Michael Cole costumava ser o meu comentador preferido, mas atualmente não tenho nenhum, exatamente pelas razões que referiste. Quanto ao Jim Ross, irritava-me muito quando ele comentava os combates do Triple H, porque era bastante percetível a sua preferência pelo “Cerebral Assassin”. Talvez porque como tu disseste, era tudo mais natural.

    O Jerry Lawler não gosto nada. Os seus gritinhos com o Cena são mesmo muito ridículos. Mas o que mais me chateava nele, e me chegava a causar um certo nojo, era a forma “porca” como ele comentava os combates das mulheres, fazendo sempre referência aos atributos físicos delas. Adorei quando a AJ Lee foi convidada na mesa dos comentadores e lhe mandou uma boca sobre ela ser demasiado velha para ele. Felizmente acho que ele já não faz (tanto) esses tipos de comentários, possivelmente devido à tal “revolução das divas”.

    Subscrevo o que disseste sobre referirem as conquistas dos lutadores mesmo quando estão numa fase má. Para a WWE o Swagger nunca chegou a ser campeão.

    Tens toda a razão, é preciso naturalidade na WWE menos frases feitas.

    • Obrigado.

      Por acaso, acho que em relação ao Triple H as coisas não eram assim tão naturais. Sobretudo na fase 2002-2005 (não sei se era a essa que te referias), em que ele basicamente escrevia as Raw’s. Por isso, a tendência para “endeusar” o Triple H provinha mais de ordens do patrão do que outra coisa qualquer. O mesmo acontecia com o Lawler.

      • WWEdge9 anos

        Sim era nessa fase, mais para 2004-2005 que foi quando comecei a ver.
        Eu só achei que ele adorava o Triple H, porque ele gritava tanto nos seus combates que chegava a ficar rouco. Mas poderia ser só empenho no seu trabalho.

  5. 434 Days9 anos

    Bom artigo Daniel.

    Quanto a mim, o grande problema é mesmo os textos que são impostos a estes comentadores, como falaste. Por exemplo o Corey Graves no NXT, fazendo um papel de heel, ainda valoriza alguns talentos que não estão na ribalta do NXT e percebo a tua ideia de querer valorizar todo o plantel através de umas palavras dos comentadores. Quanto aos comentadores em questão, há muito que o Lawler não está bem nos comentários. O Cole e JBL até tem uma química interessante, mas os textos realmente não permitem mais. Veremos se no futuro a WWE considera melhorar estes aspectos.

    • Obrigado.

      Exatamente. As palavras dos comentadores podem ter esse efeito de credibilização de certos lutadores que não estão no topo. A altura, a estatura, os títulos que já ganharam (no caso de já terem ganho, evidentemente) e outros aspetos podiam ajudar.

  6. Tibraco9 anos

    Gostei bastante do artigo. Na minha opinião, foi dos melhores que já escreveste.

    Sobre o tema, acho que já tinha comentado contigo que o papel do público/comentadores interessa-me pouco. Não presto muita atenção ao que eles dizem, embora as críticas que fazes sejam perceptíveis para todos. Acho que esta situação dos comentadores desvalorizarem determinados atletas (algo inacreditável) acaba por ser, de alguma maneira, a consequência do que muitas vezes se vê em ringue.

    Um exemplo. Tu dizes, e bem, que deveriam referir que o Miz, aspirante ao Título Intercontinental, já lutou no main event da WM. Ok, mas continuaria a ser verdade que ele não ganhou um combate nos 4 últimos meses. Se não o tentam credibilizar com vitórias, porque deveriam tentar fazê-lo com simples soundbytes?

    Ou seja, eu concordo com tudo o que dizes. Apenas acho que o problema é mais profundo do que os comentários do A, B ou C.

    • Obrigado. Por acaso não fiquei com essa impressão sobre a qualidade do artigo, mas ainda bem que pensas o contrário.

      Sim, já me tinhas dito isso sobre os fãs (mas pressupus que se estendesse aos comentadores).

      Acho que “devias” (entre aspas, porque não gosto dessa palavra. Parece uma ordem) ter mais atenção ao que eles dizem, porque muitas vezes dizem coisas que nos interessam.

      Por exemplo, quando dizes que estou demasiado otimista em relação ao Cesaro e ao Owens, uma das razões para discordar de ti é a forma como os comentadores falam deles. Claro que pode não durar muito (no caso do Cesaro, porque o Owens é uma aposta certa, demorando mais ou menos tempo), mas neste momento são dois dos melhores promovidos pelos comentadores.

      O Miz foi apenas um exemplo. Claro que sem vitórias não há promoção positiva que lhe valha. Mas esse ainda vai tendo tempo para brilhar à sua maneira. Agora gajos como o Swagger são tratados como se nunca tivessem estado no topo (ou perto dele). O Rusev vence o Swagger e é como se estivesse a vencer o Adam Rose. Isso frustra-me.

      Quanto ao facto de não se credibilizar ninguém apenas com palavras, não te esqueças: “perception is everything”.

      • Tibraco9 anos

        Eu não sou um super especialista em inglês, dá para o gasto, daí também não dar tanta atenção aos comentários. Mas sim, às vezes ajudam a perceber melhor determinados contextos. Para quem tem menos experiência no assunto é, diria eu, até fulcral.

        A diferença entre um Swagger e um Adam Rose é um ponto bastante importante, talvez até desse para outro artigo. Será que é admissível um ex-campeão mundial estar numa situação tão periclitante? Não seria preferível demiti-lo a estar nesta posição há tanto tempo?

        Perception is everything. Concordo em absoluto com essa frase e próprio Miz conseguiu ir de um reality show ao main event da WM sendo um orador brutal.

      • Resta saber se ele aceitava ser demitido e se preferia essa solução àquela em que está. Mas aos nossos olhos sem dúvida que nos faz mais confusão.

  7. Assinamos por baixo. Excelente artigo!

  8. Dolph Ziggler9 anos

    Excelente artigo, Daniel. Um dos problemas é que os comentadores têm o Vince no ouvido a toda a hora, portanto em grande parte das vezes, só dizem o que o Vince manda dizer. Tomamos por exemplo o Beast in the East – não sei se viste esse show, mas o Cole e o Saxton, sem o Vince ao ouvido, fizeram um excelente trabalho. Só acho que eles limitam-se bastante ao que o Vince lhes diz e acabam por não fazer um grande trabalho. Se comentassem por ele mesmos na maioria das vezes, teríamos algo melhor. Mas como a WWE gosta de controlar tudo, é um pouco mais difícil. Neste momento, é horrível ouvir os comentadores no Raw. E no Smackdown é melhor nem falar.

    • Obrigado.

      Sim, vi. E notou-se desde logo a diferença. O Byron parecia o Byron do NXT e o Cole parecia o de há anos atrás, que falava mais de Wrestling do que de outras coisas.

  9. Litos9 anos

    Quando referes a “Falta de Profissionalismo” no título, estás-te a referir a quem?

    • WWE, embora os próprios comentadores não fiquem isentos de culpa. Por mais “presos” que sejam, deviam sempre fazer melhor do que fazem, até porque têm capacidade para isso.

      • Anónimo9 anos

        A WWE ainda se aceita, mas aos comentadores não. Nunca se pode dizer que Michael Cole não é profissional, tenho nada menos que respeito com ele desde a maneira com que ele lidou com a situação do Jerry Lawler.

  10. BRRM9 anos

    Excelente artigo.

    Concordo com tudo, é evidente que atualmente já não se sente a mesma emoção na voz dos comentadores como há uns anos atrás, dá a impressão de que perderam a sua paixão e estão ali só para receber o ordenado (e provavelmente é mesmo isso que acontece). Pessoalmente, isso estraga um bocado a minha experiência porque eu dou muita importância à emoção que os comentadores passam para quem esta a ouvir em casa, e quando essa emoção é nula ou fingida não tem o mesmo efeito.

    De resto, concordo com o que disseste sobre os três principais comentadores atualmente e sobre comparar o Cole com o JR (que já agora é o meu preferido de sempre).

    • Obrigado.

      Sinceramente, acho que não querem apenas saber do ordenado. O Cole sempre gostou muito de Wrestling, duvido que a paixão tenha desaparecido. O mesmo se passa com os outros. Podemos criticar o trabalho deles, mas não acredito que estejam ali apenas para receber o ordenado.

      • BRRM9 anos

        Sim, é óbvio que eles não perderam a paixão, eu estava a exagerar propositadamente para criticar a forma forçada como às vezes eles comentam, como se eles estivessem ali só pelo dinheiro. Mas eu sei perfeitamente que não é esse o caso.

  11. you cant see me9 anos

    Excelente artigo.

  12. Muito bom o artigo, Daniel. Esse é um tema “diferente”, mas que é sempre atual.

    Vejo em alguns dos atuais comentadores uma falta de emoção absoluta. Parece evidente eles estarem só cumprindo o seu trabalho e não envolvendo-se realmente nas lutas e nas storylines que levaram a esta mesma luta. Acho que são as demasiadas limitações impostas a eles, que deixam os announcers mais cautelosos em comentar que causam esse desleixo.

    Sempre detestei os comentários do Lawler, mesmo nos seus melhores dias (os que eu acompanhei, claro). A sua voz é irritante e ele fala coisas óbvias, que qualquer fã que está assistindo vê. Para mim, ele teria que ter se aposentado após o seu ataque cardíaco, para preservar sua saúde e o seu legado para não se tornar alguém indiferente aos fãs. Já o JBL até tem me agradado, mas muitas coisas que ele fala soam muito forçadas. Agora, a respeito do Michael Cole, concodo a 100% com você. Ele é um bom comentador ‘heel’, mas essa mudança no jeito de comentar dele o tornou muito chato e irritante.

    Um comentarista que tenho gostado muito é o Corey Graves. Tem lutas no NXT que eu nem presto atenção, só me detenho aos comentários dele, pois o ‘Savior of Misbehavior’ está desenvolvendo um ótimo trabalho. Acho que, no futuro, seria uma boa adição a mesa do RAW. Outros que me agradam igualmente são o Tom Phillips e, óbvio, a Renee Young.

    • Obrigado.

      Concordo em relação ao Lawer. Quanto ao JBL, como disse no artigo, nunca gostei dele, exceção à primeira fase como comentador.

      O Cole era muito bom como babyface antes de virar heel, principalmente até 2008 e o produto mudar. O próprio JR não era o mesmo em 2009 comparando com o que era em 2004 (por exemplo).

      Também gosto muito do Corey. Espero que tenha futuro nesta função depois do final que teve como wrestler.

  13. CenaLunaticFringe9 anos

    Excelente artigo.

    Pessoalmente, os meus comentadores preferidos são o JBL, apesar de dizer aquelas “frases feitas” que tu bem mencionaste “meia-dúzia” de vezes no mesmo programa, e o Tom Philips, epá gosto da voz do gajo. Pena é que o que eles têm de dizer é estritamente planeado e não têm liberdade alguma, praticamente.

    Será que com a Renne Young na mesa dos comentaristas, as coisas não mudariam? Hum,…

    • Obrigado.

      Também não desgosto do Tom Philips.

      Acho que não. Podia ter um efeito de novidade por ser uma mulher na mesa de comentadores e isso criar interesse, mas em termos de qualidade não sei se melhoraria muito. Basta olhar para o Byron.

  14. Pior comentarista desses atuais tempos é o Jerry Lawler, a voz dele é ridícula, as frases dele são muito ruins e ele só não foi despedido porque devem ter tido misericórdia dele. Eu acho o resto particularmente bom.

  15. It's STAAAAARDUST9 anos

    Ótimo artigo!!!

    Mas você também não foi profissional, esqueceu de mencionar o Ryback na lista do que os comentaristas sempre dão enfase.Tudo bem que você não goste dele, mas chega a ser ridículo a forma com que você e grande parte dos administradores do site tratam ele.
    Sempre ignoram o fato dele ser relevante na empresa e que o mesmo vem evoluindo cada vez mais, quer você queira ou não, este gajo é um dos mais carismáticos da atualidade e vem fazendo por onde merecer…
    Não estou falando como esses trolls da internet, falo sério, como um grande fã.

    • Obrigado.

      Calma. Só não referi o Ryback porque me esqueci, visto que ele esteve ausente durante algum tempo. Tens razão, também é promovido pela WWE, tal como o Cesaro tem sido (vês? Gosto do Cesaro e também não o mencionei no artigo).

  16. João Paulo9 anos

    Mais um bom artigo

  17. Bom artigo, concordo sobretudo quando dizes que o Cole “piorou” um pouco ao longo dos últimos anos (mesmo assim, a forma como ele descreveu o fim da streak, na minha opinião, foi bastante boa). Nunca gostei muito do Lawler, já o JBL, não me parece assim tão mau.

    O JR é meu comentador preferido e todos os tempos, não acho que ninguém se possa comparar a ele, pelo menos no estilo de wrestling da WWE.

    • Obrigado.

      Sim, o JR só é comparável ao Gorilla Monsoon. Mas nos tempos modernos não há ninguém que se assemelhe a ele.

  18. SCSA9 anos

    Exato totalmente de acordo com tudo aquilo que afirmas. No entanto é essa mesma a ideia da wwe que tem ficado extremamente clara no decurso dos anos. Eles só querem valorizar quem eles entendem. Eu acho que eles temem que ao valorizar os restantes estes possam ter mais chances de adquirir popularidade roubando-a por vezes àqueles que eles pretendem tornar populares. É a triste realidade. E isso nao se resume apenas aos comentadores mas às proprias historias e segmentos. A wwe teme que os renegados se exibam em melhor que os seus escolhidos. É por isso que o Barrett deixou de fazer bad news quando estava over, foi acabando com o destaque ao Damien Sandow, ao proprio Cody Rhodes quando foi contra a autoridade, ao real american jack swagger ou ao ziggler apos perder o titulo mundial. A wwe poderia sim valorizar dessa forma as novas apostas mas o medo de ver aqueles que nao querem triunfar a fazerem-lhes sombra obriga a companhia a simplesmente ignorar os seus feitos e impossibilitar os comentadores de os destacar. Nao lhes interessa.

  19. JJP9 anos

    Há tempos esperava algum artigo relacionado aos atuais comentaristas/comentadores da WWE e não esperava menos em questão de qualidade. Parabéns, Daniel.

    Agora deixando minha opinião, acredito que muitos vão discordar do meu ponto de vista, pois mexe muito com a “história” da WWE (ou não), mas eu não gosto deste formato de comentaristas heels e faces. No meu modo de ver os comentários ficam extremamente falsos, principalmente da parte dos que eu considero os piores: JBL e Lawler – este último o que mais me dá sono! Até hj não me esqueço de uma promo espetacular (o que não é novidade) do Paul Heyman onde no final Cole perguntou a opinião do Lawler e ele simplesmente disse algo do tipo “a única coisa que tenho certeza é que o Heyman deveria se calar”, algo ridículo por mais que ele seja o comentarista que defende única e exclusivamente os faces. Acredito que a imparcialidade seria um dos aspectos que mais ajudariam a subir o nível dos comentários, pois ao menos transmitiria uma certa naturalidade vinda da mesa, não frases prontas e borings do JBL, ou lágrimas do Lawler pelo Cena, dois comentaristas que considero ultrapassados. Porém e infelizmente, com as restrições de vovô Vince nos comentários não sei se uma nova dupla para o Cole (que considero e sempre considerei muito bom) traria algo de nível altíssimo na mesa.

    • Obrigado.

      Para mim, tem que haver um comentador que apoia os faces e outro que apoia os heels, visto que isso cria uma dinâmica na mesa de comentadores que, se fossem todos imparciais, não existiria.

      O que eu não concordo é com o extremismo: um que apoia os faces de uma maneira extrema e o outro com os heels. Deviam ser mais imparciais, mas sem esconder quem apoiam.

  20. JoãoRkNO9 anos

    Artigo impec! Concordo com quase tudo o que referes, mas atribuo a muitos destes problemas ao produto em si, e também à mentalidade dos fãs, que se alterou por completo nestes últimos 10/15 anos.

    Acima de tudo, e como bem dizes, não sei o quão benfico será por barreiras aos comentadores quando o objetivo é lucrar o máximo possível, naturalmente daria outro ser até ao próprio produto.

    • Obrigado.

      Claro que o produto influencia isto tudo. Aliás, referi isso mesmo no artigo. A partir de 2008, os comentadores passaram a ser mais robóticos.

      Concordo.

  21. Primeiro “Cutting Edge” que eu parei pra ler, adorei.
    Pensei que apenas eu tivesse notado a diferença do “Oh my god!!!!!!” há 8 anos atrás do que do “Oh my” de agora. Acho que o PG atrapalha também, porque se eu não me engano antigamente a reação deles era liberada, hoje em dia eles não podem mais falar palavrões.

    • Obrigado.

      Claro. Antigamente havia uns “Son of a bitch” e coisas do género e hoje em dia não há nada disso.