A WWE é acusada, não poucas vezes, de não saber ou de não dar aos fãs aquilo que eles querem. Um dos tópicos recorrentes entre os fãs é a eterna comparação entre a Attitude Era e a Era atual – não gosto muito de lhe chamar “PG”, porque “PG” sempre foi a classificação da SmackDown, por exemplo, e o seu produto não deixava de ser arrojado nos seus primórdios. Talvez a Era dos dias de hoje possa ser definida como a “Era do politicamente correto”.

Há quase duas décadas atrás, a WWE apresentava um produto mais virado para os adultos, baseado em sexualidade, palavrões e incontáveis segmentos que tinham o objetivo de chocar a audiência, dando aos fãs razões para assistirem à Raw na semana seguinte, na luta com a WCW pelas audiências televisivas.

Atualmente, estamos já na segunda metade da segunda década do século XXI. Os tempos mudaram. A WCW já faliu há quinze anos, dos grandes nomes daquela Era sobram cinco ou seis ainda em (pouca) atividade (e todos sabemos que só um ou dois estão em boa forma), o contexto mudou radicalmente.

E mudou radicalmente porque tudo o que rodeia a WWE mudou radicalmente.

Em 1998, onde estavam os sites de Wrestling? Onde estavam os rumores diários sobre o futuro de “x” ou “y”? Um lutador lutava na WWE num dia e no dia seguinte podia estar na WCW sem que os fãs sequer sonhassem que tinha acabado contrato com uma companhia e assinado logo com a outra.

Hoje em dia, todos sabemos que um lutador vai sair da WWE semanas ou meses antes de isso acontecer (Ryback, Alberto Del Rio, Paige, etc) e quase sempre temos conhecimento da(s) companhia(s) que se segue(m) na sua carreira, também com antecedência (como no caso de Cody Rhodes).

Em 1999, onde estavam as redes sociais? Naquela altura, os fãs nem conheciam os lutadores a não ser pelo que faziam dentro de ringue. Quebrar o kayfabe naquela altura era um escândalo, enquanto atualmente os wrestlers (sobretudo os da WWE, mas não só) já quase não têm personagens precisamente porque os fãs os “conhecem” demasiado bem fora do ringue. Se os fãs sabem que um vilão em televisão é uma pessoa espetacular e exemplar “cá fora”, dificilmente o tratarão como um vilão.

Hoje em dia, o incidente que envolveu os Kliq (Shawn Michaels, Triple H, Kevin Nash e Scott Hall) não só não seria motivo de castigo – naquele caso, a “vítima” foi Hunter Hearst Helmsley – como até seria bem recebido pela WWE, porque um momento de emoção entre quatro amigos vende sempre e é algo que os fãs gostam e querem ver. Exemplo disso é o abraço entre as Four Horsewomen no ano passado depois de Bayley derrotar Sasha Banks pelo Título Feminino do NXT em Brooklyn, momento no qual Sasha Banks (heel) quebrou o kayfabe com toda a naturalidade do mundo.

Cutting Edge 77# – Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Olhando para as mudanças culturais verificadas ao longo destes anos, a indústria musical não pode ser ignorada. Na década de 90 e início dos anos 2000, o Rock era o estilo de música associado ao Wrestling. E porquê? Porque era o estilo que estava na ordem do dia.

Foi no final do século passado que apareceram bandas como Linkin Park, System of a Down, Papa Roach, Drowning Pool, Limp Bizkit, Disturbed, Korn e tantas outras. Bandas que apresentavam um estilo revolucionário, alternativo, em tudo diferente do que tinha sido visto até então.

Em 2001, os Limp Bizkit atuaram na WrestleMania. Em 2015, foi a vez de David Guetta atuar no maior evento de Wrestling do ano. Porquê? Porque a WWE acompanhou as alterações culturais que se verificaram com o passar do tempo e sabe que, hoje em dia, o que os fãs querem é um estilo de música mais artificial, comercial ou outro nome que lhe queiram dar – embora em 2016 as themes dos PPV’s tenham voltado um pouco ao Rock, assim como o tema de abertura da Raw, que é, apesar de tudo, Pop-Rock e está longe do estilo das bandas referidas em cima.

Se me perguntarem se, hoje em dia, um produto semelhante ao da Attitude Era ia resultar, eu responderei que não. Para quem viveu esses tempos, seria de certeza um excelente regresso ao passado, mas seriam sempre uma minoria.

Aliás, não sei até que ponto seria sequer possível voltar a apresentar um produto semelhante. Acho que seria incompatível com o mundo em que vivemos hoje.

Bray Wyatt, o suposto sucessor da personagem mais mítica de sempre, tem uma página no Twitter. É absurdo e completamente ingénuo achar que alguma vez ele terá o miticismo de Undertaker, por mais sombrias que sejam as suas promos, os cenários onde as realiza ou até os segmentos em que usa um caixão.

Cutting Edge 77# – Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Na Attitude Era, Undertaker crucificava os seus rivais, Stephanie McMahon e quem lhe apetecia. De seguida, não ia para o Twitter comunicar com os fãs como se não fosse uma personalidade “do além”. Hoje, Bray Wyatt escreve coisas no Twitter, porque é isso que os fãs querem: que estejam em contacto com eles, que lhes deem a oportunidade de “retweetarem”, de colocarem um gosto, enfim, a oportunidade de acharem que estão realmente a interagir com determinado lutador e que são relevantes.

Isto não é, de todo, uma crítica a Bray Wyatt ou à WWE. As coisas são como são nos tempos em que são.

Convém, também, lembrar o argumento de que, na primeira metade da década de 90, a WWE ia acabando porque o produto era demasiado infantil e que, por isso, o mesmo vai acontecer na “PG Era”.

O argumento é válido, mas discordo dele por uma razão muito simples: em 1994, as massas ouviam Nirvana, Metallica, Guns N’ Roses, etc, e a WWE apresentava um produto completamente alienado da realidade que a rodeava, com Doink The Clown e outras personagens que não iam ao encontro daquilo que o seu público queria.

Hoje em dia, a WWE está incluída nessa realidade, vai ao encontro do que os fãs querem. E enquanto assim continuar, não há razões para a companhia se preocupar com falências.

Ainda agora, enquanto escrevia este artigo, fui ao Facebook e, ao fazer o scroll, apareceu-me um post da página da WWE sobre o sexo do bebé de Daniel Bryan e Brie Bella. Em vez de o título conter logo a informação, diz apenas para os fãs clicarem e abrirem a página do site oficial da WWE, porque estará lá a resposta. Ou seja, o que importa são as visualizações, o número de visitas ao site e essas coisas todas. Felizmente, um fã deu logo a resposta a toda a gente no comentário de topo e não precisei de abrir o site da WWE só para obter um resposta que podia logo ter sido dada no título. Esta também pode ser chamada a “Era do click bait“.

Cutting Edge 77# – Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Nos dias que correm, já não será bem visto ver mulheres a serem tratadas como objetos em direto na televisão ou a homossexualidade a ser alvo de motivo de chacota. Não se pode dizer que isso venderia hoje em dia porque era o que vendia na Era de maior sucesso, ignorando completamente o movimento feminista verificado neste início de século – em alguns casos, e sobretudo nos EUA, levado ao seu estado mais radical –  e o movimento gay que começou em 2002.

Vivemos numa sociedade do politicamente correto, com tudo o que isso tem de bom e de mau. A WWE tem noção disso.

Tal como tem noção de tudo aquilo que os fãs sentem. Basta John Cena entrar na rota do título e imensa gente conclui automaticamente que é desta que ele iguala Ric Flair, por mais óbvia que seja a vitória de AJ Styles. Outros concluem que, embora seja AJ a vencer, será de certeza de Dean Ambrose a sofrer o pinfall decisivo, porque é para isso que ele serve nos Triple Threats (lá está, foi a isso que os fãs foram habituados no início de 2016) e Cena já tem perdido várias vezes, por mais óbvio que seja a derrota de Cena sem que Ambrose esteja envolvido na decisão porque seria este a continuar na rota do título e o primeiro ia ausentar-se para apresentar um programa de televisão.

O mesmo aconteceu há uns anos com Daniel Bryan. A WWE, sabendo que os fãs conhecem o seu passado de amor incondicional por bodybuilders e ceticismo em relação a lutadores de estatura normal, usou isso para tornar Bryan num dos lutadores mais populares dos últimos largos anos.

Os fãs chegaram a um ponto em que achavam que as palavras de Triple H e de Stephanie McMahon eram mesmo sentidas, porque foi a isso que foram habituados e foi essa a “educação” que a WWE lhes deu. Isso só fez aumentar o ódio para com a dupla vilã e o apoio a Bryan. que era alguém em que os fãs se reviam e, ao ser humilhado por Triple H e Stephanie, sentiam eles mesmos que também o estavam a ser.

Cutting Edge 77# – Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

E quem sabe se eles não consideravam mesmo Daniel Bryan apenas um “B+ Player”? Eu acho que não, mas é impossível ter a certeza, porque todos sabemos do passado da WWE em relação a lutadores desta estatura. A realidade confundiu-se com a ficção ao ponto de já não sabermos (pelo menos, falo por mim) qual é uma e qual é a outra, como aliás tem sido frequente nos últimos anos, precisamente devido à maior informação de que os fãs dispõem graças à Internet. A WWE sabe jogar com isso.

Por isso, é impossível voltar atrás no tempo. A WWE não tem condições para voltar a apresentar o produto que apresentava na Attitude Era nem algo semelhante a isso, porque tudo o que a rodeava mudou. Até a forma como as arenas estão organizadas: há quinze/dezassete anos, os fãs estavam sempre em pé, “ao molho” e viam-se mais cartazes do que cabeças; hoje em dia, estão sentados de forma “civilizada” e veem-se smartphones e uma necessidade imensa de filmar tudo o que veem à frente, muitas vezes perdendo a ação, para que possam imediatamente colocar tudo nas redes sociais, onde se sentirão reis e senhores, acreditando que estão a fazer mesmo algo de relevante.

Os fãs vão continuar presentes, mais do que nunca. Se não gostarem de algo, vão ao YouTube e queixam-se. Mas ao fazê-lo, estão a dar visualizações à WWE, pelo que, no fundo, estão a ajudá-la, gostando ou não do que lhes é apresentado.

Por hoje é tudo. Cá nos encontraremos na próxima semana, para o último “Cutting Edge” antes do histórico PPV Hell In A Cell que se aproxima.

40 Comentários

  1. Mais um excelente artigo Daniel, parabéns

  2. Muito bom artigo! Top mesmo! Concordo inteiramente contigo! Grande Daniel 🙂

  3. 434 Days8 anos

    Excelente artigo Daniel.

  4. Muito bom, concordo a 100%

  5. KILL OWENS KILL8 anos

    Excelente artigo. Discordo contigo sobre a WWE saber jogar com a internet, pois basta olhar para os nomes que a internet deu apoio incondicional no passado e a empresa tratou de enterrar esses nomes. Se soubessem realmente jogar, teriam feito os apoiados receberem pelo menos algum destaque.

    • Obrigado.

      É aqui que entra esta parte: “Os fãs vão continuar presentes, mais do que nunca. Se não gostarem de algo, vão ao YouTube e queixam-se. Mas ao fazê-lo, estão a dar visualizações à WWE, pelo que, no fundo, estão a ajudá-la, gostando ou não do que lhes é apresentado”.

      Há quinze anos, se não gostassem, não viam. Hoje em dia, não veem na tv mas depois vão ao YouTube queixar-se. Ao fazê-lo, estão a dar visualizações ao canal da WWE. Quem diz o YouTube, diz o Twitter ou o Facebook.

      Enterrou esses nomes porque não tinha necessidade de apostar neles.

      • KILL OWENS KILL8 anos

        Sim, é verdade. O meu pensamento foi no sentido de que, já que tais nomes estão over, posso a WWE poderia coloco-los para credibilizar outros nomes que a empresa quer apostar, ao invés de somente enterra-los. Tipo como usaram o Bryan em 2015.

        O que você disse é total verdade. Na geração internet não há como escapar.

  6. Gostei do artigo Daniel e concordo com os pontos apresentados, é claro que hoje em dia um “Attitude Era” não iria resultar, acho que a unica maneira da WWE voltar a ser PG-14 é se uma grande rival, como foi o caso da WCW, aparecesse no mercado, isso iria obrigar a empresa a sair da sombra da bananeira, em relação as storylines, e fazer algo que mantivese o publico interessados no seu produto. Agora como unica empresa grande de wrestling na america a WWE não vai ser estupida ao ponto de sair da “PG,”, ela, para mim, vive um dos periodos com mais sucesso, pode não ter 7 milhões de pessoas todas as semanas a ver o Raw como era e 1999 (mas o numero de pessoas que hoje em dia assiste tv decaiu muito ao longo dos anos) mas basta ver o canal do youtube, twitter, facebook ou outras redes sociais da WWE ou qualquer wrestler para ver o sucesso que ainda tem dentro das massas, a WWE sempre se sube adaptar as situações e no futuro não vai ser diferente, se um dia as pessoas perderem a mania do politicamente correto e a situação o exigir acredito que a WWE ira mudar radialmente assim como tem feito ao longo dos anos.

    Também quero deixar um menção honrosa ao grande Dean Ambrose, ele não tem nenhuma rede social (que eu tenha conhecimento) e é um dos wrestlers mais populares da empresa.

  7. Cadu Ito8 anos

    Escreveu tudo que penso, mas aí vem meu comentário…

    A WWE não sabe usar os cliques e a meu ver está só preocupada com visualizações mesmo, porque a internet dá muitas variáveis para que ela consiga montar feuds melhores (está difícil ver alguma rivalidade boa lá, a melhor é entre WWE x Paige/Del Rio).

    Sempre digo nos meu comentários que a WWE precisa urgentemente voltar instituir gimmicks para os lutadores e eles incorporarem este perfil. Faltam mais segmentos de backstages, como brigas e até o sorteio das posições da Royal Rumble e deste criar feud.

    O RAW poderia voltar com o RAW Roulette, por exemplo, seria sensacional.

    • Os segmentos de backstage estão bem melhores agora.

      Essa parte das posições do Royal Rumble pode ser que volte agora, visto que eles têm recuperado alguns conceitos.

  8. Frederico_WWE8 anos

    Muito bom… excelente mesmo!

    É sempre possível apresentar um produto mais arrojado… basta a WWE querer e ter essa vontade… a questão é que a WWE não tem essa necessidade porque está rica, credível e estável.

    A WWE há pouco tempo apresentou uma das suas maiores receitas trimestrais da história da empresa… além de que de ano para ano a nível da mídia digital (Internet – Youtube, Facebook, Twitter, etc) a WWE cada vez faz mais dinheiro… portanto a empresa está financeiramente muito bem e recomenda – se e no fim do dia é isso que interessa.

  9. Excelente artigo!

    • Só um pequeno pormenor. Posso estar enganado, mas acho que os Limp Bizkit não atuaram na WrestleMania em 2001, apenas a theme é que foi deles. Atuaram foi em 2003 quando fizeram a entrada do Undertaker American Badass.

      • Tens roda a razão.

        Atuaram na WrestleMania XIX, em 2003, e tiveram a theme dessa WrestleMania (“Crack Addict”) e da WrestleMania X-Seven (“My Way”), outra das razões para ser a melhor WrestleMania de sempre 😀

      • O “My Way” é a minha theme preferida de PPVs. Aquela “promo” antes do Stone Cold vs The Rock… Brutal.

      • Das WrestleManias é sem dúvida a minha favorita, mas de PPV’s em geral adoro a “Always” dos Saliva (Survivor Series 2002), “Build a Bridge” dos Limp Bizkit (Survivor Series 2003) e outras.

    • Obrigado!

  10. Artigo bem fundamentado mas que não pode desculpar a fraca qualidade dos shows correntes em comparação com a Attitude Era e a Ruthless Agression Era.

    Não vamos andar aqui com falinhas mansas: quanto maior forem as restrições impostas menor é a qualidade do respetivo show. Daí a Attitude Era e Ruthless Agression Era terem sido as melhores eras (na verdade, a Ruthless Aggression é a continuação da Attitude Era mas sem o Stone Cold Steve Austin). Até preferia ver a WWE passar a TV-MA pois aumentava a margem de manobra e a liberdade de atuação dos wrestlers nas mais variadas vertentes.

    Em relação à evolução dos meios de comunicação social, não podem nunca ser desculpa para uma menor qualidade dos shows apesar de todos os wrestlers terem conta de twitter e afins. Tem de existir um re-adaptação dos caráteres e provavelmente cada vez mais iremos ver os verdadeiros nomes dos wrestlers a aparecer em detrimento dos seus nomes de superstar, o que para mim não é um drama e fará jus à corrente Era da WWE (que tem de mudar urgentemente de nome), ou seja, Reality Era.

    Têm matéria-prima para subir ao próximo nível, agora é começar a colocar a teoria em prática.

    • Não era objetivo do artigo desculpar o que quer que seja, mas sim constatar alguns factos e tentar compreender porque é que é impossível a WWE voltar ao passado.

      • Anónimo8 anos

        É impossível para mentes limitadas. Dá para criar um produto TV.14 / TV MA de qualidade nos dias atuais. O wrestling não é para crianças nem nunca foi. Basta uma empresa ser comprada por um multi-milionario e meter um staff criativo que a WWE vai logo de vela. Só o nome WWE descredibiliza a marca, comparando com o antigo nome: WWF.

        • lol

          Onde é que eu escrevi que o wrestling é para crianças ou só para elas?

          Ya, é bué fácil tirar a WWE do mercado. Amanhã se não tiver nada para fazer pode ser que me ocupe com isso.

      • Anónimo8 anos

        Rapaz, dá para mudar para um nome muito mais original que World Wrestling Entertainment, disso te garanto.

        World Wrestling Corporation é muito mais original que o atual nome.

  11. Doink The Clown, só conheci ele por causa do Arcade Game da Wrestlemania. Cresci e fui pesquisar sobre ele e…que personagem mais méh.

  12. Samu8 anos

    CM PUNK?!

  13. Excelente Artigo Daniel.

    Relativamente ao produto apresentado pela WWE, a WWE soube acompanhar as mudanças e é uma empresa rica, muito conhecida, muito estável e cada vez com melhores receitas. Hoje tem WWE Network, e as redes sociais, para além do Youtube. Não precisa de mudar de atitude.

    No entanto, é sempre possível melhorar. No meu ponto de vista, a WWE poderia apresentar uma brand especifica para isso, aonde seria um espelho da atitude era (com ligeiras mudança no que se refere a certas palavras, para não ofender certos movimentos) adaptada aos dias de hoje. Quem sabe um dia.

    Por agora o produto melhorou.

  14. Awesome One8 anos

    Em poucas palavras a evolução da tecnologia e a internet foram gradualmente arruinando a empresa. O tipo de publico presente, o produto apresentado, as proprias gimmicks (na sua maioria!), a falta de criatividade foram necessidades de adaptação à sociedade atual mas acima de tudo foram também uma tentativa de ganhar mais dinheiro e agradar a uma porção maior de fãs. Sinto realmente isso que a wwe ja pouco pensa no que realmente é um produto de qualidade. O dinheiro é tudo ou quase tudo a qualquer custo. Mas discordo que uma AE agora (com as devidas diferenças que teria de ter da que conhecemos!) nao daria mais dinheiro. Nao garanto que o fizesse mas também nao garanto que nao o fizesse. A realidade atual de uma grande porção da população ao ver este produto super infantil sem criatividade e voltado para as massas e nao para os apaixonados pela produto levou muitos dos que viam a AE a deixar de ver o produto atual. Se voltasse a AE porque nao deveriam de voltar a assistir? São tudo questões complicadas de responder mas a grande realidade é essa que uma porçao significativa da população do planeta considera a wwe atualmente uma fantuxada que nao vale a pena ver incluindo Portugal que nem de longe nem de perto tem os fas que teve outrora. O mesmo se aplica as estrelas de hoje em dia que nao tem qualquer capacidade de ombrear com as do passado. Isso também tem a ver com mau booking é certo mas as proprias gimmicks atualmente sao fraquissimas comparadas com o que eram e devo dizer que nao é nada facil ocupar lugares deixados vagas por undertakers, austins, rocks, angles e por ai fora mas igualmente das poucas oportunidades que a wwe teve de o fazer nao o fez com talentos que ate ja nem estao na companhia alguns deles. A unica forma de realmente se perceber até que ponto a AE poderia ter sucesso hoje em dia era surgir uma proposta desse genero como programa alternativo para podermos ver como as audiencias e o dinheiro gerado por um show e pelo outro se equivaliam ou não. Mas muito mais importante que isso acho que é a wwe realmente agradar aos que sentem e gostam de wrestling e nao a personalidades que vao para la so porque sim marcar presença e a crianças de 5 anos que tem muito tempo para crescer e aprender o que é o wrestling.

  15. wesley8 anos

    Muito Bom Parabéns

  16. Grande artigo Daniel, nada com que discordar.