Como fã de Wrestling, a última semana foi riquíssima em termos pessoais. No Domingo, assisti pela primeira vez ao vivo a um evento do Wrestling Portugal (WP), e não podia ter escolhido melhor dia: novo campeão, convívio com algumas pessoas com as quais só tinha conversado atrás do computador e um evento muito melhor do que eu esperava.

Em relação à WWE, confesso que pela primeira vez na minha vida não vi a Raw nem a SmackDown (neste caso, desde que a brand azul tem o seu próprio plantel, porque antes disso raramente via). Limitei-me a ver os vídeos que a WWE colocou no seu canal de YouTube como resumo dos eventos.

Não é fácil para quem andou tanto tempo a defender que a companhia merecia tempo para trabalhar – visto que a Brand Extension era algo recente e tirar conclusões ao fim de um ou dois meses seria injusto e precipitado – admitir que as coisas não estão boas.

Na semana seguinte ao Survivor Series, estava com emoções mistas em relação a tudo isto. Por um lado, frustrou-me o que aconteceu no PPV (e que foi apenas o reflexo do que tem acontecido ao longo dos últimos anos); por outro, eu próprio tinha dúvidas sobre a minha paixão em relação a esta modalidade.

Convenhamos: sou fã de Wrestling há treze anos. É completamente natural que com o passar do tempo a paixão vá diminuindo e que outros interesses apareçam, deixando para trás aquilo de que gostávamos até então.

No entanto, o último Domingo mostrou-me que não é esse o caso: o bichinho ainda cá anda e a paixão mantém-se.

Não deixei de gostar de Wrestling, mas a paciência para acompanhar a WWE está a cair a cada semana que passa. Foi um erro da minha parte ter limitado a minha experiência como fã a esta companhia, tendo deixado de acompanhar outras que, mesmo estando longe do seu auge, tentam ao menos fazer o melhor possível com muito menos recursos (sobretudo, os financeiros).

A TNA é disso exemplo.

Cutting Edge #83 – Wrestling: magia e desencanto

Deixei de acompanhar esta companhia depois de Bully Ray sair da mesma. AJ Styles, Bobby Roode, Austin Aries, Samoa Joe e aquele que para mim é o melhor lutador de sempre, Kurt Angle, eram a razão pela qual via o iMPACT Wrestling. Quanto estes seis lutadores saíram, ficou ali um buraco que para mim seria muito difícil de preencher, mesmo com a chegada/crescimento de lutadores mais jovens e com algum nome, como Drew Mclntyre, EC3 e Aron Rex.

Outra razão pela qual deixei de acompanhar a TNA foi a agenda cada vez mais preenchida devido à Faculdade, o que me tirou, inevitavelmente, tempo para ver tanto Wrestling. Ao ter que optar por uma companhia, escolhi a WWE, não só por uma questão de hábito (afinal, foi esta companhia que me apresentou ao Wrestling), mas porque na altura a TNA não apresentava um produto muito acima da média.

Ainda assim, a TNA vai tentando fazer o melhor possível. Comete erros (muitos deles, absurdos e de levar as mãos à cabeça), é verdade, mas ao menos vai tentando criar estrelas no main-event, sem sabotagens e sem dizer aos seus fãs, de forma constante, que as gerações anteriores é que são melhores. Aliás, a TNA fez isso há seis anos atrás e está ainda hoje a pagar o preço. Mas já aprendeu com os seus erros e sabe que não deve voltar a contratar Hulk Hogans, Ric Flairs, Mick Foleys e outras lendas numa tentativa desesperada de competir com a WWE, quando não tinha o mínimo de condições para que isso acontecesse.

No caso da WWE, isso continua a acontecer. Porque a sua situação é tão confortável que se pode dar ao luxo de brincar com os fãs, de lhes cuspir na cara. A WWE dá-se ao luxo, até, de tomar decisões dignas da WCW dos últimos anos. Exagero? Nem por sombras.

A diferença é que, na altura, a WCW pagou caro pelos seus erros porque tinha uma concorrente forte e do seu nível. No dia em que Hulk Hogan venceu Kevin Nash depois de lhe encostar um dedo em pleno main-event do Nitro, Mick Foley tinha uma das vitórias mais emocionantes da História do Wrestling (mesmo sendo apenas um pião na rivalidade entre The Rock e Steve Austin) na Raw.

Cutting Edge #83 – Wrestling: magia e desencanto

A arrogância da WCW, ao spoilar durante a sua transmissão o que ia acontecer no episódio da rival (menosprezando Mick Foley), foi o início do seu fim. A partir dessa altura, as suas decisões tornaram-se cada vez mais absurdas porque o desespero para voltar ao nível da WWE era enorme. Tinha que haver choque, tinha que haver motivo de conversa no dia seguinte. E daí David Arquette ter ganho o Título Mundial, um título que esteve nas mãos de alguns dos melhores wrestlers de sempre, não apenas em talento, como também em paixão pela indústria, e que passavam anos longe das suas famílias para poderem ter uma oportunidade de ganhar o prémio máximo.

Que tem isto a ver com a WWE dos dias de hoje?, perguntam vocês. Tem tudo.

A arrogância está lá, as decisões absurdas também. Mas não parece. Porque não há rival. Porque os fãs não têm mais nenhuma companhia com a qual comparar o produto da WWE.

É verdade que, até hoje, não houve nenhum combate na WWE que acabasse ao fim de segundos depois de um dos lutadores se atirar para o chão por levar com um dedo no peito, entregando assim de bandeja ao seu adversário e novo amigo o título mais importante da indústria. Talvez ainda não tenha acontecido porque existe uma réstia de vergonha nos oficiais da WWE. Caso aconteça um dia (e todos sabemos que não é impossível) a WWE vai continuar na mesma, sem sofrer represálias, porque é a dona do monopólio.

Há vinte anos atrás, se os dois maiores nomes da WWE lutassem no main-event de um PPV um combate de um minuto e meio, o destino da companhia estaria traçado tal como o da WCW ficou com a situação Hogan/Nash. Mas como estamos em 2016, a WWE pode dar-se a esse luxo e ainda ver os fãs divididos entre apoiantes do uso de veteranos e os críticos dessa opção, que são vistos pelos primeiros como um grupo de chorões que não respeita os mais velhos.

A WWE parece cada vez mais um Governo político: o que importa é dividir o Povo (neste caso, os fãs da WWE) enquanto quem manda se ri na cara dos outros, contando as notas e pensando se o carro que vai comprar esta semana deve ser semelhante ou diferente àquela que comprou na semana anterior.

Ao ver os vídeos da SmackDown desta semana, apercebi-me de que há um PPV daqui a dois dias. Sinceramente, não fazia a mínima ideia.

Cutting Edge #83 – Wrestling: magia e desencanto

As vitórias deverão ir para AJ Styles, Dolph Ziggler (colocando finalmente um final a uma rivalidade que devia ter terminado no No Mercy), Becky Lynch, Nikki Bella, Bray Wyatt e Randy Orton e Baron Corbin.

Tenho imensa pena por não dedicar um artigo inteiro ao combate de Mesas entre Becky Lynch e Alexa Bliss, tal como fiz aquando do Hell In A Cell entre Sasha Banks e Charlotte.

Nada contra as protagonistas deste histórico combate, mas simplesmente não tinha nada de interessante para dizer. Há meses que a SmackDown não me diz nada. Há meses que Dean Ambrose não me diz nada. O reinado de AJ Styles tem sido completamente sabotado. Os campeões de Tag Team são irrelevantes. Randy Orton simplesmente não encaixa na Wyatt Family e já todos sabemos como isto acaba. Luke Harper está numa situação ainda pior do que aquela em que se encontrava antes da lesão. Só a divisão feminina se vai safando.

Felizmente, fui ao evento do WP. Já era para ter ido mais cedo, mas não achava que fosse algo de especial. No máximo, veria bons combates de Wrestling.

Mas aquilo que eu vi foi um pequeno grupo de pessoas que, com recursos que não devem chegar aos 0,05% daqueles que a WWE tem, apresentou um evento melhor do que aquilo que a maior companhia do mundo anda a fazer.

Dois combates (RAFA vs Bernardo Barreiros e “Bammer” vs Luís Salvador) melhores do que o main-event da última WrestleMania, não só em termos técnicos como também no storytelling, nas expressões faciais, nos momentos de cortar a respiração. Dirão os mais cépticos que isso é impossível, porque um pavilhão em Queluz não tem o glamour e a beleza de um estádio lotado nos EUA. Digamos que eu e quem acha que o Wrestling é apenas luzes, fogo de artifício e espectáculo de Hollywood temos visões completamente diferentes do que esta modalidade deve ser.

Tivemos entretenimento sem cair no ridículo. Deu para rir às gargalhadas sem ver piadas forçadas e de mau gosto. Deu para arrepiar, para haver emoção e júbilo. No final, os membros do WPT, do SmarkDown e do Programa Sem Nome invadiram o ringue para festejar com o Luís Salvador, não por uma questão de bajulação, mas por verdadeira felicidade por aquilo que tínhamos acabado de ver. Ao fim de seis anos, o WP tem um novo campeão. Fez-se história.

E fez-se história pela positiva. Provou-se que dá para criar debate e conversa no dia seguinte por boas razões, usando recursos que não chegam a uma unha daqueles que alguns têm. E provou-se que o Wrestling amador é também aquele onde existe mais humilde, esforço e dedicação. Enquanto uns já atingiram (ou pensam que já atingiram) tudo o que tinham para atingir e se encostam à sombra da bananeira e da arrogância, outros lutam de forma humilde para continuar a fazer evoluir algo que não tem expressão internacional mas que representa um trabalho sério e cheio de dedicação, sempre pelo melhor da companhia, mesmo que seja para 85 fãs e não para 85000.

Cutting Edge #83 – Wrestling: magia e desencanto

PS: Quero deixar aqui o meu profundo pesar pela tragédia ocorrida esta semana com a equipa de futebol da Chapecoense, com os jornalistas e com a restante tripulação que se encontrava naquele avião. Um enorme abraço para todos os nossos leitores brasileiros neste momento de dor e não se esqueçam de dar valor a tudo o que têm hoje, porque amanhã pode ser tarde demais.

25 Comentários

  1. Tibraco8 anos

    Muito bom artigo.

    Como sabes, sinto mais ou menos o mesmo que tu em relação à WWE. Contudo, meto menos “culpa” na companhia e mais no desgaste acumulado ao fim de tantos anos como fã. Sejamos sinceros, há 5/6 anos que o nível da WWE tem sido este. Uns meses melhores, outros piores, mas não passa desta mediania. A questão é que quanto mais velhos somos, mais exigentes nos tornamos (em teoria, claro) e só “isto” não chega.

    Depois é o excesso de programação. Pá, eu sou um completo fã de GoT e valorizo cada episódio porque só tenho 10 por ano. Na WWE, não temos “férias” e isso desgasta. Eu até estava a gostar da lista do Jericho, achava engraçado, mas todas as semanas a ouvir o mesmo tirou a piada.

    A divisão do plantel, na minha opinião, foi boa mas, obviamente, trouxe outros problemas. As rivalidades têm que ser mais longas, o que é compreensível, mas, ainda assim, acho que estão a esticar a corda. Em relação ao SD, andamos há quase 4 meses com AJ/Dean e Ziggler/Miz. Pá, o Ziggler/Miz tinha tudo para ser a rivalidade do ano mas, nesta fase, já se tornou um martírio.

    Por fim, talvez a WWE pudesse inovar a maneira como encara o seu produto. Talvez apresentando em formato de temporadas, tipo séries, talvez modificar a base estrutural da competição (que são a luta pelos títulos), qualquer coisa que refrescasse o produto. Porque, monopólio ou não, se não apresentarem novidades, as próximas gerações vão estar a “cagar-se” para o Wrestling.

    Ah, e parabéns ao Salvador! Gostava de ter ido e espero um dia ter a oportunidade de ver um evento do WP ao vivo.

    • Obrigado!

      «Porque, monopólio ou não, se não apresentarem novidades, as próximas gerações vão estar a “cagar-se” para o Wrestling». Diz isso à WWE…

  2. Bom artingo, Daniel. Nota-se que és um fã que segue os teus próprios pensamentos e isso na comunidade actual é raro.

    Estou mesmo como tu em relação à WWE, parece que eles gostam mesmo de gozar com a cara dos fãs, tentar por-nos na cabeça de que o que é correto para eles tem de ser correto para nós.
    Apesar disso, não sei como alguem ainda consegue dizer que o Smackdown está melhor que o Raw, apesar de ter bons lutadores eu neste momento não consigo ver quase nada de interessante no programa. Acho que tanto uma brand como a outra beneficiaria muito mais se tivessem um PPV a cada 2 meses, como é que eles em 4 horas queriam fazer um build up decente para o TLC? Tudo bem que o Survivor Series foi interbrand, mas o meu entusiasmo para este TLC é quase nulo.

    No que toca a TNA, em poucas palavras abordaste bem a situação que a companhia tem vivido esta década, no verão de 2014 eu só via TNA, adorava mesmo, mas desde que o Angle ganhou o seu último título, nunca mais vi interesse nos shows, e desde o Slammiversary 2015 é raro ver shows da companhia, exactamente porque começaram a sair Austin Aries, Samoa Joe ou o Bully Ray.

    O show do WP deve mesmo ter sido um dos melhores que a companhia já fez, tenho pena que já não gravem os shows, contudo até pode ser melhor visto que assim podem fazer mais shows ao longo do ano( já há dois confirmados para 2017, o que é óptimo), senão morasse em Vila Real certamente não perdia um.

    • Obrigado.

      Se tiveres oportunidade de ir, não penses duas vezes. Se for preciso tenta encontrar alguém aí de cima para dividir despesas na viagem. Foi assim que muito pessoal veio desta vez.

    • Santos8 anos

      Estou neste momento na UTAD e por acaso tou a juntar um grupo para ir ver.o proximo show se quiseres

      • Isso seria mesmo excelente!!! Eu ando no 12ºano na São Pedro, lá são poucos que gostem de wrestling( especialmente que conhecem o WP), por isso se conseguires mesmo juntar o grupo, entras em contacto comigo por Facebook ou Twitter que eu contribuo no que for possível!

      • XIcCO8 anos

        Top o pessoal da Bila a reinar!! Eu estou cá em baixo agora a estudar e vale mesmo a pena vir, é uma tarde mesmo bem passada, se tiverem pessoal para dividir despesas nem fica assim tão caro!

  3. Excelente, como sempre!

  4. Excelente artigo!

    Mesmo não concordando com tudo, percebo o teu ponto de vista.

    Eu sou tenho gostado muito do Smackdown desde a Brand Split. Se às histórias são sempre entre os mesmos? Sim, mas a culpa aqui é da péssima gestão que fizeram dos rosters. Porque para o que a Smackdown têm o seu booking têm sido muito bom. Eu continuo a achar que mesmo com este alongamento da rivalidade do The Miz e do Ziggler está é a rivalidade do ano. Na minha opinião, claro.

    Não viste a Raw desta semana mas por acaso até achei uma das melhores do Ano.

    Mais uma vez parabéns pelo teus artigos e gosto muito de ver pessoas com opiniões diferentes e não “mais do mesmo”. Isso tu já tens mostrado ao longo dos teus artigos e comentários no WPT.

    PS: Não ias elogiar tanto o combate do Salvador e do Bammer se soubesses que o o Bammer não gosta do Edge 🙂

    • Obrigado!

      Sim, a SmackDown ficou com um plantel mais fraco.

      Por acaso não sabia isso, mas não deixo de elogiar o Bammer e o combate que ele teve com o Salvador por causa disso. Há muita gente que considera o Edge sobrevalorizado.

    • Rolf8 anos

      Também vamos ser realistas o Bammer não gosta quase de nenhum wrestler, basta ver o Battle Royal e o Pontapé no céu da boca.

  5. Grande, grande artigo Daniel. Dos melhores que já escreveste na minha opinião. Há uns anos cheguei a assistir mais a companhias como NJPW, ROH, TNA, PWG, entre outras do que à WWE, tinham um estilo diferente e cativante e não o que a WWE apresentava na altura. Contudo os lutadores que mais gostava nestes promoções (Nakamura, AJ Styles, Samoa Joe, etc) foram sendo contratados pela WWE, e tive que começar a olhar para a WWE de outra forma, visto que tinha lá os meus lutadores preferidos, e alguns estavam a vencer combates ao Cena.

    Mas agora vejo que, a WWE ao contratar tudo o que é “estrela” fora do seu pequeno mundo, acrescentando mais e mais horas de wrestling semanais e agora a tentar ter conteúdo das “hot indies” na Network, a WWE pode estar a tentar acabar de vez com a concorrência. É uma das coisas que mais me faz pensar no wrestling actual, porque apesar de continuar a ver todas estas promoções, não há tempo para tudo, sinceramente já me começo a perguntar se deixo de ver todo o conteúdo da WWE, até porque gosto mais de companhias como a NJPW ou a ROH.

    Participar no PSN e no SmarkDown, foi das melhores coisas que fiz nos últimos tempos, provavelmente quando as férias começarem irei voltar a participar, felizmente há pessoal como o Basílio e o Ricardo Ramos que acompanham o mundo fora da WWE e é um prazer falar com eles.

    Mais uma vez, como já te disse, dos melhores artigos que já escreveste.

  6. Excelente artigo, como sempre.

  7. JoãoFerreira8 anos

    Bom artigo Daniel. Discordo contigo no facto de achares o RAW melhor que o Smackdown, pois na minha opinião o RAW tem sido mais do mesmo… O USA Title nao significa nada, o campeão tem um reinado à frango que precisa de ajuda para ganhar e na divisão feminina só existe a Sasha e a Charlotte E em PPVs o RAW tem apresentado só palha… O CoC e o Hell in a Cell foram iguaizinhos, e o Roadblock também o vai ser… No Backlash tiveste o AJ a tornar se campeao, novos campeoes de equipas e a consagração do Slater, e um excelente combate de mulheres. No No Mercy tiveste o retorno do Cena com uma Triple Threat pelo título, um dos combates do ano em Miz vs Ziggler e o retorno do Harper… Enfim, espero que este TLC entregue:

    • Obrigado.

      Neste momento, (não) gosto igualmente dos dois. Mas para mim, depois do SummerSlam, a Raw tem sido melhor, até porque tem um plantel bem melhor.

  8. Excelente artigo Daniel!

    PS-Qual és tu na foto?

  9. KILL OWENS KILL8 anos

    Excelente artigo. Acho que muitos de nós estão a sentir a mesma coisa que você, mas isso eu já me acostumei. Quase todos os anos chega uma hora em eu fico desanimado em ver a WWE fazer tanta cagada.

    • Obrigado.

      Mas vai chegar a um ponto em que o desânimo será definitivo.

      • KILL OWENS KILL8 anos

        Talvez, mas já passamos por épocas piores e ainda estamos aqui… Vamos ver como vai ser daqui a um tempo.

  10. Anónimo8 anos

    Mais um artigo muito bom.

    Sempre chega uma altura do ano em que o meu interesse pela WWE diminui bastante. Por enquanto ainda estou cá, e deverei continuar a seguir os episódios semanais. Mesmo que chegue uma altura em que só veja um ou dois segmentos/combates por semana, como já fiz antes, consigo acompanhar o produto suavemente. Não tenho tempo para acompanhar vários produtos de wrestling, pelo que a minha escolha irá recair para a WWE.

    Sinceramente algum dos comportamentos que denuncias-te já são praticados na WWE há bastante tempo, excepto um ME curtíssimo, mas considerando que já tivemos Khali com o título e a defende-lo…enfim. As estrelas que subiram no topo sempre terão poder. É que mesmo que a WWE não quisesse investir neles, o problema é que o público apoia estes wrestlers (o último exemplo é Goldberg). Como existe pressão para arrecadar milhões, a WWE vai aproveitando todos os Wrestlers da Atitude Era e após, para fazer dinheiro, até não poder fazer mais. O ME do SS2016 conseguiu fazer com que a WWE fosse o número 2 nas pesquisas, pelo que resultou. Além de que a WWE deve apoiar-se (e um pouco de inspiração) no feito história de 13 segundos do Mcgregor, pelo que a WWE deverá ter tentado a sua própria versão e Goldberg a WCW e um Lesnar invencível foi essencial para reproduzir um feito histórico.

    Resta-nos esperar que até daqui à 10 anos existam novas estrelas de topo. Porque Reigns, Rollins e Ambrose não são grande coisa se forem confrontar Goldberg, Lesnar, Cena, The Rock ou The Undertaker. Até agora, só poderiam contar com Sting e HHH para ajuda-los a subir. No entanto, como sobra sempre para HHH, este tem de ganhar contra uma jovem estrela, para manter a sua credibilidade.

    Em relação ao TLC, cujo interesse é pouco, concordo com a tua previsão. No entanto, preferia ver o Miz ganhar, porque Ziggler agora tem a Royal Rumble, e portanto poderá tentar subir para o patamar de topo temporariamente. The Miz pode tentar aguentar contra Ambrose. Como o combate da Nikki é um No DQ, Carmella poderia sair vencedora, pois estes combates favorecem tanto a heel como a face, podendo a Nikki perder. Carmella poderia distrair Becky enquanto esperamos pela WM, enquanto Nikki fica a mostrar que é digna contender pelo título feminino para a WM, pois Becky Vs Nikki parece-me combate de WM.