Os Estados Unidos e o Brasil continuam como principais países no UFC, seja pelo número de títulos ou então pela quantidade de lutadores. Entretanto, nos últimos anos, a Europa também conseguiu se destacar com a presença de bons atletas. Esse é o caso de Marvin Vettori, o lutador que deixou o UFC e o MMA interessantes para os italianos. Em entrevista realizada à Betway, o atleta comentou sobre o objetivo de conseguir trazer o primeiro cinturão para o país europeu e entrar para a história da organização.

No UFC desde 2016, Vettori já lutou por 11 vezes e conseguiu um aproveitamento acima dos 60% nos confrontos. Foram 8 vitórias, um empate e três derrotas durante esse tempo na categoria peso-médio. Em junho deste ano, o lutador italiano finalmente ganhou uma oportunidade para ficar com o cinturão, mas acabou derrotado pelo excelente Israel Adesanya. Essa foi a segunda derrota para o nigeriano, como lembra o sítio web O Jogo. Eles enfrentaram-se em 2018, antes mesmo do adversário ser campeão da categoria.

Apesar da falta de título, o lutador italiano é visto como um precursor do UFC no país europeu. Em entrevista à Betway, site de UFC bets, Vettori comentou sobre essa responsabilidade de ser um dos poucos lutadores da Itália com resultados relevantes no octógono. Ele garantiu ser uma honra representar o espírito italiano no UFC, e acredita que muitos torcedores se reconhecem pelo espírito de luta e agressividade que coloca em todas as lutas que participa.

O lutador também contou que seguiu um caminho difícil ao escolher o MMA, pois na Itália o desporto não é tão bem-visto como nos Estados Unidos. Na conversa com o blog Betway Insider, ele afirma que escolheu o MMA por ser uma pessoa competitiva, e que sair da Itália foi um caminho natural para poder ter um maior desenvolvimento. Ele ainda afirma que gostaria de morar no país europeu novamente, mas que a prioridade por agora é continuar nos Estados Unidos para brilhar ainda mais no UFC.

Longo caminho até o sonho

Antes de entrar no UFC, o caminho até a organização foi longo e com algumas dificuldades. Ele participou de 12 lutas oficiais, principalmente na organização Venator FC, essa na Itália, e também na UCMMA, essa na Inglaterra. Foram 10 vitórias e apenas duas derrotas, o que finalmente fez surgir um convite da maior organização de eventos de MMA do mundo. A estreia de Vettori foi em 20 de agosto de 2016, numa vitória contra o brasileiro Alberto Uda.

Esse resultado pôde mostrar todo o potencial do atleta, além de provar que um lutador da Itália poderia confrontar nomes do Brasil e dos Estados Unidos. Antes de enfrentar Israel Adesanya pelo cinturão, Vettor ainda enfrentou ainda outros sete atletas desses dois países, conseguindo seis vitórias e perdendo apenas uma vez. Esses resultados fizeram os fãs italianos acompanharem ainda mais o UFC.

O próximo passo de Marvin Vettori é conseguir uma terceira luta com Adesanya, mas para isso será preciso voltar a ganhar lutas no octógono. A próxima disputa será contra Paulo Borrachinha, que também perdeu para o nigeriano recentemente. Ou seja, é uma disputa dos dois últimos desafiantes da categoria, e uma vitória seria essencial para discutir sobre o próximo rival do atual campeão.

Outros europeus

Marvin Vettori pode ser o maior nome da Itália, porém outros lutadores europeus já conseguiram resultados melhores no UFC. Esse é o caso, por exemplo, do polaco Jan Blachowicz, atual campeão da categoria meio-pesado. O lutador é considerado um dos melhores de todos os tempos, e uma das maiores comprovações disso foi a vitória contra o mesmo Adesanya que derrotou Vettori.

Outros lutadores europeus também já conseguiram ser campeões no UFC, alguns mais famosos, como é o caso de Michael Bisping e Conor McGregor, e outros pouco falados, como Petr Yan e Joanna Jedrzejczyk. De qualquer maneira, é importante perceber que a Europa está a ficar cada vez mais interessada no MMA, o que é uma excelente notícia para o UFC e para outras organizações.

O surgimento de novos lutadores sempre será algo positivo, e a presença de Marvin Vettori é positiva para o UFC e também para a Itália. Apesar do Brasil e dos Estados Unidos continuarem como as principais referências, é possível perceber que outras nações estão a correr atrás de melhores resultados.

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