Especial: 10 Coisas que me tornaram fã de Wrestling – Top Ten #300

1 – D-Generation X

E tanta coisa com momentos, histórias e aqueles desenvolvimentos. E o primeiro classificado é alguém, aqui em grupo, em específico que, por acaso, agora já tenho o conhecimento de que estavam longe da sua melhor fase. DX reunidos em 2006 não foi visto como boa TV no Monday Night Raw por fãs e críticos no geral. Mas olhem que pena, eu estava com a idade certa na altura certa e não havia coisa que mais me levasse à loucura do que as loucuras destes dois. E com certeza que tenho muitos, da minha geração e da minha idade, que partilham isso comigo e defendem que isto era óptimo. Pois, é como são as coisas quando estamos “do outro lado.” Diz que isto não era mesmo lá muito bom.

Mas nada me importa. Lá estava na idade influenciável e nem sempre pelas coisas boas. Porque as maroteiras destes dois já com mais do que idade suficiente para ter juízo eram tudo menos correctas mas eram apelativas. Dava vontade de ter uma figura autoritária como eram aqui os McMahons, para respondermos da mesma forma que eles – o que seria terrível e faria de nós uns otários infantis, só que neles isso tinha piada. Alguma coisa tínhamos que tirar, o raio do sinal de X com os braços, todos nós o fazíamos. Estava aí a nossa rebeldia. Ir para a mesa sem lavar as mãos ou já ter o material todo arrumado da secretária dois minutos antes da campainha tocar para acabar a aula, TAU! toma lá um X, “Suck it!” Encorajava a parvoíce. Mas enquanto a parvoíce estava na TV, com dois lendários Superstars, mais feliz não podia eu ser durante as tais manhãs de Quinta-Feira do Verão de 2006.

Os Superstars em questão já seriam dos favoritos e melhores de sempre, de qualquer maneira. Triple H já o destaquei aqui como um da “trindade divina” dos “assholes magníficos” de quem celebrei a Face Turn – sem saber propriamente o que isso era. Shawn Michaels, perguntem-me hoje quem é o melhor wrestler de sempre e já vos estou a dizer que é ele antes de acabarem a pergunta. Já por aí recebem esse destaque. Mas como a dupla infantilóide que adorava atormentar McMahons com parvalheiras de canalha e piadas de pilas… Marcaram. Seriam “a” razão para ver o Raw, se por acaso até nem encontrasse mesmo encanto nas outras, que não faltava. As risadas, as imitações, até mesmo as desilusões quando as coisas lhes corriam mal definiam o iniciante fã de wrestling que ali estava, naquele sofá, com péssima postura que ainda hoje tem consequências na coluna. Um D e um X assinalados com spray verde podiam ser um símbolo de rebeldia ou lá o que fosse. Para mim, são um símbolo da adolescência, tal como o logo do VH1, quando ainda era uma caixinha colorida e dava música em condições, ficava preto, como sinal que ia dar rock, em especial às Sextas às 17:00 para o Friday Rock Jukebox, a dar clássicos escolhidos pelos espectadores. E sim, hoje em dia tenho a total noção de que estes DX eram apenas uma sombra do que eles já tinham sido e são recordados como uma paupérrima reunião. Mas não foi o impacto que me causou. E, sendo eu hoje em dia capaz de apreciar um bom segmento intenso e bem escrito… Vistam-me aqueles dois de McMahons, pai e filho, a aparvalhar em ringue com imitações rasca e mais piadas de pilas e pronto, está aí o meu derradeiro segmento favorito de sempre! Nada a fazer!


Bom, quantos de vocês perguntaram sobre a infância onde tudo começou para este particular escriba semanal? Pronto, tinha que fazer aqui alguma coisa de qualquer maneira. Podia ter uma secção de menções honrosas mas nunca mais acabariam, fiquei mesmo encantado com muita coisa. Podia mencionar o midcard, sempre adorei o midcard. Estão aqui destacados os Superstars principais, que tiveram impacto em todos, mas eu também sempre gostei de dar atenção aos restantes, saber aqueles nomes de que não se falava nos recreios. E claro, as senhoras também, que desempenharam um notável papel na minha entrada na puberdade, vou dar-lhes o crédito e o respeito, mesmo que isso fosse conseguido através de meios onde não lhes davam muito disso. E mais uma data de coisas que não vos interessarão assim tanto. Aliás, este Top Ten – novamente extenso, peço desculpa, estamos numa de relatos e resumos detalhados – fica por aqui e agora é a vossa vez de comentar o quão parvo era o puto protagonista destes parágrafos e o vosso paralelismo com as experiências.

E lá vão 300! Raio de feito e raio de frete também. Mas não fica por aqui. Já chegou ao número giro, já fiz o especial, siga a contagem. Vamos lá retomar a normalidade, retomando o assunto do Top Ten anterior que fazia um rescaldo positivo da década que passou. Mas como o Top Ten sempre foi um sacaninha que gosta mais do gozo pelas coisas, vamos então finalmente olhar para o contrário. Dez banhadas e fiascos da década! O que sairá daí! Estejam cá para ver, se quiserem. Fiquem bem, boa Royal Rumble a todos, força aí nisso!

3 Comentários

  1. ECW , que saudades !!! Aquele Sabu deixa tantas mas tantas saudades +.+ E os combates em geral igual!

  2. Esse top 10 coincide em tudo com o meu, tirando que o meu jogo, seria o wwe smackdown vs raw 2006. Apesar de agora não acompanhar, porque sinceramente, já não me desperta nenhuma emoção. Mas esses tempos trouxeram me belos momentos

  3. E eis que o Edge voltou! 😀

    Partilho de muitas destas memórias, excelente escolha de tema para um artigo histórico. 300 artigos… quantos anos são mesmo? Mais de seis, certamente. Muitos parabéns.