Gunther é o atual World Heavyweight Champion, e para além de ser um dos lutadores mais talentosos da sua geração, é também um dos mais tradicionais.
Em entrevista ao Masked Man Show, o “Ring General” não teve problemas em afirmar que odeia o conceito do Money in the Bank.
Antes de mais, quero expressar o meu desprezo pelo conceito da mala do Money in the Bank, seja lá como se chama, estipulação ou o que for.
Lembro-me, naquela altura, quando alguns daqueles grandes momentos de cash-in aconteceram, e certos lutadores ganharam um título mundial pela primeira vez na carreira… e foi porque correram com uma mala até ao ringue contra um adversário já completamente arrasado.
Deitam-se em cima dele durante três segundos e pronto. Não sei… nunca achei isso nada gratificante.
Por isso, nunca foi algo que me interessasse. Neste momento? Não sei.
Talvez ainda exista um pouco de honra no Seth Rollins para não a usar dessa forma. Mas sinceramente, não me preocupo muito com isso…
É um atalho. Quando se conquista algo grande, quer-se ganhar com mérito. Não sei… nunca achei nada disso gratificante.
O que pensas destas declarações de Gunther?
1 Comentário
Sabem porquê que ele fala mal da mala? Porque quem fala… normalmente é quem tem algo a perder.
Porque a verdade é esta: ele não odeia a mala. Ele têm é pavor da mala. Porque sabe que, num piscar de olhos, alguém como Seth Rolling pode aparecer, meter o árbitro no ringue e… PUM! Tudo o que construíu desaparece!
Por isso, campeão… fica aí a falar mal da mala, sim… porque bem lá no fundo, o teu maior medo não é a mala existir.
O teu maior medo… é que ela seja usada contra ti!
És campeão? Claro que vais criticar a mala! Claro que vais dizer que é injusto, que estraga tudo… porque sabes que és o próximo na fila! Sabes que estás a viver com prazo de validade!
Com todo o respeito, não concordo nada contigo. Para mim, a mala do Money in the Bank é justamente um dos elementos mais emocionantes e criativos do wrestling. O cash-in surpresa representa estratégia, oportunismo e até coragem, porque nunca se sabe se vai dar certo. Já vimos lutadores falharem e isso também faz parte da beleza do risco.
Dizes que não é gratificante porque o campeão está destruído? Eu acho que é precisamente isso que cria momentos épicos e inesquecíveis — aquele misto de choque, surpresa e adrenalina. Se fosse sempre um combate tradicional, talvez perdesse grande parte da magia.
Quanto ao Seth Rollins, a verdade é que foi graças a essa mesma mala que ele criou um dos maiores momentos da história da WrestleMania. E isso, para mim, é muito mais honroso e memorável do que ficar a “guardar” a mala por medo de usá-la.
Por isso, discordo: o Money in the Bank não estraga nada — pelo contrário, é parte daquilo que faz o wrestling tão único e imprevisível.