O Impacto! desta semana é a segunda parte de duas edições que pretendem trazer alguma luz sobre as actuais storylines que se estão a desenvolver na TNA. O objectivo principal é que todos aquele que não assistem (regularmente ou de todo) ao Impact Wrestling possam ficar a perceber um pouco melhor todos os motivos e razões que conduzem os diferentes atletas da TNA. Para toda a família TNA esta é igualmente uma oportunidade para partilhar algumas ideias sobre a actualidade da TNA.
Christy, Querida Christy…
O enquadramento deste combate centra-se mais em Sam Shaw que em Mr. Anderson. De Anderson apenas refiro que este vem de uma feud com Bully Ray, que parece ter ficado para já concluída. Samuel Shaw regressou à TNA no final de 2013, numa série de segmentos em que este aparecia obcecado com Christy Hemme, chegando a atacar quem dela se aproximasse nos bastidores. Há duas semanas atrás, Mr. Anderson teve a infeliz ideia de trocar algumas palavras com Hemme acabando por ter um acesso que fúria que resultou em que Hemme perdesse os sentidos. A semana passada Shaw tentou pedir desculpas pelo seu comportamento a Hemme, mas acabou por ser interrompido por Anderson. Shaw acabou por usar Hemme como escudo e acabou por atacar Anderson, colocando-o no seu side choke – Kata gatame. No Lockdown, Shaw voltou a sair vitorioso contra Anderson, numa batalha que não parece ter fim à vista. Irá Shaw continuar a sua perseguição a Christy Hemme ou irá Anderson ser capaz de travar a obsessão de um homem?
Trinta Moedas de Prata…
No TNA Lockdown jogou-se o controlo das operações de wrestling na TNA. MVP foi a cara que regressou à TNA no papel de investidor, mostrando que estava muito insatisfeito pela forma como Dixie Carter tem comandado a TNA. Apesar de uma fraca tentativa de aproximação de Dixie Carter a MVP, este mostrou que quer romper com o Dixie e quer trazer algo de novo à organização. Sem nenhum tipo de acordo a ser possível, MVP e Dixie decidiram trazer para o Lockdown o futuro da TNA, num Lethal Lockdown onde a equipa vencedora conquistou o controlo da organização. Na equipa de Dixie Carter esteve Bobby Roode (que receberia 10% das acções da TNA se conseguisse vencer o combate), Austin Aries e os BroMans, enquanto MVP, os The Wolves e Willow estiveram na equipa contrária. Dixie Carter tentou jogar uma cartada decisiva ao anunciar Bully Ray como árbitro para este combate. O feitiço virou-se contra o feiticeiro, Ray traiu Dixie a atacou Bobby Roode, oferecendo a vitória à Team MVP. Bobby Roode certamente não gostou da traição, não só por ter perdido o combate, não só por ter perdido a oportunidade de ser um dos investidores da TNA, mas por ter sofrido uma Bully Bomb através de uma mesa. Roode quer vingança e Bully Ray terá de se preparar.
Duelo de Equipas…
Há algumas semanas atrás os Wolves Davey Richards e Eddie Edwards estrearam-se na TNA, mas recusaram a oferta de um tryout por parte de Dixie Carter afirmando que já tinham os contratos assinados com a TNA, por acção de um novo investidor (MVP). A TNA ganhava assim uma nova tag-team. Os BroMans formaram-se em 2013, quando Robbie E e Jesse Godderz se juntaram a Joey Ryan para enfrentar Rob Terry num handicap match. Esta irritante dupla de tag-team acabaria por se sagrar campeã de Tag-team em pleno Bound For Glory, ao derrotar Gunner e James Storm. Apesar de considerar Robbie E e Jesse Godderz, dois atletas muito bons e que são bons trabalhadores, com bastante criatividade nas suas promos que vão divulgando através da plataforma #Impact365, não deixam de ser verdadeiramente irritantes e mais agora, quando têm a companhia do DJ Zema e da sua buzina. Os BroMans têm segurado os títulos até o mês de Fevereiro, quando os perderam para os The Wolves num House Show. No entanto, a 3 de Março em Tóquio, no TNA Outbreak, os BroMans recuperaram os títulos. Numa divisão com poucos nomes, é muito provável que em breve voltarem a ver os The Wolves de regresso à luta pelos títulos por agora na posse da dupla Godderz/Robbie E.
Viking contra Cowboy…
Em Maio James Storm viu-se numa situação muito complicado, ficando no meio de uma tempestade de tag-teams entre os Bad Influence e os Dirty Heels (Austin Aries/Bobby Roode). A forma do Cowboy se defender foi procurar um aliado e encontrou-o em Gunner. No Slammiversary Gunner e Storm, enfrentaram os Bad Influence, os Dirty Heels e a dupla Chavo/Hernadez para um combate pelos titulos da divisão. Foi a tempestade perfeita para Storm que acabou como Tag-team champion. O reinado desta equipa duraria até ao Bound For Glory, onde a dupla acabaria por perder os títulos para os BroMans. Durante os meses desse reinado, Gunner e Storm começaram a dar sinais de desentendimentos, com a dupla a ter algumas vitórias muito complicadas com erros individuais. Os problemas agravaram-se quando falharam a oportunidade de reconquistar os títulos diante dos BroMans novamente por culpa de erros individuais. A dupla acabaria por se separar em definitivo quando durante um Feast or Fired Match, Gunner atacou Storm e custou-lhe a conquista de uma das malas, que mais tarde se viria a saber que continha um title shot pelo World Heavyweight Championship. Storm acabou por se juntar a Bobby Roode para defrontar Gunner e Kurt Angle e segurar uma vitória, que este prometeu enterrar o machado de guerra. No entanto, Storm acabou por mostrar que não esquecia e não perdoava, quando interferiu no combate pelo Titulo Mundial entre Gunner e o campeão Magnus, custando ao Modern Day Viking a vitória nesse combate. O Lockdown foi palco de um ajuste de contas. Num dos combates do PPV (talvez o melhor do PPV) Gunner e James Storm deram uma luta emocionante e Gunner acabou por sair vencedor. No entanto, James Storm não parece estar satisfeito e já prometeu a Gunner que a resposta não iria tardar…
A Prova dos 9…
A estreia de Lashley na TNA, em 2009, foi das mais aplaudidas nos últimos anos. Lashley tinha passado por uma carreira prometedora na WWE, sempre considerado subvalorizado. Quando em 2008 Lashley abandonou a organização, choveram rumores que a TNA estava a tentar a sua contratação. Em 2009, confirmaram-se os rumores e Lashley fez duas aparições na TNA, supostamente alinhado com a stable heel Main Event Mafia. A quando da estreia de Lashley, este acabou por atacar os MEM e assim ganhou o afecto do público. Lashley começou um série de vitórias consecutivas, que elevaram uma onda de entusiasmo em relação a si. Lashley conciliava os treinos de MMA com a sua carreira na TNA, de tal forma que Dixie Carter chegou a afirmar que Lashley seria o primeiro campeão de MMA e da TNA em simultâneo. Contudo, a euforia esvaziou-se. Lashley perdeu um combate frente a Scott Steiner e desde essa altura a sua carreira na TNA caiu a pique. O público distanciou-se de Lashley e reagiu mal à tentativa da TNA de misturar wrestling e MMA. Eventualmente, Lashley forçou a sua saída da TNA para se dedicar exclusivamente aos treinos da MMA. Numa entrevista, ele revelou que a sua história na TNA tinha chegado a um impasse e simplesmente sentiu-se confortável com a sua saída. Pessoalmente, a estreia de Lashley foi das que obteve mais reacções positivas nos últimos anos e é um caso flagrante de como a TNA não soube gerir a atenção positiva que recebeu, misturando dois mundos que não precisavam de se fundir – o wrestling e a MMA. Passaram quase 4 anos e em 2014, Lashley acabou por ser a grande surpresa do TNA Lockdown, confrontando EC3. Ethan Carter III estreou-se na TNA como sobrinho de Dixie Carter e obedecendo às vontades da sua tia, decidiu ajudar Magnus a manter o titulo mundial, quando este defrontou Kurt Angle. EC3 salvou Magnus de um Angle Lock e não satisfeito, mais tarde acabou por atacar maliciosamente Kurt Angle provocando uma lesão no joelho. Na semana passada em Londres, Angle foi definitivamente induzido no TNA Hall of Fame e EC3 quis interromper a cerimónia, confirmando a lesão de Angle e forçando o seu afastamento do Lockdown. Sem adversário, EC3 lançou um open challenge a quem o quisesse defrontar no Lockdown. Quem respondeu “sim” ao desafio foi Bobby Lashley, que perante o entuasiasmo do público, marcou o seu regresso à TNA. Em definitivo Lashley marcou EC3 como o seu primeiro alvo e esta é uma feud que promete alguns combates interessantes nas próximas semanas.
Video da Semana
Bully Ray explica as suas acções…
Até ao próximo Impacto!
11 Comentários
Excelente trabalho. Tal como tu estou a adorar estas historias sobretudo á do Creepy Bastard, e do Bully e Bobby Roode. Sobretudo a segunda tem muito potencial sinceramente, é esperar para ver no que vai dar.
Concordo contigo 🙂
Pelo que tenho lido relativamente à história Bully Ray/Bobby Roode, o meu receio é que rapidamente se torne numa feud focada em MVP e Dixie Carter, o que é um desperdício quando temos dois lutadores como o Bully Ray e o Bobby Roode capazes de carregar a rivalidade por si próprios.
Sem duvida alguma, se existe alguém capaz disso são eles por isso é uma pena se ficar apenas por esse lado de MVP vs Dixie.
Excelente artigo Jorge! Adoro o Samuel Shaw, já agora.
Somos 2 🙂
Samuel Shaw esta a ser brutal, um excelente caracter, que nos deixa empolgados o que ele vai fazer a serio, e o Bully Ray, simplesmente awesome, adoro o que ele tem feito, seja heel ou face!
A feud Storm/Gunner conquistou-me depois daquele combate no Lockdown. Apesar da escolha do vencedor desse combate me ter deixado um pouco de pé atrás, agora cabe ao Storm ir atrás de uma vingança no Sacrifice. PPV esse que promete acabar com uma vitória para o “comboy”, que pode muito bem ficar lançado para voos maiores…
A feud Bully/Roode promete tanto mas tanto… Os melhores campeões mundiais dos últimos anos enfrentam-se numa feud que provavelmente vai mesmo acabar por lançar um deles direitinho a um novo reinado mundial. Ou, pelo menos, a um combate pelo título mundial já no Slammiversay.
Quanto aos títulos de equipas, acredito que os Wolves vão ter o seu momento de glória no Sacrifice. Mas reconheço que os Bromans têm evoluído e que não têm sido os piores campeões da história. Digo isto porque o Jeff Hardy já teve ter sido campeão de equipas, não? Umas 2 ou 8 vezes, digo eu. … 🙂
Quer o Gunner, quer o Shaw mostram que é fantástico o que se pode fazer com um bom lutador, quando lhe é dado tempo suficiente em televisão e uma boa história.
Excelente artigo Jorge. Mal posso esperar pelos desenvolvimentos da “feud” Roode/Bully. Vou agora ver o iMPACT Wrestling desta semana.
Estás com um avatar curioso lol