Esta semana decidi comentar algumas noticias que têm marcado a actualidade da TNA, desde os shows de Nova Iorque, ao Slammiversary, ao reinado de Eric Young. Esta é a actualidade da TNA.

Saíram algumas noticias recentes que a TNA estaria interessada e até a fazer alguns contactos no sentido de conseguir a contratação de alguns nome da Ring of Honor. Davey Richards chegou mesmo a falar em nome pessoal com Adam Cole, mas pouco mais se sabe sobre o resultado dessa conversa. Ainda assim, é bom estarmos atentos ao que se vai passar com Bobby Fish e Kyle O’Reilly que tem os seus contratos com a ROH a terminar muito em breve e provavelmente irão receber propostas da TNA.

Impacto! #130 – Notas Soltas

A TNA começa esta semana a primeira série (de duas) de gravações em Nova Iorque. Durante três dias, finalmente a organização lembrou-se que se queria ter pessoas a assistir teriam que as informar que iria haver algo lá para assistirem. A falta de publicidade é um dos maiores calcanhares de aquiles que a TNA tem no seu ADN. Contudo, alguma mente iluminada lembrou-se de motivar a TNA a publicitar estes 3 dias de gravações e o resultado foi (para já) um dos dias com lotação esgotada, várias acções de publicidade em canais de televisão, rádios, podcasts, revistas e na internet e uma série de pontos de interesse a apelar ao público local (nomeadamente com o uso dos ex-ECW Tommy Dreamer, Rhino e Bully Ray a ser fortemente promovido). Voltarei ao tema dentro de momentos…

Impacto! #130 – Notas Soltas

Um dos aspectos mais discutidos ultimamente é saúde financeira da TNA. Ora a indústria do wrestling continua numa grave crise e a prova está no enorme buraco financeiro cavado pela única empresa de wrestling que existe para os fãs casuais, detentora de (é a minha estimativa) 90% do mercado mundial de wrestling. Se nem a empresa que detém o monopólio desta indústria consegue ter projectos viáveis e perde muitos milhões em poucos meses, imagine-se como está o resto do universo…Ora a TNA fez o que o grande Adamastor está hoje a fazer e reduziu custos. Bem ou mal, deixou sair alguns dos nomes mais bem pagos, fazendo contas para manter por perto Jeff Hardy, Kurt Angle e Bully Ray no topo da lista dos mais bem pagos. Ora para a TNA continuar a manter-se viva numa indústria moribunda precisa urgentemente de renovar o seu contrato televisivo.

Apesar dos esforços em apresentar (entenda-se vender) o Impact Wrestling a outras cadeias de televisão, o mercado audiovisual simplesmente não está interessado em wrestling. Novamente tenho de olhar para o Universo WWE e para as noticias publicadas aqui no Wrestling.pt para reflectir que se nem mesmo a grande máquina consegue vender os seus produtos secundários como o NXT ou o Superstars seja a quem for, então como vai a TNA (a ROH ou a GFW) o conseguir fazer? A TNA não tem opção a não ser conseguir renovar com a Spike TV, que no entanto e por alguma razão continua a adiar esse acordo. Certamente que cada dia que passa em direcção a Outubro e sem renovação é um dia de angústia nos bastidores da TNA. O que não consigo perceber é como é que a Spike não renova com um produto que ainda a semana passada lhe deu cerca de 1.3 milhões de espectadores…Uma coisa é certa, não duvidem que o esforço da TNA em Nova Iorque é igualmente montado para executivo da Spike ver.

Impacto! #130 – Notas Soltas

O Slammiversary foi um surpreendente sucesso. Com um card pouco apelativo e sem qualquer esforço de promoção, a TNA acabou por entregar um PPV muito sólido e com um main-event que foi espelho para todo o PPV – algo construído de forma desinteressante, mas que compensou pela acção no ringue. O público de Dallas esteve activo, a TNA entregou combates muito sólidos e não houve demasiadas invenções nos finais dos combates, pelo que o sentimento em torno deste PPV só poderia ser positivo. Na semana seguinte ao PPV, a TNA saiu da Impact Zone, rumou a Bethlehem e tiveram a sorte de apanhar provavelmente o melhor público que o Impact Wrestling viu em muitos anos. Poderia a TNA pedir melhor a seguir ao seu PPV? Uma coisa é certa, a TNA tem de considerar transmitir um PPV ou mais shows a partir desta localidade. Não tenho por hábito divulgar spoiler e não o irei fazer, mas aconselho que não percam os próximos Impact Wrestling.

Voltando ao tema Nova Iorque. A TNA estará na Big Apple de 25 a 27 de Junho, a gravar os shows que serão transmitidos a 14 e 21 de Agosto, com a gravação de um Destination X pelo meio. O segundo set de gravações acontecerá entre 5 e 7 de Agosto, que deverá cobrir todos os shows até ao final de contrato com a Spike TV (final de Setembro/inicio de Outubro). Posso adiantar que a TNA tem pretensões de tornar o Manhattan Center em Nova Iorque na nova casa da organização, gravando shows a cada seis semanas. A ideia da TNA é tentar criar uma espécie de culto em torno do Manhattan Center, procurando atrair fãs mais leais e mais “vocais” – os chamados fãs “hardcore”, coisa que a TNA teve no seu início, mas que perdeu ao longo dos anos e que ultimamente precisa desesperadamente de reconquistar. Uma das vantagens imediatas que vejo numa mudança para Nova Iorque é a possibilidade de estar a produzir algo no meio de um centro mediático frenético como é esta cidade. A TNA conseguirá mais facilmente atrair a atenção dos media estando perto do coração da América, do que estando na Flórida. Um exemplo disso, foi a recente aparição de Bully Ray, Gunner, Velvet Sky, Bobby Lashley e Eric Young no programa Fox and Friends do canal Fox.

Impacto! #130 – Notas Soltas

Uma noticia recente é o regresso do ringue de seis lados, que foi imagem de marca da TNA durante muitos anos, até Eric Bischoff e Hulk Hogan decidirem eliminar esta opção em 2010. O ringue confere à TNA uma identidade única, sendo essa a razão que me custou ver a TNA abandonar essa opção. Para trazer o ringue de seis lados de volta a TNA deixou os fãs votar e mesmo com Austin Aries, Gail Kim e EC3 a fazerem campanha pelo ringue tradicional, os fãs expressaram a sua vontade. Parece que a maioria dos lutadores atualmente não ficou contente com a mudança, o que não deixa de ser curioso pois em 2010 os nomes da casa da TNA não estavam felizes com a mudança para o ringue de quatro lados porque a TNA já tinha o ringue hexagonal como uma marca do seu produto.

Se pensarmos bem, a TNA teve muitos mais e melhores combates dentro de um ringue de 6 lados, do que de um ringue de 4, no entanto repetem-se as queixas sobre as cordas serem rijam, ser mais complicado realizar manobras no topo das cordas, ser difícil movimentar-se, etc, etc… Há quem diga que muitos lutadores levaram as suas procupações diretamente a Dixie Carter e a John Gaburick, mas que a resposta dada foi no sentido da TNA estar a tentar apresentar um produto diferente. Compreendo as preocupações dos lutadores e os argumentos usados pelo Austin Aries, mas o wrestling é uma indústria de sacrifício, contruída e mantida viva à custa de spots que põem em risco a saúde dos profissionais que os realizam, há certamente condições muito piores para se trabalhar que um ringue de seis lados e há certamente spots que colocam mais em risco a integridade física de um atleta que correr num ringue hexagonal…devo lembrar a alguém a CZW? Tenho dito.

Impacto! #130 – Notas Soltas

O título a prazo de Eric Young foi uma experiência que, em última análise, não resultou, embora se possa argumentar que com o show da semana passada a obter a maior audiência em quatro meses, talvez o clique estivesse a ser feito. Ainda assim, o padrão quase semanal de defesa do título por parte de Young foi consecutivamente o segmento com a audiência mais fraca do Impact Wrestling. A TNA podia reagir aos números ou ignorá-los. Mesmo sabendo que o reinado de Young estava a ser prejudicado pela qualidade do produto global, mais que pelo próprio Young, a verdade é que a TNA conseguiu arrancar uma excelente audiência colocando não só Young a defender o titulo depois de um PPV, como oferecendo a defesa dos títulos de tag-team. Ora, uma dupla defesa de títulos é algo que dificilmente se pode repetir tão depressa em televisão e a TNA decidiu encerrar o capitulo Eric Young.

Impacto! #130 – Notas Soltas

Como tive oportunidade de defender numa edição anterior do Impacto! o Young é um bom lutador, que sabe falar e que apela ao espectador como um babyface simpático. Ele foi ferido quase de morte por anos e anos a ser usado como um lutador cómico. Talvez este reinado possa ajudá-lo a se tornar um nome mais credível a longo prazo, sobretudo se ele receber uma segunda oportunidade de se sagrar campeão. Mas se estivesse no lugar do Young estaria seriamente preocupado depois de ver o que aconteceu ao Chris Sabin…

Impacto! #130 – Notas Soltas

Lashley não é a certamente a resposta certa como heel, mas já que não havia respostas, o tempo vai dizer se ele é melhor do que Young. Ele tem o físico certo, tem vindo a conseguir impressionar com alguns bons spots, e tem o MVP a falar por ele. Ao pensar na forma como o Lashley foi pouco exuberante a festejar o título, depois de alcançar algumas vitórias limpas, batendo Young e Samoa Joe, fico com a ideia de que a TNA planeia transformá-lo num babyface em breve. O problema aqui surge que nessa transformação, Lashley perde MVP e que sem MVP instala-se a maior fraqueza de um atleta que até é um bom atleta. A verdade é que a TNA arrisca-se a perder o (já pouco) interesse dos fãs em Lashley se este não for capaz de construir uma personagem interessante para si e sem MVP ou sem um manager fica complicado…

Video da Semana

Tommy Dreamer tem algumas verdades para dizer a Dixie Carter…

Até para a semana!

13 Comentários

  1. simaomatos1211 anos

    Se ele se separa do MVP já não tem ninguém a falar por ele, arranja-se um manager!

  2. JoãoRkNO ®11 anos

    O Lashley é péssimo no acting , até estou curioso para ver as promo’s dele daqui para a frente . E sinceramente , se ele tiver um face-turn acho que vai ser o fim dele , está mais que visto que precisa de alguém a falar por ele , e sem o MVP não vejo ninguém que possa ser manager dele . Em relação ao ringue hexagonal para mim é me indiferente , mas para o bem estar dos lutadores está mais que visto que é prejudicial.

  3. Apesar de não ter acompanhado de perto o reinado do EY, isto é, sem ter visto muitos iMPACT’s durante o seu reinado, penso que foi o campeão mais credível desde o Booby Roode. Finalmente deixaram o campeão mundial ganhar combates de forma limpa e, principalmente, ganhou muitos. Se no micro vingou ou não, é outra história, mas a mim convenceu-me enquanto campeão e fiquei muto contente pelo EY.

    • Eu penso que é estranho o Eric Young perder o titulo quando começava a ganhar alguma credibilidade, mas a verdade é que se o números das audiências valem alguma coisa eles mostravam que os segmentos com o Eric Young eram os pontos menos vistos do Impact Wrestling. É nestas alturas que decisões dificeis têm de ser tomadas. Só espero que ele tenha uma nova oportunidade no futuro e que não acabe dispensado…

  4. Jorge o que me deixa mais triste é que na minha opinião só por esta altura é que devíamos ter visto o Magnus perder o seu titulo…algo que já aconteceu, ou seja na minha opinião parece que a TNA anda a procura do campeão ideal. O magnus devia de estar ainda como campeão para perder para Roode que tinha siado em litigio com Dixie. Perdeu-se a história e ocasião e agora andamos numa embrulhada de histórias e decisões…

    O ringue de 6 lados para mim é o ideal e partilho da opinião do AJ na entrevista ao pod cast do Jericho mas, não era uma prioridade para a TNA esta escolha. O nucleo duro do roster ainda está presente apesar de saídas que fragilizaram a divisão de equipas mas algo que pode ser corrigido.

    A escolha de Lashley não foi má (foi a possível, expliquei anteriormente) pois poderá tornar-se num campeão dificil de bater e isso é importante aos olhos dos fás.

    Continuo a dizer que MVP é um cancro na TNA.Nunca foi nada especial e mostra que em nada acrescentou a companhia.

    Excelente artigo meu caro!

  5. Foi perfeita a tua analise sobre a falta de publicidade e que finalmente a TNA abriu o olho para isso..
    Esses show em Nova Iorque prometem..
    http://instagram.com/p/pux0YlLfiL/?modal=true o/

    O Slammiversary me surpreendeu bastante já estava put* da vida com vários Impact ´s fracos, nada como um PPV desses para animar as coisas.Não sou muito a favor do ringue de 6 lados mas acredito que foi a hora certa em bota-lo novamente, concordo com o seu ponto de vista o lutador tem que se sacrificar para estar no wrestling,não acompanhava a TNA fielmente na época do ringue de 6 lados então sera bem interessante ver regulamente.

    Para min o Young convenceu,não era fora de serio mas fazia direito,não gosto do Lashley nem em ringue e muito menos no micro (quer dizer ele nem tem micro).Enfim excelente artigo Jorge..

  6. DeVille10 anos

    Acho que o Lashley (Por que diabos tiraram o Bobby do nome dele?) pode render bons combates no ringue, mas na parte do acting ele é horrível. Um cara para ser o carregar o belt principal do uma empresa tem que serno mínimo, bom fora do ringue, o que o Lashley claramente não é. Vi muita gente dizendo que o EY não era um campeão credivel, e olhe que ele, além de ser um bom wrestler in ring, também tem um acting muito bom, é carismatico e adorado pela maioria. Se isso não era o bastante para muita gente, por que o Lashley seria?