Keith Lee: “Achei que a minha carreira tinha terminado”

Como bem nos lembramos, Keith Lee esteve afastado dos ringues durante vários meses, sendo que só ao fim de bastante tempo se soube que foi por causa de ter sofrido efeitos secundários de ter estado infectado com COVID-19.

Em entrevista a Ryan Satin da WWE on FOX, Keith Lee afirmou que enquanto esteve afastado dos ringues pensava que a sua carreira tinha terminado.

Originalmente não me estava a sentir mal. Havia coisas a acontecer que eu não compreendia realmente o que era… O problema é que com a COVID-19, ninguém sabe realmente o que se está a passar. É uma situação de tentativa e erro e todos estão a experimentar coisas diferentes e por vezes os efeitos secundários atingem as pessoas de forma diferente, a COVID-19 atinge as pessoas de forma diferente, sendo que há pessoas que nem são afectadas. No meu caso, presumi que estava bem. Testei positivo e pensei que teria de esperar umas semanas até voltar ao normal.

Voltei após três semanas, tive um combate contra o Riddle e no dia seguinte recebi uma chamada a dizer que havia algo estranho no meu sangue e parecia que havia uma inflamação, o que me fez fazer várias ressonâncias magnéticas. Na altura sentia coisas que eram estranhas, mas não as entendi como sendo algo grave apenas presumi, porque outras pessoas estavam a ter cenários diferentes que eram estranhos pós-COVID que talvez demorasse um pouco mais de tempo a voltar ao normal. Não me sentia mal, mas havia pequenas coisas que me pareciam estranhas. Uma ressonância magnética passou e foi, “Daqui a uma semana ou duas faremos outra”. A segunda foi pior e foi o que levou a “Precisamos que não faças exercício e que não faças nada até descobrirmos isto”.

Depois tornou-se muito desconfortável, porque eu não sabia o que ia acontecer, então não contei nada nem à minha família nem à Mia Yim, porque era algo que não estava sob o nosso controlo e não os queria preocupar. Foi uma batalha pessoal que apenas tentei acalmar por conta própria e na sua maioria, fiquei calado, independentemente da quantidade absurda de mensagens.

No final do dia, estou apenas grato por estar de volta ao ringue, porque foi na quarta ou quinta ressonância magnética, onde tive de ir a Pittsburgh, eu já estava resignado com o facto de a minha carreira ter terminado. Depois recebi algumas boas notícias. Foi preciso muito trabalho para voltar, porque quando se é um atleta com 150kg, a quantidade de treino e poder e explosividade necessários é grande.

Estive cinco meses fora do ringue. Depois, voltei do nada e foram cinco semanas em que fiquei de rastos (risos). Só pensava como é que eu não tinha treinado para voltar e depois comecei só a fazer cardio e tudo parecia estar a voltar ao normal. Já não sabia o que era, por isso foi muito estranho. Agora posso voltar e ter treinos de alta intensidade, por isso foi bom sentir-me como “Ok, estou mais ou menos onde deveria estar”, mas ainda sinto que há trabalho a ser feito.

---

Que expetativas tens para este regresso de Keith Lee aos ringues?