Tendo em conta as recentes mudanças e o aumento de audiência, nada melhor do que uma apresentação final do que é este conceito apelidado de The Novelty Act do vosso espaço favorito das sextas-feiras. Consiste basicamente na análise de ex-lutadores da WWE que não se conseguiram afirmar no main-event e na discussão do seu potencial para tal.

Quais são os critérios para a seleção dos potenciais lutadores a entrar neste conceito que revoluciona a sigla TNA? Simples: esse lutador não pode ter conquistado o World Heavyweight Championship nem o WWE Championship, já que à partida dessa forma não terá sido main-eventer da WWE. O ECW Championship nunca foi tratado pela WWE como um título mundial, pelo que não é restrição para um lutador poder ser analisado neste espaço do Long Horn Peep Show que tem lugar todas as sextas-feiras antes de um PPV da WWE.

Long Horn Peep Show #46 – The Novelty Act 5

Depois de um resumo da carreira do lutador na WWE e uma perspetiva quanto às suas capacidades enquanto wrestler, irá ser avaliado o porquê desse lutador ter saído da companhia e/ou nunca se ter afirmado como main-eventer. Por fim, será feito um julgamento final quanto à utilização a que foi sujeito e se foi tomada a decisão certa, ou não, pela WWE.

Até agora o resultado está em 3-1 contra as decisões da WWE. Mr. Kennedy, William Regal e Shelton Benjamin foram os lutadores que não se consolidaram no estatuto desejado de main-eventers quando tinham tudo para tal, ao passo que John Morrison foi o primeiro a dar razão à WWE quanto à decisão de o libertar. Será que o quinto elemento do TNA, senhor desta edição, irá voltar a mexer o placar a favor das decisões da WWE? Ou será que se trata de mais um lutador mal aproveitado e que tinha todo o potencial para se afirmar no topo?

Veremos o que nos reserva a edição de hoje do TNA, a quinta deste espaço inovador que irá permitir um julgamento final quanto à utilização de Montel Vontavious Porter, MVP! Este character de MVP, a título de curiosidade, foi inspirado no jogador Terrell Owens e na personagem Rod Tidwell (representada por Cuba Gooding Jr.) do filme Jerry Maguire.

A primeira aparição em TV de MVP foi no dia 4 de Agosto de 2006, com 32 anos de idade, sendo que a sua primeira rivalidade só chegaria algumas semanas depois, já após ter sido comunicado que MVP tinha assinado o largest contract in SmackDown history! O seu adversário? Kane, sobre o qual conquistou duas vitórias e sofreu uma derrota num Inferno Match.

Seguiu-se uma rivalidade que MVP viria a confessar ter sido muito responsável pela sua melhoria do seu trabalho in-ring. Essa rivalidade foi pelo United States Championship que pertencia a Benoit e pelo qual lutou na WrestleMania23 e no Backlash seguinte, saindo de ambas as vezes derrotado. Curiosamente, a rivalidade viria a ter um terceiro combate pelo título num 2 Out of 3 Falls Match pelo título de Benoit, que MVP viria a conquistar com uma vitória esclarecedora por 2-0.

A primeira rivalidade de MVP pelo seu recém-conquistado United States Championship seria contra Matt Hardy e viria a ficar marcada pela inclusão na storyline de uma doença real da qual MVP (ou Hassan Assad, seu nome real)  sofria: a síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW), que se trata de uma arritmia cardíaca (taquicardia). Os principais sintomas são palpitações, tonturas, falta de ar, dor no peito e, em 0,6 % dos casos diagnosticados, morte súbita. Basicamente, esta é uma doença rara que leva a que o coração bata mais depressa.

Nada que impedisse este senhor de continuar a lutar, sendo que MVP achava-se mesmo assim tão bom que desafiou Teddy Long, então General Manager do SmackDown, a dar-lhe uma oportunidade sozinho pelos extintos WWE Tag-Team Championships que pertenciam a Deuce ‘n Domino (Deuce Shade e Dice Domino). Long concordou, com a condição do próximo lutador a entrar no seu gabinete fosse o parceiro de MVP para o combate.

E assim foi. Matt Hardy entrou no gabinete e teve uma oportunidade pelos títulos tag-team que surpreendentemente os rivais Hardy e MVP viriam a conquistar. Embora ao início Hardy tenha insistido com MVP (sempre sem sucesso) para lhe dar uma oportunidade pelo seu United States Championship, a verdade é que Hardy e o Captain of The Team viriam mesmo a entenderem-se, tendo Hardy inclusive ajudado o seu parceiro a derrotar Finlay num combate no SmackDown.

A relação de amizade na storyline entre estes dois viria a ser sol de pouca dura, devido à derrota que sofreram contra Morrison & Miz pelos títulos, à qual se seguiu imediatamente após esse combate uma nova derrota pelos títulos tag-team, depois de MVP ter invocado a desforra no final da primeira derrota. Frustrado pelas duas derrotas consecutivas na mesma noite, o US Champion atacou o joelho de Hardy que estava legitimamente lesionado e que serviu para justificar o seu afastamento da competição durante alguns meses.

A verdade é que MVP viria a manter o seu reinado enquanto US Champion até ao Backlash de 2008, derrotando pelo caminho lutadores como Mysterio e Ric Flair, quando enfrentou o regressado Matt Hardy pelo título e finalmente saiu derrotado. Tinha assim terminado o histórico reinado de MVP como US Champion que durou 343 dias e ainda é um dos maiores reinados da história desse cinturão. Ao longo desta enorme rivalidade com Matt Hardy, ambos desenvolveram uma amizade na vida real que ainda mantêm.

Infelizmente, um mal nunca vem só e muito pior que a perda do ouro, foi o que veio a seguir. A partir do dia 28 de Agosto de 2008, o Half Man, Half Amazing entrou numa onda de derrotas que durou… 5 meses. Onda de derrotas que serviu para retirar o túnel com o qual ele fazia a sua entrada e para justificar o facto de MVP deixar de receber o seu dito contract incentive bonus.

No dia 16 de Janeiro de 2009 a onda de derrotas finalmente terminou com uma vitória num Last Man Standing Match contra Big Show, no qual MVP teve a preciosa ajuda de Triple H que estava dependente desse combate para entrar no Royal Rumble Match. Este combate não só recolocou MVP na onda de vitórias, como permitiu efetuar o seu primeiro face turn.

Pouco tempo após esta mudança, MVP parecia revitalizado e em 17 de Março conquistou o United States Championship pela segunda vez na sua carreira a Shelton Benjamin, outro lutador que já entrou para o TNA. Com o Draft de 2009, MVP foi sorteado para a Raw e levou consigo para essa brand o US Championship, algo nunca antes visto. O reinado terminou para Kofi Kingston no dia 1 de Junho.

Long Horn Peep Show #46 – The Novelty Act 5

Depois desta derrota, formou uma equipa com Mark Henry que teve uma oportunidade falhada pelos títulos dos então campeões JeriShow e envolveu-se, mais tarde, numa nova rivalidade com Miz pelo United States Championship, tendo lutado contra o Awesome One por duas vezes pelo título sem êxito.No sorteio suplementar de 2010, o Franchise Playa foi sorteado de volta para o programa das sextas-feiras.

Em 30 de Abril voltou a competir no SmackDown num combate tag-team com Mysterio, no qual derrotaram a equipa de CM Punk e Luke Gallows. Depois de uma participação na segunda temporada do NXT como mentor de Percy Watson, MVP conquistou a sua primeira oportunidade da carreira pelo Intercontinental Championship ao vencer um Triple Threat Match contra Cody Rhodes e Drew McIntyre. A oportunidade pelo título fracassou, tendo Dolph Ziggler mantido o seu Intercontinental Championship.

O seu contrato com a WWE terminou no dia 2 de Dezembro de 2010, mas um dia depois MVP ainda combateu ao fazer equipa com Kaval e perder para McIntyre e Ziggler, sendo que no final do combate MVP e Kaval foram atacados por Kane. Livre das suas obrigações, MVP seguiu para concretizar o seu sonho de carreira: lutar no Japão, mais especificamente no New Japan Pro Wrestling.

Long Horn Peep Show #46 – The Novelty Act 5

Não sendo MVP um lutador técnico, nem um grande wrestler em si, a verdade é que era bastante competente no seu move-set sem ser extravagante e embora fosse ocasionalmente efetuando uma ou outra manobra mais atrapalhadamente (german suplex). Porém, com big boot, flapjack, bulldog, running knee facebuster e outras manobras menos complexas, MVP conseguia ter um move-set aceitável e com impacto para o seu nível, que culminava com o seu finisher apelidado de Playmaker (overdrive). A sua fraqueza dentro do ringue aparentava ser alguma falta de agilidade e de resistência para combates de grande duração.

As suas mic-skills eram um dos seus pontos fortes. Podia não ter muito pulmão dentro do ringue para walk the walk, mas lá que tinha jogo ao microfone e sabia talk the talk, isso ninguém lhe tira. A personagem de MVP teve muito sucesso exatamente graças à vida que ele foi capaz de lhe dar não só nos vários segmentos nos quais inicialmente teve envolvido, como nas promos que viria a realizar já depois de se ter afirmado. Tal até levou à criação de um espaço seu denominado de VIP Lounge.

Claro que para um character daqueles funcionar, completamente arrogante e melhor do que qualquer outro no Mundo, há que ter o espírito e carisma que levem o espetador a acreditar que MVP realmente se acha o melhor. E o Mr. 305 conseguia ser um exemplo de como não é preciso ser muito alto para encher uma sala, ou seja, para ser carismático, pese embora seja dito em abono da verdade: com aquele tipo de character espalhafatoso, que vimos principalmente nos primeiros meses, estavam criadas todas as condições para se atingir tal.

Contudo, MVP provou que a qualidade não estava somente na personagem, mas no atleta em si, já que o seu face turn foi conseguido com sucesso, tendo mantido alguns aspetos antigos e adicionado outros mais virados para a multidão como era o caso do famoso ballin’. Por falar em Ballin’, esse era o nome do tema com que fazia a sua entrada: e que foi escrito e interpretado por ele próprio.

A prova de como este lutador era capaz de melhorar o seu jogo, especialmente durante os seus primeiros anos na WWE, foi o prémio que recebeu do Wrestling Observer Newsletter para o lutador que mais melhorou ao longo de 2007. No ano a seguir, viria a receber o prémio para lutador menos valorizado, do mesmo Wrestling Observer Newsletter, para além de ter sido considerado (igualmente em 2008) o vigésimo terceiro melhor lutador do Mundo para o Pro Wrestling Illustrated na sua habitual lista de 500 melhores lutadores.

Hoje em dia, Assad (nome real de MVP) já tem 40 anos de idade e ainda se especulou para a última edição da Royal Rumble um possível regresso. Isto, tendo em conta que ele saiu a bons termos com a WWE, conforme o próprio divulgou em público com um tweet na altura do seu despedimento: “No need for alarm. I did not get fired. I asked for & received my release. I felt it was time to go international & freshen things up.

MVP já comentou diretamente esta questão relativa a um seu possível regresso à WWE da seguinte forma: “Never say never. Some people leave and have bad feelings – and rightfully so, because some ‘break-ups’ aren’t so friendly – but never say never. I’m still on good terms with the WWE. There’s no hostility between us. They graciously granted my release. I had an awesome time at WWE. Did Vince & I see eye-to-eye on things…no. But it was like the relationship where you start to grow apart.

Por outro lado, existem rumores (que não deixam de ser rumores) que este lutador tem um histórico de problemas a nível de comportamento que o privaram de um push rumo ao main-event que ele tanto ambicionava. Os mesmos rumores apontam que a onda de cinco meses de derrotas que ele sofreu se deveu precisamente à sua atitude de “sabe tudo” que mantinha no backstage.

Long Horn Peep Show #46 – The Novelty Act 5

Este não tinha falta de chama, como Benjamin. MVP queria mesmo chegar ao topo da cadeia alimentar e sentia-se manifestamente infeliz pela forma como tinha sido utilizado no último ano enquanto teve na WWE, para além do seu inferior posicionamento no card ao que ele sentia que merecia. Embora fosse um lutador que trabalhava, a sua atitude por vezes levava-o a ter problemas com a companhia e a criar heat indesejado.

Apesar de tudo, MVP deixou ainda palavras públicas elogiosas para Matt Hardy e Vince McMahon: “I remember our first match in Baltimore. Matt has an incredible mind for the business. We would take our ideas to the office and Vince began to embrace us. I remember once, there was a line outside of Vince’s office and we were at the back. And Vince came out and saw us and said – Matt/MVP come over here – and totally skipped us past the line to hear our ideas. And it was actually Matt’s ideas for the competitions – for us to always be at competition. And to be an odd-couple tag-team. But it was amazing. And if you go to Vince with an idea, a beginning and an end, Vince will listen to you.

Com isto dito, está altura de juntar os prós e contras e partir para o julgamento final de MVP. Nesta altura do campeonato, especialmente como está definida atualmente a hierarquia da WWE, mesmo que MVP fizesse o seu regresso dificilmente seria como estatuto de main-eventer. A conquista do título mundial não ia passar de uma miragem.

Porém, rebobinando a cassete para o final de 2010, altura em que tinha 37 anos, MVP tomou uma decisão que definiu a sua carreira, que foi abandonar a WWE para ir lutar para o Japão. Nada contra. Imaginando que a WWE pretendia renovar com ele, até onde podia MVP ter chegado? Na melhor das hipóteses via MVP conquistar um WHChampionship através do Money In The Bank… Mas francamente não me acredito que esse push ao rumo ao main-eventer fosse algum dia chegar.

Long Horn Peep Show #46 – The Novelty Act 5

MVP é um lutador em todos os aspetos do jogo competente e é um mid-carder de excelência, mas não tem o estofo nem o it factor para se aguentar no main-eventer. O melhor que estaria à sua espera seria alguns reinados como Intercontinental Champion e pouco mais. Tendo em conta o seu passado negro (envolvência com gangues), o seu historial de mau comportamento, a sua atitude e ainda a sua condição cardíaca, as probabilidades de MVP conseguir atingir um título mundial eram muito reduzidas, pelo que a sua opção em concretizar o seu sonho “internacional” foi deveras a mais acertada a tomar.

Se há lutadores que à partida já se sabe para que lado vai fazer mexer o marcador, como é óbvio lutadores como Regal só podem ser exemplo de um total package que foi ignorado, este é igualmente desses casos que também não engana: MVP não tinha o que era preciso para o nível de main-eventer da WWE e a decisão de o libertar, tal como foi requerido pelo próprio, foi a decisão correta a tomar para ambas as partes.

O placar volta assim a funcionar a favor da decisão de despedimento da WWE (tal como aconteceu no TNA anterior com Morrison), que mesmo assim se encontra em desvantagem perante o número de lutadores desperdiçados que tinham tudo para se poderem afirmar ao mais alto nível (Kennedy, Regal, Benjamin). Não se esqueçam de deixar a vossa sugestão para o próximo lutador que querem ver a entrar no TNA e ser avaliado quanto ao seu potencial para main-eventer. Até à sexta-feira antes da Elimination Chamber!

37 Comentários

  1. Totalmente de acordo contigo. No máximo o MVP tinha tido um reinado á Ziggler, pouco tempo e sem grande impacto. Por isso, sim tens razão e um regresso do homem não me iria emocionar.

    • Ricardo Silva11 anos

      Eu gostava de o ver voltar, porque gosto dele como atleta. Gostei do trabalho dele na WWE enquanto o acompanhei, mas certamente que ele não ia voltar para ser algo que nunca foi (main-eventer).

      Obrigado por comentares 🙂

  2. Eu acho que o MVP bem trabalhado poderia ser world champion perfeitamente!! Com aquela gimmick brutal, aquelas mic skills, o tipico look de main-eventer e com qualidade no ringue apesar de nao ser sobervo.

    O John Morrison igualmente. Extremamente talentoso e uma pena ter saido pela porta pequena um talento daqueles.

    O Shelton nao tem estofo. No ringue e de outro mundo mas isso nao chega.

    Quanto ao Kennedy sinceramente nunca gostei dele.

    • Ricardo Silva11 anos

      Este é daqueles casos em que estamos plenamente… Em desacordo. Portanto vamos concordar em discordar xD

      Mas obrigado por comentares 🙂

  3. Concordo contigo. Eu nem sabia que ele já tem 40 anos… Um regresso dele?! Para quê?! Enfim, não faz falta nenhuma à WWE. Se fosse 5 anos mais novo, não me importava nada, até porque sempre gostei dele. Fico contente por alguém, finalmente, elogiar o Matt Hardy…

    Ricardo, não vai haver artigo até à véspera do Elimination Chamber? Espero que esteja tudo bem.

    • Ricardo Silva11 anos

      O que não falta é quem elogie o Matt, quanto a lutadores. Em fãs é diferente como sabemos. Diz-se que o Matt Hardy é dos tipos mais simpáticos e amigáveis que podes encontrar por lá.

      Queria dizer que não vai haver TNA até à sexta-feira antes do próximo PPV da WWE (EC), que é altura em que faço este género de artigos. O LHPS vai continuar até lá no seu formato normal, mas obrigado pela preocupação 🙂

  4. Franciscoxb11 anos

    Grande artigo !

    Eu adorava as mic skills do MVP, nao fazia ideia que o Mvp tinha uma doença no coração.Podia ter um reinado WHC pois era competente,mas já não ia para novo.

    Sugestões para o próximo Novelty act :Finlay, Goldust ou Gregory Helms

    • Ricardo Silva11 anos

      Muitos podiam ter “um reinado como WHC”, mas isso ia levar inevitavelmente à desvalorização do título. Que curiosamente aconteceu, também por outras questões.

      No entanto, a questão aqui é quanto à capacidade dele para se aguentar no topo, algo que conforme tentei provar ao longo do texto, ele não tinha estofo para tal.

      Obrigado por teres sido o primeiro a fazer sugestões! 😉

  5. Grande artigo, Ricardo! O Novelty Act é algo marcante aqui do espaço e muito mesmo. Quando se tratou de Morrison eu rebati e fui contra, porque via potencial para main-event nele, mas são opiniões e hoje estamos de acordo.

    MVP foi um bom atleta dentro da WWE, é um mid-carder de excelência (como disseste), mas nunca o vi metido no main-event, principalmente com aquela gimnick.

    • Ricardo Silva11 anos

      O Morrison não era assim tão brutal como toda a gente o pinta para merecer esse push de main-eventer. Mas isso foi um assunto de outro dia.

      Quanto ao MVP, estamos de acordo. Se bem que a gimmick dele era muito forte, pelo menos, no mid-card.

      Obrigado por comentares 🙂

  6. The Mentalist11 anos

    Parabéns Ricardo, ficou muito bom. Como você disse ele foi um bom mid-carder e eu também acho que se ele tivesse ficado dificilmente iria se afirmar no main event, mas talvez até tivesse seus “15 minutos”.

    • Ricardo Silva11 anos

      Podes me tratar por “tu” que eu não levo a mal xD

      Se tivesse, seriam certamente 15 minutos, embora não me acredite sequer nisso.

      Obrigado por comentares 🙂

      • The Mentalist11 anos

        É que eu tenho o costume mesmo, de usar “você”. Na próxima vou tentar lembrar de utilizar o “TU” 🙂

        • Ricardo Silva11 anos

          Faz por isso, não gosto que me tratem na 3ª pessoa, só eu me posso referir a mim na 3ª pessoa para parecer convencido xD

  7. EGame11 anos

    ótimo artigo, uma rivilidade do MVP que gostei foi a com o The Miz pelo USA title e se for para retornar que seja apenas uma aparição no Royal Rumble, pois ele não faz falta e prefiro que deem destaque aos jovens talentos.

    • EGame11 anos

      ”RIVALIDADE”

      • Ricardo Silva11 anos

        Foi uma boa rivalidade, quando o Miz era Awesome, mesmo apesar de não ter ganho o título.

        Concordo plenamente contigo. Se ele voltar e mesmo que seja para ficar, que seja para tornar o mid-card mais forte e elevar outros lutadores. Se bem que ele não me parece o ideal para isso.

  8. Conspo11 anos

    Gostei do teu artigo, contaste algumas coisas que eu não sabia sobre ele. Por acaso o MVP é um dos meus midcarders preferidos, ao lado de Matt Hardy.

    • Ricardo Silva11 anos

      Então ainda bem, fico contente por ter falado de dois dos teus preferidos 🙂

      Obrigado por comentares.

  9. damv11 anos

    Bem eu sou adepto de todo o atleta que passa pela NJPW, por isso o MVP podia ser campeão quer nesta federação quer na TNA, k até poderá ser caso vá para essas andanças, e até mesmo um WHC na WWE. Pessoal vocês descredibilizam este senhor, mas se calhar são capazes de credibilizar o Khali como campeão, não? Pá por favor ele sempre foi competente, e não é devido a ter um histórico de gangue e pardais ao ninho que não vale mais por isso, até porque o Bully Ray, foi campeão com um estilo inquestionável de motard, que tb venha-se dizer nos States este tipo de pessoas são mt boa gente. O 50 Cent tem os estatuto que tem devido ao que? Ser formado em medicina! Entao qual é cena dos gangues, infelizmente é a realidade de muitos países, mas o MVP passou isto para o interior da WWE, os problemas foram dentro desta federação. EU acho que não.
    A WWE podia ter mt bem pegado no tema dos problemas cardíacos do mosso de forma a criar uma boa historia, e com isto lembrei-me por exemplo do Abidal, que teve o problema serio de fígado, e era sempre lembrado durante a época de recuperação. Um atleta de alta competição quando tem um serio problema de saúde, e o ultrapassa ou tenta deixar de lado, é sempre bom valorizar este tipo de pessoa. Penso que de k.
    Mas eu tenho sempre na memória uma Smackdown, em que ele desafia o Matt, para uns cestos, devido ao Balin, o gajo até falha e depois manda a bola contra o Matt, eheheheh. Estas ideias estão anos luz de perseguições entre Cena e Orton, com o pai do Cena no meio, ou ainda pior, ver o grego do titus o’neil.
    Se eu visse isto com um título mundial pelo meio, ia logo comprar esse programa em Bluray, ou coisa do género. Bem isto é a minha opinião, mas espero que haja mais pessoas a pensar de igual modo. Abraços colegas.

    • Ricardo Silva11 anos

      Obrigado pelo grande comentário damv.

      O Khali, no tempo dele, foi um Campeão Mundial credível. Tinha um físico muito melhor trabalhado do que o que tem agora e, acima de tudo, tinha uma personagem que resulta sempre durante algum tempo – a típica de gigante invencível.

      Digamos que o MVP já falou várias vezes em público que não se orgulha nada do seu passado e do quanto o seu passado o influenciou em quem ele é hoje. Se não estou em erro, acho que ele até teve preso por causa desse tipo de ações criminosas. Obviamente que, com isto, não estou a dizer que ele andou a roubar a Stephanie, mas como falei existem rumores de que o seu comportamento por vezes era bastante incorreto.

      Também me lembro desse episódio do SmackDown, mas só por muito brilhante que o segmento tenha sido, um segmento não passa de um segmento. O Regal teve inúmeros segmentos brilhantes e andou envolvido em histórias com o Eugene, não sei se “tas a sceber” o nível de desaproveitamento.

      Não acho que esse tipo de história seja adequada para um título mundial, mas agradeço a tua opinião 🙂

  10. JoãoRkNO11 anos

    Nunca gostei dele e duvido que algum dia comece a gostar, nunca me cativou com a sua gimmick ou com as suas performances. Concordo contigo, se porventura chegasse a um World Heavyheight Championship duvido que tivesse com o título no máximo dos máximos dois meses, e se conseguisse chegar lá, só pela MITB Briefcase, e mesmo assim era bastante improvável.

    • Ricardo Silva11 anos

      Eu gostava dele, acompanhei-o desde a estreia e ele era engraçado, carismático e bom lutador. Mas não passava daquele nível de mid-carder. Nem tinha potencial para mais do que uma aventura louca, do que uma mera “fluke” pelo título mundial, tal como o JBL um dia chamou ao Punk quando o andava a pôr over o agora Best In The World como poucos conseguiam.

  11. Bom artigo, como já nos vais habituando. Quanto ao formato “The Novelty Act”, acho inovador. Não é algo que vá por aí além, mas é inovadora.

    Quanto ao tema, concordo. Eu gostava dele, mas não era a razão para eu ver WWE. Tinha algum carisma, mas não o suficiente. As mic-skills era boas. Além de que tinha comportamentos incorretos nos bastidores e os problemas cardíacos.

    • Ricardo Silva11 anos

      Obrigado, vou tentar continuar a inovar sempre que tiver uma ideia brilhante 🙂

      É complicado algum mid-carder ser a razão para que alguém veja a WWE, se bem que alguns mid-carders já tiveram essa espécie de efeito em mim.

      Obrigado por comentares.

  12. O Daniel Bryan, o Kane e os Shield em Junho eram a razão para eu ver a WWE, por exemplo.

  13. Dolph Ziggler11 anos

    Quanto ao MVP posso dizer que nunca fui grande adepto dele. Sinceramente, nunca vi nada de especial nele que me cativasse. Havia pessoal que gostava imenso dele, mas eu nunca vi nada ali que me cativasse. Ah, tinha uma theme song engraçada mas tirando isso, muito meh. Respeito quem goste dele, mas, neste momento, se me dessem a escolher entre este voltar á WWE/TNA e não voltar, eu escolheria a segunda opção. Não iria acrescentar grande coisa a ambos os planteis, principalmente ao da WWE.

    Grande artigo, Ricardo! 🙂

    • Ricardo Silva11 anos

      Sim, o regresso dele à WWE só se fosse para dar mais alternativas válidas e experientes ao mid-card, divisão da WWE que está claramente com menos valor do que deveria ter especialmente nesta altura em que só há um título mundial. Por outro lado, se a WWE não sabe o que fazer a nomes como Sandow, Ziggler, Barrett e outros, duvido que o MVP fosse ter um tratamento especial. Portanto, sou inclinado a concordar contigo, embora goste dele.

      Obrigado por comentares Dolph 🙂

  14. Power Ranger Power ranger Power ranger!

    Mais uma excelente edição do Novelty Act, nada apontar do teu brilhantismo, para mim o MVP é talvez dos mais fracos performances na minha opinião.Aquela propaganda toda no Smackdown na sua contratação e depois ver o que foi…Foi USA champion e WWE Tag Team Champion com o Fat Hardy…ok, mas não vou alongar-me muito mais porque sinceramente o que fez, o que é capaz, não chega para ser main event, ainda por cima talvez vá para a TNA…

    • Ricardo Silva11 anos

      Tive para falar disso no texto, ele ouviu esses cânticos durante as primeiras semanas xD

      Eu não acho que ele fosse assim fraco dentro do ringue. Como disse, conseguia dar combates aceitáveis e ser bastante competente, sem ser um wrestler daqueles…

      Obrigado por comentares André 🙂

  15. don_ricardo_corlone11 anos

    Não sei até que ponto se pode dizer que o MVP não poderia ser mais que um mid-carder. Há lutadores que parece que nasceram no main event, porque têm grande carisma, há outros em que isso tem de ser trabalhado, no entanto, mesmo os primeiros precisam de uma faisca. O CM Punk teve a “Pipe bomb”, o Daniel Bryan teve a derrota em 18 segundos que involuntariamente chamou para si o apoio do público, e apesar de serem muito carismáticos e de sempre terem atrás de si uma grande legião de fãs, o apoio “main stream”, de que os main eventers precisam, só chegou depois desses mesmos aontecimentos.
    Nesse ano existiam dois wrestlers na WWE que começaram em grande e conseguiram apoio do público de inicio, falo de Mr. Kennedy e, precisamente, MVP. Aquela que foi a evolução de ambos e as feuds que ambos chegaram a ter leva-me a dizer que ambos podiam estar no main event e tinham qualidade para tal.
    Contudo há algo que pode matar a personagem e mesmo o wrestler, o facto de a própria empresa deixar de acreditar neles, o mau booking e a falta de sorte, que ambos tiveram. Sejam lesões ou o mau comportamento ou a recusa em lamber botas ou a sinceridade, a WWE desistiu de ambos, como fez com Zack Ryder, como fez com Dolph Ziggler, como fez com Shelton Benjamin, ou como fez com o Drew McIntyre, e aí, ou o wrestler é extremamente carismático e resistirá sempre, mantendo o apoio do público, podendo chegar mais alto, mais cedo ou mais tarde, mas mantendo-se sempre por lá, como aconteceu com o Daniel Bryan, (que resistiu á onda de derrotas no NXT, a uma derrota em 18 segundos e um onde da derrotas pós wrestlemania.), ou então nunca resistirá, acabando mesmo por perder motivação e a chama que tinha (Shelton Benjamin, Zack Ryder, MVP, Mr. Kennedy, e tantos outros).
    Na minha opinião o MVP do túnel à entrada, o MVP que enfrentou o Kane, o MVP campeão no seu inicio, o MVP que até tinha o seu talk show, tinha tudo para chegar ao main event e lá se estabelecer. Ele tinha carisma, mic skills e era bom no ringue, apenas o finisher era péssimo, o Jeff Hardy, por exemplo, é bem pior e foi campeão. O problema é que o MVP não é um main eventer nato, é alguém que precisa de trabalho, e a partir do momento em que a WWE o fez fraco com o mau booking, em que este perdeu durante 5 meses seguidos, quando lhe matou a personagem, acabou por lhe tirar a motivação e matar-lhe a chama. Infelizmente, o Drew McIntyre já foi apesar de ser recuperável, e vejo o Dolph Ziggler a ir pelo mesmo caminho.

    • don_ricardo_corlone11 anos

      PS: Esqueci-me de acrescentar uma coisa. Não sabia que o MVP tinha já 40 anos. Como wrestler penso que seja tarde, neste momento, para iniciar a carreira na TNA.

      • Ricardo Silva11 anos

        A diferença entre o Jeff Hardy e o MVP é uma: fãs. Uma enorme diferença. O Hardy tem, inexplicavelmente, uma autêntica legião de fãs. O MVP … Nobody cares. O Jeff era um dos que mais vendia merchandising na WWE, o MVP era apenas mais um.
        E o Jeff era muito mais experiente e competente dentro do ringue do que o MVP, mesmo eu não sendo de todo uma “creature” (LOL), coloco o Jeff num nível acima ao MVP.

        O MVP era muito bom no mid-card, por isso é que se chegou a apontar a ele um possível push rumo ao main-event. Mas daí a se conseguir estabelecer lá em cima vai alguma distância. O Kennedy, por exemplo, ia conseguir ficar lá em cima, porque não só tinha carisma, como tinha umas mic-skills que o levavam até onde deixassem falar – mesmo não sendo um wrestler espetacular, sendo por vezes inseguro nalgumas manobras e lesionado alguns companheiros, era melhor do que o MVP.

        De qualquer forma, obrigado pelo longo comentário, assim dá para debater 🙂