Picking up where we left off last week, a edição desta semana da Long Horn Peep Show começa com mais um daqueles pormenores curiosos que me têm deixado ainda mais confuso quanto a este Alberto Del Rio, confusão que aparentemente se alastrou ao ponto da WWE estar à procura de guionista hispânico que realmente consiga promover Del Rio como um herói mexicano. Será agora que deva dizer, I told you so?
A confusão aumenta especialmente quando o vejo no ringue com Sheamus a falarem bem um do outro. De facto, num promo que vimos poucas semanas após a vitória de Del Rio naquele Last Man Standing Match contra Big Show, Sheamus e Del Rio chegaram a trocar palavras amistosas e elogios, chegando o Celtic Warrior a dizer que “resolveram as suas diferenças”.
Porém, algo que soa ainda mais ridículo na minha mente quando analiso este novo Del Rio, para além de todas as incorreções no seu discurso e dos promos nada convincentes, é o facto de o seu arm breaker ter subitamente melhorado imenso. Deixem-me vos levar – para encerrar definitivamente o tópico da última semana que, a julgar pelas apenas 4 almas caridosas que se dignaram a comentar, aparentemente não vos suscitou muito interesse – até à rivalidade Sheamus vs Del Rio pelo World Heavyweight Championship que teve 3 ou 4 combates pelo ouro.
Ora, num dos últimos dois combates dessa longa e triste rivalidade que teve sempre Sheamus como vencedor, Del Rio aplicou não uma, não duas, mas três (!) vezes o seu arm breaker. Infelizmente para, na altura, El Patrón (saudades de lhe chamar isto), três arm breakers não chegaram para fazer o super-herói Sheamus desistir. Curioso como agora que Del Rio virou “orgulho do povo”, mal aplica o seu temido arm breaker, os seus adversários desistem imediatamente. Deve ter feito algum ajuste… Perdoem-me se a mim a manobra parece-me exatamente a mesma com um resultado demasiado diferente para não ser estranho!
Com o meu peito menos cheio, e fazendo uma retrospetiva das quatro primeiras edições da Long Horn Peep Show nesta nova casa, podemos constatar que a situação da primeira edição (WWE à Hitchcock) ainda se verifica quando faltam apenas dez dias para a WrestleMania 29 no que diz respeito à situação do US Championship de Cesaro, que se irá divertir a “defender” o seu título contra Sín Cara, R-Truth ou quem quer que seja o escolhido para o enfrentar. Outro título ainda à deriva é, pois claro, o das Divas que tem três possibilidades em aberto como possíveis adversárias de Kaitlyn: Tamina, Layla e agora… AJ.
Felizmente ficam-se por aí, pois tanto o Intercontinental Championship como os Unified Tag Team Championships têm Miz e “Ziggy & Big-E” como respetivos candidatos. Assim o cartaz começa a ficar quase definido, especialmente agora que temos a confirmação que vai haver mesmo um Mark Henry vs Ryback, com o único propósito de Ryback conseguir a sua primeira vitória num Pay Per View.
Isto claro, para além do 6-Man Tag Team Match entre Orton, Sheamus e Big Show contra os Shield, que será a oportunidade perfeita para acontecer (será que me atrevo a lançar um “Spoiler Alert” ?) o tão antecipado, e atualmente adormecido, heel turn de Randy Orton como o verdadeiro traidor da “equipa WWE”, abrindo caminho para a continuação da onda invicta dos Shield que idealmente deve seguir invicta durante mais algum tempo. The Shield é um grupo cheio de impacto – ainda hoje estou a tentar recuperar do choque que foi aquele estrondoso spear de Reigns a Sheamus no backstage – que nos têm proporcionado, especialmente nos PPV’s, combates cinco estrelas que relembram tempos antigos… Estes três vieram para ficar, durante muitos anos.
E aproveitando a onda, coloco à partida boas expetativas para o embate entre Y2J e Fandango, que provavelmente até à WM29 terá um ou dois combates dos quais naturalmente vai sair vitorioso e assim calar a malta de Filadélfia que cantou “You can’t wrestle!” a um lutador que ainda não combateu. Faz sentido. Tal como gritar “Boring!” durante o Miz vs. Wade Barrett e ter uma reação extraordinariamente positiva a Ryback (?!), que em qualquer outra cidade tem sido (justamente) criticado. Outra vez, faz todo o sentido! Resta saber como esta rivalidade vai continuar a ser explorada até dia 7 de Abril, mas até agora – e contrariando o agoiro que alguns parecem querer dar a Fandango – parece ter tudo para resultar!
Depois de na última semana, conforme por agora já se devem ter apercebido, se ter discutido o panorama do World Heavyweight Championship, nada parece igualmente ter alterado na rivalidade entre CM Punk e Undertaker, que então deverá culminar (espero eu) com a imortalidade de CM Punk e com o fim da Streak (nem que tal seja via DQ), tal como foi abordado na segunda edição (May The Streak RIP) deste espaço semanal.
Seguiu-se um segmento pouco habitual do HighLight Reel, que foi muito criticado e, por isso, tema da terceira edição desta crónica, na qual destaquei pela negativa, entre outros pontos, o “lambe-botismo” de Michael Cole. O mais engraçado é que imediatamente no SmackDown a seguir a esse Raw no qual Cole humilhou Brad Maddox, ao que parece a pedido do Tio Vince, vimos Michael Cole e Brad Maddox lado a lado na mesa de comentadores. O porquê de os terem colocado a comentar juntos? Tirem as vossas conclusões.
Por falar em comentadores do Friday Night SmackDown, foi como muito agrado que ouvi o regresso de JBL à mesa que é sua não por direito, mas por mérito: por ser atualmente o melhor comentador da WWE. O homem faz tanta falta, que na primeira semana que JBL faltou ao SmackDown, tiveram de chamar dois comentadores para o substituir! E reparem que disse que eu ouvi o regresso de JBL, porque infelizmente a WWE não se dignou a passar umas das imagens ou um dos vídeos que JBL foi publicando no seu canal do Youtube enquanto escalava montanhas para a caridade (se calhar não é “PG”). Simplesmente apareceu na sua cadeira, enquanto Cole lá explicou o porquê da ausência de JBL em meros segundos.
Desta forma, está feita a retrospetiva das quatro primeiras edições da Long Horn Peep Show, retrospetiva que me serve como rampa de lançamento para poder abordar, finalmente, o tema desta semana: Brock Lesnar vs Triple H.
Foi na noite a seguir ao SummerSlam, PPV no qual Brock Lesnar derrotou Triple H, que o King of Kings nos deu uma espécie de discurso de reforma, embora sem nunca dizer que estava oficialmente retirado dos ringues. Foi uma espécie de despedida, com regresso incerto. “Thank You for letting ME play the game.”, foi a frase que ficou no ouvido.
Contudo, dizem que todos os verdadeiros Campeões têm sempre uma última grande luta dentro de si (veja-se o “exemplo” de Rocky ou se preferirem algo mais palpável, o regresso de Paul Scholes aos relvados depois de se ter reformado).
E será na WM29 a última grande luta de Triple H. Por todo um conjunto de motivos, de necessidades e de oportunidade. Constatemos: os dois melhores amigos de Hunter, Ric Flair e Shawn Michaels, retiraram-se na WrestleMania. Que outro palco irá o Game se retirar se não o “Showcase of the Immortals”? Tal como Shawn e Ric, Triple H é outro imortal.
Se querem pistas, olhem para o penteado de Triple H: pode-vos parecer duvidoso, mas o facto de o Cerebral Assassin ter regressado com o cabelo rapado diz muito da transição que está quase completa: o wrestler deu lugar ao senhor COO.
A verdade é que Triple H tem futuro garantido na empresa e precisa de se concentrar a 100% no seu cargo, pois a WWE precisa dele. Tal como a WWE precisa de Brock Lesnar. Ao contrário do seu rival, Lesnar não irá certamente ser um senhor de negócios nem irá herdar nenhum cargo, pelo que irá certamente continuar a combater durante mais alguns anos.
E isso é algo no qual a WWE está a investir e muito bem, porque basta comparar a forma física de Brock Lesnar quando regressou para rivalizar com Cena e a sua forma física atual: água para vinho. E o vinho, se for trabalhado, ainda pode virar uísque.
O pretexto de “Legitimacy has returned to WWE” é algo que ainda ecoa nas cabeças das pessoas, sabendo a WWE muito bem que ninguém garante tanto impacto e credibilidade como Brock Lesnar. Uns garantem credibilidade. Outros garantem impacto. Poucos conjugam os dois. Mas só um o faz com provas dadas na UFC, como é o caso do Mr. Here Comes The Pain.
Embora não seja de excluir uma eventual vitória de Triple H, será sempre Game Over para Triple H e acredito que o cenário ideal será o de uma vitória (novamente) de Brock Lesnar, que enquanto vai caminhando rumo ao topo da sua forma física, vai ganhando força para poder se inserir no panorama do título da WWE.
Convenhamos após WM29, no Extreme Rules, é certo que The Rock e Brock vão marcar presença (até já há rumores de um combate entre ambos), sendo no entanto uma incógnita qual será a situação física de CM Punk. Por isso convém manter todas as opções em aberto para um eventual Triple Threat Match pelo WWE Championship entre Brock, Cena e Rock. Até porque um CM Punk vs Cena parte 23 terá zero interesse, especialmente porque sempre que estes colidem fica mais do que visto quem é superior, seja no ringue, seja ao microfone, seja a manipular os fãs.
Seja qual for o vencedor, este Brock Lesnar vs Triple H vai ser um daqueles combates que “paga” o bilhete, por muito que “No Holds Barred” seja hoje em dia exatamente o mesmo que um “No DQ” ou um “Extreme Rules”. Aposto que conseguem adivinhar qual será o tema da próxima semana…
Até lá, Captain Charisma.
14 Comentários
OTIMO POST,NA PARTE DO ROCKY,NAO ENTENDI,MAS QUANDO FALOU DE PAUL SCHOLES VOLTANDO DA APOSENTADORIA BEM,DEU PA ENTENDE BLZ
Rocky quer dizer ” The Rock”
Acho que não…Rocky, o boxista dos filmes representado por Silvester Stallone, que no quinto e ultimo filme saiu da reforma para dar “uma lição” ao campeão.
Só para esclarecer… Exatamente esse Rocky! O verdadeiro, não o Tooth Fairy.
A “Streak” acabar via DQ… lol…
que hater desta crónica que tu és
Eu? Porquê? Pra ser sincero, cliquei e nem reparei qual era. São tantas xD
Mas a partir de agora vou concorda com tudo o que for dito 🙂
concordar*
E se só critique isso, é porque concordo basicamente com o resto.
Tal como o autor do artigo, também não percebo como é que os fãs gritam “boring” num combate entre o Miz e o Barrett e depois veneram e quse que têm um ataque quando o Ryback entra, um gajo que ainda não provou absolutamente nada.
Está melhor assim? 🙂
PS: obrigado por estares tão atento aos meus comentários 🙂
hahahaha de nada xD
com a WWE nunca deves duvidar de nada que seja ridículo e absurdo… nada mesmo
A streak nunca vai acabar! E se acabar é uma autentica palhaçada sem qualquer sentido!! xD
Concordo com tudo menos com a parte do Punk acabar com a streak do Undertaker.
Bom artigo!
Quanto ao Alberto del Rio:
É um ótimo wrestler, não tem o que se discutir, desde quando era heel dava belos combates, até com o Sheamus conseguiu fazer lutas boas, e com o face-turn mostrou novo repertório. O que está deixando a desejar são as incossistências desse face, quando heel fez coisas que não caberia agora, lembram quando ele “abordou” um fã imigrante ilegal e exigiu que o deportassem? Ao meu ver vai contra tudo o que ele “preza” agora… E o Arm Breaker antes não vencia ninguém acima do Midcard, com exceção do Randy Orton por punição da WWE, e concordo com
Captain Charisma que agora não dá 5 segundos e já dá tap out…
The Shield é quase certo que vai vencer, melhor dizendo, TEM que vencer, pois ainda é muito cedo para desfazer o grupo, e também acho que tal vitória será por uma traição da “voz da razão” do grupo, o Viper.
Já o HHH, acho que não vai aceitar perder em sua despedida. Seria muito melhor para construção da gimmick do Brock Lesnar vencer novamente, mas acredito que no final vai falar mais alto o ego do “The Game”.
Resumindo, concordo com todo artigo. E parabéns! Leitura muito boa de se fazer!