Importa começar por dizer que a luta livre feminina está no programa Olímpico desde os Jogos de Atenas 2004. Em 20 anos, o crescimento da modalidade foi impressionante. Mas é preciso voltar um pouco atrás no tempo, para perceber como tudo começou.

À semelhança do que acontece, por exemplo, com uma revisão da empresa Leon.bet por MightyTips, todas as análises, sejam elas de casas de apostas ou de modalidades desportivas, requerem um estudo prévio, que se torna essencial para conhecer a matéria objeto de estudo. Por isso, a história é tão importante.

O início da luta livre no feminino

A luta feminina dá os primeiros passos nos Estados Unidos da América, no início do século passado. Ainda que nas duas primeiras décadas fosse encarado como um espetáculo pouco decente, com feminino lutadoras, párias da sociedade, que mostravam os seus seios e divertiam o público masculino, com as suas faltas de aptidões.

Mas a luta feminina haveria de impor-se, nos anos 30, com lutadoras dispostas a tornar a competição credível e desassociá-la dos termos pejorativos com que fora criada.

Facto: Nomes como Livingston, Clara Mortenson e Mildred Bliss trouxeram mais seriedade à luta feminina, incluindo o título de campeã feminina e criando o cinturão feminismo. Ainda assim, as lutas no feminino continuaram a ser encaradas como um espetáculo de entretenimento masculino.

Até à década de 50, feminino lutadoras como Josie Wahlford,  Laura Bennett e a Masha Poddubnaya foram as mais aplaudidas nesta área, tentando firmar definitivamente a luta livre feminina como uma modalidade desportiva.

Foi, aliás, na década de 50, que as primeiras lutadoras japonesas começaram a surgir nos ringues. Numa combinação de luta e entretenimento, as lutadoras no Japão tentavam popularizar o desporto, mesmo sendo alvo de discriminações.

O período dourado da luta livre feminina

Tanto nos Estados Unidos da América, como no Japão ou na Rússia – países onde a luta feminina já estava implementada há anos – a luta livre feminina começa a traçar o seu caminho profissional, nas décadas de 1970 e 1980. Este foi, provavelmente, o período de ouro da luta livre feminina, com novas lutadoras, novas associações, novos torneios e uma promoção sem paralelo.

A luta livre dos anos 70 e 80 é, definitivamente, encarada como uma modalidade, com instituições e organizações apoiando e promovendo a disciplina, um pouco por todo o mundo.

Luta feminina: Evolução, Influência e Perspectiva

A luta livre feminina começa a fazer-se num plano internacional, com lutadoras como Jaguar Yokota, Lioness Asuka, Chigusa Nagayo e Mae Young e Fabulous Moolah. Foi também na década de 80, mais precisamente em 1986, que a empresa de wrestling profissional para mulheres foi criada, a GLOW (Gorgeous Ladies Of Wrestling).

A GLOW foi criada pelo empresário americano David McLane, cuja ambição de longa data era lançar um torneio de luta livre exclusivamente feminino e que, nas suas palavras, «abalaria a indústria de luta livre predominantemente masculina.»

Entretanto, os anos 90 assistiram à popularização das lutas livres femininas por todo o mundo, com a modalidade a ganhar mais lutadoras e, acima de tudo, com as lutadoras a serem reconhecidas entre os seus pares.

As discriminações e críticas dos anos 10 demoraram quase 100 anos a deixar de se ouvirem.

Luta feminina: Evolução, Influência e Perspectiva

A modalidade Olímpica

Facto: A evolução da luta livre feminina levou a que esta fosse incluída, pela primeira vez, no programa olímpico em Atenas, corria o ano de 2004.

Pela sua extensa história de luta livre feminina, tanto os Estados Unidos, como o Japão, são os países mais medalhados na luta feminina. Ainda assim, é importante sublinhar que a primeira medalha de ouro, no peso mosca, foi para a ucraniana Iryna Merleni.

Em 2004, existiam apenas 4 categorias de luta livre feminina, em comparação com as sete categorias na lutas livre masculina. Em 2016, nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, tanto a luta feminina como a luta masculina passaram a ter 6 categorias cada uma.

Face a este justo equilíbrio, Iryna Merleni afirmou «Estou infinitamente feliz que duas categorias de peso tenham sido adicionadas ao wrestling feminino. Simplesmente super que equilibrou as mulheres nos direitos dos homens! Pela primeira vez».

As feminino lutadoras do Azerbeijão, do Canadá, da China, da Turquia, da Bulgária, da França, da Espanha e da Itália começaram também a fazer-se representar nos Jogos Olímpicos, com resultados bastante promissores. Algumas destas lutadoras chegaram a subir ao pódio numa das cinco edições de Jogos Olímpicos, com a luta livre feminina incluída.

Luta feminina: Evolução, Influência e Perspectiva

Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020 – a última edição – das seis medalhas de ouro em jogo, o Japão conquistou quatro, os Estados Unidos, uma, e a Alemanha, uma medalha de ouro. O Japão continua a afirmar-se como uma potência mundial na luta livre feminina..

Tendências e Futuro

A modalidade está, hoje em dia, bastante difundida e tem um público fiel, nas várias lutas femininas que existem, um pouco por todo o mundo. Ainda assim, a luta livre feminina continua a não ter a expressão e importância da luta livre masculina.

Com o aparecimento de novos torneios, cada vez mais lutadoras jovens e um interesse maior pela modalidade, acredita-se que, no futuro, possa haver ainda mais competições e mais lutadores nos ringues.

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