A WWE é a sua própria inimiga. Este é um cliché frequentemente usado, mas não poderia ser mais verdade neste caso. Há mais de uma década que a WWE não possui qualquer competição. Competição com recursos e poder suficiente para lhe fazer frente e dar luta. Desde que a WCW acabou que a possibilidade de existir uma companhia que represente uma verdadeira ameaça à WWE se tornou cada vez mais ténue.
O poder e controlo que a WWE possui sobre esta indústria é demasiado forte. Há muitos anos que o nome McMahon é sinónimo de “Wrestling” e há muitos anos que o nome “McMahon” é o único a ser sinónimo de “Wrestling” a uma escala global.
Portanto, num mundo onde a ameaça real não existe, apenas a potencial, seria de supor que a inexistência da pressão de uma entidade “inimiga” ajudasse a WWE a melhor desenvolver as suas histórias, lutadores e, no geral, o produto apresentado. Ora, tal como a última década provou, tal suposição não poderia estar mais errada. A inexistência desta pressão tornou a WWE complacente.
O facto de serem a maior companhia à escala global e o sinónimo de “Wrestling” para as grandes massas deu à WWE uma sensação de segurança perigosa. Já não existe a pressão de apresentar o melhor produto ou agradar aos fãs o máximo possível, pois apenas uma pequena legião irá explorar as outras opções existentes.
As grandes massas continuam leais ao produto a que sempre se habituaram a ver ou simplesmente se afastam por uns meses e voltam quando é garantido algo de excitante – época de Wrestlemania.
Foi o mesmo que aconteceu com grande parte dos fãs da WCW. Quando a companhia acabou, uma parte significante dos fãs da WCW não seguiu WWE, como esta última esperava, preferindo desligar-se do produto quase por completo ou simplesmente explorar outras opções.
E é aqui que está o problema. A complacência da WWE levou-a a tomar os fãs por garantido e a insultar frequentemente os que de facto seguem o produto religiosamente. No fundo, nem é para esse tipo de fãs que a WWE trabalha, pois se assistem religiosamente é porque já estão convencidos e dificilmente irão afastar-se. É para as massas que a WWE trabalha e na última década o número das “massas” tem-se tornado cada vez mais pequeno.
Ou, por outro lado, as “massas a part-time” tornaram-se cada vez maiores. Ou seja, cada vez mais pessoas desistem de acompanhar a WWE ao longo de todo o ano, apenas prestando atenção às épocas mais empolgantes. E, o triste de tudo isto, é que a WWE pouco – ou nada – faz para reverter esta situação.
Esta complacência e arrogância leva a WWE a desperdiçar, todos os anos, o potencial de lucrar ainda mais do que o lucra. Pois, sem qualquer desafio pela frente, o produto – e a própria indústria como um todo – pode tornar-se no que os responsáveis pela WWE querem.
E não existe ninguém para lhes fazer frente ou impedir esta transição. Cada vez mais os responsáveis pela WWE estão a marginalizar a companhia do resto da indústria, afectando-a como consequência, numa tentativa da moldarem à sua própria imagem.
Basta ver os planos que a WWE possui para o WWE Performance Center. A WWE quer criar talentos próprios, a partir do zero, sem ter a necessidade de recrutar no circuito independente ou no estrangeiro. A WWE quer a liberdade de conseguir criar a sua próxima geração, de forma a terem exactamente o que pretendem e idealizam, correndo o risco de criar a geração menos variada de sempre.
O talento e a personalidade de uma verdadeira estrela – ou de alguém com potencial – não é criado num ambiente como o fornecido pela WWE, onde apenas uma forma de ver e fazer as coisas é apresentada.
Mesmo com os melhores recursos à sua disposição, os talentos que a WWE irá criar em “laboratório” dificilmente serão comparáveis aos que são desenvolvidos durante décadas em vários sítios do mundo, a adquirir diferentes tipos de experiência e com um número de oportunidades imenso para aprender e desenvolver as suas personalidades.
É certo que existem sempre excepções à regra, mas o facto da WWE pretender extinguir por completo a opção da próxima geração de aprender e desenvolver a sua arte, recebendo experiência de todas as maneiras possíveis, é assustadora. Especialmente quando a história está repleta de personalidades fantásticas que lucraram exactamente disso: do privilégio de aprender com várias culturas. E especialmente quando a pessoa mais popular do momento, Daniel Bryan, é exemplo disso.
Ao querer alienar-se de tudo o que tenha a ver com a indústria, de forma moldarem a indústria à sua imagem para os que não fazem parte da mesma, a WWE esquece-se da forma como tal poderá prejudicar o produto e os seus fãs. Um dia irá chegar a altura onde todas as grandes Lendas que as massas idolatravam em crianças serão demasiado velhas para entrar num ringue lutar.
Um dia, as audiências da Raw e as vendas de pay-per-view serão tão trágicas que nem uma aparição de Vince McMahon irá ajudar. Um dia, a discrepância entre o número de fãs que assiste ao longo de todo o ano e o número que apenas assiste durante as “épocas altas” irá ser tão grande que a WWE irá ver-se às aranhas para resolver o problema.
Um dia, esperemos que mais cedo do que tarde, a WWE irá perceber que o ego e preferências pessoais dos seus dirigentes nem sempre ajudam a tomar as melhores decisões.
Já falei bastante da forma como a popularidade de Daniel Bryan não tem sido aproveitada da melhor forma e de como tal é um desperdício imenso, mas é necesário compreender o porquê.
Há meses atrás defendi ferozmente que Vince McMahon não nutria qualquer sentimento negativo por Daniel Bryan. Referenciei afirmações de Shawn Michaels, Mark Henry e até Jim Ross para defender essa perspectiva. Ora, a forma como a WWE tem tratado Daniel Bryan nos últimos meses não abonou, propriamente, a favor de tudo o que defendi nessa edição – Opinião Feminina #139 – Signs of Pure Manipulation – levando-me até a acreditar que não teria tudo feito parte de uma ilusão minha.
Contudo, meses depois, a minha opinião não mudou muito, apenas acordado para uma diferente realidade apontada e defendida por muitos que andam nestas andanças há mais tempo que eu.
Vince McMahon não tem nada contra Daniel Bryan, apenas não compreende a sua popularidade. E aposto que não é o único. O facto da pessoa mais popular do momento estar a perder para a Wyatt Family, que embora mereça todo o mérito pelo seu trabalho, continua a ser uma stable de midcard, apenas mostra a dificuldade que a Vince possui em compreender os fãs e o porquê de gostarem de Daniel Bryan.
Para este, Bryan é uma anormalidade. Uma irregularidade do sistema. Uma “moda” que irá terminar mais tarde, ou mais cedo, e que nunca teria capacidade de se tornar algo sério. E, se a “moda” de facto terminar devido à forma ridícula como a WWE a tem tratado, este irá achar que sempre teve razão e que tal o prova.
Contudo, quase dois anos depois depois desta” moda” se fazer ouvir em todas as arenas por onde passam, o que Vince não compreende é que nunca foi uma “moda”, mas sim a preferência de uma legião de fãs que não exige os mesmos requisitos que este para os seus campeões.
Quando Vince e Triple H diziam diariamente que Daniel Bryan não podia ser campeão porque era pequeno, parecia um troll, e nem sequer tinha porte de campeão, estavam a partilhar as suas próprias ideias e mentalidades. Estavam a dizer aos fãs como é que Daniel Bryan falhava os seus requisitos para ser levado a sério.
Porém, como se pode ver, os requisitos dos dirigentes da WWE e os requisitos dos fãs não são os mesmos, porque os fãs estão-se a borrifar se Daniel Bryan é pequeno, parece um troll ou não tem porte de campeão. Eles só querem acreditar que quando apostarem nele não irão sair desiludidos, pois há meses que estão a provar que o querem fazer.
Enquanto a Vince e Triple H repetidamente tentaram explicar aos fãs porque é que ninguém deve levar a sério Daniel Bryan como campeão, os fãs já o viam como campeão. Quando os próprios fãs já conseguiram levar Daniel Bryan a sério, mesmo com todas as suas limitações físicas, quem é Vince ou Triple H para dizer que não funciona?
Afinal, o grande problema de lutadores deste género é a forma complicada como se leva os fãs a acreditar que este possui hipóteses de sair vencedor. Neste caso, tal situação nem se coloca, pois os fãs já depositaram todo o seu investimento emocional em Bryan e querem que este vença, logo a maior barreira a ultrapassar no processo de contar esta história já foi ultrapassada.
E mesmo assim, mesmo com esta prenda dos fãs dada de bandeja, os dirigentes da WWE continuam sem compreender. Simplesmente não conseguem entender a simples noção de que aquilo em que os fãs estão dispostos a gastar dinheiro não é a sua fantasia pessoal ou lutador ideal. Semelhante ao que se passou em 2006, no December to Dismemeber, sobre quem deveria ser a estrela valorizada: o já popular CM Punk, ou o modelo preferido de lutadores de Vince, Bobby Lashley,
Como não acreditam e entendem como é que alguém pode levar Daniel Bryan a sério devido à sua aparência e porte, a WWE decidiu colocar Big Show ao barulho. Big Show, uma verdadeira atracção, de porte intimidante que pode perfeitamente ser levado a sério.
Ao invés de aceitarem as preferências dos fãs e apostarem nelas, a WWE decidiu que tal não era suficiente e que era preciso alguém do seu porte ideal. Daniel Bryan foi perdendo cada vez mais destaque, deixando que Big Show se tornasse o centro da história.
Ninguém esperava que este saísse vitorioso no fim, ninguém queria sequer vê-lo envolvido, mas no entanto, foi o que aconteceu, porque é o que a WWE compreende. E o que é que aconteceu com Big Show como grande babyface no main-event do Survivor Series? O evento teve vendas desastrosas.
Enquanto a estrela mais popular do momento e o indivíduo que todos queriam ver com o Título estava entretido no midcard, a visão idealista da WWE falhou.
A WWE não confia na popularidade de Daniel Bryan ao ponto de colocar à prova, sem interferências ou sabotagens. É por isso que também não estão a fazer os possíveis e impossíveis para arrasar com ela.
Estão a lucrar o que podem, de momento, apenas não acreditando que tenha o potencial para ser algo mais, mesmo depois de todas as arenas por onde passaram berrarem a alto e bom som, ao longo do último ano e meio, que pode ser algo mais.
Há dois anos atrás, quando estava a rivalizar com CM Punk, Triple H disse-lhe que o que levou John Cena ao topo e o que o estava a ajudar era o apoio da multidão. Triple H reforçou que tudo o que CM Punk precisava era que os fãs gritassem por si, pois a WWE e todos os patrocinadores fariam questão de os ouvir.
Ora, Daniel Bryan já beneficiou bastante deste apoio dos fãs, mas a minha questão é: porque é que este ainda não teve uma oportunidade legítima como main-eventer, como CM Punk e John Cena tiveram?
Enquanto a WWE se recusa a aceitar aquilo que não compreende, Daniel Bryan continua a ser “apoiado” desnecessariamente por estrelas como Big Show e, agora, John Cena que até fala por ele. Bryan é perfeitamente capaz de falar por si e lutar pelas suas causas, mas mais uma vez a WWE mostra a sua falta de confiança em si ao dar-lhe John Cena como “muleta”.
A WWE impediu os fãs de verem o seu investimento emocional recompensado porque não entende os seus gostos. Mesmo depois de, repetidamente, jurar que apenas existe para entreter e dar aos fãs o que quer. É treta. Pois, a WWE irá sempre tentar dar aos fãs aquilo que eles querem e que eles próprios aprovem. Existem excepções, como é natural, e o meu lado optimista insiste que Daniel Bryan irá eventualmente ser uma delas. Mas a regra é e sempre será essa.
Daniel Bryan não é o único exemplo da grande incapacidade que a WWE tem em compreender a sua audiência. Basta olhar para os momentos nomeados para “LOL Moment of the Year” dos Slammy Awards para encontrar outro exemplo: Comédia. A WWE é péssima a fazer comédia para entreter os fãs. É absolutamente terrível a entender o que faz os fãs rir e porquê. Tudo porque está a ser organizada por uma pessoa que está completamente desligada da geração e do mundo actual.
Não é de admirar que a verdadeira comédia, a que faz os fãs rir genuinamente, é aquela feita por personalidades carismáticas que estão a ser fiéis a si próprias e não estão completamente desligadas do mundo real e, claro, John Cena, cujas piadas falham redondamente e apenas conseguem insultar a inteligência dos fãs.
Quando estão nomeados para momentos mais engraçados do ano uma piada preconceituosa sobre indianos, um lutador a vomitar descontroladamente e Vickie Guerrero – uma das personalidades mais usadas neste sentido – a ser despedida mais uma vez, consegue-se entender perfeitamente a noção de sentido de humor que a WWE possui.
E não, não acho que tal seja culpa da equipa criativa, pois a equipa criativa pode ser tremenda no seu trabalho, mas no fim do dia, continuam a tentar agradar a apenas uma pessoa: Vince McMahon. É o mesmo que JBL faz todas as semanas com as suas piadas, onde se nota que desesperadamente está a tentar a agradar a apenas um indivíduo, ao invés dos milhares que o ouvem semanalmente.
Exemplo de tal foi também a mais recente polémica, onde os comentadores tiraram uma foto a si próprios durante um combate numa piada que apenas Vince McMahon queria saber e entendia. Enquanto isso, o que estava a decorrer em ringue e aquilo que realmente importa é deixado ao acaso.
Ora, quem ganhou esse Slammy Award de momento mais cómico do ano foi The Rock, no segmento onde gozou com… Vickie Guerrero, alguém que nunca no mundo lhe conseguiria retribuir à letra, ao contrário de John Cena no ano anterior.
Numa edição anterior deste espaço debati a diferença entre a dança de Emma, do NXT, e os segmentos de dança que a WWE possui no roster principal. E a diferença é bastante simples. No NXT, Emma e Santino tiveram um segmento hilariante onde lutaram e dançaram juntos.
Esse segmento não divertiu apenas os fãs presentes em Full Sail, mas também me divertiu a mim. Tal funcionou porque ambos se estavam a divertir também. O divertimento deles era genuíno e, por essa razão, tudo funcionou. Os fãs estavam a rir-se com eles, não se estavam a rir deles.
Ora, na maioria das vezes, quando uma estrela é forçada a dançar em televisão – como Vickie Guerrero já foi – a WWE está a promover a ideia de nos rirmos dela. A maioria da comédia que a WWE faz é exactamente desse tipo. Que o diga Jim Ross, não é verdade?É um género de comédia maldosa e antiquada que em nada entretém a audiência actual.
Qual é a piada de rir de Vickie Guerrero por não ser o estereótipo de mulher perfeita ou de Jim Ross por um problema de saúde? Ou as típicas piadas relacionadas com a cultura dos envolvidos, como indianos a encantarem cobras ou porto-riquenhos a fingirem ser espanhóis e toureiros? No caso dos Los Matadors nota-se perfeitamente que foi algo em que ninguém estava verdadeiramente investido, sendo apenas o projecto de uma semana ou duas para fazer rir meia-dúzia de pessoas nos bastidores.
E é exactamente por isso que a comédia feita no NXT funciona e a maioria da comédia feita no roster principal não funciona. No NXT são pessoas normais a divertirem-se e a quererem que os fãs se divirtam com eles. No roster principal, as piadas são na sua maioria infantis, maldossas e sem qualquer… bem, piada.
O envolvimento de Vince McMahon no NXT é mínimo. A equipa criativa é outra e a forma de trabalhar é diferente. É por isso que muitos dos erros básicos que a WWE comete no roster principal não se verificam no NXT.
Vince é um génio e a quem os fãs devem muito. Foi uma personalidade fulcral na história do Wrestling Profissional. Pode ter tomado más decisões, mas tomou bastantes boas decisões. Enfim, não é infalível, como ninguém espera que qualquer ser humano seja, mas é um facto que cada vez menos Vince compreende os fãs. E tal não é de agora. Este sentido de humor ridículo não começou a aparecer ontem e as suas decisões questionáveis também não começaram com Daniel Bryan.
Apenas são situações recorrentes. Situações que provam que a WWE em nada mudou. Pelo menos, não verdadeiramente, pois são os mesmos morais, a mesma mentalidade e as mesmas preferências a conduzir o barco.
E quando os fãs tentam, nem por um momento, sentir que fazem parte do produto e que de facto conseguem influenciar o mesmo, acabam por ver as suas preferências avaliadas e julgadas por alguém que não as compreende e não as sabe usar da melhor forma.
Embora pareça que já evoluíram bastante, a WWE precisa de se adaptar ainda mais aos tempos que correm e não estou a falar da sua App, redes sociais ou site oficial. Isso é apenas outra forma desesperada da WWE mostrar que é actual e está a acompanhar a mudança dos tempos, quando na realidade falha da forma mais básica: compreender a sua audiência.
Não precisa de a seguir cegamente para o provar, nem é tal que estou a sugerir. A compreensão ajuda a resolver grande parte dos problemas e evita outros tantos.
Como puderam concluir através do título, esta foi a primeira metade de dois artigos onde irei explorar e explicar mais detalhadamente a forma como a WWE cria os seus próprios obstáculos no caminho para o sucesso. Esta edição termina assim como o meu voto de boas festas a todos! Divirtam-se e até à próxima edição!
18 Comentários
Grande artigo Marta. Muito bom.
Alguma coisa a acrescentar? Nope.
Espetacular artigo Salgado, como sempre 😀
Concordo contigo na questão Bryan, nada contra a Wyatt Family, mas Daniel Bryan, não poderia ter saído derrotado do PPV as portas da Road a Wrestlemania, parece que a WWE, quer minar todo o apoio existente a ele.
Agora ele está praticamente em uma encruzilhada, dividindo-se em sua rivalidade contra a Wyatt Family, que ninguém sabe até onde vai e sua participação na rivalidade contra a Autoridade, onde retornou a aparecer, só que desta vez, aparado a John Cena.
Bryan a dois anos vem recebendo este apoio espetacular do público e a WWE, continua a relutar de lhe permitir um reinado consistente, tomara que eles pudessem nos surpreender e na Wrestlemania 30, tivéssemos o grande momento de Bryan, mas sinceramente, duvido muito disso.
Sinceramente acho que seria optimo se apenas esse fosse o problema!!
Nao estou preocupado apenas num caso em particular mas em vários porque antes de Daniel Bryan sofrer com isto (atenção que ainda nao esta tudo completamente perdido para ele!!) já outros sofreram do mesmo mal!!
Temos o exemplo do The Miz que era um heel incrivel e tinha tudo para ser cimentado como main-eventer credivel e o que a wwe fez? reduziu-o a uma insignificância que o tornou absolutamente banal e ridiculo!!
Wade Barrett o lider dos Nexus que se estreou em grande e que se foi logo envolver com os melhores nomes do negocio!! E agora o que faz? Dá nome ao meu nickname e diz umas bad news!!
Dolph Ziggler o homem que começou com uma caminhada incrivel com a mala em seu poder onde venceu alguns dos maiores nomes do negocio e se tornou campeao mundial num cash in incrivel!! O que faz agora? É Mr.Kick off!!
E agora Daniel Bryan!!
No caso dos dois primeiros pelas reacções negativas que tinham do publico (sim porque também é importante ter heels crediveis!!) e no caso dos dois ultimos pelas reacções positivos acho um tremendo desperdicio de talentos até porque qualquer um dos 4 pode perfeitamente ser main-eventer!!
Artigo fabuloso…
“Embora pareça que já evoluíram bastante, a WWE precisa de se adaptar ainda mais aos tempos que correm e não estou a falar da sua App, redes sociais ou site oficial. Isso é apenas outra forma desesperada da WWE mostrar que é actual e está a acompanhar a mudança dos tempos, quando na realidade falha da forma mais básica: compreender a sua audiência.”
Para aqueles que, no outro dia, me disseram que a WWE estava apenas a ser moderna e actual por fazer tanto uso das redes sociais e afins, custa muito perceber o que eu disse na altura e o que a Salgado escreveu neste parágrafo do seu artigo? Não, pois não? Então pronto.
Em relação à comédia, concordo contigo. A WWE é muito infeliz quando tenta fazer uso deste tipo de segmentos… Raramente conseguem ter piada e, quanto têm, é com o Santino como protagonista ou assim… As piadas do JBL, na sua maioria, são mais secas do que o deserto do Sara, mas as pessoas contentam-se com elas porque simplesmente são ditas pelo JBL. Não o estou a criticar a ele, uma vez que só cumpre ordens (tal como o Cole e o Lawler, apesar de este último ser mesmo muito mau naquilo que faz), mas raramente me consigo rir com alguma piada saída da boca dele.
Quanto ao Daniel Bryan, acho que temos que ter calma. Ainda nada está perdido. Vamos entrar, dentro de um mês, na altura da WrestleMania, e pode ser que o Bryan tenha um papel muito importante nesta fase do ano. Pode ganhar o Royal Rumble (embora eu ache que vá ser o Punk) ou lutar pelo título na WrestleMania através de outra via. Também pode lutar com o Triple H, sim, mas esse é um cenário que eu não queria muito. Tu (e todos aqueles que estão a ser pessimistas) podem vir a ter razão, mas eu ainda acredito que este apoio todo que os fãs demonstram pelo Bryan nas arenas não vai ser em vão.
Excelente artigo.
Infelizmente Vince envelheceu e como voce mesmo explorou no artigo sua mente não acompanhou o tempo.
Os fans não querem mais ver brutamontes lentos e limitados em movimentos no topo, nos dias atuais eles querem pessoas que lhes deem um bom repertório de manobras e gere um excelente combate.
E Daniel Bryan lhes dá isto.
Más o grande problema é mudar a mente do Sr.Vince e outros dinossauros que o acompanham na sua forma de pensar.
Outros lutadores não tão baixos como o Bryan já conquistaram os fans no passado e todos tiveram de enfrentar a mesma coisa que ao meu ver chega a ser uma ignorância por parte dos donos da WWE.
Concordo plenamente a WWE querer no futuro ser a formadora dos seus próprios lutadores é assustador pelos motivos citados no artigo e pelo fato de que um lutador que atue no circuito independente e que sonhe um dia trabalhar para a maior empresa do ramo também perder esta motivação.
Quanto ao monopolismo da WWE só espero que eles levem algum tombo e que venham a abrir os olhos más acho muito dificil isto vir a ocorrer.
“Um dia, as audiências da Raw e as vendas de pay-per-view serão tão trágicas que nem uma aparição de Vince McMahon irá ajudar. Um dia, a discrepância entre o número de fãs que assiste ao longo de todo o ano e o número que apenas assiste durante as “épocas altas” irá ser tão grande que a WWE irá ver-se às aranhas para resolver o problema”.
É exactamente isto… quando eu fico “fulo” e quando sou “repetitivo” ao dizer inúmeras vezes que por exemplo não podem ser praticamente sempre os mesmos a ganhar e a ter os maiores destaques porque assim nunca se vão criar estrelas novas como deve ser é exatamente porque isto um dia vai acabar por ser trágico… porque é disto que se trata… eu estou absolutamente convencido que isto se continuar tudo assim um dia isto vai ser ainda mais que trágico… não pode ser normal por exemplo Orton ou Cena terem tantos títulos… e certos lutadores e personagens serem arrasados de forma principesca por estes mesmos lutadores… embora os problemas sejam muito maiores que estes… como por exemplo a qualidade das histórias, etc.
Um desabafo em que a maioria dos seus fãs se revê. Fantástico como sempre 🙂
Fantastico.
Muito bom artigo.
No entanto, discordo de alguns aspetos.
Não acho que a WWE tem tanta falta de confiança no Bryan como isso.
Vão lhe dando tempo de antena e várias presenças nos main events nos programas semanais, onde ele venceu a maioria dos combates.
O problema da WWE é que é liderada por alguém que já leva décadas de experiência no ramo do wrestling/sports entertainment, tem uma visão clara de como deve ser uma superstar, do que é a comédia e de como se deve interagir com os fãs, ainda que esta visão esteja errada.
Os oficiais que o rodeiam tem uma mentalidade semelhante á do Vince, logo é muito difícil haver alguém que consiga pensar “fora da caixa”, o que leva a que seja muito difícil haver mudança.
É bem conhecido o que a WWE considera ser alguém com look de estrela, look de campeão. Tem de ser alguém musculado, forte, com uma aparência semelhante a um homem que seja capa de uma revista de fitness.
Todos os que não preencham estes requisitos, ficam logo em grande desvantagem.
O Daniel Bryan está longe de ter a aparência que a WWE deseja num campeão, e como tal, não recebe uma aposta séria por parte da WWE, não porque eles achem que o Bryan não dá conta do recado mas sim porque não tem interesse nenhum nisso.
A opinião da WWE quanto aos fãs é basicamente esta: “Os fãs não sabem o que querem, nós é que sabemos o que eles querem. Eles querem é ver campeões powerhouses. Quando os fãs torcem por alguém diferente da norma, é só para serem do contra. Eventualmente isso há de lhes passar. Enquanto não lhes passa, vamos tentar transferir todo esse apoio para o Cena”
Daí terem posto o Cena como “muleta”. O objetivo é tentar fazer com que o Cena seja mais apoiado pelos fãs mais velhos, da forma mais preguiçosa possível.
Foi exatamente o que tentaram fazer em 2011, quando fizeram com que o Cena recuperasse o emprego do Punk.
O problema é que não funcionou na altura, e dificilmente funcionará agora.
A comédia da WWE(e estou a usar este termo de forma bastante abrangente) deixa muito a desejar.
Quase parece que os segmentos de comédia foram escritos por um miúdo de 12 anos. E o problema é que ainda por cima são demasiado insistentes nos segmentos, o que faz com que a “comédia” para além de pouco engraçada, pareça forçada.
Por fim, a falta de visão da WWE no que toca á interação com os fãs é notória.
Nem vou divagar muito sobre isto, só deixo 1 exemplo.
Muitos videos do canal da WWE no Youtube não permitem comentários.
E o Slammy Awards de desabafo do ano, vai para … Salgado
Que artigo magnífico !!!!!!!!
Excelente. Concordo em tudo.
Salgado, porque não envia este artigo para a WWE? Ah, já me esquecia, eles não ouvem os fãs. Bom trabalho!
Mas uma vez um exelente artigo como só tu nos podes fornecer ;)que tenhas um bom Natal 😀
Só discordo de uma coisa: No Performance Center há lutadores muito bons a ensinar os rookies, por isso não acho que os lutadores que saiam de lá sejam maus.
O problema não é serem maus, é serem todos iguais
Excelente artigo! Muito bom, mesmo!
Artigo fantástico, dos melhores OF que já li até hoje e possivelmente dos melhores do site, e não estou a exagerar!
Discordo quando falas que o Bryan anda em rivalidade com uma “stable” de Mid-Card enquanto podia estar a lutar pelo título.
Na minha opinião, a WWE está a usar os dois lutadores mais populares atualmente para elevar os Wyatts. Apenas isso. Prefiro pensar simples num caso destes, do que matar a minha cabeça a pensar no pior, e ter o Bryan campeão no próximo ano. Se a assim for, a WWE tem grandes planos para a família!
Mais uma vez, excelente trabalho e que venha a próxima parte!
Bom artigo!(como sempre)bom Natal e umas noas entradas e um 2014 com melhores artigos ( quase impossível)
Muito bom artigo, creio que a tendencia é a audiência cair cada vez mais como por exemplo você citou o survivor