Quando a WWE tomou a decisão de separar The Shield, assumiu-se que tinha sido para causar polémica e animar um pouco a programação da WWE. As audiências continuavam a declinar e, como se tornou hábito nos últimos anos, a WWE precisava de uma grande história que assinalasse o início do Verão e a estrada, por assim dizer, para o Summerslam.

A verdade é que muito antes da separação do grupo ter sido usada com este objectivo, a programação da WWE estava a dar sinais de estar à beira de cair na rotina. Isto devia-se à repetição de histórias principais, de evento para evento, sem qualquer reviravolta interessante ou adição que justificasse a continuação das mesmas.

A WWE encontrava-se nesta situação porque não se soube adaptar às várias mudanças que aconteceram. A coroação de Daniel Bryan como campeão na Wrestlemania XXX e a sua consequente lesão nunca estiveram nos planos da WWE, assim como a forma como os fãs rejeitaram Batista e a saída de CM Punk. Por diversas vezes, a WWE foi forçada a mudar de direcção e o panorama da companhia, no geral, sofreu com isso.

Graças a isso, as duas histórias principais – Bray Wyatt vs. John Cena e The Shield vs. Evolution – tiveram a responsabilidade de “carregar” o main-event da companhia durante várias semanas.

Enquanto por um lado, The Shield vs. Evolution pecava principalmente pelo facto dos vilões terem sofrido uma derrota decisiva no primeiro embate, a rivalidade entre Bray Wyatt e John Cena apresentava mais problemas.

Bray Wyatt é um talento tremendo com a capacidade de prender a atenção dos fãs sem grande esforço, no entanto, com o passar do tempo, a sua história com John Cena tornou-se progressivamente mais frustrante de acompanhar.

Digo frustrante porque alternava momentos históricos e verdadeiramente arrepiantes, com booking exagerado e ridículo. Tal como afirmei na última edição que dediquei a esta rivalidade, a mesma continuou os seus altos e baixos, sem nunca se tornar consistente.

A vitória de John Cena na Wrestlemania não era necessária, por razões óbvias, mas ao mesmo tempo, não sinto que tenha prejudicado Bray Wyatt. A ideia de ambos continuarem a rivalizar após John Cena já ter obtido a vitória, embora complicada de aceitar, também conseguia ser justificada pela faceta persistente de Bray Wyatt, como líder de culto que é.

Aliás, esta é outra característica menos positiva que descreve esta rivalidade. Todas, ou quase todas, as decisões que a WWE tomou em relação a esta rivalidade eram extremamente questionáveis.

Opinião Feminina #189 – And along came a Spider

Tudo começou quando a WWE inferiu que os fãs de John Cena o tinham abandonado e tomado o partido de Bray Wyatt. Esse momento foi mais uma evidência, entre as inúmeras disponíveis, do dilema diário que a WWE vive com John Cena.

Em várias ocasiões, a WWE tenta usar John Cena em benefício de outrem, mas no último minuto, o medo de arriscar a credibilidade da sua estrela mais rentável toma controlo e a WWE adapta os planos de forma a que John Cena seja protegido de forma irracional.

Nesta rivalidade em específico, isto significa que existe a possibilidade dos fãs se terem virado contra John Cena e que o tenham prejudicado ao colocá-lo em desvantagem contra a Wyatt Family, mas isso não se materializa numa vitória convincente do grupo, o que deveria ter sido um dado adquirido, dada a desvantagem numérica e a recente derrota de Bray Wyatt na Wrestlemania.

A incredulidade de John Cena perante a situação ingrata em que os fãs o colocaram teria tido mais peso se Cena tivesse, de facto, perdido.

Um dos problemas desta rivalidade é mesmo a ausência de uma vitória sólida de Bray Wyatt contra John Cena. E quando Bray Wyatt não consegue uma vitória no main-event da Raw, com uma vantagem numérica evidente, torna-se complicado vê-lo como uma ameaça.

Uma ameaça física, pelo menos, porque como líder de culto e orador, as suas capacidades foram enaltecidas pelo uso de vários coros infantis que, a cantar, rodearam John Cena e usaram as máscaras do grupo.

Esse foi, sem dúvida, um dos momentos mais arrepiantes e marcantes dos últimos anos. Trouxe de volta as sensações que apenas eram associadas a personagens como Undertaker e Kane.

Acredito mesmo que, até agora, foi o primeiro momento envolvendo Bray Wyatt que consegui visualizar a ser mencionado vezes e vezes sem conta daqui a uns anos. Bray Wyatt vai ter muitos momentos desses, certamente, mas este foi o primeiro que, enquanto assistia, me deu a certeza absoluta que iria ser recordada deste momento várias vezes.

Foi, sem dúvida, um dos pontos altos da rivalidade. A forma como John Cena reagiu a tudo deve também ser elogiada. Embora tenha pautado esta rivalidade com reacções e atitudes demasiado levianas, por vezes, John Cena atribuía ao momento a seriedade que exigia e, quando acontece, o crédito deve-lhe ser reconhecido.

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Aliás, a minha única crítica ao segmento é que devia ter encerrado a Raw, em vez de ter sido o segmento de abertura. Foi o melhor segmento do evento e, pela intriga e aura que gerou, não deveria ter sido seguido por duas horas e meia de programação.

E, especialmente, nunca deveria ter sido seguida por uma promo de John Cena, onde afirmava acreditar que os fãs ainda o apoiavam. Um momento tão visualmente perturbador como aquele deve dar tempo aos fãs para estes o digerirem. Não ser tornado completamente inconsequente horas mais tarde.

Em suma, as inconsistências continuavam a ser recorrentes nesta rivalidade, tornando a vitória de Bray Wyatt no Extreme Rules absolutamente imperativa. Infelizmente, a necessidade da companhia de proteger John Cena – embora compreensível, devido à sua rentabilidade – continuou a dar mais razões para frustrar os fãs.

Bray Wyatt venceu, é certo, mas o combate foi completamente ridículo e incrivelmente frustrante de assistir.

Depois de inferir que estava a conseguir manipular os fãs de John Cena e de uma visão absolutamente perturbadora com várias crianças a cantarem e a usarem as suas máscaras, Bray Wyatt começou o combate a ser dominado por John Cena. Os jogos psicológicos de nada tinham servido e a história que tinha sido contada até ao combate não se verificou durante o mesmo, de todo.

Essa não é apenas a única razão pela qual a falta de continuidade foi um dos grandes problemas da rivalidade.

A WWE decidiu que, devido à presença da Wyatt Family, faria todo o sentido se ambos se debatessem num combate de Steel Cage. Ora tal não fez muito sentido porque, mesmo com alguma interferência da Wyatt Family na Wrestlemania, John Cena venceu o combate.

Se John Cena tivesse perdido devido à interferência, faria todo o sentido que a desforra fosse dentro de uma jaula, de forma a evitar que o problema se repetisse.

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Além disso, não ajudou de todo que um combate de Steel Cage – cuja função é evitar interferência do exterior – tivesse tido consideravelmente mais interferência que o combate anterior, onde não existiu uma estipulação específica para evitar esse problema.

Ou seja, este era o combate que Bray Wyatt precisava de ganhar, mas de modo algum, fazia sentido que este ganhasse.

Rivalidades que durem vários meses são possíveis e têm tudo para serem bem-sucedidas. No entanto, tal nunca irá acontecer se a WWE não tiver cuidado com a continuidade da história e não tentar, pelo menos, delinear o rumo da mesma com antecedência para se certificar que problemas destes não acontecem.

Em muitas ocasiões, esta rivalidade parecia estar a ser contada de trás para frente, enquanto noutras ocasiões, parecia estar a tentar anular ou fazer esquecer o que se tinha passado anteriormente.  Não me interpretem mal, o combate não foi o pior do ano. Aliás, nem está a ser julgado do ponto de vista técnico. Apenas a execução da história em questão falhou por completo.

O final envolvendo uma criança a cantar, com uma voz distorcida, para John Cena, chocando-o e permitindo que Bray Wyatt conseguisse vencer, foi outro aspecto que falhou miserávelmente. Não passou de uma estratégia fantasiosa que arruinou o efeito conseguido pelos coros na Raw.

Ter os coros a cantar a música de Bray Wyatt e a usar as suas máscaras cria uma imagem intrigante. Ter uma criança com voz supostamente demoníaca a cantar para John Cena, distraindo-o, é o equivalente a ver Kane a tentar arrastar Brie Bella para debaixo do ringue e tentar convencer os fãs que a vai levar para o inferno.

É ridículo. Em pleno ano de 2014, a WWE precisa de ter redobrados cuidados a lidar com este tipo de personagens.

Os fãs estão dispostos a ignorar e aceitar várias coisas pelo fanatismo que têm pelas personagens em questão, como Undertaker, Kane e neste caso, Bray Wyatt. No entanto, existe um limite que determina até onde é que a WWE pode ir com a fantasia. É um limite complicado de determinar e que varia de fã para fã. No entanto, este existe e a WWE precisa de ter consciência disso.

Quanto mais a WWE brincar com esse limite, mais complicado se torna para os fãs levar as histórias com a seriedade necessária para se investirem nelas.

No fim deste combate, Bray Wyatt somava uma vitória muito pouco convincente, enquanto John Cena somava várias vitórias morais.

Por todas as razões apontadas até agora e, provavelmente, algumas mais, a continuação desta rivalidade foi recebida com frustração e receio. Era óbvio que precisava de continuar, visto que Bray Wyatt não poderia ter a última palavra, mas a forma como tinha sido construída até então não dava razões para querer ver mais.

O envolvimento dos Usos equilibrou as contas e ajudou a fornecer bons combates, enquanto mantinha os Títulos de Tag Team relevantes.

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É nestes momentos que a existência dos seguidores – Erick Rowan e Luke Harper – se torna útil. Além de contribuírem para estes combates, mantêm os adversários de Bray Wyatt entretidos para que não tenha de ser este a sofrer. Entre os dois, Harper continua a destacar-se como o mais talentoso e os combates com John Cena são sempre bem-vindos.

Assim como os combates que os membros da Wyatt Family têm com os Usos, como tiveram no Money in the Bank. Embora neste momento sejam apenas os seguidores de Bray Wyatt, o talento existente está a conseguir destacar-se.

Depois da forma pouco convincente como Bray Wyatt venceu John Cena no Extreme Rules, era natural que o final mais desejado para o Payback fosse esse mesmo. No entanto, depois de ver até onde a protecção de John Cena tinha levado a WWE, não tive esperanças que tal acontecesse.

Uma derrota sólida contra Bray Wyatt não magoava a credibilidade de John Cena e certamente faria maravilhas pela de Bray Wyatt, mas não é esse o mundo em que vivemos. E, embora não tenha desejado a continuação desta rivalidade depois do que foi apresentado no Extreme Rules, posso dizer que fiquei contente por Bray Wyatt e John Cena terem tido o combate que tiveram no Payback.

É certo que Bray Wyatt não venceu, mas o combate foi bastante melhor que o anterior e um final bastante mais aceitável para esta rivalidade. A forma como os Usos e os membros da Wyatt Family lutaram durante o combate não era estritamente necessária, mas não perturbou o combate significativamente.

O final não surpreendeu. Mais uma vez, John Cena venceu o combate de Last Man Standing por ser mais inteligente – ou engenhoso – que os seus adversários, em vez de ser o resultado da batalha violenta que os fãs esperam. Não sou particularmente fã da estratégia, mas a qualidade do combate compensou bastante, ajudando a perdoar esse detalhe.

O combate teve um ritmo alucinante pautado por excelentes momentos e excedeu, por completo, as minhas expectativas. Facilmente, o melhor combate da rivalidade.

A rivalidade deu-se assim por terminada e embora tenha sido mais frustrante do que devia ter sido, a posição de Bray Wyatt na companhia mantém-se firme. Não é necessário confiar em relatos sobre o que se passa nos bastidores da companhia para ver isso.

A WWE pode não ter dado a Bray Wyatt a vitória definitiva e sólida que este devia ter tido, mas quando se tem em conta quem é o seu adversário, tal acaba por não surpreender ninguém.

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Bray Wyatt está a caminho do main-event da WWE e ter passado os últimos meses a rivalizar com o maior lutador da última década apenas reafirmou isso. A sua dedicação à sua personagem e a forma natural como a interpreta garante o investimento da WWE, seja contra quem for.

Bray Wyatt, assim como Roman Reigns, é um dos indivíduos que tem a carreira garantida e alguém por quem os fãs não precisam de recear. Uma aposta em Bray Wyatt é uma aposta certeira, salvo lesões ou problemas pessoais.

Exactamente por isso é que não é necessário apressar a evolução de Bray Wyatt e colocá-lo como campeão. Não eram essas as intenções da WWE, nem deviam ser. Não só este não precisa de um Título, por agora, como duvido que alguma vez venha precisar.

É certo que o vai vencer eventualmente, mas não é algo que necessite. A sua personagem vai muito para além de tal. Tal como Undertaker, a mística de Bray Wyatt ultrapassa qualquer reinado ou Título que possa ter.

Mesmo assim este foi incluído no combate de Money in the Bank pelos Títulos, pois acredito que a WWE achasse que tal era o melhor para Bray Wyatt depois de uma rivalidade de meses com John Cena.

E em teoria têm razão. Depois de meses a batalhar com um main-eventer, Bray Wyatt provou também ser main-eventer e a sua ausência poderia ser estranhada. Porém, preferia que o primeiro combate de Bray Wyatt pelos Títulos principais fosse aquele em que este ganhasse. O mesmo aplica-se a Roman Reigns. Caso contrário, estes começam apenas a somar derrotas em combates pelos Títulos principais, mesmo que não estejam directamente envolvidos no final.

O que Bray Wyatt precisa é de continuar a sua consolidação como main-eventer e de, especialmente, uma vitória sólida contra um grande nome. Aos olhos da WWE, John Cena não podia ser colocado nessa situação. Mas, Chris Jericho pode. Aliás, é perito em fazê-lo.

Na passada edição da Raw, Chris Jericho fez o seu regresso anual à WWE, deliciando e surpreendendo todos os seus fãs. Ludibriados pela ideia do regresso de Miz, rapidamente os fãs tiveram em Y2J a sua recompensa, sem saberem bem ainda os esperava.

Foi no momento em que a Wyatt Family cercou Chris Jericho em ringue que a audiência presente, mais uma vez, ecoou os sentimentos dos fãs a assistir em casa quando gritou “This is awesome!”.

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E foi, de facto, fantástico.

O envolvimento de Chris Jericho vai garantir o investimento e atenção dos fãs, assim como dar a Bray Wyatt mais uma rivalidade de topo para colocar no currículo. Depois de meses a rivalizar com John Cena, Bray Wyatt não podia ter um adversário qualquer e é esta selecção de adversários que o torna main-eventer, sem ser necessário recorrer às estratégias típicas que passam por vencer uma Mala de Money in the Bank.

Se há uma coisa que Chris Jericho trás consigo, sempre que regressa à WWE, é segurança. Os fãs confiam em Chris Jericho, no seu altruísmo e na sua noção da sua função actual na indústria.  Ultimamente, a decisão é sempre de Vince McMahon e se este quiser que Chris Jericho vença Bray Wyatt num Tuxedo Match, este irá fazê-lo, pois é o seu trabalho.

Porém, tal é extremamente improvável que aconteça e a sensação de segurança que Chris Jericho transmite aos seus fãs é inigualável. Os fãs sabem que este regressa apenas pelo seu apreço e amor pela indústria, sem segundas intenções ou vontade de se auto-promover, e para fornecer excelentes combates. É, provavelmente, a única Lenda que regressa únicamente pelo amor à arte que pratica.

No fundo, é uma das razões que faz de Chris Jericho alguém tão adorado. Pessoalmente, tenho grandes expectativas para esta rivalidade e tenho esperança que dure mais do que um pay-per-view. É, definitivamente, digna disso.

Devido aos rumores que correm e à lógica que tem querer guardar o embate entre ambos para um grande evento – Summerslam – acredito que Chris Jericho enfrente primeiro The Miz, no Battleground.

No fundo, The Miz trata-se da distracção com que Chris Jericho terá de lidar antes de chegar a Bray Wyatt, de forma a queimar tempo e a justificar a sua inclusão no próximo pay-per-view.

Que Chris Jericho irá fazer os possíveis para ajudar a consolidar Bray Wyatt, acho que ninguém tem dúvidas. A verdadeira dúvida reside na forma em que isso vai acontecer. A ovação que Chris Jericho recebeu e as promos que fez dão a entender que irá enfrentar Bray Wyatt como face, o que faz todo o sentido, visto que é a Lenda da rivalidade.

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Todavia, ao longo dos últimos meses, Bray Wyatt tem feito uma transição bastante natural de heel para babyface. À excepção do seu recente ataque a Jerry Lawler, Bray Wyatt não tem tido atitudes particularmente hediondas e o mais provável é que se torne adorado, tal como Undertaker e Mankind se tornaram.

A WWE pode usar Chris Jericho para elevar Bray Wyatt como babyface ou como heel, pois Jericho é talentoso o suficiente para conseguir gerar o ódio dos fãs, mesmo quando estes não querem vaiá-lo. Não seria nada fácil, isso é certo, mas não seria impossível.

Bray Wyatt está a tornar-se cada vez mais adorado e, com o passar do tempo, a adoração tem tendência a aumentar. Especialmente, se Bray Wyatt tiver com Chris Jericho a rivalidade com a qualidade que todos esperam.

A sua consolidação como babyface é iminente e não sei até que ponto é que a WWE irá conseguir adiá-la, mesmo quando se tem em conta a popularidade do seu actual rival. Por exemplo, não ficaria nada surpreendida se o primeiro combate entre ambos fosse marcado por cânticos por ambos os lutadores. Não seria a primeira vez que a Wyatt Family, como heels, seria apoiada contra babyfaces. Exemplo de tal é o combate com The Shield no Elimination Chamber.

Bray Wyatt deixou de ser vilão há bastante tempo, embora na realidade nunca se tenha esforçado muito para ser. Neste momento, Bray Wyatt é das personagens mais interessantes e divertidas de apoiar, sendo apenas natural que os fãs se sintam inclinados a apoiá-lo.

Eventualmente, Bray Wyatt irá tornar-se num dos maiores babyfaces da companhia, tal como Undertaker foi durante muitos anos. Esse lugar está reservado para ele e ninguém lho irá tirar. Até lá, os fãs são brindados com mais um regresso de Chris Jericho. É uma questão de aproveitar. Da minha parte, julgo que está tudo dito. Desejo uma excelente semana a todos e até à próxima edição!

Opinião Feminina #189 – And along came a Spider

46 Comentários

  1. MicaelDuarte10 anos

    Excelente artigo, Salgado.

  2. John_3:1610 anos

    Gostei bastante do artigo salgado bom trabalho.

  3. Excelente. Tal como tu sempre acreditei que não tinha sido o fim do Wyatt no Battleground. Se podia ter tido uma vítória clara? Sim podia. Mas fez-se o funeral imediato de alguém, comparando ao Sandow, ao Barrett, quando o Bray têm algo que nenhum desses tem: Ele tem de facto coneção e impacto com os fãs. O Sandow enquanto dono da mala nunca a teve(infelizmente), e o Barrett até ao Bad News também não a tinha( o mais próximo foi na altura dos Nexus). Eu confio no futuro do Bray, e sinceramente ele tal como o Taker vai marcar-nos pelas histórias que contou e não tanto pelos reinados.
    Quanto ao Jericho. É o Jericho, tal como falei com várias pessoas( nomeadamente o Micael) ele tem o poder de regressar, e nesse regresso fazer um reset de alguns momentos mais negros( tipo o Fandango ou mesmo e sobretudo a derrota com o ryback). Para alguns fãs até poderão fazer dessas derrotas algo que o torna menos credível, mas aos olhos dos fãs ele quando regressa volta com impacto e isso só é possível quando tens o curriculum que ele tem. Claro que é fácil eu adorar porque é o meu favorito, mas a verdade é que por menor que seja o tempo que ele esteja ele quando está é de uma dedicação e amor ao Wrestling inesgotável.

    • Mais do que a ligação com os fãs, Bray Wyatt tem uma personagem sólida e natural, com a qual se identifica. Ao contrário de Sandow e Barrett, Bray Wyatt não vai na 5ª personagem que a equipa criative lhe impingiu.

      É a forma como Bray Wyatt interpreta o seu papel que lhe garante o seu futuro, não só aos olhos da WWE, como aos olhos dos fãs.

      • Exacto. Até porque ele esteve e está sempre no acto da criação da personagem. O que quero dizer é que ele criou o Bray Wyatt(não sozinho mas sim), e do que se sabe também tem um papel na construção das promos. E isso sem dúvida que o beneficia.

        • É o grande trunfo dele.

          • Sem dúvida. Até porque são muito poucos aqueles que naquele roster tem esse poder.

            • Não sei até que ponto os que estão no roster teriam liberdade para criar algo seu que os catapulte para o topo do card, como Bray Wyatt fez, mas acredito que se alguém conseguisse arranjar uma personagem tão boa quanto esta, a WWE aproveitava.

              • Sim mas o Bray tem uma liberdade extra, mas ainda bem que o tem. Um pouco como o Jericho também tem a liberdade de voltar e escolher a história ou a superstar que quer elevar.

                • Ele teve essa liberdade extra porque o fez enquanto estava no território de desenvolvimento, onde é suposto o talento ter ideias e contribuir para as suas personagens.

                  Não acredito que o Bray Wyatt tenha voto na escolha das suas histórias/adversários.

                  • Não mas tem o Jericho. Pelo que percebi do que ele relatou no podcast semana passada.

                    • Sim, mas estávamos a falar da liberdade que Bray Wyatt. Depois comparaste essa liberdade à liberdade do Jericho e eu discordei.

                    • Sim são liberdades diferentes tens toda a razão.

  4. Julio10 anos

    Cada vez que eu leio seus artigos eles estão mais fantásticos.

  5. JoãoRkNO ®10 anos

    Trabalho estupendo . Concordo com toda a tua análise , sobretudo na parte final em que referes a forma como a transição de heel para babyface tem sido feita . Acho que é claro , o Bray terá um lugar na história desta indústria no decorrer da sua carreira , a gimmick está a ser trabalhada pormenorizadamente , e ele faz um trabalho único . Com o regresso do Jericho , acho que teremos a feud das feud´s , dois talkers brilhantes , que nos irão trazer performances estupendas certamente .

  6. Excelente artigo, Salgado.
    Nada a acrescentar.

  7. ygor10 anos

    excelente artigo

  8. 434 Days10 anos

    Excelente Artigo Salgado

    Eu acho que nunca vou me ter que me preocupar com o futuro do Bray Wyatt, pois a sua personagem tem tudo para ser lendária daqui a uns anos. Alias acho que o facto de esta ser tão forte permitiu a ele sobreviver ás más decisões feitas na rivalidade com o Cena. Quanto a esta feud que ele vai protagonizar com o Y2J tem tudo para suceder e estabilizar o Wyatt ainda mais no main event, pois com Chris Jericho a WWE não recorre á mesma protecção que faz com John Cena.

  9. Excelente artigo, muita qualidade e um tema interessante, já começa a ser hábito, gosto bastante de ler os teus artigos e mesmo sendo algo longos, leio sempre até ao fim porque são realmente interessantes e bem escritos, portanto Obrigado e Parabéns! Salgado. 🙂

    —————#————–#—————#———–

    Concordo a 100%, se tu fosses um dos bookers da WWE, o Bray Wyatt estaria nesta altura numa situação ainda mais favorável, sem duvida.

    – A feud com o Cena foi um desperdício, podia ter colocado o Bray Wyatt “over”, mas só serviu para alimentar o ego e a personagem do Cena, onde é que já se viu fazer um 3 on 1 handicap match e o Cena vencer??? isso só tira credibilidade a um lutador que nem assim vence o Cena, entre outras coisas que tu já disseste e bem, enfim.

    – Sim, também vejo o Bray Wyatt como um futuro “babyface”, ele não precisa de títulos, o Undertaker foi sempre adorado e sempre lendário mesmo não tendo títulos, às vezes até nos esquecíamos dessa parte dos títulos quando nos referíamos ao Undertaker e ao próprio Kane, são “gimmicks” que não precisam e só por si, quando há talento, que neste caso também existe e muito, e se tudo correr bem, serão épicas e adoradas.

    – Por fim, o regresso do Y2J é sempre extremamente bem-vindo, o Jericho é um excelente profissional, que ama este ramo e regressa por amor e para nos dar alegrias, assim como para elevar talentos e fico sempre muito satisfeito com os seus regressos, até pelo seu enorme talento e carisma, acho que proporcionar uma feud de qualidade com os Wyatts e vai elevar o Bray e corrigir os estragos que o Cena fez, subscrevo o que disseste.

    Bom trabalho. 🙂

    • Ohmm muito obrigado 🙂 Neste reconheço que me excedi um pouco, mas deixei a história de Bray Wyatt avançar demasiado e depois já tinha imensos pontos em que tinha de tocar. Agradeço mesmo a avaliação 🙂

      Se eu fosse um dos bookers da WWE, tenho a certeza que o Vince já me tinha levado à loucura, mas aprecio o voto de confiança 😛

      A feud com John Cena ajudou Bray Wyatt. Não é qualquer um que tem uma rivalidade de meses (incluindo combate na Wrestlemania) com John Cena, com direito a imenso tempo para promos e combates todas as semanas. É uma grande exposição para um talento que ainda nem fez um ano desde que se estreou.

      No entanto, não ajudou Bray Wyatt tanto quanto poderia, quando se tem em conta que John Cena não tem absolutamente nada a perder e é completamente intocável. A protecção a que é sujeito é extremamente frustrante porque este não tinha perdido nada se tivesse dado a Bray Wyatt a vitória que este tanto precisava.

      O 3 on 1 handicap match é apenas um exemplo de muitos. Teria feito muito mais sentido para a história se Cena tivesse perdido, pois teria dado mais significado à sua frustração para com a atitude dos fãs. O combate no Extreme Rules é outro. Esse combate frustrou-me bastante porque foi uma absoluta palhaçada.

      Exacto. Quando se pensa em Kane, Undertaker ou até Mankind, não são Títulos ou número de reinados que vem à memória. São as promos, a apresentação única e os momentos marcantes. É toda a essência da personagem e a sua apresentação que marca os fãs.

      Chris Jericho pode regressar as vezes que quiser, da minha parte, não irão existir queixas.

      Mais uma vez, obrigado 🙂

      • De nada, os artigos são mesmo muito bons, continua assim. 🙂

        Subscrevo o que disseste sobre a feud com o Cena e sobre a “gimmick” do Bray Wyatt, Taker, Kane e Mankind, sem duvida.

        O Y2J, por mim, também pode regressar as vezes que quiser e sempre que quiser.

        Bom trabalho. 🙂

  10. David Silva10 anos

    Excelente artigo,perfeito da primeira a ultima linha.
    Sinceramente como a maioria das pessoas eu preferia que o Bray tivesse saído por cima da feud, más com o adversário sendo o Cena era pouco provavel,pelas razões que todos conhecemos e que tambem foram citadas no artigo.
    Undertaker acredito que dificilmente venha a lutar novamente talvez apenas umcombate de despedida e por favor vá cuidar da sua saúde homem.
    Kane tambem está perto de se aposentar.
    Acredito que o Bray tem tudo para ser a personagem sinistra que irá se destacar na empresa.
    Más antes de mais nada a WWE precisa dar-lhe crédito rivalidades de topo e principalmente vitórias.
    E o Jericho com certeza fará muito bem ao Bray e certamente o elevará na feud.
    A personagem do Bray não precisa de titulos para se destacar más precisa de vitórias para ganhar crédito e espero que na feud com o Jericho elas venham e de forma convincente.
    Talento tanto em ring como no micro ambos tem e espero que esta feud seja incrivel.

    • Muito obrigado 🙂

      Nem vou tão longe a exigir que Bray Wyatt saísse por cima, pois tendo em conta a suposta história que estavam a contar, faria sentido que o Bem triunfasse no fim. Apenas acho que não era, de todo, necessário que John Cena fosse tão protegido na sua derrota (Extreme Rules). Foi demasiada palhaçada para disfarçar a derrota de John Cena, o que acabou por tirar qualquer significado à vitória de Bray Wyatt.

      Em ponto algum do artigo sugeri que Undertaker ou Kane deveriam continuar a lutar ou não.

      De acordo.

  11. Excelente artigo Salgado,,

    Tu descreveu muito bem essa feud do Cena com o Wyatt,quando se trata de Cena creio que nos já estamos conformado de que ele sempre sairá por cima,como disse bem aquele combate na jaula chegou a ser ridículo a forma com que foi construído..

    ”Os fãs sabem que este regressa apenas pelo seu apreço e amor pela indústria, sem segundas intenções ou vontade de se auto-promover, e para fornecer excelentes combates.”
    Descreveu perfeitamente,é realmente incrível o que o Jericho faz,onde sempre sera um dos meus wrestlers favoritos.Enfim isso vai ser muito bom ao Wyatt realmente esperamos muito desse combate,concordo com tudo que disse um belo artigo!

  12. Excelente artigo, Salgado.
    Parabéns

  13. Ao contrário de ti, não gostei nada do combate entre o Bray Wyatt e o John Cena no Payback. Era difícil igualar a mediocridade apresentada no Extreme Rules, mas não vi grandes melhorias. Fiquei bastante frustrado com aquele final e, sobretudo, com o facto de o Bray Wyatt ganhar apenas um combate durante toda a rivalidade, com a ajuda de uma criança e depois de o Cena deixar os três membros da Wyatt Family no chão. Aquilo não teve pés nem cabeça.

    Em relação à rivalidade com o Chris Jericho, acho que é caso para dizer que esta Lenda voltou na altura certa, porque eu não faço ideia do que iam pôr o Bray a fazer agora, visto que todos os grandes nomes estão ocupados neste momento. “Y2J” has come to save Bray Wyatt… Ah, e tal como tu, também penso que no Battleground podíamos ter um Chris Jericho vs The Miz, desde que o Jericho ganhasse ou perdesse por interferência da Family, mas não vejo a WWE a pensar nessa opção, visto que dessa forma o Bray ficava de fora do “card”. Podia participar na “Battle Royal”, sendo eliminado pelo Jericho (desde que a “Battle Royal” fosse a seguir ao combate entre ele e o Miz), mas, repito, a WWE não está para aí virada. Na Raw de amanhã teremos um combate entre o Miz e o Jericho e a questão deve ficar já arrumada.

    Até agora, não vi grandes sinais de um possível “face-turn” por parte do Bray Wyatt. Pessoalmente, preferia que ele não fosse herói nem vilão, gostaria de vê-lo a destruir quem lhe aparecesse à frente. Afinal de contas, também foi assim que o Undertaker e o Kane construíram as suas carreiras. Se for “babyface” “no papel”, isto é, se lutar apenas contra “heels”, tenho medo que a sua personagem sofra com o síndrome de construção que o Sheamus e o Roman Reigns tiveram (não sendo Super-Heróis, mas com tentativas ridículas, por parte da WWE, de os enfiarem pela garganta dos fãs abaixo).

    Excelente artigo.

    • MicaelDuarte10 anos

      Não gostaste do Last Man Standing?! Dou-te porrada pá!

      • Anda lá!

        Agora a sério, não, não gostei. Mas para ser sincero já comecei a ver o combate de pé atrás, por isso pode ter-me parecido pior do que aquilo que foi na realidade.

    • Que chatice 😛

      Eu percebo. Já não é a primeira vez que um final de um combate de Last Man Standing envolvendo John Cena frustra os fãs. Um combate violento e bastante agressivo a acabar com uma manobra de inteligência, embora aceitável, acaba por desvalorizar um pouco o que os lutadores sofreram ao longo do combate.

      Pessoalmente, é o tipo de coisas que me teria frustrado bastante também, mas já tinha desistido da rivalidade até então e as minhas expectativas eram tão baixas que me deixei compensar pela qualidade do combate.

      A rivalidade não teve qualquer lógica, se formos bem a analisar a forma como foi explicada desde que começaram. A WWE foi, claramente, inventando enquanto avançavam, sem ter consideração pelo que já tinha feito. Tal como já disse, a falta de continuidade foi fatal.

      Também me tinha questionado sobre o seu futuro adversário. O regresso dele teve mesmo um timing ideal. Aliás, pela forma como Chris Jericho descreveu o seu regresso, parece-me que a WWE já tinha isto em mente antes do Money in the Bank.

      Ahaha ya, Chris Jericho to the rescue 😛

      Quando referi um combate entre Chris Jericho e The Miz no Battleground, fi-lo a pensar que a Wyatt Family iria interferir de alguma forma, embora não tenha desenvolvido tanto. Não consigo ver a Wyatt Family a não aparecer no Battleground de todo.

      Então e o Jericho e o Miz fazem o quê no Battleground? E a Wyatt Family? Amanhã, na Raw, eles têm um combate, são interrompidos pela Wyatt Family logo no início ou assim e a WWE adia-o para o Battleground, onde o Jericho provavelmente vence e é atacado pela Wyatt Family no fim.

      Ele, neste momento, é o vilão porreiro que estão todos a começar a apoiar e quando a WWE começar a mudar o tipo de adversários que ele tem (para heels), a transição irá terminar. Mas é assim que acho que Bray Wyatt será como babyface. Ele não irá sofrer qualquer mudança, os seus adversários é que serão diferentes.

      É como The Shield. Não houve nenhum momento definitivo em que eles decidiram que iam ser bonzinhos. Simplesmente começaram a ser apoiados e mudaram de adversários. Foram as circunstâncias que, naturalmente, incitaram a mudança e é assim que acho que será para Bray Wyatt. Até agora tem sido tudo bastante natural.

      Não acho que Roman Reigns esteja a ser forçado nos fãs, ao contrário do que Sheamus foi.

      Obrigado 🙂

      • Houve o momento em que atacaram o triple h quando ia ser campeao na noite a seguir à WM. Podemos considerar um momento definitivo de transiçao dos the shield

  14. Allweneedislove10 anos

    Excelente artigo

  15. Muito obrigado 🙂

    Sim, também me parece bastante claro. O esforço de Bray Wyatt para aperfeiçoar a sua personagem é notório e está a começar a dar frutos.

  16. Obrigado 🙂

    Acho que nenhum fã terá que se preocupar seriamente com o futuro de Bray Wyatt – excepto lesões ou possíveis problemas pessoais.

    Nem precisa. Aliás, Jericho será o primeiro a contestar qualquer tipo de protecção excessiva.

  17. Mas antes disso já tinham enfrentado a Wyatt Family e os New Age Outlaws com Kane, ou seja, a transição deles foi gradual e natural. As circunstâncias em que foram colocados ao longo dos primeiros meses do ano deram azo a essa transição.

    Quando atacaram Triple H, fizeram-no por um motivo em específico, não porque tinham decidido ser babyfaces.

  18. Obrigado 🙂

  19. weslei10 anos

    Parabéns Salgado cada vez melhor, queria saber se você sabe o nome da música ?