Exactamente como se esperava, o Night of Champions foi um evento sólido, com algumas surpresas e poucas razões para os fãs se importarem. Esta é uma das consequências da falta de investimento. Quando os fãs não têm razões para se investir emocionalmente numa história, evento ou rivalidade, a mesma corre o risco de se tornar absolutamente irrelevante no panorama da WWE.

Questiono se, daqui a cinco ou dez anos, alguém irá ser capaz de nomear mais do que um combate do card do Night of Champions sem verificar a resposta. A falta de interesse com que tudo, à excepção do combate principal, foi preparado e apresentado é bastante desmotivante. O evento foi, por isso, um reflexo do midcard actual: bom, mas não deixou quaisquer memórias.

A rivalidade envolvendo The Miz e Dolph Ziggler pelo Título Intercontinental é, por sua vez, um reflexo de toda essa situação e resume na perfeição o que não está a funcionar. Mesmo sendo uma das rivalidades que mais reviravoltas sofreu este fim-de-semana, com o Título a mudar de mãos duas vezes num curto período de tempo, a manobra causou pouco choque e não irá deixar qualquer marca, à excepção de possivelmente mais um recorde batido.

O problema desta rivalidade é bastante simples. Tal como o restante card, nunca foi apresentado como algo que merecesse a atenção dos fãs, embora envolva alguns dos talentos mais dedicados e esforçados da actualidade.

De um lado, os fãs tinham Dolph Ziggler, alguém que sempre lutou para ter mais do que tinha sido designado para ter. Alguém que constantemente superou as expectativas, não só dos fãs, mas da companhia também. Embora lhe tenha sido atribuído o rótulo de eterno midcarder, poucos midcarders actuais conseguem suscitar as saudações que Ziggler suscita dos fãs e a verdadeira emoção que o seu cash-in conseguiu criar.

Opinião Feminina #201 – Black or White

Ver Dolph Ziggler a vencer um combate, mesmo que seja contra outro favorito dos fãs como Cesaro, ou vê-lo a vencer um Título Secundário – mesmo que actualmente não signifiquem absolutamente nada – são sempre razões para celebrar junto dos fãs, pois se há alguém que merece ver o seu esforço recompensado de alguma forma é ele. Do outro lado da rivalidade, temos Miz.

The Miz será sempre alguém cujo valor poucos fãs irão reconhecer. O seu passado antes de fazer a transição para a WWE irá sempre marcá-lo junto dos fãs e ainda hoje o seu lugar no main-event da Wrestlemania não é visto de forma consensual. Independentemente da qualidade que mostre ter, Miz raramente irá ter o reconhecimento que merece junto dos fãs e, nos dias que correm, muito dificilmente irá voltar a subir na escada do sucesso dentro da WWE.

Não quer dizer que o mereça, face a todo o talento que a WWE possui actualmente, ou que deva ser uma das prioridades, mas é um facto que o seu talento será sempre ignorado dadas as suas raízes. Embora não seja um talento que, pessoalmente, colocasse na lista de “apostar de imediato”, Miz é alguém bastante interessante e divertido de ver se for bem usado. A sua mais recente reinvenção tem sido extremamente divertida e algo que este desempenha na perfeição. Miz sempre esteve no seu melhor a irritar os outros com versões exageradas de si mesmo e, mais uma vez, a fórmula está a resultar.

De início não fui particularmente fã da forma como a personagem roubou, intencionalmente ou não, alguns dos elementos-chave da personagem de Tyler Breeze do NXT, ou de como parecia mais uma forma infantil e mesquinha da WWE de gozar com os sucessos de The Rock e Batista no cinema.

Mesmo assim, The Miz tem feito o melhor que pode com o que tem e graças a isso é mais interessante do que tem sido desde que perdeu o Título em 2011. E embora não seja personagem digna de main-event de Wrestlemania, não significa que tenha de ter a mesma relevância que os combates que Santino Marella tinham ou que os actuais combates de Adam Rose.

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Nem tudo o que é feito precisa de ser feito com o main-event da Wrestlemania em mente. Por outras palavras, nem tudo precisa de ser feito única e exclusivamente a pensar no main-event. O main-event não pode ser a única preocupação da WWE. Deve ser a preocupação principal, sim, mas não a única.

Não é preciso funcionar num mundo a preto e branco, onde tudo o que não é o main-event é absolutamente descartável. Essa é a razão para a falta de qualidade que as últimas edições da Raw têm acusado. É também a razão para a WWE andar actualmente às aranhas, sem adversários credíveis para Brock Lesnar ou nomes sonantes suficientes para colmatar as ausências de Daniel Bryan, Batista, Roman Reigns e CM Punk.

The Miz e Dolph Ziggler podem não ser a resposta a esses problemas, mas não significa que não possam ser apresentadas e utilizadas competentemente, ajudando o produto a melhorar a sua qualidade, especialmente quando podem facilmente contribuir com excelentes combates.

Infelizmente, tal não é o caso e é num mundo a preto e branco que a WWE vive, senod que esta rivalidade tornou-se mais um exemplo de má comédia e de vários lutadores a fazerem o melhor que podem com o que têm.

É compreensível que a personagem exagerada de The Miz seja tudo menos algo que se espere levar a sério, mas depende da forma como for apresentado. Caso a aversão de The Miz a baterem-lhe na cara tivesse sido bem construída e desenvolvida, a WWE não precisaria de mudar o Título de mãos em todos os eventos para obter uma reacção dos fãs.

Bastava deixar que antecipação fizesse o seu trabalho e ser paciente o suficiente para que esta crescesse. Eventualmente, a irritação que os fãs sentem por The Miz iria traduzir-se em empolgação para ver alguém, finalmente, a atingir-lhe com um golpe na cara. Teria sido fácil de fazer, mas precisaria de várias semanas, talvez meses, e de alguma paciência. Algo que, de momento, ninguém com poder tem.

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Apenas têm paciência para má comédia e segmentos que testam a paciência de santos. Em vez de gastarem tempo a tentar fazer piadas sem qualquer graça à custa de acontecimentos actuais, como foi o caso de várias fotos íntimas de figuras públicas terem sido expostas, haviam outros elementos menos mesquinhos que a companhia podia ter explorado, como é o caso da aversão a golpes na cara que Miz tinha.

Algo que, por sua vez, podia ter tido um resultado muito mais interessante do que as fotos de The Miz com Damien Sandow.  É nestes detalhes que se diferencia uma rivalidade semi-séria com elementos humorísticos de uma palhaçada completa que ninguém leva a sério.

Esta rivalidade nunca seria 100% séria, dadas as características incrivelmente exageradas The Miz e o uso de duplos, e iria garantidamente usar alguma comédia, mas não precisava de, tal como já disse, ser comparável em termos de importância à comédia de Santino Marella ou a Adam Rose e o Coelho.

No fundo, em vez de ser apresentado como algo sério que, por acaso, é engraçado, a rivalidade envolvendo um dos Títulos secundários da companhia tornou-se apenas numa comédia em que os fãs não se querem investir. Há um mês atrás, Dean Ambrose teve das falas mais engraçadas do ano – senão a mais engraçada – quando despejou um balde de água gelada em Seth Rollins e respondeu simplesmente com: “What? It’s for charity.”

As suas brincadeiras com a mala de Money in the Bank enquanto Seth Rollins lutava com Heath Slater são outros exemplos de comédia a ser usada de forma inteligente e cuidada numa rivalidade séria. Não diminuiu a importância de Dean Ambrose ou tornou Seth Rollins num palhaço. Muito pelo contrário, acentuou a irreverência de Ambrose.

Ou seja, é possível balançar ambos os mundos sem grandes complicações. Neste caso, a situação é completamente diferente. Não só são feitas piadas mesquinhas e sem graça usando eventos actuais que em nada se traduzem para a história, como as poucas piadas que aparecem são usadas em demasia até perderem o brilho original. Exemplo: R-Truth como duplo de Dolph Ziggler.

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Esse é o exemplo perfeito de algo que resulta da primeira vez. O choque da revelação combinado com a certeza que R-Truth tem que é idêntico a Dolph Ziggler é o suficiente para suscitar algumas gargalhadas. Para uma noite, é uma excelente piada. Para uma noite apenas, tal como Ziggler prometeu.

Todavia, se algo é feito na SmackDown, é quase garantido que irá ser repetido na Raw seguinte e assim sucessivamente. Por isso, o que tinha sido uma piada relativamente engraçada tornou-se noutro ponto exasperante da rivalidade. Mais uma vez, os fãs são castigados por se preocuparem em assistir à SmackDown, pois talvez não se tivessem fartado da piada senão a tivessem visto já.

Como seria de esperar, ao usar e abusar de uma piada que tinha um curto prazo de validade, a rivalidade de Dolph Ziggler e Miz rapidamente perdeu o seu objectivo e os duplos, R-Truth e Damien Sandow, pareceram mais relevantes para história, quando na realidade não deviam ter passado dos engraçados adereços. Tal reflectiu-se no Night of Champions, onde R-Truth, Damien Sandow e uma banda na mesa de comentadores – que por sua vez nem sabia o nome do evento em que iam actuar – tiveram mais destaque do que a rivalidade em si.

Sim, The Miz é uma personagem incrivelmente exagerada. Sim, o Título Intercontinental não vale nada nos dias que correm. A história de duplos, maquilhadores e a aversão a levar golpes na cara parecem ser absurdos e cómicos demais, mas se a fundação da rivalidade for bom Wrestling os danos são minimizados e a rivalidade passa a valer a pena. Aliás, se o bom Wrestling que estes dois são capazes de fazer, devido à química que têm, não for ofuscada pelas tolices que a companhia adora, o próprio Título Intercontinental poderá tornar-se em algo mais que um mero adereço.

No entanto, tal é bastante complicado com uma equipa de comentadores que em nada ajuda este tipo de histórias, pois não têm a mais pequena ideia da sensibilidade que é preciso para ajudar comédia que não seja completamente descarada, mesquinha e infantil.

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No meio de tudo isto está o Título Intercontinental. Com a quantidade de talento que tem, não deveria ser difícil para a WWE ter histórias minimamente interessantes envolvendo meia dúzia de talentos que lutem pelos dois Títulos Secundários. Mas tal não é o caso e nem com a ausência do Título Principal, que se encontra nas mãos de Brock Lesnar, a companhia fez esse investimento.

Quando o Título Principal voltar para a cintura de um lutador regular, os Títulos Secundários valerão exactamente o mesmo que valem agora: nada. O Título Principal, por sua vez, apenas teve direito a umas férias e será novamente visto todas as semanas, assim como o seu campeão.

Ora, como se pode ver, a execução desta rivalidade é fácil de criticar. E um dos pontos mais contestados da rivalidade foi a escolha de Damien Sandow para duplo de The Miz.

Ao longo dos últimos meses, Sandow tem sido visto a copiar as personagens de outros lutadores ou figuras. Não é a primeira vez que uma estrela é relegada a esta posição com Charlie Haas a ter um papel semelhante há anos atrás. Entre isso e as suas derrotas em combates bastante curtos para The Great Khali, é escusado dizer que a carreira de Sandow não estava na sua melhor fase.

Mas, mesmo assim, Damien Sandow continuava a surpreender. Embora a maioria das suas cópias não tivesse qualquer piada, algumas outras surpreendiam pela positiva e revelavam a veia cómica e versatilidade do talento que a WWE insiste em desperdiçar. Aliás, como fã devota dos tempos de Intellectual Savior of the Masses, tudo o que a WWE tem feito com Sandow desde a tentativa falhada de cash-in tem sido um rude golpe.

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Não deixa de ser curioso como uma companhia consegue desperdiçar um talento tão óbvio. Alguém que fazia o seu papel na perfeição e que continua a fazê-lo, desta vez como duplo de The Miz. Deixa-me feliz e enche-me de pena ver Sandow a ser tão hilariante nestes papéis, pois temo que por isso se recusem a tirá-lo desta posição.

Sandow é dos lutadores mais expressivos e carismáticos que a WWE tem e isso ajuda-o bastante na sua tarefa, não só de imitar as estrelas em questão, como entreter os fãs. As suas capacidades oratórias, embora não estejam a ser exploradas de momento, são talentos escondidos que, um dia, este exibiu.

É pena que este seja apenas mais um na longa lista de pessoas que não empolga Vince McMahon e por isso seja reduzido a algo que está, claramente, aquém das suas capacidades. Como tantos outros, Sandow é apenas mais uma personagem que existe apenas para dar vida à comédia que a WWE prefere, mas que dificilmente será algo relevante no futuro, porque a companhia não é capaz de fazer essa transição. Passou-se o mesmo com Santino.

Quando um talento é rotulado de uma certa forma, a companhia tenta evitar ao máximo deixá-lo sair desses parâmetros, mesmo que estes sejam capazes do fazer. A teimosia da companhia nesta atitude alimenta a indignação dos fãs quando um talento retratado como menos talentoso recebe uma vitória aqui e ali. Como a companhia é incapaz de construir personagens multidimensionais e capazes de fazerem uma evolução natural, os fãs também não, a não ser que aconteçam por sua própria vontade.

É bastante complicado fugir ao rótulo que é atribuído e embora adorasse que Sandow fosse um talento que conseguisse, não vou ter muitas esperanças. Portanto, não sou fã da forma como é usado actualmente, mas fico feliz por ver que, mesmo numa posição tão secundária, Sandow encontre uma forma de brilhar e de ser um dos pontos altos de qualquer segmento.

Opinião Feminina #201 – Black or White

A forma como Sandow copia todos os movimentos de The Miz, desde a entrada até às promos, juntamente com as suas expressões faciais dá azo a alguns dos momentos mais engraçados dos últimos tempos e tudo isto porque a execução é perfeita. É tudo obra de Sandow e mais ninguém.

Infelizmente, quando 90% das histórias actuais são desinteressantes e mal promovidas, é difícil ter tolerância para este tipo de situações. Não me dá gozo nenhum ver Sandow a ser relegado para tal papel quando já vi duas horas e tal de mais uma Raw sem qualquer inspiração ou qualidade.

Provavelmente não deveria, mas continua-me a chocar como é que com tanto talento que, claramente como é o caso de Sandow, não se contenta com papéis secundários e tenta dar o melhor de si, a companhia esteja numa das fases mais desinteressantes dos últimos anos.

As personagens mais importantes são as mesmas e estão gastas. Os Títulos não valem nada, assim como as histórias que os envolvem. A programação semanal continua a ser imensa, mas as razões para continuar a assistr descem de semana para semana.

Cesaro aparenta ser o próximo adversário de Dolph Ziggler pelo Título e com a quantidade de talento que ambos têm, deveria estar a pular de alegria por ver uma rivalidade entre os dois. Mas, infelizmente, não estou. Existem algumas estrelas de quem a WWE me ensinou a esperar grandes coisas, mas nenhuma delas está no midcard.

É uma triste, dura e repetitiva realidade. Seria de pensar que com o tempo se apercebessem destes problemas e os resolvessem, mas tal seria esperar demais. Desejo uma excelente semana a todos e até à próxima edição!

Opinião Feminina #201 – Black or White

26 Comentários

  1. MicaelDuarte10 anos

    Excelente trabalho.

  2. Excelente artigo, Salgado.

    Não há muito a acrescentar. Até dói ver o que fizeram com o Damien Sandow… O homem é tão talentoso que até a ser enterrado semanalmente consegue brilhar. Só falta o Bray Wyatt voltar daqui a dois meses (visto que anda desaparecido) com uma personagem de bailarino. Vá, sei que não vai acontecer, mas vindo desta empresa nem era de ficar chocado.

    • Muito obrigado 🙂

      Não te dói só a ti, acredita! Exacto! Ele é ainda mais fantástico por transformar estas situações em pontos positivos. Isso não acredito que aconteça, mas também não ficava terrivelmente chocada, depois de tudo o que temos visto. Exactamente!

  3. Excelente artigo, como nos tens habituado semanalmente, estão cada vez melhores e com mais qualidade, gosto imenso do teu trabalho e espero que continues assim, é sempre a subir, mais uma vez trouxeste um artigo com um tema interessante e visto de uma forma realista e com a tua visão própria, os meus Parabéns.

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    Quanto ao PPV, tivemos bons combates, mas percebo o que queres dizer, as feuds não suscitaram assim tanto interesse e algumas até nem tiveram assim tanta importância, tivemos apenas lutadores talentosos que entraram em ringue e nos proporcionaram combates de qualidade, mas não foi assim tão emocionante, concordo.

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    O Ziggler e o The Miz são dois Superstars extremamente talentosos, ambos têm carisma e personalidades fortes, são bons em ringue e ao microfone têm um à vontade enorme, mas as suas “gimmicks” não suscitam interesse e a verdade é que quando são chamados ao Main-Event e chega a hora da verdade, acontece sempre alguma coisa que acaba com o “momentum” deles e voltam a cair no card, o que é uma pena.

    Quanto ao Damien Sandow, é apenas mais um disparate da WWE, o Homem merece claramente mais e tem talento para chegar ao Main-Event, se melhorar um pouco nas suas ring-skills tem tudo para triunfar com a “gimmick” certa, mas concordo que a WWE está perdida e provavelmente vai manter o Sandow nestes papéis secundários e humorísticos, o que é triste e deixa-me insatisfeito, mas enfim.

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    No que toca à feud em si, foi mal construída do inicio, teve alguns momentos interessantes e outros divertidos, mas, em geral, tem sido algo má e os intervenientes merecem muito mais, o próprio R-Truth provou nos tempos de Awesome Truth que vale muito mais do que está a mostrar no momento, mas sobretudo Ziggler, Miz e Sandow merecem mais respeito, mas nada que a WWE não nos tenha habituado.

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    De resto, subscrevo na totalidade o teu artigo e não posso acrescentar muito mais, visto que disseste tudo.

    (Como sempre!) Bom trabalho Salgado. 🙂

    • Muito obrigado 🙂 Este não acho que tenha sido propriamente melhor que os anteriores, mas obrigado 🙂 Ainda bem que gostaste, é um prazer!

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      O problema é que estes bons combates são apresentados de forma tão desinteressante que acaba por desrespeitar a qualidade apresentada.

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      Ambos se destacam de formas diferentes. O The Miz tem um à vontade com o microfone com que o Dolph Ziggler nem sequer sonha. Enquanto dentro de ringue, o Ziggler dá um baile óbvio ao Miz. A verdade é que não devem ser chamados ao main-event tão cedo. Mais depressa a WWE vai buscar o Devitt, Zayn ou Neville ao NXT para os por no main-event que renovar a aposta num destes. Não digo isto como uma coisa negativa ou positiva, apenas acho que é o mais provável.

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      Mais do que ser mal construída, a rivalidade é promovida como sendo uma absoluta palhaçada. O que acaba por ser bastante desinteressante.

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      Muito obrigado 🙂

  4. Galloway10 anos

    Bom artigo, mais um, como de costume.

    O IC tem sido, desde que o Barrett se lesionou, uma montanha russa.

    A solução mais óbvia seria o Dolph, para dar um “docinho” aos fãs que sempre quiseram vê-lo com algum ouro à cintura, e mesmo assim parece que ou tiveram dúvidas ao fazê-lo, ou quiseram dar a entender que não seria assim tão fácil para ele e que queriam fazer com que sofresse para o conquistar, naquela Battle Royal em que o Miz o ganhou.

    Para fazer uma feud entre os dois não era preciso que isso acontecesse, digo eu. A introdução do Sandow na equação teve piada de início, e fosse outro que não ele, já ninguém queria saber. Confesso que é a única coisa que me faz prestar um pouco de atenção a isso, as fantásticas prestações do Sandow a imitar o Miz, a roçar a perfeição. Até a fazer um Figure Four lá fora o homem consegue ter piada.

    Darem-se ao trabalho de fazer isto com ele, dá que pensar que talvez poderiam fazer com que se virasse ao Miz e acabasse por lutar com ele, era o mais lógico, e no caso, seria o mais alto que o Sandow estaria no card desde há muito tempo. E se isso acontecer, já não será com o título no horizonte, com certeza, será talvez quando o Barrett voltar para recuperar o título do Ziggler(?) (ou do Cesaro, quem sabe?).

    Cesaro esse, que ora está no rota do USA ou do IC. É a forma mais flagrante da WWE mostrar que não sabe o que fazer com ele, um talento enorme no ringue, que anda assim a ser desperdiçado, com muita pena. Volto a dizer, que caso a coisa tivesse sido feita com interesse, desde a separação do Swiss Superman com o Heyman, que poderia ser o próximo a lutar com o Lesnar pelo WWE WHC. Mas prefeririam não se dar ao trabalho e meter o Cesaro a rodar entre feuds que não o favorecem.

    Enfim, é o que temos. A ver os próximos tempos.

    • Muito obrigado 🙂

      Não é a primeira vez que o IC está envolvido em situações de comédia. O Santino teve o Título em mãos várias vezes.

      Exacto. Não era preciso trocar o Título de mãos tantas vezes, nem era preciso envolver tanta palhaçada. Miz e Ziggler conseguiam fazer um excelente trabalho com muito menos adereços. Exacto, a introdução do Sandow só funciona porque é o Sandow a desempenhar esta função, senão seria um fracasso.

      Não podia ter dito melhor… é mesmo o que temos.

  5. Damien Mizdow10 anos

    É pa digam o que disserem miz e damien mizdow para mim é a coisa mais interessante na wwe actualmente e dos poucos momentos do show que ainda me digno a acompanhar. e sim ate podem dizer que o dolph ziggler e o antonio cesaro sao melhores no ringue mas o que é que isso importa se nao conseguem cativar ninguem fora dele? Relembro que nao foi propriamente por aquilo que faziam dentro de um ringue que o rock, o stone cold e o hulk hogan sao os melhores de sempre. miz e damien mizdow consegue entreter, fazer grandes promos e nao dao maus combates e é por isso que sao muito mais completos que o dolph ziggler e o cesaro que sao muito fracos em tudo que nao seja habilidades no ringue. E relembro que na wwe nao basta ser um grande wrestler. É preciso ser uma grande wwe superstar e é por isso que o miz e o damien mizdow o são e o dolph ziggler é apenas mediano enquanto o cesaro é fraco.

    • Ahaha é definitivamente das coisas mais engraçadas que a WWE apresenta. O Ziggler e o Cesaro conseguem cativar os fãs através do seu trabalho dentro de ringue. Por alguma razão, Ziggler continua a ser notóriamente ovacionado, enquanto Cesaro via a sua popularidade a aumentar grandualmente antes da Wrestlemania, culminando no evento.

      O problema de ambos é que a WWE não capitalizou devidamente na popularidade que estes tinham, de forma a torná-los ainda mais populares e, possivelmente, rentáveis.

  6. john3:1610 anos

    Concordo com tudo o que disses-te.

  7. Excelente trabalho. Nada a acrescentar.

  8. WWEdge10 anos

    Lembro-me perfeitamente dessa fase do Charlie Haas.

    Adorei este artigo, porque é exatamente o que eu penso sobre esta situação em torno do Damien Sandow. É surpreendente como este lutador até a fazer de “sombra” do Miz, nos deixa completamente concentrados nele.
    Sandow é um grande profissional, e eu espero rapidamente que o futuro lhe traga grandes glórias.

    Excelente trabalho Salgado!

  9. Awesome_Mark10 anos

    Mais um hino ao wrestling!

  10. Lámentavel oque ta acontecendo com o Sandow espero que ele acebe fazendo um turn no Miz e comece um novo push Paciencia é uma virtude!

    • É sim senhor, mas com a idade que tem e com a quantidade de talento que a WWE tem no roster principal e NXT, não sei se o Sandow tem sorte.

  11. JoãoRkNO10 anos

    Bom artigo . O caso Damien até dá dó . Se queriam torná-lo no que já nos habituamos a ver , para que a Mala MITB ? Mas uma coisa é certa , se ficar nestas andanças , como referes , que também duvido que algum dia mude , teremos aqui um dos maiores entertainers da história desta industria . Aquele Miz TV do passado ME , meu deus , é impossível não soltar umas boas gargalhadas .

    • Muito obrigado 🙂 Podes crer que dá. Totalmente de acordo, foi um desperdício. Para isso tinham dado a mala ao Cody Rhodes. Foi esse segmento que selou este tema para esta edição, porque achei absolutamente hilariante o comportamento e expressões faciais do Sandow.

  12. John"Enigma"Hardy10 anos

    Grande parte da culpa da WWE estar assim atualmente vem de vince e sua arrogãncia em escutar os outros, podemos notar isso comparando o que temos na WWE, NXT consegue atrair mais atenção do público com poucas pessoas a assistir do que o Raw com milhões, a NXT está a se desenvolver junto de seus wrestlers, enquanto a Raw quer audiência a base de Main Events ..

    • Não acho que seja tanto arrogância, mas complacência e conformismo. Vince sabe que está no topo da indústria e está confortável com essa posição, não tendo por isso razões que o façam pensar duas vezes no que toca a tomar uma decisão que possa não ser tão boa a curto prazo.

  13. Luís Ziggler10 anos

    Sinceramente, não percebo como é que, com a ausencia de tantos main eventers e a saturação do John Cena a wwe não avança com o Ziggler, como fez com o Bryan, para alimentar a companhia pelo menos durante um mês ou dois. Porque é que não se põe o Ziggler a encher o peito e dizer que vai ser o primeiro IC e WWE World Champion ao mesmo tempo, fazer promos, fazer frente ao Lesnar mesmo que seja para apanhar uma tareia monumental como apanhou o Cena? Ia conseguir grandes Pops do público e ia entreter. Não custa nada, porque raio não o fazem?
    Também podiam investir com o Ambrose para main eventer mas já percebi que vão só esperar que o Reigns fique bom lol