Ao contrário do que gostamos de acreditar, nem sempre o talento é recompensado no mundo do Wrestling Profissional. Ou se o é, nem sempre é de forma a que seja vista como recompensa ou feito com a rapidez ideal. A Divisão de Tag Team da WWE, assim como 90% do card, está recheada de exemplos.

Ao longo do Verão, os Usos e os dois membros da Wyatt Family que não são Bray Wyatt – Luke Harper e Erick Rowan – deslumbraram os fãs, relembrando-os mais uma vez porque é que Tag Team Wrestling consegue ser tão empolgante de assistir.

Opinião Feminina #202 - Finding the Cosmic Key

É certo que os The Shield são os verdadeiros ícones de Tag Team Wrestling dos últimos anos, sendo por isso que a Divisão de Tag Team tenha sofrido e ainda sofre com a sua separação. No entanto, enquanto Seth Rollins partia os nossos corações ao virar-se contra os seus “irmãos”, os Usos e a Wyatt Family distraíam os fãs, atrasando as consequências que esta separação teve na Divisão.

Os combates que ambas as equipas protagonizaram ao longo de dois pay-per-views deliciaram os fãs, mesmo aqueles que já estavam fartos de ver as mesmas duas equipas a lutar tantas vezes. A forma como conseguiam sempre envolver os fãs presentes na arena, de forma a que estes iniciassem cânticos como “This is awesome!” apenas aumenta a qualidade dos combates e torna-os mais divertidos para quem está a ver a partir de casa.

Ambas as equipas foram capazes de criar várias vezes uma energia que há meses não se via na Divisão de Tag Team.

No Battleground deste ano, os Usos e Erick Rowan & Luke Harper não deram só o melhor combate do evento, mas também um dos melhores combates de Tag Team do ano na WWE, senão o melhor. E como recompensa por darem aos fãs excelentes combates e tornarem a Divisão de Tag Team interessante novamente – mesmo que apenas por dois pay-per-views – ambas as equipas falharam o Summerslam. É uma situação ingrata e quase poética.

Opinião Feminina #202 - Finding the Cosmic Key

Os Usos continuaram como campeões e procuraram novos adversários, enquanto Luke Harper e Erick Rowan receberam outra recompensa pelo seu excelente trabalho: derrotas para Big Show e Mark Henry, as novas jovens estrelas da Divisão de Tag Team que a WWE juntou recentemente.

Isto pouco depois dos fãs especularem a possibilidade dos dois membros da Wyatt Family se tornarem campeões. Afinal, depois de tantos combates, era de esperar que eventualmente os dois conseguissem atingir o seu objectivo.

Esta é uma situação complicada e, para variar um pouco, a culpa não é da WWE. Erick Rowan e Luke Harper existem – pelo menos até agora – para dar continuação às rivalidades de Bray Wyatt ao sofrer as derrotas que este não pode sofrer. Bray Wyatt já tem pouca credibilidade actualmente e teria muito menos se andasse a trocar vitórias em televisão e derrotas todas as semanas. Por isso é que tem dois lacaios.

Estes podem perder para Chris Jericho e ser agredidos por John Cena. Não há mal em serem usados desta forma, porque é para isso que lá estão. Pelo caminho, até impressionam os fãs com excelentes combates, como é o caso de Luke Harper.

No entanto, tal não é posição para colocar os campeões de Tag Team. A primeira coisa que todos faríamos se, depois de vencerem os Títulos de Tag Team, Luke Harper e Erick Rowan andassem a perder para Chris Jericho e companhia em televisão seria criticar esta decisão da WWE.

Não quer dizer que os Usos sejam imunes a trocas aleatórias de vitórias e derrotas. A diferença entre ambos os casos é que, na situação dos Usos, a mesma pode ser evitada com um pouco de esforço e atenção; enquanto no caso de Luke Harper e Erick Rowan é mais complicado porque a prioridade é proteger Bray Wyatt. Ou pelo menos, deveria ser.

Todavia, não deixa de ser frustrante ver uma equipa a fazer tão bom desempenho e terminar a rivalidade sem, pelo menos, um reinado com os Títulos.

Opinião Feminina #202 - Finding the Cosmic Key

Tal como disse, nem sempre o talento é recompensado. Pelo menos, não da forma que se espera ou idealiza. Quem é bastante familiar com esta lição é Cody Rhodes.

Ao longo dos últimos anos, desenvolvi uma grande tolerância e paciência para as reinvenções de Cody Rhodes, por muito absurdas que pudessem parecer ao início. Depois de desconfiar da sua fase “Dashing”, fiquei bastante surpreendida pelo seu uso da máscara e consequentes sacos de papel. Desde aí até ter posto os fãs a gritar por um bigode, foi apenas um saltinho. Um saltinho muito pouco surpreendente, diga-se de passagem.

A verdade é que Rhodes é um dos vários talentos que já esteve, várias vezes, à beira de ascender no card ou de ver a sua popularidade aumentar permanentemente, mas sem resultados definitivos. Alguma coisa, alguma decisão ridícula ou percalço acaba por surgir sempre e este volta ao início. Todas as reinvenções ou parcerias, levam-no sempre ao mesmo lugar, enquanto outras circunstâncias forçam-no a recuar.

Todavia, a sua dedicação é constante e óbvia, tornando-se bastante fácil por isso desenvolver esta tolerância. Existe a esperança que, mais uma vez, ele irá tirar o melhor partido da situação. No fundo, Cody Rhodes é daqueles talentos que dificilmente irá alcançar o seu permanente lugar ao sol, mas se/quando lá chegar, será celebrado com enorme emoção e com este longo caminho em mente. Poderá durar minutos, como foi o caso de Daniel Bryan no Summerslam, ou dois dias, como foi o caso de Christian, ou vários meses.

Isso, apenas o futuro ditará, mas as perspectivas para Cody Rhodes não são optimistas, especialmente quando existem vários outros talentos de qualidade equivalente ou superior e que, por sua vez, não viram a sua imagem gasta e exposta ainda.

Opinião Feminina #202 - Finding the Cosmic Key

Quando os Rhodes Brothers perderam os Títulos, no início deste ano para os New Age Outlaws, surgiram também as especulações sobre a separação da equipa. Embora tenham tido uma temporada bastante produtiva, com combates de elevada qualidade, o fim do seu reinado tinha também ditado o fim da parceira. Pelo menos, assim parecia.

Os rumores começaram a surgir e num acto de perfeita injustiça, ambos os membros da equipa ficaram relegados para a Battle Royal, mesmo depois dos meses de elevada qualidade que tinham produzido. Não estiveram incluídos num combate de Tag Team, nem no tão rumorado combate entre ambos que se esperava para finalizar de vez a equipa.

Depois da Wrestlemania, os rumores de um heel turn de Cody Rhodes intensificaram, assim como começaram a surgir problemas entre a equipa. O que ninguém esperava era o que acabou por acontecer. Não só a equipa continuou junta, como um dos membros sofreu uma revolução. Cody Rhodes ficou deixado para trás, dando lugar a Stardust.

Embora não seja propriamente uma novidade, dada a forma como a qualidade dos comentários produzidos pela WWE desceu a pique, a verdade é que os comentadores não ajudaram Stardust durante a sua estreia, tratando-o como uma piada e falhanço..

Talvez porque é uma personagem incrivelmente excêntrica ou pela tolerância que desenvolvi por Cody Rhodes, mas a verdade é que adorei Stardust desde o primeiro minuto. Daí os comentários me terem irritado particularmente. Os maneirismos, as promos, as expressões faciais, entre vários outros atributos, são comicamente exageradas, mas bastante bem executadas.

Stardust é uma excentricidade, é diferente – tão diferente quanto uma versão de Cody Rhodes da personagem de Goldust pode ser – e, acima de tudo, é convincente. Não sei quanta influência é que Cody Rhodes tem sobre o que faz, mas acredito que é significativa, pois tudo o que este faz aparenta ser bastante natural.

Opinião Feminina #202 - Finding the Cosmic Key

As suas entrevistas nos bastidores, seja a cantar “When you wish upon a Star” ou a discutir a procura da Cosmic Key, foram hilariantes. Não são o tipo de segmentos que devam ser feitos em frente da audiência, no ringue, ou expostos em demasia, porque a comédia é bastante básica e, em grande parte, sem grande sentido. Afinal, revolve à volta de duas personagens absolutamente bizarras e sem qualquer noção da realidade.

O problema com este tipo de situações é que, embora a piada dos segmentos seja, em grande parte, o facto de não serem coerentes , isso não faz do segmentos inúteis. Stardust e Goldust podem muito bem fazer uma série de entrevistas onde falam sobre tudo e mais alguma coisa, sem qualquer coerência ou direcção, mas a existência dessas entrevistas precisa de ter um propósito.

Especialmente quando um termo em específico – Cosmic Key – é referido repetidamente. No fundo, esse foi um dos muitos problemas que impediu esta equipa de reencontrar a popularidade que tinha conquistado no fim do ano passado.

Depois de tantos segmentos gravados nos bastidores à procura da Cosmic Key, Stardust e Goldust regressaram sem qualquer alteração ou mudança. Aliás, enfrentaram exactamente a mesma equipa que estavam fartos de enfrentar – Rybaxel. É verdade que os segmentos foram divertidos, mas não o suficiente para compensar a sua inutilidade.

Opinião Feminina #202 - Finding the Cosmic Key

Se o objectivo destes vídeos era introduzir com mais detalhes e cuidado Stardust, então a equipa deveria ter voltado revigorada. Sem ter de enfrentar a mesma equipa mais uma vez na noite do seu regresso e, especialmente, sem ter de perder para Slator Gator na mesma semana.

A verdade é que esta reinvenção de Cody Rhodes tinha poucas probabilidades de ser bem sucedida, antes mesmo de se estrear. Tal como comecei por dizer, Cody Rhodes tinha voltado a construir alguma credibilidade e se tornado interessante para os fãs com os seus excelentes combates com Goldust contra The Shield e Usos.

No entanto, tanto Rhodes como Goldust caíram no esquecimento e voltaram à estaca zero assim que perderam os Títulos. E não foi porque os Títulos determinam quem é interessante ou não, mas porque a WWE colocou-os na prateleira, fazendo absolutamente nada com eles durante meses e, acima de tudo, tirando-lhes aquilo que os tinha tornado populares: bons combates.

A sua popularidade foi arruinada por completo, facto reforçado ao longo de meses. Não seria apenas uma reinvenção que iria mudar essa situação. Era preciso algo mais sólido. Algo de qualidade. E, por muito divertidos e bizarros que Goldust e Stardust sejam, estes ainda não voltaram a mostrar a qualidade que mostraram no fim do ano passado, seja por culpa deles ou da WWE.

Opinião Feminina #202 - Finding the Cosmic Key

Muito pelo contrário. Desde a sua estreia, os seus adversários mais frequentes foram Rybaxel, numa série de combates aborrecidos e repetitivos que não avançaram com a história ou aprofundaram a apresentação de Stardust e Goldust. Estes precisavam de mostrar que ainda eram a dupla excitante e talentosa que os fãs apoiaram no fim do ano passado e não tem sido isso que tem acontecido.

O próprio combate que tornou Goldust e Stardust campeões pecou em comparação com o que tinham tido com os The Shield, onde venceram os Títulos. A diferença de adversários não é necessariamente uma justificação, visto que os Usos já provaram o seu valor e passaram os últimos meses a deslumbrar os fãs com a sua série de combates com a Wyatt Family.

Outro factor que complicou o sucesso desta nova reinvenção de Cody Rhodes antes mesmo de se estrear é o facto deste já ter passado por muitas. Reinventar-se não é propriamente uma novidade para Cody Rhodes e embora os fãs tenham apreciado algumas, a verdade é que nenhuma o conduziu ao topo. Por outras palavras, os fãs estão habituados a ver Cody Rhodes inovar, sem ser apoiado pela WWE de forma a que possa ser verdadeiramente bem –sucedido.

Que motivos têm os fãs para acreditar que Stardust será diferente? Que motivos têm os fãs para acreditar que não será apenas outro desperdício de energia? Certamente as suas semelhanças com Goldust não são motivo suficiente.

Afinal, Dustin Rhodes tem feito o papel de Goldust há quase 20 anos e, embora tenha sido bastante controverso e convincente, a verdade é que este nunca passou de um talento de midcard, sem nunca ter vencido o Título principal da companhia.

Não duvido que alguns fãs vejam Stardust como apenas uma tentativa dissimulada de copiar a personagem de Goldust, ao passo que nos últimos anos Rhodes criou vários picos de popularidade com invenções suas. O facto dos fãs saberem que a personagem em questão não é uma receita garantida de sucesso certamente não ajuda.

É caso para dizer que Stardust teve que enfrentar bastantes obstáculos desde o início e, depois da sua primeira introdução como babyface não ter funcionado, um heel turn foi efectuado recentemente. A meu ver, a mudança não era necessária. Se Stardust e Goldust tivessem tido a oportunidade de fazer os combates de qualidade semelhante ao que tinham feito no ano passado, os fãs rapidamente iriam aceitá-los.

Um heel turn, dadas as personagens apresentadas, era definitivamente uma ideia interessante se fosse bem executado. O problema do heel turn de Stardust e Goldust é que, tal como os segmentos gravados nos bastidores, não trouxe ainda qualquer mudança. A entrada foi a mesma, assim como a música, as manobras e os maneirismos.

Opinião Feminina #202 - Finding the Cosmic Key

Stardust e Goldust são exactamente as personagens que eram antes do heel turn, ainda com os segmentos de bastidores engraçados, a bola de cristal e a conversa da Cosmic Key – que agora se sabe que são os Títulos.

Mais parece que Stardust e Goldust se tornaram vilões para que pudessem rivalizar com os Usos, dado o fim da rivalidade dos Usos com a Wyatt Family e da ausência de Rybaxel, do que o resultado de um plano bem pensado e executado.

Sinceramente, embora seja fã de Stardust e Goldust, me divirta bastante com os maneirismos e atitudes deles, sinto que isto apenas existe porque um dos dois o sugeriu e a WWE não tem planos melhores em mente ou paciência para os criar. Não sinto que exista qualquer consistência ou esforço em fazer a dupla resultar, por parte da companhia.

Muito pelo contrário, sinto que tudo não passa de uma manobra dos manter ocupados. Afinal, se ambos lutassem e se separassem, como há meses que se anda a falar que vai acontecer, Goldust não tem qualquer utilidade no roster actual e Cody passa a ser mais um talento à deriva, sem direcção.

Juntos, sempre são uma equipa competente, visto que a companhia tem muito poucas actualmente.

A longo termo, não sei que efeito é que Stardust pode ter na carreira de Cody Rhodes que os passados falhanços não tenham tido já. Sim, Cody Rhodes com a máscara foi um excelente fase da sua carreira, assim como a sua fase como campeão Intercontinental. Os Rhodes Scholars nunca atingiram o seu verdadeiro potencial, nem chegaram a ser campeões, mas a promessa esteve lá. Mesmo assim, tudo conduziu a absolutamente nada e não temos quaisquer razões para acreditar que Stardust será diferente.

No fim de contas, não passa mesmo de apenas uma cópia bastante personalizada de Goldust. Uma cópia bastante divertida, mas mesmo assim, uma cópia. Eventualmente esta fase irá terminar, Goldust irá voltar à sua posição de agente ou possivelmente irá para o Performance Center, ajudar os talentos do NXT. Já Cody, irá procurar a sua próxima reinvenção que, sem dúvida, será interessante.

Desejo uma excelente semana a todos e até à próxima edição!

Opinião Feminina #202 - Finding the Cosmic Key

25 Comentários

  1. Excelente artigo. E tenho que concordar contigo em tudo sobre os Dust Brothers. O Cody é um atleta excepcional, e um actor fenomenal com a capacidade de se reciclar como ninguém.

    Mas sim, é difícil imaginar que ele tenha uma oportunidade no main-event, mesmo que seja novo. Mas verdade seja dita tal como referes existem nomes que são tão talentosos que vão ter mais oportunidades, e com a unificação ainda se torna mais complicado a tal aberta. Por isso, sem dúvida que nomes como Roman Reigns, Seth Rollins e Ambrose são os três da nova geração que em principio mais certezas poderão ter sobre poderem ser main-eventers, o resto estará sempre condicionado a outros factores.

    • Obrigado!

      Ele é novo, mas já anda nisto há sete ou oito anos e a sua imagem está bastante gasta. Demasiadas reinvenções sem qualquer sucesso também não ajudam. Os fãs começam, mesmo sem intenção, a desvalorizar cada uma que este faz. Afinal, não leva a lado nenhum.

  2. Excelente artigo sobre os Dust Brothers, um tema interessante e gostei bastante da tua análise e opinião, aprendo sempre, será curioso ver o futuro destas Tag Teams, os meus Parabéns.

    Eu não entendi o que a WWE quis fazer, os Wyatts são talentosos no seu estilo e cumprem o seu papel na perfeição, proporcionaram-nos combates de qualidade em 2 PPV´s, mas depois não conquistam os títulos pela 1ª vez, mas sim perdem e desaparecem da rota do titulo para ser “saco de pancada” de Big Show & Mark Henry e também do Cena, para mim não fez qualquer sentido e não me agrada que sejam apenas “lacaios” do Bray Wyatt pois podem ser muito mais que isso, sobretudo o Luke Harper, é pena.

    Quanto aos Dust Brothers, disseste tudo e não sei que dizer mais, acrescento que para mim o Cody Rhodes vai ser um “Christian”, ou seja, talentoso e capaz de se reinventar, mas nunca passará de um mid-carder credível, é capaz de conseguir um ou dois reinados de título mundial, mas o seu sucesso será o seu talento, popularidade e mestria no mid-card, tenho pena pois acho que pode conseguir mais e alcançar sucesso no Main-Event, mas não estou a ver que aconteça e tenho esta opinião, veremos, mas gosto bastante da “gimmick” do Stardust, embora comece a tornar-se repetitiva e mesmo em ringue eles comecem a fazer sempre o mesmo e deixaram de dar espectáculo e ser interessantes como nos combates com The Shield e Usos como Rhodes Brothers, concordo contigo, e o Goldust vai acabar por se retirar, mas ainda tenho esperanças de um “heel turn” do Cody Rhodes contra o irmão e uma reinvenção novamente, levando a que o Goldust se retire e o Cody Rhodes seja lançado novamente, mas é esperar para ver, agora concordo que uma reinvenção do Cody foi, é e será sempre interessante.

    (Como sempre!) Bom trabalho Salgado. 🙂

    • Muito obrigado 🙂

      Eu acho que a justificação para isso é a que dei. Se tivessem dado os Títulos aos Wyatts, nas semanas seguintes tinhamos visto o Jericho ou outro qualquer a arrasar com eles. Mesmo campeões, os membros da Wyatt Family não deixam de ser os lacaios de Bray Wyatt.

      Pelo menos, durante aquela altura. O Luke Harper pode ser mais que isso e tem sido bastante bem exibido pela companhia, com oportunidades para protagonizar combates de qualidade. No entanto, esta foi a forma como os apresentaram e até mudarem isso (como parece que se estão a preparar para o fazer) não estava a fazer mal nenhum. Pelo contrário, estavam a proteger Bray Wyatt.

      Muito obrigado, mais uma vez 🙂

      • Não tens de quê.

        Sim, tens razão, concordo com o que disseste.

        Até ao próximo artigo e uma excelente semana para ti. 🙂

  3. Galloway9 anos

    Excelente artigo, mais um.

    Como tu, também admiro o Cody pela sua capacidade fantástica de se reinventar, e a forma como o faz sempre com distinção.

    Já esperava que vencessem os títulos com a heel turn, se se pode assim chamar, que fizeram há algumas semanas, mas não precisam de continuar assim, pode voltar a faces, mas não sei se não seria mau, ver os campeões sem uma postura séria, como o Goldust agora parece que tem, menos brincalhão.

    Veremos por quanto tempo terão os títulos e por quanto tempo a WWE resistirá a virar os irmãos um contra o outro (talvez até à Mania).

    • Obrigado 🙂

      Com ou sem heel-turn, penso que era apenas uma questão de tempo até ambos terem os Títulos em sua posse, visto que passaram por uma reinvenção.

  4. Vitor Oliveira9 anos

    Muito bom artigo Salgado!
    Você citou no texto Rybaxel, que na minha opinião não é nem um pouco boa tag team. Acho que o Curtis Axel deveria fazer dupla com o Cesaro, seria uma boa dupla.

    • Muito obrigado 🙂 Pessoalmente, não acho que Curtis Axel ajudasse Cesaro e preferia não fazer a experiência.

  5. Leo Leo9 anos

    Excelente artigo!

    É muito bom perceber que não é só eu que vejo Cody Rhodes como um superstar de topo. Pra mim, se a WWE trabalhasse nele, poderia muito bem conquistar um World Title pois merece-o. É uma pena que a WWE não perceba a capacidade e dedicação fantástica que o Rhodes tem, assim como seu irmão Goldust, que depois de anos voltou melhor que seus anos passados na companhia.

    Pra fechar, creio eu que Stardust e Goldust irão se separar até ou após a WrestleMania, e Stardust volte como Cody Rhodes e alcance a seu tão merecido World Title!

    • Obrigado 🙂 Não és o único, não 🙂 Também acho que a Wrestlemania é um período de tempo aceitável. No entanto, se a WWE vir – nas semanas que antecedem a WM – que tem pouco tempo, ambos podem ficar com o combate adiantado para Elimination Chamber ou atrasado para o Extreme Rules. Não estou a ver a WWE a dar prioridade a um combate de midcard entre os dois.

  6. Excelente artigo, Salgado!
    a WWE no começo do ano, após darem os titulos de tag tem aos NAO, simplesmente não teve cuidado com os ex campeões, deixou eles perdidos no card e sem qualquer interesse, matou por completo o que tinha conseguido fazer no final de 2013…

    Me doi muito ver um talento como o Rhodes nunca ter recebido uma aposta a sério, tudo que ele faz, faz em excelência, apesar de não gostar do Stardust sei que o Rhodes está muito bem no seu papel, assim como qualquer outra coisa que a WWE lhe dê… o Rhodes poderia muito bem estar no main event, ou ser um mid card de topo, mas a WWE simplesmente ”mata” tudo o que lhe dá, não dão uma aposta a sério, não tenho esperanças de ver o Rhodes no Main event, por mais jovem que ele seja duvido muito que receba uma aposta como superstar de topo algum dia, mas se receber acredito que fara com a excelência que só ele sabe fazer, o que lhe dão ele transforma em ouro, mas duvido muito que ele vá mais ”acima” no card…

    • Obrigado 🙂

      Exactamente. Colocou-os de parte por um capricho (dar aos NAO mais um reinado e o tão pedido combate com The Shield) e por isso, a equipa perdeu toda a energia e popularidade que tinha adquirido até então.

      Não te dói apenas a ti 🙂 Nota-se que ele se esforça bastante. Exactamente.

  7. Excelente artigo. Nada a acrescentar.

  8. WWEdge9 anos

    Felicitações por mais um excelente artigo 🙂

    Discordo apenas numa parte: “O problema do heel turn de Stardust e Goldust é que, tal como os segmentos gravados nos bastidores, não trouxe ainda qualquer mudança. A entrada foi a mesma, assim como a música, as manobras e os maneirismos.” – Eu por acaso notei numa pequena diferença, pode parecer que sou picuinhas, mas eu prefiro pensar que apenas sou muito atenta. ;P Quando o Stardust era face ele juntava os dedos com o público (como na 1ª imagem em que ele aparece aqui no teu artigo) e desde o heel turn que não o vi mais a fazer isso. Eu sei que é um pormenor mínimo mas já demonstra alguma mudança na atitude… Bem se calhar devo ser mesmo picuinhas!…

    Continuação de um ótimo trabalho Salgado.

    • Muito bem observado 😀

    • Muito bem visto, sem dúvida 🙂 No entanto, penso que não é nenhum disparate desprezar esta diferença. Para marcares a diferença entre uma dupla de heróis ou uma dupla de vilões precisas de um pouco mais que isso. Precisa de ser, especialmente, algo que os fãs consigam perceber com facilidade.

      Eu, pessoalmente, acredito que os fãs são capazes de apoiar e perceber personagens complexas e que tenham alguns tons de cinzento, por assim dizer, mas é preciso que estas sejam bem-desenvolvidas e bem-apresentadas, que não é o caso de Stardust e Goldust. Por isso, a WWE deveria adoptar uma forma mais directa para explicar a sua natureza aos fãs, de forma a que estes percebam que houve uma mudança e não ficam impávidos a assistir ao evento, sem reagirem. A mudança que referiste foi bem observada, mas não muda nada, nem ajuda os fãs ou Stardust.

      • WWEdge9 anos

        Concordo contigo, e como é óbvio não é com este pequeno gesto que nos vão mostrar serem uma tag heel. Apenas o referi porque notei nele e também por ser um pormenor tão mínimo, quis meter-me contigo. 😀 Mas compreendo perfeitamente que não muda nada e nem ajuda o Stardust.

  9. Anónimo9 anos

    Se formos pensar a familia Rhodes a.k.a Runnels foi sempre assim underated , o dusty rhodes teve uma carreira espectacular no NWA e depois foi para WWE utilizado como alguem que foi dificil de se levar a serio . Olhamos para a carreira do Goldust em que msm,o com os varios exageros impostos pela a WWE foi alguem quer merecia mais , se pensarmos a gimmick é muito dificil de ser interpretada por um heterossexual e alem de o ter feito de uma maneira impecavel e com o impacto suposto conseguiu adaptar a sua gimmick por diversas eras da wwe . O problema base disto e que no fruto da sua idade goldust não teve esse tal push essencial . O Mesmo se aplica perfeitamente ao cody pois este esta na altura certa para poder quebrar fronteiras e subir de estatuto . Espero que não seja demais e que cody siga os passos do irmão . De futuros planos acho que o goldust como campeao IC outra vez seria curioso pois eria ate uma liçao de desmpenhar u a gimmick de sucesso , muito jovens podem mnao o achar pois nao deram muita importancia da sua carreira e das suas promos que hoje nem sequer existem. O Cody por mim era muito bom ser a exepçao da familia

    • Mas isso é porque a WWE tem dificuldades em aceitar que as pessoas consigam ser bem-sucedidas sem eles e em grande parte dos casos humilha-os só para satisfazer o próprio ego.

      Também gostava que fosse!

  10. BOlieve9 anos

    Inegavelmente que os The Shield foram uma das maiores tag teams dos ultimos anos mas para mim nao foram a melhor. Gostei mais dos Hell No no geral e continuo a achar que os Rhodes Scholars e os irmãos rhodes só não atingirem este patamar porque infelizmente o booking da wwe não esteve ao nivel daquele que foi dado aos The Shield e aos Hell No.

    • Pessoalmente, discordo. Os Hell No foram bastante divertidos, mas não contribuíram com tantos combates de qualidade, duraram menos tempo e apenas aumentaram a popularidade de Daniel Bryan. The Shield lançaram três talentos de qualidade, quase prontos ou prontos para ocuparem o main-event.

  11. MicaelDuarte9 anos

    Embora não tivesse comentado (dado a minha apreciação, melhor dizendo) o artigo no Domingo passado, eu já o tinha lido. Mais uma vez, um excelente trabalho.