“The Shield was untouchable. We will go down in the history books as one of the greatest groups in sports entertainment ever. We dominated WWE, we beat everbody, including Evolution. But we weren’t healthy. We had a cancer inside of us, little did we know. And that’s cancer’s name… that cancer’s name was Seth Rollins. History is full of people like you, Seth. Everybody in this building knows somebody like you, Seth. The kind of guy who would stab his brother in the back. Suck up, sell out to The Authority.

When I get the opportunity to rearrange your face — which I will — your nose isn’t going to be here anymore, it’s going to be over here by your ear. I say ear because you’re only going to have one left. I’m going to rip your dirty stinking hair out by the roots. I’m going to stuff it in your mouth. There’ll be plenty of room from where your teeth used to be.

Seth Rollins… my brother… you are scum. And we are looking forward to what that scum has to say tonight. We want you stand out here in this ring in front of the whole world and lie through your teeth. We want you to stand out here in the middle of this ring in front of the whole world and we want them to hear Triple H’s words coming out of your mouth. We’re going to listen to every word of it, and then we’re going to beat the hell out of you.”

Dean Ambrose – Raw, 9 de Junho de 2014

Dean Ambrose e Seth Rollins são exemplos perfeitos daquilo que a WWE e a indústria do Wrestling profissional precisa. São dois jovens talentos, mais do que competentes no que fazem, e com uma vontade notória que agarraram numa história que não estava escalada para estar no main-event e tornaram-na digna de tal.

Hoje, no dia do WWE Hell in a Cell, Dean Ambrose e Seth Rollins enfrentam-se dentro da cela, culminando assim uma história que começou em Junho. Uma história de fraternidade e traição. Uma história intensa e cómica. Quatro meses depois, não existe qualquer razão para não ser esta história a encerrar o evento. Não há outra história, ou outros dois talentos, que mereçam mais essa honra, especialmente depois do trabalho que tiveram ao longo dos últimos meses.

Não é fácil, nos dias de hoje, criar uma rivalidade que se arraste ao longo de meses. Existem imensos factores a ter em consideração que complicam tudo e arruínam a história por completo e, por sua vez, os envolvidos.

Primeiro, uma história que se arraste por vários meses precisa de ser bem pensada e estruturada. Se não for, os fãs irão perder grande parte do interesse – senão todo – e passarão a desejar que a história acabe rápido. Precisa de ter, acima de tudo, uma evolução natural que justifique o investimento dos fãs. É preciso estabelecer prioridades e objectivos para com a história, de forma a que nunca se perca a noção de onde é que é preciso chegar e quais os frutos que é preciso colher.

É também bastante importante que exista criatividade a desenvolver essa história. Uma criatividade que seja capaz de manter a mesma rivalidade interessante várias horas por semana, ao longo desses mesmos meses.

Com a quantidade de programação que a WWE tem actualmente, dependendo da quantidade a que os fãs se subjugarem por semana, é bastante complicado manter o interesse sem saturar a audiência.

Por fim, e mais importante, é preciso talento. Não é talento qualquer, é talento credível. Talento que não tenha sido ainda prejudicado pelo tão complicado mundo que é a WWE. Talento que possa simplesmente lutar pela oportunidade de merecer um main-event sem que os fãs, sem qualquer vestígio de esperança, pensem que não existe qualquer hipótese de tal acontecer.

É preciso talento em quem os fãs acreditem que vale a pena investir, sem o risco de serem decepcionados, ludibriados ou gozados porque, por qualquer desígnio, não escolheram os mesmos lutadores que os oficiais da WWE.

Hoje, no WWE Hell in a Cell, a WWE tem de escolher entre colocar duas das maiores estrelas de hoje no main-event ou colocar duas das maiores estrelas de amanhã. Porque não restam dúvidas, Dean Ambrose e Seth Rollins são as estrelas de amanhã. E esse amanhã, quer a WWE queira acreditar ou não, não tarda em chegar.

Opinião Feminina #205 – Rinse & Repeat

Dean Ambrose tem sido uma sensação entre os fãs mais dedicados da indústria desde os seus tempos no circuito independente. Não é por acaso que existem horas e horas de promos suas no youtube. Não é por acaso que William Regal sempre lhe teceu os maiores elogios, assim como teve uma excelente rivalidade com ele na FCW. Não é por acaso que CM Punk o identificou como a arma secreta da WWE.

Dean Ambrose tem uma qualidade que qualquer performer, de qualquer área, mataria por ter. Uma qualidade que simplesmente prende a audiência que, por sua vez, perde completamente a noção de que está a assistir a uma performance. A naturalidade e à vontade de Ambrose é o que o torna diferente.

É o que permite que este se destaque com uma facilidade absurda entre um roster repleto de robôs limitados, com falas decoradas e tempo contado. Não tenho quaisquer dúvidas que, tal como a maioria dos restantes, Ambrose tenha a sua promo escrita palavra por palavra por outras pessoas e que a mesma lhe é entregue para este debitar.

O que o torna especial é que, ao contrário de todos os outros, não se nota que este está a debitar algo que não é seu. Este não fala como alguém que se está a ter o cuidado de não se esquecer de tudo o que tem para dizer, ou alguém que, por muito diferente seja o seu discurso, entoa-o de forma igual a todos os outros que fez.

E, mais importante que tudo isso, o seu corpo também está a contar uma história. Este não é uma marioneta que entra em ringue, diz o que tem a dizer, faz o seu combate e vai-se embora. Muito pelo contrário. Este mexe-se, gesticula, mostra uma longa lista de emoções através das suas expressões faciais. Enfim, age naturalmente, como qualquer outra pessoa e não como alguém que está a actuar para uma audiência.

À excepção, claro, da promoção da menção do preço da WWE Network, ou de expressões como “WWE Superstar” e “WWE Universe”, que numa verdadeira situação com os ânimos à flor da pele simplesmente não seria proferidas, tudo seria perfeitamente natural.

Ambrose sabe como deve falar, a entoação que deve fazer, as piadas apropriadas para cada momento. Num universo, onde a definição de engraçado é feita por um homem nos seus setenta anos e revolve à volta de vómitos e humilhações, as piadas de Ambrose acabam por ser uma lufada de ar fresco, assim como seu enorme sentido de timing.

Opinião Feminina #205 – Rinse & Repeat

Também não é qualquer um que consegue fazer de um carro de cachorros quentes e da engenhoca instalada dentro da mala que expeliu a substância verde para a face de Rollins elementos naturalmente engraçados num segmento. Aliás, arrisco-me mesmo a dizer que não há ninguém actualmente que conseguisse fazer tais conceitos resultar. Se fosse com outra pessoa, teria sido embaraçoso de ver e, provavelmente, bastante infantil.

No entanto, Ambrose não é perfeito e nem todos os segmentos são uma vitória, sendo que nesta última semana, a tentativa da WWE de exibir a irreverência de Ambrose não resultou da melhor forma.

Mesmo assim, o veredicto é o mesmo. Quem está a assistir a Dean Ambrose sente a sua genuidade e é por isso que a sua popularidade está a aumentar de forma tão orgânica. Não é forçado, não é manufacturado. É bastante simples, na realidade. Uma pessoa carismática tem a oportunidade de exibir a sua personalidade e, como resultado, está a cultivar uma audiência.

Nesse aspecto, crédito tem que ser dado à WWE. Ao contrário do que normalmente é conhecida por fazer, a WWE tem dado a Ambrose grandes oportunidades para brilhar e mostrar a sua personalidade aos fãs.

Por outro lado, a companhia não merece assim tanto crédito, pois com as lesões de Daniel Bryan e, especialmente, Roman Reigns, as escolhas não eram muitas.

Não tenho quaisquer dúvidas que Ambrose não teria tido tantas oportunidades para brilhar se Reigns não tivesse lesionado. Poucos dias antes da sua lesão, Reigns tinha vencido de forma limpa Seth Rollins, prejudicando severamente a rivalidade que este tinha com Ambrose.

Opinião Feminina #205 – Rinse & Repeat

Afinal, a perseguição incansável de Ambrose a Seth Rollins tinha feito deste último o maior vilão que a WWE tem, à excepção de Brock Lesnar. A forma como a Autoridade o protegia apenas enaltecia este facto. A forma como Reigns nem teve que se esforçar muito para vencê-lo de forma limpa, dias antes do combate que teriam no Night of Champions, desvalorizou todas as desqualificações e interferências feitas para impedir que Ambrose vencesse Rollins.

Assim como mostrou mais uma vez que, muitas das vezes, a WWE é a sua maior inimiga, pois o maior prejudicado deste tipo de booking é exactamente a pessoa que estão a tentar beneficiar a todo o custo: Roman Reigns.

E ao contrário de Reigns, que é o espécime perfeito para o mundo do espectáculo, é a versão real, humana e perfeitamente descontrolada de Ambrose que tem mais probabilidade de funcionar. Este é o perfeito balanço entre a loucura e a coerência, o que faz dele absolutamente imprevisível e bastante mais interessante.

Ambrose é, de facto, muito promissor, mas não é o único. E, embora este seja o grande destaque, Rollins merece todo o crédito pelo seu trabalho. A WWE agarrou no membro em que os fãs menos acreditavam que tivesse verdadeiro na sucesso na companhia e tornou-o no homem mais desejado do roster, à excepção de Brock Lesnar.

Dean Ambrose, Roman Reigns, John Cena e em breve, Randy Orton, são as estrelas que em tempo quiseram, e algumas ainda querem, acabar com Rollins. Ter tantas estrelas, algumas delas de grande importância, atrás de Rollins apenas aumenta o seu valor e importância junto dos fãs.

A forma incansável como Ambrose o persegue, não eleva apenas Ambrose. Por cada insulto, por cada partida, por cada momento em que Ambrose aparece do nada para atacar Rollins, este último torna-se um pouco mais importante.

Rollins é absolutamente perfeito para o que está a fazer. Pode não ser capaz de fazer longas promos, mas não deixa de ser competente nesse departamento e, dentro de ringue, consegue ser tão bom ou melhor do que o adversário.

Opinião Feminina #205 – Rinse & Repeat

Infelizmente, o mundo não é perfeito. Roman Reigns já derrotou Rollins de forma limpa. John Cena, por sua vez, desejou tanto vingar-se de Rollins pela forma como este o tramou no combate pelo Título que no momento em que perdeu a oportunidade do fazer, aplaudiu Ambrose de forma simpática e focou-se em Orton.

Os oficiais da WWE têm uma noção tão distorcida da estrela que criaram que conseguiram tornar Seth Rollins no homem que John Cena mais quer – algo que ninguém acredita, porque já viram este filme no passado uma dezena de vezes – apenas para depois vê-lo a esquecer Rollins com uma facilidade tremenda, tudo porque receiam prejudicar a credibilidade de John Cena.

Mais uma vez, percebo a relutância em deixar Cena mostrar fraquezas. Em parte, essa é a razão pela qual este se tornou na maior estrela da última década. Mas isso faz dele das personagens mais incrivelmente frustrantes, hipócritas e inúteis de assistir.É impressionante como alguém tão lucrativo consegue ser tão irritante de assistir.

Não é por acaso que a inclusão de John Cena na rivalidade de Dean Ambrose e Seth Rollins causou alarme entre os fãs, assim como exasperou a maioria. Normalmente, quando John Cena entra em rota de colisão com estrelas que ainda não estão estabelecidas no main-event, são estas que acabam por sofrer.

Esse não é apenas o problema. O problema é que nada do que Cena faz é convicente. Não acredito que uma porção significativa dos fãs se tenha investido emocionalmente na vontade de Cena de se vingar de Rollins pelo que fez no Night of Champions. Primeiro, Cena nunca se deixa afectar por nada, portanto é difícil que os fãs fiquem frustrados em seu nome.

Segundo, este já ganhou tantos Titulos, que é complicado ficar aborrecido porque este não teve a oportunidade do vencer pela décima-sexta vez. Tal como já disse no passado, chega um ponto em que vencer o Título deixa de ter significado e penso que a décima-sexta vez já será depois desse ponto.

Opinião Feminina #205 – Rinse & Repeat

Terceiro, é a rotina da WWE. Não foi uma história inteligente e cuidadosamente planeada com um objectivo a longo prazo. John Cena foi inserido na rivalidade porque não tinha mais nada para fazer e, milagre dos milagres, estas duas estrelas tornaram esta história digna de main-event, ou seja, digna de John Cena.

Por isso, os fãs não acreditaram nem um pouco na vontade de John Cena enfrentar Seth Rollins, assim como não queriam ver as hipóteses de Ambrose lutar com Rollins de forma justa desaparecer. Esse era o combate que tinham esperado meses e meses para ver.

Mas, mesmo assim, Ambrose teve de se qualificar para o ter. E, nem assim a WWE conseguiu minimizar este problema. Quando anunciaram o combate, ainda tive esperanças, mas não devia ter tido. Sou da opinião que Ambrose e John Cena deveriam ter tido um combate ao nível do combate que Cena teve com CM Punk, em Janeiro de 2013, onde o vencedor iria enfrentar The Rock.

Ou um combate ao nível daquele que Rollins e Ambrose tiveram, na última noite de Ambrose antes das gravações do filme. Um combate de elevada qualidade protegeria todos os envolvidos, assim como os elevaria, especialmente Rollins e Ambrose.

Mas não, a WWE decidiu-se por um mísero combate de Contract on a Pole, que tem uma reputação horrível. É verdade que a rivalidade de Rollins e Ambrose já deu azo a excelentes combates através de estipulações complicadas, mas este não foi um deles.

Opinião Feminina #205 – Rinse & Repeat

E por isso, Ambrose teve que lutar num mísero combate para merecer um combate que sempre mereceu e que sempre foi seu por direito, enquanto os fãs tinham assim a oportunidade de ver mais um Randy Orton vs. John Cena.

Devido a esta rotina e necessidade incessante de proteger quem não precisa de ser protegido à custa de quem precisa, Randy Orton e John Cena conseguiram tirar um pouco o brilho e empolgamento à rivalidade de Seth Rollins e Dean Ambrose pouco antes da mesma culminar.

Depois de anos e anos a esperarem que Randy Orton se tornasse num vilão, assim como o mesmo que sempre expressou uma enorme vontade em voltar a sê-lo, parece que este será um babyface novamente. Digo isto devido à rivalidade que a WWE está a semear entre Rollins e Orton.

Ora, tornar Orton num babyface novamente, apenas um ano depois do seu heel-turn, é uma decisão questionável. Ter Rollins a atacar Orton na véspera do WWE Hell in a Cell, quando o seu combate vai ser com Dean Ambrose, enquanto Orton enfrenta John Cena, é absolutamente ridículo.

Seth Rollins e Dean Ambrose viviam no seu próprio mundo e tinham a melhor rivalidade do ano. John Cena e Randy Orton entraram em cena, e tudo se tornou bastante mais complicado do que precisava de ser. Rollins e Ambrose deixou de ser uma história centrada em vingança e passou a ser apenas um elemento de uma história mais importante envolvendo Orton e Cena.

Dean Ambrose e Seth Rollins são dois talentos formidáveis que, com alguns obstáculos desnecessários e alguma ajuda, criaram a melhor rivalidade de 2014. Uma rivalidade merecedora de main-event e, ao contrário de tantas outras que apareceram nos últimos anos por volta desta altura, merecedora de Hell in a Cell.

Não sei se, devido às restrições que são impostas, estes irão ser capazes de usufruir da cela da forma que uma história desta intensidade e duração exige, mas não tenho quaisquer dúvidas que vai ser o combate da noite.

Encerre ou não o evento, Dean Ambrose vs. Seth Rollins é o main-event e se, porventura, forem realizados combates depois deste, então tenho muita pena dos/as envolvidos/as.

Desejo a todos um excelente Hell ina Cell e resto de semana, até à próxima edição!

Opinião Feminina #205 – Rinse & Repeat

29 Comentários

  1. Concordo contigo em tudo. Sim eles são o futuro da companhia, e analisaste bem o que foi bem feito e mal na rivalidade. Quanto a ser o main-event concordo, porque se for primeiro tudo o que vier a seguir é anti-climático.

  2. Excelente artigo Salgado

  3. MicaelDuarte10 anos

    Excelente trabalho.

    Concordo com tudo, excepto na parte em que dizes que o ataque do Rollins foi ridículo. Acho que foi um momento muito bom, embora não tivesse sido estritamente necessário para fechar a Raw.

    • Acho que foi ridículo porque desviou as atenções da rivalidade do ano para uma rivalidade que ainda não tinha começado oficialmente. Isto feito na véspera do pay-per-view não faz sentido nenhum.

      Obrigado 🙂

  4. Bom trabalho, como é costume. Porém, desta vez, tenho algumas discordâncias com o que escreveste.

    Primeiro, não acho que seja tão relevante que combate será o main event. São os dois combates, cada um à sua maneira, bastante importantes e um deles, inevitavelmente, será o último da noite. Por exemplo, o Undertaker raramente está no main event da WM e não é por isso que os seus combates são vistos como de menor importância. Ou, para dar outro exemplo, Punk vs Lesnar no SummerSlam.

    Segundo, não concordo que a inclusão de Cena nesta rivalidade tenha sido negativa. Não prejudicou ninguém, ao contrário do que se tanto temia, e relativamente ao facto dele ter aceitado que o Rollins lhe “fugisse”, por assim dizer, era o que fazia mais sentido. Até porque o que Rollins lhe fez não foi nada assim de tão horroroso. No passado, já vimos o Cena a “esquecer” situações bem mais gravosas.

    Terceiro, não tenho dúvidas de que a transição da fornada “Orton e Cena” para a fornada “Ambrose e Rollins” está cada vez mais perto. Ambrose e Rollins são, de facto, excelentes naquilo que fazem mas Orton e Cena, cada um à sua maneira, também são peças importantes para o presente mas também para o futuro da WWE. Tenho a certeza de que não era essa a intenção, como é lógico, mas deu a sensação, ao ler o artigo, de que o Cena e o Orton estavam a roubar o espaço que devia ser só dos novos talentos. Não concordo, porque a compatibilização entre essas duas fornadas é o que de melhor a WWE tem para oferecer aos seus fãs.

    • Obrigado 🙂

      Mais importante do que ser o main-event, é ser posicionado como tal. E ser o último combate no evento ajuda bastante, embora seja perfeitamente possível posicionar um combate como o main-event, mas não o ter a encerrar o evento propriamente dito.

      Enfim, tudo depende de como a WWE apresentar as rivalidades e as posicionar. Na minha opinião, esta rivalidade foi posicionada como o main-event durante a sua construção e merecia essa posição no card.

      Mas o Undertaker é uma lenda com uma carreira de vinte e tal anos e que tinha uma Streak que durou mais de duas décadas. Só o nome de Undertaker vende, o que é perfeitamente normal. Este não precisa de ser o main-event para vender, mas precisou de ser o main-event nos início de carreira para poder vender agora, que é o que a WWE deve tentar fazer agora com os novos talentos.

      Era o que fazia mais sentido? Como assim? O Rollins custou-lhe o combate e causou-lhe um ódio tão grande que o levou a abandonar combates a meio e a ameaçar outros lutadores, mas assim que perde um combate (que nem sequer foi por pin ou submissão) esquece o ódio por completo? Não sei como isso faz sentido.

      É verdade que já vimos John Cena a “esquecer” situações mais graves. Mas só porque há pior, não quer dizer que isto não seja mau ou, pelo menos, frustrante.

      Espero que esteja, sinceramente. Ninguém está a sugerir uma reforma de Orton ou Cena, apenas é preciso começar a preparar outros talentos para ficarem ao nível deles e a forma como Cena e Orton foram envolvidos na rivalidade não ajudou os envolvidos de todo.

      • Era o que fazia mais sentido tendo em conta as características muito especiais da personagem do Cena. Ele queria o Rollins, assim como o Ambrose também queria. Combateram para ver quem tinha esse “direito” e o Cena perdeu. O Cena é a personagem do fair play, do aceitar a derrota com um sorriso, então sim, acho que faz sentido ele ter saído do caminho do Rollins por achar que o Ambrose tinha ganho esse direito.

        Em relação ao último parágrafo, obviamente que eu sei as tuas ideias sobre esse assunto. Mas nas últimas semanas não achas que o Ambrose e o Rollins foram, pelo menos, tão valorizados como o Cena e o Orton? Eu pelo menos acho que sim.

        • Características muito especiais ou excesso de protecção? Não existe qualquer razão para os fãs se compadecerem com os objectivos de John Cena se sabem que, caso não os consiga alcançar, a reacção deste é indiferente.

          Eles foram valorizados, sim. Tal como disse no artigo, à excepção de Brock Lesnar, Rollins é o maior vilão da WWE. Isso não aconteceu por acaso, aconteceu porque a WWE investiu nele e o protegeu. O que eu defendo é que a inclusão de John Cena na rivalidade e a forma como terminaram a passada edição da Raw (Curb Stomp no Orton) prejudicou a rivalidade que o Ambrose e Rollins tinham.

      • Sim, excesso de protecção também serve para definir. Mas o ponto é que é o costume o Cena aceitar esse género de coisas “na boa”, certo? Daí não ter ficado chocado ou surpreendido dele se ter desligado do Rollins só porque perdeu o combate com o Ambrose. Faz sentido tendo em conta as atitudes dele no passado. O que não quer dizer que a personagem dele já não devia ter dado uma remodelação profunda, como tu sabes que eu defendo.

        “O que eu defendo é que a inclusão de John Cena na rivalidade e a forma como terminaram a passada edição da Raw (Curb Stomp no Orton) prejudicou a rivalidade que o Ambrose e Rollins tinham.” Bem, sobre isto temos mesmo pontos de vista diferentes. Acho até que foi precisamente o contrário mas veremos logo à noite se a WWE dá continuidade a esse processo de valorização.

  5. Awesome_Mark10 anos

    Mais um grande,grande,GRANDE artigo.

    Tenho alguma dificuldade em acreditar que os segmentos que envolvem o Ambrose sejam de total responsabilidade dos bookers,pois questiono-me o pk de nao terem aplicado tal criatividade à estrela que supostamente mais querem ver no topo brevemente.

    Aliás,a originalidae foi o grande segredo da nao estagnaçao desta história nestes quatro meses.Sou capaz de apontar mais do que duas mãos cheias de episódios completamente irreverentes e que ofereceram uma nova vida à rivalidae.

    Penso que o Ambrose é favorito pk sobretudo nao acredito que em três combates perca-os tds,partindo do pressuposto que este será o último,até pk uma continuação da feud(um traditional survivor series match ate que nem seria mau para culminar) poderia tirar algum brilho à msma,alias,isso aconteceu na Road to Summerslam e foi devido à ausencia do Ambrose o elevar da fasquia novamente.

    Qto a ser o ME acho mt complicado dentro da lógica da WWE,nao so pelos intervenientes no outro combate bem como pela estipulaçao,pese embora tenha um feeling que poderemos ser surpreendidos assim como se sucedeu no Exreme Rules qd tds apontavam Shield vs Evolution para fechar o evento.

    • Não sei se esse grande é pela qualidade ou pelo tamanho, mas obrigado 😛

      São de certeza. A questão é que a estrela que querem ver no topo brevemente está lesionada e com Daniel Bryan lesionado, a companhia encontrava-se com uma enorme falta de babyfaces, à excepção de Cena. A WWE não teve outra escolha senão fazer de tudo para tornar Ambrose mais popular. Não é por acaso que este tem tido direito a longos segmentos todas as semanas depois do Night of Champions.

      Foi tudo uma questão de necessidade.

      Felizmente, foi o main-event!

  6. Galloway10 anos

    Bom artigo, adorei a citação inicial do Dean, excelente prefácio.

    Dean Ambrose e Seth Rollins são neste momento as personagens mais cativantes e que, por conseguinte, nos ofereceram a maior rivalidade do ano, isso é certo e um no-brainer.

    A genuidade do Dean e a facilidade com que o Seth é odiado, com que adoramos odiá-lo, são os pontos fortes destes dois homens que nos últimos meses têm-nos dado, por vezes, o único ponto de interesse dos programas da WWE.

    A introdução do Cena na feud, pelo que o Seth fez no Night of Champions, foi tão fugaz que mal merece referência. Mas claro que deu para recearmos que a WWE desse o Seth primeiro ao Cena que ao Dean, que tanto tempo tem vindo atrás dele.

    O Contract on a Pole Match foi muito mau, nem 10 minutos teve e foi uma molhada do caraças a partir do momento em que a Authority interviu. Pelo menos o Dean venceu, o que se esperava desde que a estipulação foi conhecida.

    Na minha óptica, cada vez é mais difícil meter o Cena em feuds, daí o terem metido no meio da melhor, não só para fazer o público ver que é o superstar mais valioso do roster para quem manda, como para fazê-lo andar sempre no meio do que é mais importante.

    Acho que era altura de o fazer cair no card, de dar destaque a quem realmente o merece, a quem tem trabalhado por isso, dar tempo aos novos, portanto, e aí, sim, claro que o combate entre o Dean e o Seth tem que ser o último do PPV de hoje.

    É o combate que toda a gente quer ver, que todos esperamos. Não é a 634ª edição do Cena/Orton, como o heelbook refere na brincadeira. Que por muito bons que sejam, não é isso que está em questão, é que ninguém já aguenta ver o mesmo combate outra vez.

    Até porque aí, poderemos ver o Orton a responder ao ataque do Seth na última Raw, em que foi o único homem a ficar de pé naquela Street Fight que acabou com a Cell baixa sobre eles e escalada por si.

    O turn do Orton poderá ser efectuado já hoje, embora não gostasse que isso acontecesse, pois iria tirar o foco no que realmente interessa e se quer ver, no Dean e no Seth e no seu combate.

    Daí que o culminar de uma rivalidade que vai ficar na história entre o Dean e o Seth tenha que ser o último combate, a cereja no topo do bolo que é o Hell in a Cell PPV.

    • Muito obrigado 🙂 Foi o discurso que marcou o início da rivalidade, era o que fazia sentido 🙂

      Foi mesmo muito mau. Tinham-lhes dado vinte cinco minutos e deixavam que a qualidade do combate os protegesse, em vez do que fizeram.

      Concordo, mas com calma. O John Cena precisa de estar envolvido em situações importantes e de destaque, apenas não faz sentido enfiá-lo na história mais importante só porque sim. É preciso que exista uma razão lógica e que a sua inclusão tenha frutos.

  7. Excelente artigo, muita qualidade como sempre e bem escrito e organizado, adorei a parte da citação do Ambrose no inicio e o timing, com o HIAC a ser hoje e o fim da feud Ambrose/Rollins a chegar, não podia ser melhor e portanto é um artigo de grande nível e os meus Parabéns.

    Podia dizer muita coisa, mas subscrevo o que disseste e concordo, tenho pouco a dizer, a minha opinião neste tema é exactamente igual à tua.

    Quanto ao Rollins e Ambrose, são realmente dois jovens cheios de talento e potencial e serão Superstars de topo e “Reis” à sua maneira e estilo, no primeiro aprecio as suas ring-skills e no segundo o seu estilo ortodoxo de luta, um brawler, e o seu realismo e à vontade (como disseste e bem), gostei bastante desta feud e não precisavam do envolvimento do Cena para a feud ser de qualidade, mas o Cena já é um habitual e tem que estar envolvido.

    Cena vs Orton, não me parece que acrescente algo significativo à história e é mais uma maneira de por na sombra o outro combate e ganhar alguns NÚMEROS, mas deve haver interferências em ambos os combates (é um “feeling” meu), mas os dois veteranos até costumam proporcionar bons combates e espero que a qualidade seja suficiente para nos entreter.

    Por fim, a WWE tem a mania de estragar o que está bem e foi o que aconteceu ao intrometer o Cena na feud e depois decidir tudo num Contract on a Pole, em que o combate foi mau e depois foi tudo à molhada e o Ambrose ganhou de uma forma patética e pouco importante, com o Cena a ficar contente a bater palmas e a esquecer o Rollins, mais um erro crasso e nada a que a WWE não nos tenha habituado, enfim.

    Bom trabalho Salgado. 🙂

    • Muito obrigado 🙂

      Completamente de acordo com o teu último parágrafo.

      • Não tens de quê, é merecido. 😉

        Ainda bem, tenho a mesma opinião que tu e a WWE já nos habitou a fazer borrada, foi só mais uma, enfim.

        Bom trabalho, desejo-te uma excelente semana e até ao próximo artigo. 🙂

  8. “Encerre ou não o evento, Dean Ambrose vs. Seth Rollins é o main-event e se, porventura, forem realizados combates depois deste, então tenho muita pena dos/as envolvidos/as.” Tudo dito!

    Mais um excelente artigo. Concordo contigo em praticamente tudo. Só não acho que tenha sido ridículo o ataque do Seth Rollins ao Randy Orton na última Raw.

    Há meses que o Rollins se está a tentar destacar dos outros, a tentar mostrar que ele, e apenas ele, é o futuro da WWE. Tem tido atritos com a “Viper” e simplesmente voltou a mostrar o seu lado mais insensato e “infantil”, da mesma forma que o fez no Night of Champions.

    Além disso, foi mais um passo para a rivalidade que vai ter com o Randy Orton a seguir. Não me admirava nada que houvesse interferências nos combates de ambos no Hell In A Cell, seja apenas da parte de um, ou ambos.

    Surpreendeu-me que não tenhas falado das tuas expectativas para o Dean Ambrose depois deste PPV. Para mim, o próximo passo tem que ser uma rivalidade “daquelas” com o Bray Wyatt. Não vejo mais nada…

    • Muito obrigado 🙂

      Eu achei, porque foi na véspera do Hell in a Cell, um evento em que o combate nem iria acontecer. Se tivesse sido na semana antes ou na semana depois, não teria tido qualquer problema.

      Pensei que o artigo já estava longo o suficiente 😛 Sinceramente, nem pensei muito nisso, foquei-me apenas na rivalidade dele com o Rollins. Belo palpite com o Wyatt 🙂

  9. Excelente artigo, Salgado.

    Dean Ambrose vs Seth Rollins sem duvidas é uma das melhores feuds do ano, se não a melhor mesmo, a grande maioria dos segmentos após o fim dos Shield em que ambos estiveram envolvidos foram muito bons. A evolução também é incrível, tanto Rollins que se mostrou um Heel muito bom e dos melhores da atualidade, quanto Ambrose, que surpreendentemente (ou não) soube usar essa ”loucura”, para ter os fans aos seus pés, quando todos achavam que seria ao contrario.

    Devo discordar também na parte sobre o ataque do Rollins ao Orton, a WWE já deu ”pistas” de que uma rivalidade entre ambos vai acontecer, penso que o ataque foi mesmo para chocar e pelo menos pra mim deu certo, mostra a aposta da WWE, não é qualquer um que fica ”por cima” do John Cena e Randy Orton na mesma noite.

    Quanto ao combate, volto a dizer que minhas expectativas são extremamente altas, merecem ser o Main event do PPV, e como você disse, mesmo que não seja o ultimo combate do PPV, pra mim será o Main event do mesmo. Pois é o culminar de uma feud (quase) perfeita, de qualquer maneira, um parabéns ao Rollins e ao Ambrose que provavelmente após o combate de hoje, calarão as duvidas que provavelmente ainda se tem sobre eles.

    • Obrigado 🙂

      Acho que é mesmo a melhor, sinceramente.

      É verdade que a WWE deu pistas, mas a última Raw antes de um evento não pode terminar com o destaque numa rivalidade cujo combate nem vai acontecer no evento em questão. Ou acaba com Rollins a atacar Ambrose (vice versa) ou com Cena a atacar Orton (vice versa).

      A última imagem com que a maioria dos fãs ficou antes do Hell in a Cell foi de Seth Rollins a atacar Randy Orton – um combate que NÃO ia acontecer o Hell in a Cell. Digo maioria porque a diferença de audiências da Raw para a Smackdown é significativa. Do ponto de vista da promoção do Hell in a Cell, isso não faz qualquer sentido.

      • Sim entendo, ficaria melhor mesmo o Rollins atacar o Ambrose, e até mesmo o John Cena faria mais sentido do que foi.

  10. Felipe10 anos

    Porque não mudam logo o nome desse site para “Haters do Cena”??

    • Vamos pensar nisso 😉

    • Olha que até nem era mal pensado… -.-

      • Felipe10 anos

        Fanboy??? Não me faça rir, apenas disse a verdade. Este é um ótimo site e agradeço a os Administradores por sempre estarem disponibilizando as streams a as reprises dos shows, mas está é a realidade isto aqui virou uma caçada contra a imagem do Cena, assim como no futuro irão caçar o Reigns(Porque ele está la justamente para substituir o Cena).

    • Sugiro mudarmos para “Haters da forma como John Cena é usado pela WWE”.

      Pode não soar tão bem, mas pelo menos corresponde mais à verdade do que a tua a sugestão 🙂

      • Exactamente, ninguém está a criticar o John Cena em si, mas a forma como a WWE o usa e continua a prejudicar os outros talentos, mas é demasiado para os “Cena FanBoys”, os membros da Cenation perceberem, deixa lá. 😉 :-p