A história do WWE Hell in a Cell como evento tem muito que se lhe diga e no passado domingo outro capítulo foi acrescentado. Um capítulo controverso, mas não particularmente novo. Pelo terceiro ano consecutivo, o main-event do WWE Hell in a Cell, um combate com a mesma estipulação, termina com interferência de terceiros a decidir o resultado do combate.
Pelo terceiro ano consecutivo, a WWE mostrou não ter a destreza de escolher um final que não descredibilizasse por completo a noção de Hell in a Cell. Desde a criação dos pay-per-views que se sabe que a estipulação em si raramente teria um combate merecedor da mesma. A sua ocorrência todos os anos é uma questão de calendário e não de necessidade.
Dean Ambrose vs. Seth Rollins é uma das poucas rivalidades, senão a única, a merecer de facto um combate Hell in a Cell, pois não só é uma rivalidade intensa e pessoal que demorou vários meses a desenvolver, como foi pautada com ocorrência de muitas e muitas interferências. Hell in a Cell era assim necessária para garantir que ninguém interferia e que esta rivalidade tinha uma conclusão.
Esta é a teoria. Mas então e a prática? O primeiro combate Hell in a Cell de sempre terminou exactamente com a interferência (e apresentação) de Kane no combate de Undertaker e Shawn Michaels. Ou podemos olhar para o combate de Hell in a Cell entre Batista e Undertaker 2007. Uma rivalidade de meses que começou com a vitória de Undertaker no Royal Rumble e durou até ao Survivor Series. E como terminou o Hell in a Cell entre ambos? Com a interferência de Edge.
Isto serve apenas para mostrar que existem dois tipos de realidade na WWE: a realidade lógica e coerente que deveria reinar e a realidade das conveniências. Todos os conceitos podem ser moldados a bel-prazer da necessidade da companhia de seguir o caminho mais fácil.
Mais parece que a noção de que o Hell in a Cell deveria garantir uma conclusão sem interferências a uma rivalidade é algo que nos ensinaram a acreditar e não algo que nos habituaram a ver.
Quando soube do resultado, não fiquei surpreendida, pois não esperava uma vitória de Dean Ambrose (provavelmente devido à paranóia que a WWE me habituou a ter nos últimos anos). Ao contrário do que deveria ser, dadas as circunstâncias, também não me senti terrivelmente frustrada e existem várias razões para tal.
Primeiro, Dean Ambrose vs. Seth Rollins foi o main-event. Sou a primeira a admitir que é dada demasiada importância a essa situação e que tal me tornou, neste assunto em particular, demasiado fácil de satisfazer. Na realidade, ser o último combate da noite não significa absolutamente nada se outro combate receber mais destaque e for tratado como o verdadeiro main-event.
Assim como é absolutamente indiferente que combate termina o evento, quando outro combate que ocorreu mais cedo foi bastante melhor e deixou os fãs completamente esgotados.
É tudo uma questão de promoção e apresentação. A sua posição no card é apenas um possível reflexo da mentalidade dos oficiais da WWE, mas nem sempre tal é uma garantia. É perfeitamente possível que a WWE ceda ao clamor dos fãs de ver um determinado combate encerrar o evento, mas posicione outro como sendo mais importante e, nesse caso, os fãs continuam a perder.
Neste caso, Dean Ambrose e Seth Rollins foram o main-event, não só porque felizmente foram gradualmente apresentados como tal ao longo dos últimos meses, como sem dúvida alguma que o mereceram através do seu trabalho. No entanto, acho que o regresso de Bray Wyatt foi uma grande razão – senão a única – para tal ter acontecido.
Mesmo assim, o regresso de Bray Wyatt é a segunda razão para não ter ficado terrivelmente frustrada logo após o Hell in a Cell. Wyatt é uma excelente personagem que a WWE, infelizmente, geriu bastante mal ao longo de 2014. E depois de uma rivalidade destrutiva com John Cena e outra desapontante com Chris Jericho, este precisava de marcar a diferença no seu regresso. Este final tratou disso.
Em terceiro lugar, Seth Rollins continua a ser o segundo maior vilão da WWE, visto que conseguiu evitar mais esta derrota. Não só é o segundo maior vilão da WWE, como o Mr. Money in the Bank mais protegido dos últimos anos. Seth Rollins é um futuro campeão e uma das estrelas mais promissoras da companhia, por isso é sempre bom protegê-lo.
Ambrose, embora não seja Mr. Money in the Bank, é igualmente promissor e merecedor de investimento e protecção. Concordo a 100% com os fãs que defendem que este precisava desta vitória, depois de tantos meses de perseguição, mas o momento em que Ambrose teve a oportunidade de desferir vários golpes nas costas de Rollins com a cadeira, depois de gritar “You stabbed me in the back, you son of a bitch”, assim como a violência usada no combate, transmitiu um sentimento de finalidade. No sentido em que Ambrose tinha finalmente descarregado a emoção e raiva que tinha acumulado ao longo dos últimos meses.
Estes são os poucos pontos positivos que atenuam ligeiramente a gravidade da situação. Mesmo assim, não deixa de ser questionável terminar (ou suspender) uma rivalidade intensa e emocionante que durou cinco meses de forma inconclusiva e insatisfatória.
Desde o combate cancelado no Battleground, ao Lumberjack no Summerslam, passando pelo mês de ausência de Ambrose à ridícula necessidade deste vencer John Cena num Contract on a Pole Match para ter esta oportunidade de enfrentar Rollins, os fãs mereciam esta colisão e mereciam que terminasse de forma conclusiva.
Percebo que o final, de certa forma, proteja ambos os envolvidos, mas num combate de extrema qualidade não há vencidos. Ninguém fica mal na fotografia quando o combate é excepcional e era exactamente isso que deveria ter acontecido.
E os fãs que investiram emocionalmente nesta rivalidade mereciam a vitória de Dean Ambrose. Mereciam ver o herói a vingar decisivamente a traição de que foi alvo. É uma história simples e precisava de um final. Por muitos atenuantes que estejam em jogo, isso é indiscutível.
Além disso, depois dos lindos finais inconclusivos com que fomos presenteados durante o fim do ano passado, não é nada boa ideia habituar os fãs a esperar finais inconclusivos com regularidade. Depois da interferência de Seth Rollins no Night of Champions, já são dois consecutivos, exactamente como aconteceu no ano passado, com a excepção da mudança de data do Battleground.
Outro aspecto a ser considerado, é que Bray Wyatt parece resumir-se a isto: aparecer do nada durante combates de outros para impedir que percam de forma limpa.
Enquanto Dean Ambrose agradece não ter de perder de forma limpa tão cedo na sua carreira, John Cena não teria sido propriamente prejudicado se tivesse perdido de forma limpa no Royal Rumble 2014 e eliminado de forma normal no Elimination Chamber que se seguiu. Se isto estiver prestes a começar a ser um hábito, então é um mau hábito.
Mesmo assim, não foi nenhum destes aspectos que despoletou por completo a minha frustração. Foi na Raw seguinte que o final do WWE Hell in a Cell teve uma explicação. Enquanto Dean Ambrose fica ocupado com Bray Wyatt, a questão seria com quem iria ficar Seth Rollins?
Ora, Randy Orton não é o único que parece estar no horizonte de Seth Rollins, pois numa entrevista transmitida na passada Raw, Roman Reigns afirmou que quer enfrentar Seth Rollins quando regressar.
E foi aqui que a frustração do final do WWE Hell in a Cell atingiu o seu pico máximo. Talvez seja tudo um fruto de paranóia, mas se for, não se pode dizer que não é justificada.
A entrevista de Roman Reigns fez-me ver o final do WWE Hell in a Cell com outros olhos. Foi a primeira vez que Dean Ambrose e Seth Rollins lutaram no main-event do WWE Hell in Cell num combate de Hell in a Cell.
Todavia, não foi a primeira vez que, no pay-per-view WWE Hell in a Cell, uma interferência permitiu que o vilão escapasse sem perder – ao mesmo tempo que mantinha o herói longe da sua vitória, sem um final conclusivo – para que mais tarde fosse dado como prenda a um suposto babyface escolhido a dedo pela WWE.
No WWE Hell in a Cell do ano passado, Shawn Michaels atacou Daniel Bryan, permitindo que Randy Orton vencesse, para que mais tarde enfrentasse a versão babyface de Batista, que seria assim o salvador dos fãs da WWE. A história de Daniel Bryan terminou assim de forma inconclusiva e, senão fosse pela persistência dos seus fãs, assim teria continuado até hoje.
Este ano, Bray Wyatt atacou Dean Ambrose, permitindo que Seth Rollins vencesse para enfrentar Roman Reigns mais tarde. A diferença é que enquanto Shawn Michaels era o árbitro do combate, Bray Wyatt apareceu como por magia dentro da cela. E, claro, existe a possibilidade de Seth Rollins perder para Randy Orton primeiro.
E isto é verdadeiramente revoltante.
Porque, de acordo com a política de gestão de babyfaces da WWE, aqueles que a companhia prefere não podem mostrar frustração ou qualquer tipo de infelicidade, quanto mais sentirem-se fracassados. Enquanto, no mês a seguir à separação do grupo, Roman Reigns lutava pelo Título da WWE no Money in the Bank, Dean Ambrose atacava Seth Rollins incessantemente.
Enquanto Roman Reigns voltava a lutar pelo Título da WWE no Battleground, Dean Ambrose perseguiu Rollins por toda a arena. Enquanto Roman Reigns lutava com Randy Orton e Kane, Dean Ambrose passava a sua vida a estragar os planos de Seth Rollins e a atacá-lo de surpresa.
Resumindo, enquanto Roman Reigns seguia com a sua vida, subindo degrau a degrau a escada do sucesso, esquecendo por completo a suposta traição que um suposto irmão lhe tinha feito, Dean Ambrose tornava a rivalidade pessoal, intensa e emocionante.
Este apenas se lembrou que Seth Rollins existia porque Dean Ambrose estava a filmar um filme e Randy Orton já tinha perdido no Summerslam. E mesmo assim, no primeiro encontro de ambos venceu-o de forma limpa, algo que Dean Ambrose não conseguiu fazer depois de meia-dúzia.
Terminar uma rivalidade de cinco meses, intensa e pessoal, de forma inconclusiva, para depois dar uma vitória limpa de bandeja a uma pessoa que não mostrou nem um décimo da emoção que Dean Ambrose mostrou é absolutamente insultuoso. E, ultimamente, corre o risco de prejudicar severamente Roman Reigns.
Porque não é orgânico. Não é natural. E desde a Wrestlemania XXX que se conhecem os planos da WWE para Roman Reigns, portanto irá soar ainda mais forçado. E tal é algo contra o qual os fãs se podem virar.
A WWE é a sua pior inimiga neste aspecto, pois quer ao máximo tornar a estrela que escolheu num absoluto sucesso e sabe que, para tal, este precisa de ultrapassar obstáculos para ganhar a simpatia dos fãs. Portanto, a companhia tenta replicar isso. O problema é que, como a estrela é alguém em quem querem mesmo apoiar a companhia, têm receio do enfraquecer por acidente e estragar tudo.
Por isso, tentam fingir que não lhe estão a facilitar a vida, mas a execução é tão má que arruína toda a história. Quem não se lembra de como Roman Reigns teve de vencer uma battle royal para lutar pelo Título da WWE no Money in the Bank, porque Triple H não o queria por nada no combate, apenas para o próprio Triple H anunciar pouco depois que este estava incluído no combate pelo Título no Battleground?
E este é apenas um de vários exemplos da forma como a WWE está, inadvertidamente, prejudicar Roman Reigns.
A forma como a WWE lidou com a sua lesão é outro exemplo. Daniel Bryan, o campeão da WWE e o grande destaque da Wrestlemania XXX, lesionou-se enquanto tinha o Título e a WWE quase que ignorou por completo a situação.
Roman Reigns, uma estrela em ascensão, lesiona-se e tem direito a anúncio na WWE Network e entrevistas transmitidas na Raw, quando o melhor para ele era manter-se longe da vista dos fãs de forma a que estes podem desenvolver um sentimento de saudade, ao invés de exasperação e saturação.
Também aposto que se Roman Reigns aparecesse em televisão não seria no pré-show de um pay-per-view para incitar os fãs a gritar nomes a um lutador do midcard como Bo Dallas. E também não acredito que andasse a brincar às casinhas com uma Diva, caso estivesse numa relação com uma delas. Afinal, John Cena não anda.
Essa não é a única diferença entre Daniel Bryan e Roman Reigns. Enquanto os obstáculos que Roman Reigns precisa de ultrapassar sâo imaginários e algo em que os fãs não acreditam, os obstáculos de Daniel Bryan eram reais. Este nunca esteve agendado para enfrentar Triple H e lutar pelo Título na Wrestlemania.
Os fãs não tinham certezas nenhumas sobre o destino da jornada em que embarcaram, apenas sabiam que não iam ficar calados durante a sua duração. Mas desde a Wrestlemania XXX que se sabe/pensa/acredita que a jornada de Roman Reigns irá terminar num combate com Brock Lesnar na Wrestlemania XXXI. E isso faz toda a diferença.
Porque não interessa se é verdade ou não. Basta que os fãs acreditem que é e toda a jornada perde uma porção significativa da emoção que deveria ter.
Pior que isso, este aparece nas entrevistas sem ter absolutamente nada para dizer. E em vez de o deixarem agir naturalmente e mostrar a sua personalidade, dão-lhe um discurso absolutamente ridículo que este se limita a debitar.
Pelo meio, este sorri e porta-se como um verdadeiro aspirante a John Cena. Algo que não tinha absolutamente nada a ver com a versão intensa, porreira e de poucas palavras a que estávamos habituados. Este não dizia nada se não tivesse nada para dizer. Essa foi a forma como este se apresentou pela primeira vez na WWE em 2012.
E no entanto, aqui está ele, a falar, mesmo sem ter nada para dizer. E é embaraçoso.
Simplesmente, a WWE colocou-o em televisão porque tem medo que os fãs se esqueçam dele, quando na verdade corre o risco do saturar. Não vai ser uma entrevista ou duas que irá saturá-lo junto dos fãs, mas sim a forma como este for retratado quando regressar e visto que tal será no início da Road to Wrestlemania, tenho imenso receio sobre o futuro de Roman Reigns.
Que ele vai enfrentar Brock Lesnar na Wrestlemania XXXI pelo Título, não tenho muitas dúvidas. Mas duvido cada vez mais que ele vá estar pronto para tal, seja como lutador ou favorito dos fãs. Tudo irá depender de como os fãs reagirem aquando o seu regresso e das circunstâncias em que o colocarem. E nos dias de hoje, prever a reacção dos fãs é cada vez mais complicado de fazer.
Desejo uma excelente semana a todos e até à próxima edição!
19 Comentários
Uma possibilidade para esse final, é que os oficiais da WWE queiram que Roman Reigns vingue a The Shield
Essa será, de certeza, a justificação. É a que faz sentido, mas tal como disse no artigo, não irá ser natural, pois Reigns seguiu com a sua vida logo após a separação do grupo.
Excelente artigo.
Também acho que a ascensão do Reigns ao main-event foi/está a ser muito forçada e pouco credível.
Obrigado 🙂
Veremos como tratam do regresso dele, mas sem dúvida que fizeram melhor trabalho com ele quando estava no grupo.
Bom trabalho, Salgado.
Obrigado!
Excelente artigo, Salgado.
Adorei a forma como o Main Event do Hell in a Cell terminou (a primeira vista) até por que, tal como você, a Raw seguinte foi frustante saber os planos da WWE para os 2 que estavam no Main Event de um PPV um dia antes, o Dean Ambrose e o Bray Wyatt tiveram o que? 5/6 minutos em uma Raw? depois de encerrar um PPV daquela forma? eu particularmente esperava muito mais.
Seth Rollins pode sair prejudicado com a feud com o Randy Orton até por que, ambos tem talento suficiente para dar uma história excelente para uma Wrestlemania, mas essa feud é agora por que tenho quase certeza de que quem vai vencer é o Randy Orton, e ai quando o Rollins precisaria de um novo oponente, ele provavelmente vai sair derrotado também. E depois de dois combates em PPV, o Reigns venceria o titulo da WWE, e provavelmente não teria um rival para o Rollins, por que duvido que ele faça Cash in no Reings, duvido mesmo.
E também não duvido que essa feud do Rollins e do Ambrose se ”acendesse” mais uma vez na Wrestlemania, se não for, infelizmente duvido que ambos estejam em algum combate de destaque… o que é uma pena, como já disse a WWE tem que tomar cuidado com o Reigns, não está fazendo sentido aquele que até junho desse ano era de poucas palavras, agora já sorri. e muito forçado e simplesmente não cativa -Ao menos a mim não cativa- simplesmente não consigo. Quero ver o que 2015 trará para o Ambrose e para o Rollins.
Obrigado 🙂
Ao entrar em rivalidade com Bray Wyatt, Dean Ambrose desceu para o topo do midcard, portanto a rivalidade teve o tempo que qualquer rivalidade de midcard tem.
Rollins/Ambrose na Wrestlemania era uma boa ideia, mas não sei como é que os fãs vão reagir, depois de terem esperado cinco meses para ver a rivalidade ser suspensa desta forma, não estou disposta a dizer com toda a segurança que irão mostrar a mesma empolgação para um combate deles na Wrestlemania como mostraram agora. Eles têm qualidade suficiente para envolver os fãs novamente, isso não há dúvidas.
Excelente artigo, mais um de muita qualidade e com o tema certo no timing certo, gostei bastante de ler e acho que tens razão no que dizes, mais uma vez os meus Parabéns pelo teu trabalho.
Quanto ao Main-Event do HIAC, foi realmente um combate de grande nível, emocionante e o culminar perfeito de uma excelente feud que tivemos o prazer de acompanhar, é verdade que o final estragou um bocado, foi positivo para o Bray Wyatt e o Rollins, mas não tanto para o Ambrose que merecia a vitória e até precisava dela depois da feud a que assistimos, mas enfim.
Depois na RAW a feud que já estávamos à espera que acontecesse, Orton vs Rollins, tornou-se real e um faceturn do Orton está a caminho, vai ter os fãs do seu lado e os RKO´s vão novamente estar em alta, e como ele é um Superstar de topo e querido na WWE, tenho quase a certeza que vai sair por cima e o Rollins é que se vai lixar, mas mesmo que saia por cima apenas será “comida de peixe” para o Reigns quando este regressar, uma espécie de ponte para o sucesso do seu ex-parceiro na RTWM, portanto o futuro do Rollins é incerto e espero que a WWE não faça borrada como sempre.
Por outro lado, temos Ambrose vs Bray Wyatt, o que é uma feud épica em teoria, mas a verdade é que na RAW nem tiveram 10 minutos de destaque, o que é triste depois do final do Main-Event do HIAC PPV, e um deles vai ter que sair a perder da feud e neste momento nenhum deles deve perder pois ambos precisam de ser elevados e vencer, portanto é apenas mais do mesmo e um deles vai sair descredibilizado, sendo que o Ambrose já andou atrás do Rollins meses para depois perder por interferência e basicamente esquecer-se do ex-parceiro e seguir em frente, o que não faz lá muito sentido, portanto acho que a WWE não está a escolher o melhor caminho, veremos.
Quanto ao Roman Reigns, já se viu que é o projecto da WWE e vai continuar a ter um push mesmo quando outros merecem mais, vão continuar a mostrar entrevistas e outras coisas assim até que ele regressa e domina tudo e todos, vence o combate Royal Rumble e vai ao Main-Event da Wrestlemania 31 derrotar o Lesnar e tornar-se no novo WWEWHChampion e no novo Babyface de topo da WWE, mas o mais provável é tornar-se também no novo “Cena”, ou seja, metade dos fãs vão odiá-lo e outra metade adora-lo até que se fartam dele e é o caminho perigoso que a WWE está a querer seguir e não sei se o Reigns conseguirá resistir e ser tão forte como o Cena tem sido nestes últimos 10 anos, o que pode prejudica-lo e acabar com o seu ímpeto, mas resta-nos aguardar.
(Como sempre!) Bom trabalho Salgado. 🙂
Obrigado 🙂
A WWE não vai ter muitos problemas com Roman Reigns a ser vaiado por uma parte da audiência, afinal John Cena também teve esses problemas no início de carreira. O que, a meu ver, eles querem ver é se ele consegue vender como Cena. Cena pode ser vaiado por uma parte da audiência, mas quando as câmaras desligam, essa parte da audiência começa a apoiá-lo novamente. Os eventos em que aparece são os que vendem mais bilhetes e as suas t-shirts vendem mais do que todo o roster junto vende. É isso que a WWE quer que Roman Reigns faça.
Não tens de quê.
Exactamente, foi o que eu quis dizer, o problema é que eu acho que o Roman Reigns não tem, nem terá essa capacidade que o Cena tem, e portanto pode estragar o seu ímpeto e estagnar, mas só o tempo dirá se estou certo ou errado, é esperar para ver.
Até ao próximo artigo. 🙂
Excelente artigo, Salgado.
Eu gostei bastante do final do HIAC, só acho que deveria ter sido depois do combate ter terminado. O Ambrose ganhava e finalmente tinha a sua vingança sobre o Seth Rollins, e depois aparecia o Bray Wyatt. Acho injusto o Ambrose não ter uma única vitória nesta rivalidade. O Rollins é o Mr. MITB mais protegido desde o Edge, e por esse lado, acho bem. Ele é um futuro campeão e merece ser protegido ao máximo, mas acho que uma derrota contra o Ambrose não lhe ia ferir muito. Agora espero que o Rollins vença a sua rivalidade contra o Orton.
No caso de Ambrose/Wyatt, acho que os dois precisam muito de uma vitória porque um vem de uma rivalidade derrotado e o outro fez o “reset” e precisa de estar credível outra vez. Como o Wyatt vem de uma situação pior, acho que a primeira vitória deveria ir para ele.
Quanto ao Reigns, acho ridículo ele não querer saber do Rollins para nada, até ao Dean Ambrose ir gravar o filme. Lembrou-se em Setembro da traição do Rollins em Junho. O mais grave disso tudo é que venceu o Rollins de forma limpa numa RAW, algo que o Ambrose nunca conseguiu. As entrevistas do Reigns têm sido sem sentido. “Hi guys. I will be back sooner or later. I’m gonna kick ass when I’m back. Believe that. Bye guys.” Continuei a saber o mesmo da sua lesão depois destas duas entrevistas. Também acho que ele não está preparado para estar no ME da WM.
Obrigado 🙂
Também acho. Dean Ambrose vencia, mas Bray Wyatt atacava-o depois do combate. A qualidade do combate e o ataque de Bray Wyatt ajudavam a disfarçar a derrota de Seth Rollins, de forma a que este não perdesse muito.
Também acho. Especialmente quando Reigns conseguiu vencer Rollins de forma limpa numa mísera Raw.
A primeira vitória tem mesmo que ir para Wyatt. Disso não há dúvidas. A rivalidade que teve com Chris Jericho e John Cena mostram que o problema está mesmo aí. A rivalidade funciona melhor com o babyface a perseguir Bray Wyatt. Dean Ambrose é perfeito para isso, como se viu com Seth Rollins.
Sinceramente, não acho que exista muito para saber sobre a sua lesão. Acho que este só precisa mesmo de fazer a sua reabilitação até estar pronto.
Muito bom artigo, parabéns.
Obrigado 🙂
Excelente artigo, Salgado.
Sinceramente, gostei bastante do final do PPV. De vez em quando, também temos que fechar os olhos a uma ou duas coisas, e, apesar de o Hell In A Cell, supostamente, servir para combates sem interferências, julgo que neste caso se adequou.
O Dean Ambrose, a meu ver, não fica prejudicado por esta vitória. Pelo contrário, até acho que os fãs ficaram ainda mais do lado dele e o Bray Wyatt, por sua vez, com o “heat” que lhe faltava. Estou confiante em relação a esta rivalidade entre os meus dois favoritos da actualidade e espero que a WWE não estrague tudo. A rivalidade entre o Ambrose e o Rollins ainda vai ter mais capítulos, espero eu. Um dia, o Rollins face terá uma feud com o Ambrose heel 😀
Quanto ao Seth Rollins, é cada vez mais claro que a WWE quer fazer dele uma enorme estrela e disfarçar as suas deficiências enquanto ele não está 100% consolidado como main-eventer e pronto para prosseguir sozinho.
Por fim, a comparação entre Roman Reigns e Daniel Bryan… Compreendo as críticas, e se calhar até tens razão, mas a mim parece-me um pouco rebuscado, até porque a WWE, como sabemos, vive muito “do momento”, daí que não me parece que esta diferença de tratamento entre os dois tenha sido intencional ou pensada.
Obrigado 🙂
Concordo. Aliás, a gimmick de Undertaker exigia que se fechasse os olhos a bastante coisas e podemos aceitar uma interferência num combate que, supostamente, deveria garantir o contrário. Agora fechar os olhos ao facto de uma rivalidade de cinco meses, a melhor que a WWE teve em 2014 e que, de forma orgânica, subiu no card até chegar ao main-event, ter terminado assim é que acho pedir um pouco demais.
É um facto que a WWE vive no momento, mas também é um facto que os talentos que a WWE escolhe para o main-event são tratados de forma diferente que os talentos que a WWE não escolheu para o main-event.
Excelente artigo, Salgado.
Obrigado 🙂