Nunca se tornou tão importante compreender a essência de construir um universo coerente do que nos dias de hoje. Com a Marvel e a DC a lutarem a eterna guerra das bilheteiras, cada uma com o seu próprio universo e vários filmes e séries de televisão a sair por ano, o assunto é mais pertinente que nunca.
Estes são apenas exemplos, como tantos outros. No fundo, qualquer história, seja um drama, fantasia, acção ou comédia, desenvolve-se no seu próprio Universo, com regras específicas. Quanto maior e mais complexa for a história, maior é o Universo em que se situa. Para que as histórias funcionem é necessário que este Universo seja coerente, lógico e, acima de tudo, delimitado.
Isto é necessário em qualquer forma de entretenimento que exija que os fãs coloquem a realidade de lado para se entregarem à história. Por isso, o entretenimento funciona como um compromisso entre os entretidos e os artistas. É necessário que os fãs cedam nesse sentido, de forma a darem uma oportunidade a uma história que, realisticamente não é possível, como é necessário que os artistas sejam coerentes e recompensem esta cedência dos fãs.
Ou seja, é absolutamente necessário nunca insultar a inteligência de quem está a ver, porque não só o fã pode fartar-se e decidir mudar de canal ou desistir do franchise em questão, como os sucessivos erros podem causar a indiferença e distanciamento dos fãs em relação ao produto.
Resumindo, o abandono em massa dos fãs pode não acontecer, o que é certamente entendido com um excelente sinal, mas não significa que o distanciamento não seja uma realidade. Quanto mais os fãs se distanciarem, maior a indiferença e menor a probabilidade de se voltarem a investir.
O mundo da WWE, embora seja Wrestling Profissional, não foge a estes princípios. Insultar a inteligência dos fãs não passa apenas por distorcer o passado ou agarrar num microfone e mandar indirectas. Passa também por construir um Universo credível e lógico em que os fãs se possam investir.
Nem todas as histórias que estão a ser contadas em simultâneo precisam de ser espectaculares, tal é simplesmente impossível, apenas precisam de fazer sentido dado o ambiente em que inserem.
Ultimamente, representantes da WWE têm falado imenso da Era da Realidade, em como cada vez mais a Realidade representa um papel cada vez maior nas histórias e no dia-a-dia da companhia. Pelas entrevistas que vejo, sinto que isto é frequentemente mal entendido, não só pelos fãs, como pelos próprios representantes que mencionam o assunto.
A Realidade não é um problema. Os dirt-sheets não são um problema. São uma consequência inevitável dos tempos e à qual a WWE precisa de se adaptar, mas não é nada que outras indústrias não tenham de lidar também.
Basta procurar e o que não falta são rumores e notícias sobre relacionamentos entre actores, não só entre si, como as entidades que os empregam; o ambiente nos bastidores; os jogos de poder; e ultimamente como tudo afecta o produto final.
O que passa cá para fora, seja no Wrestling ou noutro ambiente qualquer, pode ou não ser verdade. Até pode ser uma meia-verdade. Não interessa, o que interessa é que vai afectar a percepção dos fãs e o seu interesse no produto final.
Na Era em que vivemos, com as redes sociais a espalharem rumores numa questão de meros minutos, não vale a pena lutar contra esta Realidade. Nem vale a pena culpá-la. A única forma de sobreviver a esta consequência da evolução das tecnologias é criar algo com qualidade e apresentá-lo de forma a que os fãs estejam interessados em ver na mesma.
Desde que durante aquelas três horas os fãs se consigam investir e divertir, ao ponto de quererem ver mais na próxima semana, a batalha está ganha. E um dos princípios básicos para apresentar um produto de qualidade é ter um Universo estabelecido e coerente.
Se uma pessoa quiser mesmo esmiuçar cada minuto de cada episódio ou filme, consegue e não há nada que ninguém possa fazer em relação a isso. Nunca alguma coisa vai ser perfeita aos olhos de todos. Para alguém, haverá sempre qualquer coisa a apontar.
O truque é construir algo sólido o suficiente que não interrompa a concentração de um espectador. Desde que a meio do filme ou episódio, o espectador não dê por si a perguntar porque é que continua a ver algo sem sentido ou tão exagerado, repito, a batalha está ganha.
Há coisas com as quais a WWE simplesmente não consegue lutar contra e é aí que nós, fãs, fazemos as nossas concessões. Por exemplo, os tão discutidos intervalos durante os combates. Se pensarmos bem sobre o assunto, se supostamente tudo é real, o combate pode acabar a qualquer momento, logo fazer um intervalo durante o mesmo é ridículo.
Mas, quando se colocam patrocinadores, a publicidade e os muitos milhões investidos ao barulho, tal torna-se secundário. E embora interrompa um pouco o visionamento do fã, especialmente se o combate estiver a ser bom, é algo que não se questiona e contra o qual simplesmente já não se luta.
Mas há outras em que a WWE deveria tomar uma atitude. Porque, em certas ocasiões, não é a realidade, os rumores e o alegado conhecimento dos fãs que interfere e prejudica com as histórias da companhia. É a forma como a companhia toma certos aspectos como garantidos que prejudica o processo de contar uma história.
Exemplo disso: redes sociais. Quem é que está por detrás das contas? Dolph Ziggler, a personagem, ou Nick Nemeth? Triple H ou Paul Levesque? John Cena, a personagem, ou John Cena, a pessoa?
Há pouco tempo, a WWE criou uma história em que Dolph Ziggler, Ryback e Erick Rowan eram despedidos. Através das redes sociais, todos alimentaram esta história como sendo verdadeira, como várias vezes vemos a WWE a incitar os lutadores a fazê-lo.
No entanto, durante a sua rivalidade com a Autoridade, a certa altura John Cena lançou um comentário a congratular Triple H pela sua futura homenagem no International Sports Hall of Fame. Isto, como seria de esperar, causou a revolta, porque nas mesmas redes sociais onde Dolph Ziggler faz um discurso sentido de despedida aos fãs, John Cena usa-as para congratular um dos vilões principais da WWE.
Ora isto não parece muito, mas quando a história em questão já não é levada a sério, porque despedimentos é algo que se vê demasiadas vezes e porque a própria Autoridade tinha sido destituída de poder e tinha voltado, acaba por não ajudar os fãs a interessarem-se.
É um facto que, John Cena salvou a situação, afirmando que se deve reconhecer os feitos de todos.
Todavia, isto reflecte um problema ainda maior. Não estão estabelecidos limites. Cada pessoa torna-se a sua personagem com a mesma facilidade de carregar num botão e cabe aos fãs perceberem por si próprios, e também aceitarem, quando é que Triple H está a falar e quando é que Paul Levesque está a falar.
A WWE toma como garantido que os fãs vão fazer esse trabalho, quando na realidade deveria ser a companhia a estabelecer os limites e parâmetros do seu próprio Universo. Não faz sentido nenhum, por muito ridículo que isto seja apontar, que uma pessoa passe de personagem a, novamente, pessoa de tweet para tweet.
Porque não faz sentido usar a mesma forma de comunicação para começar ou desenvolver as histórias que se vê ou vão ver em televisão, e ao mesmo tempo ir contra tudo o que se faz. Nenhuma das abordagens está errada, apenas não façam as duas ao mesmo tempo. Escolham uma abordagem e mantenham-na.
Isto prova que, ao contrário do que parece, são mais as vezes em que a WWE confunde a linha que separa a realidade da ficção do que os próprios fãs. Os fãs apenas esperam assistir e poder fazer parte de uma história lógica e coerente.
Outro exemplo crasso ocorreu esta última semana na Raw, mas é um hábito terrível que a WWE tem há anos. A Raw é um programa gravado e transmitido para televisão, onde se parte do pressuposto que as pessoas que não estão no momento a serem filmadas, seja em ringue ou nos bastidores, estão a assistir nos bastidores. A não ser que estejam a caminho ou tenham sido lesionadas previamente.
No entanto, este pressuposto existe e é reforçado de cada vez que aparece alguém para atacar outra pessoa que está em ringue, para interromper um combate ou quando aparece simplesmente alguém nos bastidores sentado a ver a emissão.
Mesmo assim, ainda aparecem segmentos de bastidores com vilões, neste caso a Autoridade, a vangloriarem-se por terem enganado toda a gente, incluindo manipulado Roman Reigns e Daniel Bryan.
Como é que este cenário faz sentido?
Podemos dar o benefício da dúvida e admitir que, embora agora não faça sentido nenhum, na próxima semana o caso pode mudar de figura. Mas mesmo assim, não é uma situação tão aceitável ou inteligente que leve um fã a pensar que vai esperar até à próxima semana para ver se vai fazer sentido. Não foi um novo desenvolvimento que deixou os fãs em pulgas para ver mais, foi uma situação que levantou dúvidas sobre a coerência da apresentação do produto.
Entre isto e a promoção de Triple H, durante a emissão, para todos assistirem à sua entrevista com Steve Austin, alguém que este garantia que também ia manipular, apenas para depois aparecer Paul Levesque a falar da escolha do vencedor do Royal Rumble.
Duvido que alguém esperasse que Triple H, a personagem, aparecesse na entrevista, mas qual foi a coerência desta promoção? E tudo bem, são detalhes que a maioria das pessoas não quer saber e desvaloriza por completo. Porquê? Porque é Wrestling. Ninguém espera melhor, porque já toda a gente sabe o que esperar.
Vince McMahon tenta distanciar-se ao máximo deste rótulo, admitindo que compete com tudo o que está em televisão – mencionado na sua entrevista com Steve Austin – quando passa grande parte do tempo a tomar por garantido a colaboração dos fãs para que o seu Universo faça sentido.
Se Vince McMahon compete com todas as outras formas de entrenimento que estão em televisão, então precisa de começar a tratar o seu Universo de uma forma diferente. Porque os programas com quem a WWE alega estar a competir não cometem erros destes. Aliás, nos últimos anos apresentam um desenvolvimento de personagens e histórias cada vez mais complexo e interessante. Não é por acaso que muitos defendem que estamos na Era de Ouro da Televisão.
Dessa forma, talvez um dia situações completamente evitáveis como todas estas, e mais algumas que aqui não foram mencionadas, não precisem de ser desculpadas com a resposta “É apenas Wrestling.”
No fundo, o que quero dizer é que não vale a pena estar a misturar as águas e arrastar as histórias para o meio desta confusão só pelo prazer do fazer. Não se ganha nada com isso. Foquem-se em desenvolver uma história credível e na qual os fãs se possam investir, porque mesmo que seja prevível, mesmo que não seja a melhor que tenham, os fãs vão encontrar forma de se divertirem, desde que seja bem executada e faça sentido,
Apenas precisa de ser autêntica e minimamente razoável para funcionar.
Isto passa pela necessidade de deixar que a personalidade e carisma natural de cada lutador influencie a sua personagem, o que não é propriamente compatível com a existência de dezenas de pessoas numa equipa criativa a escrever em nome de todos – ou da esmagadora maioria.
Quando um grupo de pessoas escreve por outra, normalmente o resultado não é positivo. Quando esse mesmo grupo de pessoas escreve por todos, o resultado ainda é pior, porque agora em vez ser uma pessoa a não soar de forma natural, são várias. E, normalmente, acabam todas por soar de forma igual, à excepção de alguns.
O diálogo de cada lutador deveria ser um reflexo da sua personalidade. Ou seja, Seth Rollins não deveria usar palavra muito caras, como se fosse Chris Jericho em 2008, e Roman Reigns provavelmente não deveria estar a contar histórias infantis a Big Show, entre vários outros exemplos.
E, mais uma vez, percebo as limitações que a WWE possui, pois em televisão o tempo é todo contado e é mais fácil controlar o tempo e palavras de cada um se não forem os lutadores a escrevê-las e a improvisá-las na hora. Porém, aqui coloca-se a questão, não foi o melhor período financeiro da história da companhia a Attitude Era? Onde as promos não passavam de tópicos e não composições? Período durante o qual a WWE se tornou uma companhia pública, tornando o argumento de Vince McMahon em relação a este tópico ridículo.
Ora, isto também varia de talento para talento. Existem talentos que funcionam melhor com uma composição, enquanto existem outros que sobrevivem bem com maior liberdade. Facto é que, embora Vince McMahon se queira distanciar do rótulo de Wrestling o máximo possível, os seus lutadores não são, por norma, actores treinados e pagos para agarrar em qualquer guião, escrito por qualquer pessoa, e fazer magia.
Sim, o que fazem requer encenação, mas o truque passa por aproveitar as capacidades de cada lutador ao máximo, adaptando assim a apresentação de cada um, em vez de tentar controlar tudo com o mínimo contributo possível de cada um. O objectivo, no fim, é tornar cada história mais credível, de forma a alimentar a ligação que os fãs têm com o produto. Desenvolver e tirar proveito das variadas personalidades que a companhia tem à sua disponibilidade deveria ser natural.
Aqui sinto-me inclinada a citar a resposta do antigo Alberto Del Rio, extraída de uma entrevista ao Pro Wrestling Ilustrated através do WrestlingInc:
“People need to understand, when you work for that place, you are like a robot. You need to do exactly what they say and how they say it… You could get fined over everything… Everybody is terrified. We all were — or they are — terrified of changing something or trying something new. Of course there are some exceptions who can do and say whatever they want. But that rule doesn’t apply to 90 percent of the wrestlers.”
Será mesmo melhor para o bem-estar criativo da companhia alimentar um clima de medo e opressão?
Acho que não, mas também não sou a tomar decisões.
Um bom escritor, guionista ou neste caso, booker, consegue contar uma boa história que conquiste os fãs, independentemente da realidade que o rodeia. É isso que os fãs procuram quando vão ao cinema ou a uma arena ver um espectáculo de Wrestling. Procuram abstrair-se e rodear-se de personalidades extraordinárias, ao mesmo que tempo que investem todas as suas energias e emoções numa só história.
A realidade só interfere quando alguma peça está a falhar. Seja a história que é mal contada ou seja o elenco que é mal escolhido. Quando as estrelas se alinham, como se costuma dizer, não há realidade que possa arruinar a magia que se cria.
O meu conselho seria esse focarem-se nisso. E se estão a tentar competir com tudo o que está em televisão, então precisam de fazer mais do que contratar meia-dúzia de guionistas experientes, porque até agora, apenas estão a tropeçar nos próprios pés.
Desejo uma excelente semana a todos, até a próxima edição!
10 Comentários
100% de Acordo com tudo o que dizes Marta. A WWE devia criar um Universo coerente, e onde cada personagem se adapta-se ao wrestler em questão. Ou seja, alguém com melhor liberdade e improviso nas promos devia ter essa liberdade, e alguém que não é tão bom actor( tipo o Reigns) ser mais de acção.
Esse ajuste é necessário até para tornar as personagens coerentes e credíveis. Não podemos ouvir o Triple H dizer que as pessoas não se acreditam em keyfabe e no minuto a seguir criar algo que sabem que o publico actual não reage, e em certas situações eles sabem disso.
Por fim, gostei da analogia com as séries e filmes da DC e da Marvel, tive pena que não tivesses explorado mais esse lado sinceramente. Mas como dizes, e eu vou falar de uma série que gosto, o Flash resulta não porque ele têm super-poderes, a série resulta porque criaste um Universo único e especial em todas as personagens.
~
Por outras palavras criaste conexão com a personagem do Barry Allen pelo lado humano, tal como acabas por gostar do Cisco pelos nomes ridículos que dá aos meta-humanos. O que quero dizer é criaram uma linha coerente, aquele universo faz sentido e uma das coisas que me faz gostar da série, e olha que apesar de ser fã de BD é difícil convencer-me neste tipo de adaptações.
Mais um excelente artigo Salgado. Subscrevo tudo o que disseste. A falta de coerência apresentada pela WWE por vezes, é mesmo frustrante. Por exemplo gostei bastante do podcast do Triple H e aprecio a visão que ele tem para o produto. No entanto manda bocas escusadas (Não sei será mais o Vince do que ele), para os fãs que, sejamos sinceros, ainda mantêm a WWE um pouco relevante. Espero que no futuro lidem com estas falhas de uma outra forma.
Bom artigo, Salgado.
A explicação para o facto de o Cena dar os parabéns ao Triple H é simples: vai-se juntar a ele na WrestleMania e fazer o tão esperado heel-turn!
Quanto aos segmentos de backstage, eu sei que podem “insultar” a inteligência dos fãs, mas é daquelas coisas a que podemos fechar os olhos sem nos sentirmos ofendidos na nossa inteligência. Ainda me lembro quando o Batista ouviu a conversa do Triple H e do Ric Flair em que o primeiro admitiu ter sido o responsável pelo atropelamento do “Animal”. Eles não sabiam que podiam estar a ser filmados? Claro que sim, mas aquilo foi tão espectacular, tão natural (por tudo o que vinha a acontecer), que as pessoas foram ao rubro quando viram o Batista atrás da porta. Fez sentido todo aquele segmento.
Épico, ainda me lembro deles a falar e a câmara a recuar e aparece o Batista que faz uma cara estranha e depois nós ficamos a pensar, ei lá, há assinatura de contrato mais logo e isto não vai correr bem, foi perfeito.
Acho que é só preciso haver qualidade no segmento e nos intervenientes e pode resultar, concordo.
Excelente artigo Salgado!
Como o Triple H disse no podcast com o SCSA, é difícil escrever um RAW de 3 horas, e para nós fãs/telespectadores fica muito exaustivo termos que acompanhar um show muito longo onde a maioria das histórias não tem sentido nenhum e nos dão sono. Portanto, eu e acho que a maioria de nós (não sei você) queremos um show mais curto, como era antes, até para que, dependendo do booking, possamos ficar com aquele gosto de ”quero mais” para a próxima edição de um RAW, por exemplo.
Excelente artigo, um tema profundo e importante que analisaste muito bem e goste bastante.
Quanto ao tema em si, não tenho muito a acrescentar além de subscrever a 95% a tua opinião, só acho que os segmentos de backstage se forem bem montados e com intervenientes de qualidade e credíveis, além de se encaixarem na história acho que podem funcionar e ser interessantes.
Depois a RAW deve voltar a 2 horas porque é mais fácil de trabalhar e escrever mas também dá para ter quase todos os combates e feuds de qualidade e não precisar de andar a “encher chouriços”, é desnecessário.
De resto, concordo com tudo e disseste o que é necessário e importante.
(Como sempre!) Bom trabalho Salgado. 🙂
Creio que o “teatro” atrás das câmeras (o papo “hehehe-enganei-todos-vocês” de Triple H com Stephanie) foi feito justamente para que o consumidor mirim da WWE não achasse estranho que Paul Levesque aparecesse discutindo detalhes da companhia para um público adulto (e para o fã).
Vejo a WWE hoje como uma empresa que tem que satisfazer a ambos os públicos, o da Attitude Era, que o enriqueceu, e o da PG Era, que paga as contas hoje em dia. Se não manter os fãs mais exaltados, que gostam de sangue, perde em imagem (principalmente nas novas mídias); mas se adotar o “pega para capar” as famílias não verão graça nenhuma em levar seus filhos para ver sacanagem explícita.
Quanto à duração dos shows, creio que o problema é o custo do satélite – ficaria mais fácil fazer 3h de um show, apenas, do que dois shows em separado de 1h30min. Se o custo permitisse, entretanto, seria o ideal.
Bom artigo Salgado
“Establishing a Universe?” ou Establishing an Universe?