Faz, em 2015, dez anos que o conceito Money in the Bank foi usado pela primeira vez. É um conceito que irá, para sempre, marcar esta Era, não só pelos dez anos de história que já tem, mas pelos muitos anos que ainda tem pela frente, visto que não parece que a WWE deixe de usar o conceito tão cedo.
Dez anos de história. Dez anos de momentos. Alguns deles inesquecíveis, outros que preferíamos esquecer. Dez anos de oportunidades.
Para o bem, ou para o mal, este conceito tem tido um impacto significante e útil no booking da WWE, assim como tem funcionado como um possível indicador das preferências ou intenções da companhia para o futuro.
No fundo, o Money in the Bank tem servido para tudo. Testar novas estrelas no main-event; criar algum interesse e empolgamento no main-event, dada a quantidade de cenários que um possível cash-in (que pode acontecer a qualquer momento) gera; fornecer à WWE uma escapatória em situações de lesão ou imprevistos do género ou, simplesmente, avançar com uma história já existente.
Com o passar dos anos, o conceito Money in the Bank evoluiu de uma atracção exclusiva da Wrestlemania para um evento anual com o mesmo nome. Embora tal mudança não tenha recebido apoio unânime, facto é que um dos melhores eventos – senão o melhor – dos últimos dez anos foi mesmo o Money in the Bank 2011. Não pelo combate em si, ou pelas malas, mas mesmo assim continua a ser um marco importante ligado à história deste conceito.
Outro marco importante foi o cash-in realizado na Wrestlemania 31 deste ano. Foi a primeira vez que um cash-in foi realizado no evento mais importante do ano, embora todos os anos surgissem cenários ou fantasias que levassem a esse caminho.
Já vi ser sugerido a reforma deste conceito exactamente por essa razão. O que é que pode ultrapassar um cash-in na Wrestlemania, num ambiente como aquele? Por muito emocionante que tenha sido o cash-in de Dolph Ziggler, por muito histórico que tenha sido o primeiro cash-in de Edge, é compreensível que, para muitos, um cash-in na Wrestlemania seja o ponto alto que este conceito pode alguma vez esperar atingir.
Pessoalmente, não tenho problemas com a continuação no conceito. Como já foi referido várias vezes neste espaço, a única mudança que fazia ao conceito era abolir o pay-per-view e colocar, de novo, o combate de Money in the Bank na Wrestlemania, como atracção especial. É uma ideia da qual, simplesmente, ainda não desisti, por mais vã que seja.
Mas consigo perceber o argumento por detrás de reformar o conceito, enquanto ainda está em alta, por assim dizer. Apenas não acho que a WWE pense assim, pelas razões já mencionadas.
Quer queira, quer não, em vários momentos cruciais da última década, a WWE tornou-se dependente deste conceito. Este tornou-se numa rede de segurança.
Como tirar o Título desta ou daquela estrela? Ou como acabar um main-event na Wrestlemania, sem vencer Brock Lesnar, nem prejudicar Roman Reigns? Como testar esta ou aquela estrela para o main-event? A resposta é o Money in the Bank. Tem sido ao longo dos últimos anos e não creio que a WWE vá abdicar desta tábua de salvação tão cedo.
Todavia, por muito tábua de salvação que o Money in the Bank possa parecer para o, por vezes, desajeito booking da WWE, a verdade é que nem sempre significou o mesmo para os seus vencedores.
São vários os nomes de pessoas cuja vitória do Money in the Bank e consequente cash-in não mudaram nada o seu estatuto dentro da companhia. John Cena, Dolph Ziggler, Kane, Randy Orton, o primeiro cash-in de CM Punk e, de certa forma, até Alberto Del Rio.
Nem todos conseguiram, através da mala de Money in the Bank, saltar para o main-event de forma decisiva. Alguns até precisaram de fazer o cash-in duas vezes para conseguir tal resultado, como Edge e CM Punk. E, mesmo assim, CM Punk apenas se tornou um main-eventer indiscutível com o “Summer of Punk” e o consequente reinado de 434 dias.
Edge saltou para o main-event e chamou à atenção de vários fãs, mas ainda teve que voltar a descer no card depois do seu primeiro cash-in, devido à escolha do main-event da Wrestlemania daquele ano. O primeiro cash-in de Edge tornou-se histórico e memorável, por ter sido o primeiro de todos, mas a curto-prazo, não fez muito por ele. O seu combate com Mick Foley na Wrestlemania 22 consolidou-o muito mais, assim como o segundo cash-in e consequente rivalidade no main-event da SmackDown.
São muito poucos os exemplos de pessoas que se tornam main-eventers consolidados enquanto detentores da mala e durante o seu reinado. O único que posso dizer com a certeza absoluta que se aproxima mais do conseguir é Seth Rollins, mas como é óbvio, só iremos ter a certeza disso daqui a vários meses.
Infelizmente, também há exemplos de estrelas que a mala de Money in the Bank não conseguiu ajudar. Aliás, são exemplos que levam os fãs a questionarem-se porque é que a WWE se deu ao trabalho de todo. Um deles é, como é natural, Damien Sandow.
Portanto, como podemos ver, o Money in the Bank não é infalível, perfeito ou a bênção que às vezes pode parecer. Mesmo assim, normalmente os combates costumam ser divertidos e, mais uma vez, a potencial imprevisibilidade do vencedor e consequente cash-in é sempre algo que deixa os fãs empolgados ao longo do ano. Afinal, o que não falta são cenários, razões e combates que podem surgir com o cash-in.
Este ano, penso que o vencedor não será muito imprevisível, a não ser que a WWE faça questão de surpreender os fãs a todo o custo. O problema é que, por norma, quando a WWE toma decisões com apenas a surpresa dos fãs em mente, a longo-termo tal acaba por ser um desastre, pois nunca foi algo em que estiveram verdadeiramente investidos ou para o qual tiveram planos a sério.
Portanto, por vezes, é melhor jogar pelo seguro do que tentar apanhar os fãs de surpresa. Este ano temos sete candidatos a possível vencedor da mala de Money in the Bank: Neville, Dolph Ziggler, Kofi Kingston, Randy Orton, Kane, Sheamus e Roman Reigns.
Voltando à previsibilidade do vencedor, o nome mais óbvio deste ano é Roman Reigns. A WWE fez muito pouco para tentar convencer os fãs de que outros lutadores tinham hipóteses. Isso, aliado ao facto de Roman Reigns estar num caminho aparentemente imperturbável para o sucesso, não ajuda os fãs a suspenderem um bocadinho o seu cepticismo.
Mesmo que outra pessoa vença, assumindo que a WWE permite que a sua vontade para surpreender seja mais forte que a sua vontade de apostar no “escolhido”, será complicado para os fãs acreditarem que terá a mesma protecção que Reigns teria.
Os últimos vencedores do Money in the Bank não foram propriamente conhecidos por serem protegidos, enquanto tinham a mala nas suas mãos, especialmente se fossem de estatura considerada pequena.
Daniel Bryan, Dolph Ziggler e Damien Sandow foram muito pouco, ou nada, credíveis enquanto tinham a mala, chegando mesmo a ter derrotas consecutivas. O que nos leva a crer que, caso Neville vença, o seu destino será diferente?
Pessoalmente, Neville seria a minha segunda aposta a seguir a Reigns. Este tem andado perdido desde que se estreou, sem uma rivalidade séria ou desafiante. Tem sido mais protegido do que se esperava, ainda retendo alguma da sua aura de novidade e tendo um bom número de vitórias, mas mesmo assim o seu booking não tem sido consistente.
Tal não é anormal, visto que é raro encontrar um membro do roster que tenha o booking consistente, mas com o histórico que a WWE tem no que toca a dar a mala de Money in the Bank a lutadores considerados pequenos, ver Neville como Mr. Money in the Bank não é a ideia mais empolgante do mundo.
Bem feito, daria-lhe uma direcção, propósito e alguma importância. Mas quem nos garante que seria bem-feito?
No fundo, a razão pela qual Neville foi incluído no combate é óbvia para todos. É a mesma razão pela qual eternos repetentes como Dolph Ziggler e Kofi Kingston estão constantemente envolvidos, embora um já tenha vencido e o outro nunca tenha vencido, embora já tenha competido quase meia-dúzia de vezes.
São estes três senhores que vão dar origem aos spots da noite. Aos momentos que vão ser exibidos ao longo dos próximos anos. É a sua função e nenhum combate com escadotes à mistura seria considerado completo sem alguns lutadores a fazerem o possível e impossível para se destacarem.
No que toca à vitória, penso que tanto Dolph Ziggler, como Kofi Kingston, estão fora da corrida.
Com tantas participações falhadas (e uma vitória que não levou a nenhuma mudança permanente de estatuto), não há qualquer razão lógica para dar a mala a um dos dois. Dolph Ziggler já passou a fase em que beneficiaria de uma mala de Money in the Bank e, por muito que Kofi Kingston esteja a impressionar e a ter sucesso com os New Day, não penso que fosse levado a sério como candidato ao main-event. Nem pelos fãs, nem pela WWE.
É uma consequência de passar demasiados anos no mesmo lugar. Seja ou não seja capaz de mais, a percepção tornou-se realidade. Ninguém espera que ele vá mais longe e, sinceramente, não penso que alguém o queira.
Ora, por muito repetentes que Dolph Ziggler e Kofi Kingston sejam, estes não conseguem bater o recorde de Kane que irá participar, hoje, no seu sétimo combate de Money in the Bank. Mais do que qualquer outro lutador na história.
Mas lá está, os que participam mais vezes são os que estão a cumprir um papel designado. Um papel que precisa de estar presente em todos os combates. Ou então, simplesmente são as pessoas que estão mais vezes sem nada para fazer. Embora já tenha vencido uma vez, penso que também podemos considerar Kane fora da corrida.
Com a quantidade de estrelas jovens preparadas para estar no main-event ao longo dos próximos meses e com o regresso iminente de Brock Lesnar, penso que não existe sequer necessidade de contemplar uma vitória de Kane para o colocar no main-event. Pelo menos, para já.
Já para não falar que, tal como Dolph Ziggler, também Kane já venceu uma vez e não fez nada para mudar o seu estatuto. É certo que, na altura, não era esse o plano em mente, mas mesmo assim fazê-lo outra vez seria desperdiçar a mala.
Este é um argumento que também se aplica a Randy Orton. Orton não precisa de malas de Money in the Bank para desafiar o campeão pelo Título. Ter vencido a mala, em vez de Daniel Bryan (que foi mais tarde escolhido pelos fãs), apenas para fazer o cash-in com a ajuda da Autoridade dando início à história do campeão da Autoridade contra o campeão dos fãs foi uma forma perfeita de usar a mala para avançar uma história.
É verdade que, no fim, acabou por não valer de nada, com a Autoridade a arrasar com tudo o que tornava Randy Orton especial e com a WWE a arruinar a história de Daniel Bryan, mas ninguém pode negar que o início esteve bem pensado.
No que toca a planos que passam por dar a mala a quem não precisa, este não foi dos piores e ainda demoraram algumas semanas até ser considerado um desperdício total. Contudo, com Neville e, especialmente, Roman Reigns no combate não existe qualquer justificação para dar a mala a Orton.
Por fim, Sheamus está numa situação interessante neste combate. Nunca ganhou a mala de Money in the Bank. Nunca foi uma presença forte neste combate, sendo o que participou menos vezes sem contar com Roman Reigns e Neville (as ainda supostas semi-novidades). Este já não é considerado uma estrela tão jovem e nova, visto que já foi campeão várias vezes e dominou o main-event, tanto na Raw, como na SmackDown.
Mas também não é um veterano, no sentido em que atribuir-lhe a mala seria considerado um completo desperdício. O facto de ser um dos talentos que a WWE mais protege permite que este tenha sempre uma vantagem nas probabilidades do que talentos como Dolph Ziggler e Kofi Kingston.
Pessoalmente, sinto que investir em grande em Sheamus quando este regressou, após a Wrestlemania, não teria sido uma má ideia. Não teria sido propriamente empolgante à primeira vista, mas tal deve-se inteiramente à falta de interesse pessoal no Sheamus. Mas, podia ter resultado em grande escala, visto que este tinha voltado como uma novidade.
Agora que já passaram uns meses e a novidade se dissipou, sinto que qualquer investimento forte nele seria um desperdício. Já para não dizer que este foi alguém que já esteve, como referido anteriormente, várias vezes no main-event e simplesmente não se fixou porque não era terrivelmente interessante ou cativante junto dos fãs, seja como babyface ou heel.
Dar-lhe outra oportunidade para voltar aos main-events, especialmente quando já perdeu o pouco que o tornava especial aquando o seu regresso seria, a meu ver, um desperdício.
Resumindo, Roman Reigns não é só a escolha mais aparente. Parece ser também a mais segura e lógica. Juntamente com Neville, é o único que tem um histórico relativamente limpo no que toca a main-events. Sim, é certo que a sua experiência como vencedor do Royal Rumble e participante do main-event da Wrestlemania foi um fracasso, mas os fãs parecem estar muito mais dispostos a apoiá-lo agora, portanto não parece ser uma má altura para simplesmente voltar a tentar colocá-lo no main-event.
Irá sempre existir a questão deste ser o “escolhido”. Tal, para alguns fãs, irá sempre ser um problema. Porque, por muito subtil ou inteligente que a WWE seja (algo que não tem sido no que toca a Roman Reigns, desde que este se separou dos Shield), os fãs vão sempre ver este Título, aquele reinado ou aquela mala de Money in the Bank como uma prenda oferecida numa bandeja de prata.
É algo que este, eventualmente, poderá conseguir ultrapassar. Até agora, o booking dele melhorou consideravelmente e as suas reacções também. No entanto, tenho os meus receios em relação ao seu futuro. Acredito que este pode tornar-se no que a WWE quer que ele se torne, mas questiono-me frequentemente se a WWE não cometeu um erro fatal ao escolhê-lo antes dos fãs o escolherem.
Basta olharmos para o seu antecessor, John Cena. John Cena foi o escolhido, sim, mas dos fãs. Só depois foi o escolhido da WWE.
Pessoalmente, tenho receio que este erro táctico seja sempre uma sombra a perseguir Reigns e que este acabe por se tornar numa versão ligeiramente superior de Sheamus. Enfim, é tudo uma questão de esperar para ver.
Caso estejam interessados, está disponível mais uma edição do Tretas, dizem eles!. Nesta edição, são debatidos os seguintes tópicos:
– Antevisão: WWE Money in the Bank;
– CM Punk vs Hulk Hogan;
– Finn Bálor campeão do NXT em Tóquio?
Podem ouvir todas as edições gravadas até agora aqui. De uma forma mais rápida, para ouvir a edição mais recente, basta carregar aqui. Sigam-nos no Facebook e no Twitter.
Para além de ouvirem o podcast, peço que não se esqueçam de apostar na League. Desejo uma excelente semana a todos, divirta-se com o Money in the Bank e até à próxima edição!
18 Comentários
Excelente. Nada mais a acrescentar.
Bom artigo.
Ótimo artigo.
Excelente artigo, concordo com tudo o que disseste e não tenho nada a acrescentar.
Artigo interessante. Não tão aprimorado como outros mas não deixou de ser agradável de se seguir 🙂
Penso ser um absurdo pedir-se a reforma de um conceito que vem resultando na perfeição. Se ignorarmos os maus tratamentos que a WWE oferece a alguns dos vencedores da mala (o que até são outros quinhentos), cria-se sempre uma grande expetativa com uma luta que por norma é muito interessante e que antecede a uma fase diferente, em que reina a imprevisibilidade e a (quase-)certeza de um novo campeão, que poderá surgir do nada. Resta à WWE ser original e por mais que seja difícil fazer algo melhor ao ocorrido na última Wrestlemania, com as doses certas de criatividade e no timing ideal é sim possível criar momentos memoráveis. E o PPV gimick está muito bem como está. O grande evento já tem por norma variadíssimas atrações e assim ficamos com a certeza de mais um PPV que já tem provas dadas de sucesso, e que ao contrário de um TLC por exemplo, com um tipo de combate que ocorre apenas nesse domingo.
Quanto ao vencedor acredito estarmos conversados. Não me lembro de um Money in the Bank simultaneamente tão previsível e em que só fizesse sentido vencer essa mesma pessoa. Será uma espécie de Royal Rumble II. A ver vamos a reação do público. Se bem que acredito que o Roman Reigns acabará por fazer um heel turn através do seu cash-in, mas ainda é muito cedo para falar disso. Dos restantes elementos já disseste tudo do pouco que havia para dizer. Palavra para o Neville que (ainda) não é Main Event material pelo que não faz sentdo ganhar. E acredito que a WWE também não lhe reconhece ainda esse estatuto.
Excelente artigo. Resumiste bem a história do conceito e explicaste perfeitamente o que pode acontecer este Domingo.
Bom MITB!
“(…) também Kane já venceu uma vez e não fez nada para mudar o seu estatuto. É certo que, na altura, não era esse o plano em mente, mas mesmo assim fazê-lo outra vez seria desperdiçar a mala.”
Não era para ser o Kane a vencer a mala em 2010?
Bem, também acho que vai ser o Reigns. E julgo que o resultado do combate vai servir para avançar uma história, tal como a vitória de Orton há dois anos.
Ao que interpreto, “não era esse o plano em mente” no sentido em que o objetivo não era alterar o seu estatuto mas antes contribuir para a história que se pretendia criar nessa altura. Não me parece que a afirmação tenda a mostrar que outro nome seria o ideal naquela altura.
Sim, deve ser isso.
Bom artigo, não tão especial como outros mas hoje é dia de MITB e fizeste um resumo e uma análise muito boa, gostei.
Não tenho nada de relevante a acrescentar porque disseste tudo, subscrevo.
Sou fã deste conceito e acho que seria uma estupidez acabar com ele no momento e até num futuro próximo, acho que devem manter mas também sou a favor de acabar com o PPV e por o combate como atracção especial anual da Wrestlemania, foi aí que começou e como ideia do Y2J e assim torna-se único e especial, agora espero que continue de uma forma ou de outra porque proporciona combates fantástico e com spots espectaculares, além disso há sempre alguma imprevisibilidade e qualquer fã gosta disso, depois o vencedor fica com a mala e terá a oportunidade de a qualquer momento se tornar campeão mundial e essa incerteza deixa-nos expectantes e ansiosos, o que também é positivo, acho que é quase impossível recriar um momento tão épico e histórico como o cash-in do Rollins na Wrestlemania mas é possível continuar a ter cash-ins importantes e a criar estrelas para o Main-Event, vale a pena ter alguns falhanços (Damien Sandow, etc) para ter alguns sucessos e também serve para criar histórias como disseste e bem, é para manter.
Quanto ao vencedor, como tu também acho que a WWE deve jogar pelo seguro e escolher o previsível e não o favorito dos fãs, com o Damien Sandow correu horrivelmente mal e acho que a WWE deve seguir o seu plano, a minha convicção é que a WWE já tem o seu plano para a vitória do Reigns e sabe o que vai fazer nos próximos meses, também quero acreditar nisso, essa é a escolha óbvia e previsível, o Kane nem percebe porque está no combate visto que já pouco acrescenta em termos de qualidade de combate e espectacularidade (está mais lento e pesado) e na história pouco vale, depois Ziggler e Kofi é para dar show, Orton é para distrair quando ao vencedor e depois há três possíveis vencedores que são Reigns, Neville e Sheamus, para mim não seria uma surpresa se o Sheamus vencer e até gostava, a única surpresa que teria é se fosse o Neville a vencer mas para ser mal aproveitado e acabar como o Sandow prefiro que não vença, Reigns tem que ser o escolhido e vencer o combate.
PS: continuo a achar que uma vitória de Ambrose e Reigns hoje não é descabida, assim o Reigns fazia o heel turn e o cash-in no Ambrose, depois no Summerslam teríamos Reigns vs Ambrose (defesa de titulo), pessoalmente adorava que assim fosse e juntava mais dois combates à equação que seriam HHH vs Rollins e Brock Lesnar vs Orton/Sheamus/Samoa Joe/Kevin Owens (qualquer um destes seriam excelentes adversários sendo que Orton e Samoa Joe são faces e podem ser sérias hipóteses), no entanto é provável que o Lesnar esteja na luta pelo titulo, é esperar para ver.
Bom trabalho Salgado. 🙂
Excelente artigo, disseste tudo!
Excelente artigo,Salgado.
Para mim o MITB tem sido uma oportunidade para preparar novas estrelas para o main event.
Mas também esta estratégia do MITB também pode não resultar,como se viu com o Damien sandow,que acaba por ser o caso mais flagrante.
Ele depois do cash in perdeu-se no card,começou a ficar desinteressante e acabou a fazer imitações e a sua personagem passou a ser exclusivamente de comedia.
Este é um mau exemplo.
Um grande exemplo de sucesso é o seth Rollins. Ele quando esteve com a mala começou a ser preparado para o main event,tornou-sen o grande heel da WWE e na WrestleMania consolidou a sua posição no main event ao fazer um historico cash in.
Concluindo,o MITB e uma maneira de preparar futuros main eventers.
Desejo-te um excelente PPV Salgado.
Este Money In The Bank está tão fraquinho este ano… Não é pela falta de qualidade de quem vai participar, é mesmo porque foi tudo muito mal construído e o vencedor é tão óbvio que se não for ele a ganhar, o vencedor vai ser tratado como lixo até pelos fãs, mesmo que os próprios fãs não queiram o Reigns a ganhar.
Não devo ser o único a achar que não queria nenhum dos participantes a ganhar o Money In The Bank. Queria ver uma novidade… O Neville já não é uma novidade porque já o vejo há uns 2 meses a competir e embora tenha bons combates, não tem importância no roster.
Adorava ver alguém sabotar o combate este ano, entrar no meio do ringue e roubar a mala, isso seria ótimo! Não estou bem a ver quem, já pensei em Brock Lesnar (vingança perfeita no Roman Reigns durante o combate e depois no Rollins, de alguma forma), Kevin Owens (o homem luta a prémio… a mala é um prémio e ele é um heel que faz o que quer), sei lá… Era diferente.
Um bocado a culpa de isto estar assim foi o Elimination Chamber… Trataram-no como evento muito especial e depois não houve tempo para construir o Money In The Bank como deve ser. Deviam ter usado o Elimination Chamber para arranjar já 1 ou 2 participantes para o combate do MITB (neste caso, Ziggler e Sheamus), lixar o Reigns a torto e a direito para ele não entrar no combate (mas este conseguindo na mesma), por lá o Kofi e o Neville para os spots, o Orton para o RKO todo fancy e tiravam de lá o Kane para por o Bray que no RR disse que este ia ser o ano dele e até agora viu-se xd
Será que sou o único que pensa que vai ganhar o Sheamus (um heel) perfeito para o conceito de Money in the bank e que nunca ganhou a mala.
Bom artigo.
Eu pessoalmente adoro o conceito, pois dá oportunidade a surpresas no panorama do título. Momentos como o do Rollins este ano deverão ser muito difíceis de ultrapassar, mas acredito que a WWE terá ainda muitos momentos bons para nos dar. Claro que também espero que a mala não volte a ser inútil para um wrestler como foi o caso do Sandow. Enfim, quanto a este ano não há dúvida que está previsível, mas acho que se não for o Reigns, não se pode descartar um Neville ou até mesmo um Sheamus, que me parecem ser as alternativas. Para acabar, não me oporia à mudança do combate para o WrestleMania, pois podia beneficiar muito o evento.
Excelente artigo.
Ótimo artigo, Salgado!
O Money In The Bank é um dos melhores, senão o melhor conceito da história da WWE (Jericho Invented That xD), pois, como você falou, é um excelente meio de dar uma chance a algum wrestler novo sem parecer algo forçado.
O problema é que a credibilidade da mala estava um tanto quanto abalada pois houveram dois Cash-Ins sem sucesso (Cena e Sandow) e a importância da mala havia diminuído. O Rollins restaurou a credibilidade e tornou o conceito interessante novamente.
Pessoalmente, não estou muito ansioso pela MITB Ladder Match desse ano devido a previsibilidade do vencedor. Nada contra o Reigns, mas eles poderiam ter dado pistas que outro superstar iria vencer, como o Sheamus (que na minha opinião é o único que tem chances de ser o Mr. Money In The Bank desse ano além do Roman). Não espero o Neville como vencedor, mas torço para que ele saia com uma rivalidade definida e à longo prazo.
O money in the bank é sem sombra de duvidas um ppv que tem multiplas funçoes no que ao sucesso da wwe diz respeito e isso tem-se apenas tornado mais evidente no decurso dos anos. Para alem disso é um ppv que tradicionalmente proporciona algo diferente, interessante, imprevisivel, empolgante e a meu ver tem claramente roubado protagonismo ao survivor series como o claro quarto grande ppv do ano na wwe. Contudo a meu ver todo esse destaque e toda essa magia que este formato gera não se deve minimamente ao ppv mitb em si e sim ao combate propriamente dito porque essa mesma expectativa ja existia quando o ppv se encontrava onde na minha opiniao nunca deveria ter saido, falo claro está da wrestlemania. Para mim como apreciador do que é imprevisibilidade, do inesperado, do impactante e do fora do vulgar a existencia de apenas uma mala que garantisse um cash in em qualquer um dos dois titulos (que nunca deveriam ter ficado apenas 1!) era muito mais genial e empolgante do que sabermos de antemão em quem fará o mr.mitb o seu cash in ficando apenas na duvida se o fará hoje, amanha ou daqui a 5 meses. E é por isso que, pelo menos para mim, o conceito caiu, pois ve-se atualmente privado da magia que tanto me fez gostar dele sempre e só na wrestlemania. Logo que o mudaram para um ppv independente a qualidade decaiu imenso e nao falo dos combates e sim do fato de existirem duas malas nas quais a wwe imediatamente se esforça por deixar clara a diferença de prestigio tendo em conta os lutadores que começa a colocar nos combates da mala da raw e da smackdown algo que vi com muito maus olhos. Já todos sabemos que o wwe championship era mais importante. Nao precisam de nos esfregar isso na cara. Os superstars nao tem que preencher os combates por estatutos e sim divididos conferindo a ambos titulos o prestigio que merecem. Fora que o conceito de mr.mitb sempre foi algo que eu vi como o destaque dado a um unico homem dai nunca recebi bem o fato de ter de ver dois superstars com a mala. Claro que era bom no sentido de que seriam dois superstars elevado mas a magia do mitb nunca foi essa e acho que perde brilho quando começa a ser. Por tudo isso é que considero que o ppv deve acabar sim mas o combate deve voltar a wrestlemania da mesma forma que a brand split deve voltar e existir apenas uma mala. Não digo isto com coerencia pois logicamente que deveria haver um motivo para tudo isto acontecer. Digo isto porque é aquilo que quero ver e que me empolga ver.
Relativamente ao insucesso de varios mr.mitb a culpa é toda da wwe nao querendo ser duro mas é a pura verdade. Todos tinham um talento tremendo e mereciam a oportunidade. O booking da wwe é que foi terrivel como se quisessem a todo custo arruinar esses talentos e levar-nos a querer que eles não serviam. Nao consigo ver outro cenario a nao ser este ou a falta de planeamento das coisas a longo prazo. Não encontro outra explicação plausivel pois se eles realmente deram a mala a alguem foi porque o quiseram fazer.
No que diz respeito ao vencedor concordo com o fato de Reigns ser o claro favorito mas discordo do Neuville como segunda opçao. Ele ainda está muito verde ate para mr.mitb. Parece-me logico e veio ate a verificar-se que a unica pessoa com algumas chances sem ser Roman Reigns era claramente sheamus o que veio a verificar-se. E discordo quando o retratar como aborrecido enquanto heel pois nesses moldes ele é fantastico e muito superior ao boring sheamus face. Acho-o um heel de topo, extremamente talentoso e que merece todo o protagonismo que está a ter. E quanto a Reigns ser uma “versao superior” de Sheamus nao posso concordar pois o Celtic Warrior é muito melhor que Reigns. E a vitoria de Ryback na chamber era apenas um indicador de que ele ia ganhar…
Por fim devo so referir que isto não é uma questão de se ser o escolhido ou o logico ou o correto. Esse tipo de eleiçao resume-se ao previsivel, ao que nao empolga e ao que nao surpreende e pelo menos eu comecei a ver wwe devido a essas caracteristicas. Nao sou fã de produtos monotonos, obvios e esperados. Quero algo novo, diferente, que marque e que surpreenda e uma vitoria do sheamus foi isso um pouco de tudo isso. E pelo menos eu adorei.