Costuma dizer-se que antes da Wrestlemania se realizar já Vince McMahon está a pensar na edição do próximo ano. Aliás, as localizações de cada edição são conhecidas com anos de antecedência. Já se sabe há muito tempo onde será a Wrestlemania 32. Dallas, Texas, num estádio enorme que possui um recorde de assistência por quebrar.
Não é preciso um rumor para acreditar que Vince irá fazer de tudo para a WWE ter essa honra. A minha preocupação resta na forma como a WWE irá tentar encher um estádio com capacidade para mais de 100 mil pessoas. Principalmente quando não têm qualquer cuidado em criar talentos capazes de tais feitos.
A esta altura do campeonato, mesmo com um booking perfeito, era preciso um milagre para a WWE criar estrelas capazes de esgotar o estádio que irá receber a Wrestlemania 32, sem qualquer tipo de ajuda. Todavia, tal não é desculpa para todas as oportunidades desperdiçadas até agora.
Tal como salientei numa edição recente deste espaço, onde analisei o booking dos três membros do grupo The Shield desde a separação, existem vários main-eventers/aspirantes a main-eventers que, nesta altura, deveriam estar muito melhor posicionados aos olhos dos fãs do que estão. Há erros que simplesmente não se justificam.
Há várias estrelas no roster que, aos olhos de vários fãs, podem ser consideradas main-eventers. Até já estiveram no main-event de múltiplos eventos, mas continuam a não vender ou a ter a influência que John Cena, ou outras Lendas, têm.
Isto porque existe uma diferença entre esgotar algumas t-shirts aqui e ali, esgotar alguns eventos aqui e ali, e esgotar todas as t-shirts que se vendem e ser, basicamente, o pilar da WWE. É essa a diferença entre o legado de John Cena e os legados de CM Punk e Daniel Bryan.
Esta diferença é um resultado da forma como cada um destes três lutadores foi posicionado. Quando John Cena começou a ter apoiantes e a vender cada vez mais t-shirts, a WWE não lhe impôs qualquer limite.
Tornou-se campeão principal, mudou-se para a Raw, venceu pay-per-view atrás de pay-per-view, isto no main-event. Quando perdia, era sempre em circunstâncias extremamente especiais. E derrotou Triple H e Shawn Michaels no main-event de duas Wrestlemanias consecutivas.
Quando se lesionou, no fim de 2007, John Cena já era um main-eventer e ainda teve vários anos de protecção pela frente para consolidar a sua posição. A sua vitória contra JBL em 2005, na Wrestlemania, lançou-o para o main-event, mas foi toda a sua construção ao longo do ano e a derradeira vitória contra Triple H na Wrestlemania 22 que enterraram todas as dúvidas. Que consolidaram a sua posição.
Com CM Punk e Daniel Bryan, sempre existiram limites que a WWE se recusava a ultrapassar devido a receios infundados e preconceitos antigos.
E embora esses preconceitos não se verifiquem com algumas das estrelas que se vêem no main-event de hoje, a verdade é que os mesmos limites continuam a surgir. Limites que impedem um mero main-eventer de se tornar transcendental, tal como John Cena se tornou há anos atrás.
São estrelas como essas que vendem bilhetes em grandes, que vendem todas as t-shirts que têm e que, ultimamente, quebram recordes de assistência. Algo que nenhum dos main-eventers de hoje está a ser colocado em posição para fazer devido às barreiras que lhes são impostas.
Na passada edição da Raw reparei em vários exemplos que impedem vários main-eventers e aspirantes a tornarem-se naquilo que têm o potencial para ser.
O primeiro exemplo envolveu Roman Reigns e Bray Wyatt. Os problemas de Bray Wyatt e Roman Reigns não começaram esta semana, mas é incrivelmente frustrante ver como, depois de um ano de erros no caso de Roman Reigns e dois no caso de Bray Wyatt, não foram dados sinais de que a WWE aprendeu alguma coisa com as suas asneiras.
Adoro um Bray Wyatt arrepiante. Adoro quando este protagoniza situações que podem ser arrepiantes. Lembro-me de me arrepiar e olhar por cima do ombro sempre que via Undertaker a fazer uma promo num suposto cemitério. O coro de crianças que Bray Wyatt apresentou no ano passado foi, facilmente, o meu momento preferido da sua curta carreira.
São curtos momentos como este e as suas entradas na Wrestlemania que ficam na memória, ao contrário das suas palavras. Ao contrário do seu impacto. Aliás, este não tem qualquer impacto. Vença ou perca, este continua como se nada tivesse acontecido. Compreendo que Bray Wyatt não seja alguém que precise de um Título, mas é complicado para os fãs investirem-se na história dele quando não faz qualquer diferença como esta acaba.
Particularmente, quando os fãs já tomam como certo o final. O que é o caso da sua rivalidade com Roman Reigns. Até ao momento, esta rivalidade ainda não se desenvolveu o suficiente para se tornar numa asneira sem salvação, mas para quem tinha esperança, já começaram a surgir os primeiros sinais de problemas.
Usar a filha de Roman Reigns não é uma má ideia. Referi no Perguntas e Respostas desta semana que poderia funcionar no processo de humanização de Roman Reigns. No entanto, não irá valer de nada humanizá-lo se este for retratado como um burro que acredita que Bray Wyatt raptou a sua filha.
Já para não dizer que é um insulto enorme terminar um combate tão longo numa desqualificação.
Se a filha de Roman Reigns tivesse aparecido na arena com ele no início da Raw, se os comentadores tivessem feito referência ao facto da criança estar a visitar os bastidores ou se Roman Reigns, enquanto a procurava, tivesse encontrado a ama ou a suposta esposa que, em pânico, lhe dizia que não sabia onde a criança estava, então tudo teria feito todo o sentido.
Porque estava estabelecido, na cabeça dos fãs, que quando Roman Reigns saiu do ringue semi a correr, o fez porque tinha razões para acreditar que, de facto, a criança estava com Bray Wyatt. Razões legítimas!
Por muito que os fãs queiram esquecer os detalhes óbvios para se investirem numa história, há certas barreiras que muitos não vão ultrapassar sem terem uma boa justificação para tal. Bray Wyatt a raptar a filha de Roman Reigns, sem qualquer indicação de que tal era sequer possível, simplesmente não funciona.
Mesmo depois da tragédia que foi a preparação de Roman Reigns para a Wrestlemania 31, ainda me continua a surpreender como é que a WWE falha tanto quando chega a altura de proteger alguém que eles querem mesmo proteger. Com CM Punk, Daniel Bryan e tantos outros era fácil perceber porque é que estava a falhar.
É complicado fazer com que algo funcione quando se está contrariado ou condicionado, agora falhar de forma tão amadora quando se quer, genuinamente, criar a próxima grande estrela é algo que me deixa completamente boquiaberta.
A situação de Roman Reigns está uma confusão tão absurda que, sinceramente, nem faço a mais pequena ideia do que fazer com ele. Sempre que se aproxima do Título, Reigns é completamente vaiado. As suas promos tornaram-se muito melhores, mas as suas rivalidades continuam a não dar grande ajuda e em cada oportunidade que tem, a WWE recusa-se a dar motivos aos fãs para torcerem por ele.
Sinceramente, se calhar o melhor era mesmo fazer o que já vi muitos fãs sugerirem. Dar-lhe o microfone para a mão e deixá-lo ser o vilão que vários fãs querem vaiar. Deixem-no ser convencido, deixem-no gozar com os fãs por ser aquilo que eles nunca vão ser ou por estar a ganhar mais dinheiro do que aqueles que eles alguma vez vão ganhar. Este fez entrevistas onde fez referência a tudo isto.
Deixem-no ser o maior vilão da companhia que, eventualmente, este irá tornar-se no herói mais adorado. A questão é: seria-lhe dada a liberdade para ser e dizer aquilo que é preciso? Seria-lhe dada liberdade para ser autêntico, ou iria ser tão controlado e restringido como tem sido no passado? É que se for para isso, então nem sei se vale a pena fazer a mudança.
Seja o que for que a WWE fizer, Roman Reigns precisa de começar a estar envolvido em batalhas que deve e vai vencer. Isto significa que não pode estar envolvido em combates como o Money in the Bank ou combates pelo Título. Pelo menos, não enquanto este (e os fãs) estiver preparado para vencer.
A não ser que a WWE tenha um plano infalível. Contudo, com o passar do tempo, começo a ter sérias dúvidas da definição que a WWE tem de infalível.
Os falhanços da WWE com Roman Reigns levaram-me a acreditar que a companhia encontra-se em tal estado que apenas consegue criar vilões credíveis, o que nos trás ao segundo exemplo: Rusev.
Admito que, neste caso, talvez seja paranóia prematura a falar, porque não faltam exemplos do que acontece a lutadores que são separados dos porta-vozes que os ajudaram em primeiro lugar, ou o que acontece a bestas estrangeiras depois da sua primeira derrota.
Desde que Lana e Rusev se separaram que esperava ansiosamente o derradeiro momento que iria marcar o início do fim de Rusev. Não consigo dizer com toda a certeza se tal já aconteceu, mas já apareceu um bom candidato.
O confronto de Lana e Rusev foi brilhante. As promos dos dois foram absolutamente fantásticas e ambos excederam facilmente todas as expectativas.
Eles agarraram em algo extremamente exagerado e sem qualquer esperanças de funcionar nos dias de hoje e, não só fizeram com que funcionasse, como conseguiram dar o suficiente de si a estes papéis de forma a discutirem como pessoas normais e inteligentes.
Foi depois que começaram a surgir as dúvidas.
Dolph Ziggler e Lana não têm qualquer química e todas as justificações que dão para a sua relação apenas a tornam mais ridícula e sem sentido. Não há qualquer razão, em todas as justificações que Lana deu para gostar de Ziggler, para acreditar que a russa autoritária que vimos ao longo do último se apaixonou por Ziggler.
Idealmente, Lana tinha-se libertado de Rusev para dominar a Divisão de Divas como uma excelente lutadora, mas visto que esta não se encontra a esse nível, tornou-se compreensível uma aliança e possível relação com outro lutador. O problema é que esta precisava de ser credível e fazer sentido, em vez de denegrir por completo a personagem que, há semanas atrás, era das mais populares da companhia.
Ao contrário do que se esperava, Rusev tornou-se a estrela desta separação. Promos excelentes, expressões faciais brilhantes e uma entoação hilariante. Este soava naturalmente e conseguia obter o efeito desejado de cada discurso que lhe era dado.
Seja em ringue com Lana, nos bastidores ou numa entrevista com Michael Cole, Rusev foi sempre um manipulador impressionante que rematava todos os seus discursos com a interjeição perfeita.
Compreendo que os planos tiveram de mudar devido à lesão que sofreu, mas enquanto no início a sua personagem estava a conseguir sobreviver de forma ilustre a esta mudança de planos, agora que Summer Era entrou na história, já tenho as minhas dúvidas.
De uma coisa tenho a certeza: Rusev não deveria estar a mostrar vulnerabilidade. Este perdeu tudo. Perdeu o Título, perdeu a série de vitórias que tinha e perdeu Lana. Este já está na sua fase mais vulnerável da sua carreira, principalmente quando se tem em conta o aconteceu a personagens que estiveram na mesma situação que ele.
Este não pode mostrar mais vulnerabilidade. Se a WWE acha que não vale a pena continuar com as promos condescendentes ou tentativas óbvias de enganar Lana, apenas para depois explodir de raiva e revelar que nada mudou, então mantenham-no fora de televisão até este se encontrar recuperado o suficiente para lutar.
O que este estava a fazer ajudava a desenvolver a sua personagem. E a sua personagem não precisa de ser mais vulnerável. Nem de uma companheira que, até agora, não deu sinais de ter carisma suficiente para ajudar Rusev como Lana o fez.
Repito, talvez seja a paranóia a falar, talvez Summer Rae e Rusev funcionem melhor do que Lana e Ziggler e nos impressionem a todos. Mesmo assim, Rusev não precisa de estar a fazer as figuras que fez na Raw. A companhia conseguiu estabelecer um excelente e forte vilão, não é altura para o desperdiçar agora. Agora é altura para o consolidar e provar que este é diferente daqueles que vieram antes dele e consegue sobreviver à primeira derrota e à separação.
Como podem ver, o booking da WWE tem várias formas de impedir que os talentos que a companhia tem cheguem a um determinado nível. E nenhuma é tão efectiva como o uso da Autoridade.
Porque é que, depois do incrivelmente desnecessário finisher que foi dado ao combate de Escadote no Money in the Bank, Dean Ambrose anda a perder para Kane na Raw? Mesmo que por desqualificação, mesmo que Seth Rollins tenha uma justificação para tentar ajudar Kane, não há qualquer raciocínio que defenda isto.
Não em 2015. Não quando o próximo adversário de Seth Rollins é Brock Lesnar. Não depois da rivalidade de Dean Ambrose e Seth Rollins ter tido a coisa mais próxima de um final conclusivo que podia ter tido.
Para quê fazê-lo, se no fim, Ambrose age como senão fosse nada, pois já está habituado a viver num mundo de interferências? Uma reacção que, diga-se de passagem, não tem nada a ver com a sua atitude.
Há estrelas no roster que podem representar um perigo para Dean Ambrose. Kane e J&J Security não são essas estrelas. Nenhum dos três tem credibilidade suficiente para o fazer. Nenhum dos três é relevante o suficiente para o fazer. Não aos olhos das massas.
Não ajuda ninguém ter um destes três, ou os três, a vencer aspirantes a main-eventers ou sequer a debaterem-se de forma competitiva com eles. É irrelevante o legado que têm ou o que são capazes de fazer. Em televisão, os três são meros capangas, utéis pela posição de desvantagem numérica em que colocam os seus adversários, nada mais.
A WWE esforçou-se tanto para proteger Dean Ambrose no Money in the Bank, sem qualquer razão, visto que a sua lesão e drama do combate já tinha tratado do assunto, apenas para isto? Para uma possível rivalidade com Kane? Para que este seja um peão na história de Seth Rollins e Brock Lesnar, sem qualquer efeito ou possibilidade de procurar vingança?
Mais uma vez, a WWE parece estar a andar para trás.
Todavia, não há estrelas que a Autoridade prejudique mais com a sua influência do que as estrelas que tiverem a lutar pelo Título.
Stephanie McMahon e Triple H são as únicas estrelas que são consistentemente retratadas como sendo transcendentes. Os restantes são meros fantoches cujas vidas são directamente (ou indirectamente) influenciadas pelo que a Autoridade precisa que eles sejam, mesmo que tal não faça sentido.
E esse é o problema. A Autoridade é usada de forma a manter todos debaixo do nível em que todos deveriam estar a tentar estar e todos, sem excepção, têm que se adaptar ao que a Autoridade é e está a fazer. Triple H e Stephanie fingem ficar em segundo plano, fazendo piadas sobre tudo e todos, agindo sempre de forma bastante altiva, nunca sendo castigados e, acima de tudo, certificando-se que ficam sempre melhor posicionados que os seus adversários ou, até mesmo, aliados.
Analisemos o caminho de Brock Lesnar. Este regressou em 2012 e a sua segunda rivalidade foi com Triple H. A mesma passou por três combates, alguns braços supostamente partidos, ataques a Shawn Michaels e a Vince McMahon e ameaças de processos legais, reformas e despedimentos.
Mais tarde Triple H formou a Autoridade e Brock Lesnar tornou-se num mercenário do grupo. Faz sentido, nada é mais fiel à realidade do que um Brock Lesnar a comportar-se como um astuto homem de negócios. No entanto, foi a Autoridade que tirou o Título à Besta. Foi a Autoridade que suspendeu Brock Lesnar.
Sim, faz sentido a Autoridade conceder a desforra que é devida a Brock Lesnar numa tentativa de castigar Seth Rollins. Faz sentido Brock Lesnar aceitar.
Em história, faz tudo perfeito sentido. Na prática, estamos a assistir à banalização da maior estrela que a WWE tem e isso é um problema. Paul Heyman não deveria estar a apertar a mão da Autoridade. Isto não deveria ser pacífico. A estrela mais poderosa, credível e volátil, a estrela em quem os fãs mais acreditam, a mesma a quem a WWE paga vários milhões por ano, não deveria ser subserviente de ninguém. Ninguém!
Deveria estar acima de todos, sempre. Até o dia em que vai ser derrotada de forma limpa e lançar uma nova estrela. Não deveria ser uma mera ferramenta nos jogos de estrelas menos fortes. Deveria ser, simplesmente, a maior estrela que a WWE tem. Porque é isso que ele é!
Brock Lesnar funciona – e justifica o seu salário – quando é tratado como a atracção que é. Quando é tratado de forma especial, quando é tratado de forma diferente dos restantes membros do roster. Quando é tratado apenas como mais um, este perde grande parte do seu poder e atracção.
Da última vez que isso aconteceu, foi preciso acabar com um legado de mais de duas décadas para conseguir restaurar o que nele era especial. E, mais uma vez, tendo em conta os milhões que este recebe por ano, porque é que a WWE anda a pagar tanto dinheiro para ter apenas mais um no roster?
Não há qualquer confirmação de um combate entre Triple H e Seth Rollins para o Summerslam, mas a WWE tem plantado algumas sementes nessa direcção e tem que existir uma boa razão para Seth Rollins vs Brock Lesnar acontecer no Battleground e não no maior evento do Verão.
Se, de facto, for esse o caminho que a WWE está a planear seguir, então a WWE anda a gastar milhões para que a Autoridade seja o centro de tudo o que acontece na WWE, com as restantes estrelas a serem meros peões em tudo o que acontece.
Brock Lesnar a ser usado como mero peão, depois do dinheiro gasto nele (quando nem se dão ao trabalho de promover decentemente a sua presença, nem para ter uma boa audiência na Raw) e do fim da Streak, é o maior desperdício que a WWE pode fazer.
Não acredito que seja esta a forma mais inteligente de gastar dinheiro.
Também não acredito que deixar Brock Lesnar mostrar vulnerabilidade contra três pessoas (Jamie Noble já estava bastante afectado, portanto foi retirado da equação), quando duas delas não têm credibilidade absolutamente nenhuma, não foi propriamente inteligente.
Brock Lesnar encontra-se invencível desde o fim da Streak. Um dia, vai chegar a altura em que este deve mostrar vulnerabilidade e criar dúvida junto dos fãs em relação ao desfecho do seu futuro combate. Essa altura ainda não chegou. Ninguém levou a vulnerabilidade de Brock Lesnar a sério, porque ninguém leva J&J e Kane a sério.
Seth Rollins conseguiu afirmar-se como campeão a sério no Money in the Bank e deveria ter continuado a fazê-lo na sua rivalidade com Brock Lesnar. Este poderia e deveria mostrar medo – a sua reacção ao regresso de Lesnar foi épico – mas nunca ao ponto de pedir ajuda. Este é um excelente vilão iludido, prova disso foi a sua promo na SmackDown, portanto deveria ter-se apoiado nisso.
Deveria ter proclamado que uma vitória contra Ambrose provava que Brock Lesnar não seria muito mais complicado. Deveria ter mentido, tentado iludir tudo e todos. Enfim, tudo menos pedir ajuda. Porque se o objectivo – e atenção, aqui estou a fazer uma suposição – for ter um combate com Triple H, alguém tem que se tornar babyface e duvido que seja Triple H.
Espero bem, pela saúde da sanidade mental dos fãs (leia-se: a minha minha), que a WWE não esteja a considerar tornar Triple H babyface sem lhe dar, primeiro, o merecido castigo.
Para os fãs torcerem por Rollins, primeiro precisam do respeitar. Precisam de recuperar o respeito que tinham por ele no grupo The Shield. E para isso, este precisa de vitórias limpas em combates competitivos (teve-o com Ambrose) e precisa de enfrentar Brock Lesnar e aguentar o castigo, que este lhe vai dar, como um homem.
Como é que isso vai acontecer se ele voltou a recorrer aos J&J Security e Kane para o ajudarem num segmento que ninguém quis ver ou levou a sério?
Tinha esperança que esta rivalidade com Brock Lesnar fosse a grande oportunidade para Seth Rollins provar porque é que merece ser campeão. Tinha esperança que este fosse o momento equivalente ao que Edge teve com Mick Foley na Wrestlemania 22. Sim, o reinado já tinha acabado e a parte mais memorável dele foi o início – que apenas foi memorável por ter sido o primeiro cash-in de sempre.
Todavia, foi na Wrestlemania 22, com todo o castigo que aguentou, que Edge consolidou aquilo que tinha passado um ano a tentar provar: que tinha o calibre de um main-eventer.
Talvez o combate com Brock Lesnar ajude Seth Rollins da mesma forma, apenas tive esperança que pudéssemos começar mais cedo, visto que existe a possibilidade deste se tornar babyface depois do combate e dado que este venceu o seu maior inimigo de forma limpa no último evento. Mais uma vez, sinto que estamos a andar para trás.
Mas não, a Autoridade precisa de conseguir influenciar tudo e todos. Até Kevin Owens já está debaixo de olho. É uma questão de tempo até estes cruzarem caminhos e este se tornar, oficialmente, num peão.
Há uma razão pela qual estrelas como Kevin Owens, Brock Lesnar, Dean Ambrose e Bray Wyatt cativam a atenção dos fãs. São diferentes dos demais. Falam de forma diferente, agem de forma diferente e têm presenças diferentes.
No meio de tanta gente que se comporta da mesma forma, fala da mesma forma, veste-se da mesma forma, age da mesma forma, são personalidades do género que se destacam.
No entanto, se lhes forem impostas as barreiras que os impedem de chegar mais além, de se tornarem algo mais, acontece-lhes o mesmo que acontece a todos os outros: falham.
Roman Reigns, Bray Wyatt, Rusev, Lana, Dean Ambrose, Seth Rollins e Kevin Owens têm o potencial de serem as maiores estrelas desta geração. Estas podem ser a estrelas que, daqui a uma década, me vão fazer mandar vir, porque a WWE foi buscá-las à reforma, em vez de investirem nas novas estrelas para vender os eventos de então.
Diferentes ou não, vão todos falhar se não forem colocados em posição para vencer. O jogo está viciado. Alguns ganham algumas batalhas aqui e ali, mas a guerra só ganha quem foi escolhido para ganhar. No fim do dia, esse é o maior work de todos.
Só é pena que, ultimamente, a WWE não tenha conseguido defender as suas escolhas. Não sei quem é que vai esgotar a assistência do estádio dos Dallas Cowboys, mas duvido que seja alguém que estejamos a ver todos os dias em televisão.
Desejo uma excelente semana todos, até à próxima edição!
29 Comentários
Artigo fantástico, Salgado.
Discordo do que dizes sobre a feud entre o Reigns e o Wyatt. Embora perceba o teu ponto de vista quando dizes que deviam ter jogado pelo seguro, ou seja, ter mostrado o Reigns com a sua filha, eu não acho que a inteligência dos fãs tenha sido insultada. Se analisarmos ao pormenore e dermos atenção aos detalhes, também temos que ter em conta a personagem do Bray Wyatt. Lembras-te quando, numa SmackDown, o Wyatt desapareceu e voltou a aparecer atrás do Ambrose? Seria difícil imaginar que o Wyatt tinha raptado a filha do Reigns, sem que este soubesse? Pode parecer uma justificação forçada, mas a personagem do Wyatt gira à volta destas fantasias.
O teu ponto de vista perante a relação entre a Autoridade e o par Lesnar/Heyman é exatamente igual ao meu. Aliás, já tinha dito algo semelhante no meu comentário à Raw.
Em relação à possível rivalidade entre o Rollins e o Triple H, não me parece nada que os planos passem por um turn deste último. Já no que toca ao Rollins, a única forma de o turn deste resultar é ter Rollins/Lesnar a seguir a mesma lógica dos combates Austin/Bret e Alberto/Ziggler. No fundo, o vilão teria uma performance do outro mundo, mostrando uma vontade de vencer e coragem que, até então, não tinha mostrado.
Isto! Essa última parte é exatamente a forma como vejo que o Rollins pode virar face.
Ou isso ou a Autoridade trama à grande o Rollins, para usar a “Arma Sheamus”. Mas isso talvez seja cedo de mais.
Concordo com ambos, o faceturn do Rollins é quase certo e também acho que será dessa forma ou então a Autoridade custa o combate ao Rollins, no entanto em qualquer um dos casos ele tem que dar show e ter uma performance ao seu melhor nível para impressionar e estar quase a vencer o combate.
Nunca tinha pensado nesse último parágrafo, de facto era algo que gostava de ver, mas não para já. Penso que resultava bem, mas talvez fosse tirar alguma credibilidade ao Lesnar, por isso acho que, por enquanto, o Rollins deve vencer com ajuda. Não sei se será do Kane, do Big Show, dos J&J ou mesmo de outro qualquer lutador, mas parece-me que será à volta disso. Acredito que o turn será feito na Raw seguinte, talvez com o cash in do Sheamus com a ajuda da Authority, não sei bem como farão isso.
Mas esse último parágrafo era algo que também gostava muito de ver
Não seria má ideia. Mas talvez seja cedo demais para o Sheamus fazer o cash in
Fantástico artigo. Parabéns, Salgado.
Excelente, Salgado. Muy bien 😛
Excelente.
Artigo espetacular,Salgado,os meus parabéns.
Em geral,acho que a WWE deveria dar mais liberdade aos talentos de se imporem e confirmarem-se como main eventers ou como peças importantes da WWE.
Em relação ao reigns e ao Wyatt isto é uma feud que,se for bem construida,pode beneficiar e muito os dois,apesar de não ver o Wyatt a vencer a feud.
Em relação ao rusev e a Lana,penso que esta historia parece inspirada numa telenovela.
O Ambrose é aquele tipo que é constantemente apoiado,e a autoridade mete-se sempre no caminho dele,e ai é que o Ambrose ganha popularidade,já que os fãs não gostam da autoridade e o Ambrose acaba por ser um herói para os fas.
Em relação ao lesnar,para que é que lhe pagam tanto dinheiro e depois não o conseguem promover da melhor maneira,porque se fosse promovido da melhor maneira a WWE ganharia mais dinheiro,porque o Lesnar é a “galinha dos ovos de ouro” para a WWE.
Simplesmente fantástico.
Excelente artigo! Muito bom mesmo!
Artigo sensacional, adorei mas nada de novo porque já se torna frequente esta qualidade.
Quanto ao tema, é complicado opinar quando já disseste tudo e tenho uma opinião semelhante e em geral concordo contigo.
Focando-me no Rollins vs HHH, acho que será o Rollins a fazer o faceturn e será uma de duas maneiras, ele dá show e demonstra uma paixão e vontade só vistas no tempo dos The Shield mas no fim acaba por perder e aí os fãs são capazes de ficar o seu lado (até podia haver um ataque do Lesnar pós-combate) e aí a Autoridade deixa de confiar nele e vira-se contra ele ou então a Autoridade custa-lhe o combate depois de mais uma excelente performance em que ele estava perto de vencer (os fãs passam para o lado dele) e ele farta-se virando-se contra a Autoridade.
Depois a feud tem que ter impacto e o combate no Summerslam tem que ser muito bom e o Rollins vencer limpo e com um pedigree até seria lindo, o ideal seria acabar com a Autoridade e a RAW passar a ter um GM novamente, depois o HHH apenas aparecia de vez em quando para fazer as suas feuds e combates em certos PPVs mas sem aparecer todas as semanas.
De resto subscrevo tudo o que disseste sobre os restantes temas, acrescento que o mais provável é a WWE investir num The Rock vs Brock Lesnar, num DX vs NWO ou algo desse género para encher a arena na Wrestlemania 32.
Bom trabalho Salgado. 🙂
O ideal seria mesmo o Rollins ganhar ao HHH no SS com o Curb Stomp.
Concordo, no entanto o Curb Stomp está banido como sabemos e portanto o Pedigree é uma alternativa excelente.
Excelente artigo Salgado, como sempre. Tenho apenas um pequeno reparo: o conteúdo do texto está muito bom, mas é muito extenso e torna-se cansativo de ler. Mas excelente artigo na mesma
Respeito mas isso do cansativo é bastante subjetivo. Quando o artigo é escrito da forma magnífica como o é, vale a pena por cada palavra e quanto mais parágrafos tiver maior é a degustação. Mas são opiniões e eu espero que a Salgado mantenha-se nesta toada.
Sim claro, compreendo. Mas torna-se cansativo não no sentido em que é uma “seca” ou algo assim, é no sentido que torna-se complicado introduzir cada palavra no seu significado e manter a concentração no tema desenvolvido, mas não deixa de ser um excelente artigo.
Bom artigo salgado.
Concordo com todos os pontos em que tu falas-te.
Sem dúvida que há uma má construção da parte da WWE em relação a criação dos seus talentos. A rivalidade entre o Reigns e o Wyatt se for bem “explorada” ainda pode dar frutos.Mas lá esta a questão do Wyatt!? Não basta só fazer promos magnificas, mas sim ter combates com wrestlers suficientemente credíveis para o poder tornar numa grande estrela. Acredito que a maioria dos fãs gostam mais dele pelas suas promos do que propriamente os seus combates.Em relação ao Rusev e a Lana, realmente não entendo essa sua aliança ao Ziggler, não teve argumentos credíveis para se juntar a ele,e sinceramente não estou a gostar muito, mas também nao estou a ver a Summer Rae a fazer o papel de Lana, acho que lhe falta credibilidade para o fazer. Em relação ao Dean Ambrose não percebo o porque da WWE o pôr em rivalidades pelo titulo principal e logo a seguir metem-no numa rivalidade com lutadores que no tem credibilidade nenhuma. Já a feud entre o Brock e o Rollins sou da mesma opinião que tu, pois gostava que ele vencesse o Lesnar de forma limpa ou seja sem precisar de recorrer ao Kane e aos seguranças mas acho que é pouco provavel que isso aconteça caso o Seth vença ao Lesnar. Para terminar acredito que para a WrestleMania e para conseguir esgotar o estádio de Dallas, vão ter de fazer uma grande mudança de planos mas como tu disses-te duvido que seja alguém que estejamos a ver todos o dias em televisão. Good Job Salgado ☺
Artigo excelente,muito bom mesmo,Parabéns!
Gostei do artigo,oque toca na rivalidade do brock x rolins uma vitoria para credibilizar o rolins seria bom,ele perto de perder aparece a jj securyti eo Kane eo Rolins nao deixa eles atacarem o Brock,igual o money in the bank de 2011 quando o John Cena nao deixou o Laurinatis fazer qualquer coisa ao punk,a WWE precisa de uma concrrente.fato
Fantástico artigo!!
Grande artigo, concordo com tudo o que disse
O faceturn do Rollins podia ser com a autoridade a virar-lhe as costas. Rollins demonstra aqele desejo de ganhar, para provar qe o Triple H tava certo, fazendo 3 ou mais pedigrees ao Lesnar depois de muita interferenca (para o Lesnar n sair desvalorizado) e dps no final Rollins pede a Kane e Joey pk n sei se o outro vai tar disponivel (Jamie) mas o Kane e o Joey viram-se contra o seth rollins aplicando 1 ou 2 Chokeslam e 1 tumbstone Piledriver. O Lesnar levantava-se so q sofria um chokeslam e dps o Ambrose aparecia e ajudava o Rollins. O combate podia ser um “No Holds Barred”.
Sem palavras para descrever a qualidade deste artigo, Salgado. Muito bom mesmo.
A feud Rollins – HHH é inevitável. Cedo ou tarde, isso vai acontecer. Resta agora esperar para ver como ela será construída. Uma boa ideia para mim seria o HHH dizendo que está decepcionado com o Seth por não representar bem a Authority como WWEWHC. No início do Battleground, a Authority diz que se precipitou ao dizer isso e que hoje a noite fará o que é ‘Best For Business’ e sai. Após isso, no Main Event, o Rollins sucumbe aos “strikes” e suplexes do Lesnar, perdendo o combate. Então, a Authority vem e diz que irá cumprir a sua palavra. Nisso, o HHH faz o Pedigree no Seth e o ataca com o Sledgehammer, assim terminando o PPV. Após isso, a rivalidade segue seu curso normal, talvez com um novo wrestler do NXT ou o Sheamus como novo protegido da Authority.
Sinceramente acho muito difícil que haja o face turn do Rollins depois dele ter voltado a se aliar com a Authority. Se acontecer HHH x Rollins no SS, acho que será com o Rollins hell e o HHH tweener. Nesse caso o ex Shield perderia o titulo principal para o Lesnar e despertaria a irá do HHH.
A questão é muito simples e acho que já a desenvolves-te ao máximo: ou uma mudança radical de booking (e ainda assim não sei não!) acontece durante este ano e no proximo até Abril ou esqueçam essa possibilidade de o roster atual conseguir esgotar a arena. É absolutamente impensavel. Tornar superstars crediveis pode sim acontecer em apenas um ano se tudo for muito bem feito mas por experiencia nao acredito que na atualidade a wwe tenha capacidade para aspirar a isso. É algo que não imagino até porque os proprios criativos já demonstraram varias vezes que nao tem vontade de criar main-eventers, arruinando mesmo os possiveis candidatos com descredibilizações ilogicas e sem qualquer sentido ou fundamento apos apostarem forte no sucesso deles no ano anterior. Mas essa não é a questão aqui e de fato sou forçado a aceitar a realidade que é a meu ver muito simples: esse booking fantastico e totalmente renovado e diferente nao vai acontecer. Nem todos vão ter um tratamento como um Brock Lesnar tem (digo em termos de booking de qualidade apenas e só porque obviamente Lesnar tem de ser unico!), quase ninguem vai receber um push e praticamente ninguem vai ascender numa companhia que se esforça por demonstrar uma igualdade sem sentido no midcard provavelmente receosos que ao darem demasiada liberdade correrão o risco de o sucesso destes wrestlers ser ainda maior que o do main-event que tanto protegem por vezes de forma incoerente e exagerada (outras nem tanto!).
Era possivel nao digo o contrario acima de tudo se houvesse coragem para fazer coisas impactantes coisas surpreendentes e inesperadas como a titulo de exemplo cena virar heel e criar uma stable por exemplo, algo que soa ilogico e impossivel mas que certamente atrairia multidões mas isso não vai acontecer de maneira nenhuma e tendo em conta o rumo dos acontecimentos a wwe vai ficar muito longe de lotar a arena mas muito mesmo porque simplesmente os fãs nao tem motivos para ir ver a nao ser Brock lesnar, the shield, john cena e randy orton (falo pela maioria nao todos como é obvio!).
Sei que muitos fãs são contra a wrestlemania das lendas, que querem ver os novos talentos a serem valorizados mas esses mesmos fãs tem de compreender que neste momento a forma como a wwe conduz os negocios impossibilita isso mesmo e apostando nesses jovens que tanto querem ver a brilhar no maior show do ano arriscam-se a que o mesmo seja um fiasco pois apenas atraíra smarks e as tipicas crianças que atualmente enchem as arenas. Sou completamente contra o fato de part-timmers e pessoas que nao estão a tempo inteiro na wwe vencerem titulos mas porque teria a sua participação de envolver isso? Sinceramente considero que este é o ano perfeito para a transição, uma transição que agrade e beneficie todos os fãs e não apenas alguns, uma transição do passado para o futuro passando pelo presente. Porque não uma mistura de todos eles naquela que poderá ser a melhor wrestlemania de sempre? Porque nao colocar os grandes nomes da AE que ainda tem condições para lutar e os da RA também no mesmo show que os novos talentos e oferecer ambos a uma variedade de publico que seria enorme entre fanaticos da AE, smarks, criançada… pessoalmente acharia perfeito. Porque nao fazer um main-event entre os The Shield pelo titulo maximo da wwe? Porque nao oferecer grandes feuds com HHH, HBK, Y2J, Austin, Rock, Goldberg sem titulos em jogo e para oferecer a credibilidade e o dinheiro que os talentos de hoje nao dão se combinados com talento jovem como Cesaro, Barrett, Miz, Sandow, Rhodes…?
Após este evento de proporções epicas e que seria a tal passagem de testemunho para a nova geraçao que a partir deste show criaria a atmosfera ideal para construir a longo prazo o que todos estes grandes nomes construiram no passado?
Excelente artigo, como já é comum no “Visão Feminina”.
No trecho referente ao Roman Reigns, porém tenho duas observações a fazer:
– “Sempre que se aproxima do Título, Reigns é completamente vaiado”.
Em tempos mais recentes, nos últimos dois meses pelo menos, não. As vaias diminuíram consideravelmente, praticamente desapareceram, ao passo que os cartazes e ovações de apoio aumentaram mais e mais. A popularidade do Reigns não me parece estar mais no fio da navalha, como estava no fatídico período pré e pós WM31. E nessa toada, me parece que o apoio a ele ainda irá aumentar substancialmente;
– “Bray Wyatt a raptar a filha de Roman Reigns, sem qualquer indicação de que tal era sequer possível, simplesmente não funciona.”
Na verdade funciona, se levarmos em conta um fator absolutamente indissociável do personagem de Wyatt: suas habilidades “sobrenaturais”. Para o público, o barbudinho é um ser capaz de atravessar paredes, de se teleportar de um local a outro. Para alguém com esses poderes, raptar uma criança é absolutamente fácil. Por esse motivo, foi totalmente crível a reação do Reigns.
No mais, um ótimo artigo.
Ótimo artigo! Sobre o roman acho tal só ira receber um bom quando tivesse grande feud sem títulos vitoriosa ate hj ele n teve uma feud de impacto q saiu vitorioso ok venceu o RR mais DPS vcs a péssima historia q foi contada o bray sabe fazer belas e esse possa servir de “escada” para o roman