Estamos em 2016. AJ Styles venceu John Cena duas vezes nas únicas ocasiões em que os dois se enfrentaram em combates singulares – uma delas foi limpa. Seth Rollins e Finn Bálor lutaram por um dos títulos principais da companhia num dos maiores eventos do ano e Finn Bálor foi o escolhido vencedor. Dean Ambrose é campeão do SmackDown. Kevin Owens e Sami Zayn têm emprego e já protagonizaram vários combates espetaculares, juntos ou com outros adversários na programação principal da WWE.

Sasha Banks e Charlotte, dois membros do grupo “4 Horsewomen”, lutaram pelo título feminino no SummerSlam, enquanto Bayley se estreou no Raw após o SummerSlam. Becky Lynch, por sua vez, é uma das caras principais da divisão feminina do SmackDown. Os New Day ainda têm os títulos de equipas e continuam a espalhar a loucura do costume. Enzo & Cass continuam a espalhar magia e têm mais do que tempo de antena suficiente para o fazer.

O destaque dado a John Cena continua a diminuir gradualmente e, ao contrário do que vimos anteriormente, este tem somado cada vez mais derrotas. Quando posto desta forma, parece que estou a descrever um cenário paradisíaco que apenas os fanáticos mais iludidos se atreveriam a sonhar, mas é uma realidade.

Portanto, como é possível que o SummerSlam tenha sido um evento tão criticado? Como é possível que os fãs mais intensos de uma da áreas mais populares para wrestling profissional tenham saído da arena revoltados e insatisfeitos? Será verdade que estes fãs simplesmente não podem ser satisfeitos? Será verdade que estão tão enterrados no seu cinismo que já não conseguem apreciar quando o grande papão do sistema faz algo bom ou, melhor ainda, lhes dá o que sempre quiseram?

Afinal, uma das cidades que supostamente iria saber apreciar Seth Rollins vs Finn Bálor ficou demasiado preocupada em criticar a aparência do novo título do Raw. Certamente esse é um argumento a favor de todos os que alegam que os fanáticos não passam de um grupo de ignorantes que apenas sabe estar “do contra”.

Opinião Feminina #300 - What went wrong?

Ora, quero começar já por dizer que, de facto, aqueles fãs, mais do que qualquer outros, deveriam ter percebido a importância e significado do combate de Seth Rollins e Finn Bálor e tê-lo respeitado. Dois lutadores daquela estatura a lutar por um dos títulos principais da companhia no SummerSlam é algo com o qual apenas podíamos sonhar há anos. Agora é uma realidade. Todavia, quem olha para o que se passou no SummerSlam e conclui que a culpa é unicamente dos fãs está a enfiar a cabeça na areia. E se for isso que os oficiais da WWE estão a fazer, então é pouco provável que vejamos mudanças no futuro.

A verdade é bastante simples – os fãs são aquilo que as companhias (marcas, organizações, por aí fora) fazem deles e, de momento, a WWE perdeu o controlo da sua audiência mais dedicada. É tão simples quanto isso.

Uma das rivalidades mais importantes da história da WWE envolveu “Stone Cold” Steve Austin e Vince McMahon numa épica batalha entre o empregado e o patrão. Na altura, a rivalidade era bastante clara, o inimigo era o patrão e o patrão era Vince McMahon, nada mais. Várias décadas depois, a situação é diferente. Assistimos à mesma rivalidade vezes e vezes sem conta. Vocês sabem qual é – aquela em que um talento do circuito independente, que sempre foi posto de lado devido a ideias retrógradas sobre o que é preciso para ser uma estrela, chega à companhia e luta contra esta mesma ideologia.

Seja com CM Punk, seja com Daniel Bryan ou até com a divisão feminina, o inimigo que mais frequentemente temos visto na WWE ao longo dos últimos anos tem sido a própria WWE. Ao longo das últimas décadas vimos o inimigo a transformar-se na companhia. Deixou de ser apenas um homem, passou a ser um conjunto de ideias e, acima de tudo, a própria companhia.

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É claro que os fãs sabem que o responsável pela apresentação das Divas ao longo das últimas décadas foi, ultimamente, Vince McMahon, mas não existe aquela rivalidade onde os fãs podem separar a personagem do homem e, mesmo assim, descarregar as suas frustrações.

Quando Mr. McMahon desapareceu, mas as histórias da luta entre o desfavorecido e o grande Golias continuaram, o Golias passou a ser a WWE. Vemos em documentários, discursos e tudo mais, estrelas a falarem sobre como tiveram a vida dificultada, como não acreditavam que eles poderiam ser apresentados de certa forma. Quem? Quem é essa pessoa? Não dizem diretamente que é Vince, embora todos o saibam e esteja implícito. E o resultado é este. Quando não existe um culpado na forma de uma personagem que pode absorver todo o heat, quem paga é a companhia. A WWE continuou a rivalidade de patrão/empregado sem patrão, simplesmente apresenta uma entidade omnisciente na forma da WWE.

Quando a WWE se posiciona repetidamente como o vilão principal, então é muito mais complicado para os fãs terem respeito por certos momentos ou perceberem quando é que já não “estão a jogar”.

Olhamos, por exemplo, para o que o NXT fez desde o início – e este é um dos exemplos onde se torna ainda mais chocante a diferença entre dois produtos quem estão sob a mesma alçada – e vemos que os resultados são completamente diferentes. O NXT cultiva respeito e, acima de tudo, fez questão de ser o herói principal, não porque não tem figuras de autoridade vilãs, mas porque dá aos fãs o que eles querem, respeita a sua inteligência e nunca se colocou na posição em que a culpa era sua se alguém falhasse. A rivalidade dos talentos era sempre com outros talentos.

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É verdade que ao longo das últimas décadas a WWE teve uma lista infindável de figuras de autoridade que, de facto, estavam presentes para as rivalidades, mas mesmo assim as rivalidades mais sérias, aquelas que, supostamente, infringiam as barreiras do kayfabe voltavam a demonizar a companhia. A WWE simplesmente não o sabe fazer de outra forma. Quando querem que uma rivalidade pareça ir mais longe ou pareça mais real, a WWE recorre a referências à realidade. É uma estratégia preguiçosa e, eventualmente, ineficaz quando usada em demasia.

A WWE deixou bem claro que a rivalidade deste milénio é com os seus fãs e, até mudar as regras do jogo, tudo é válido. Quem é que vai dizer a estes fãs que a rivalidade acabou? Foi a WWE que o começou e começou esta avalanche! A WWE deixou de saber controlar os seus fãs e na ânsia do fazer, demonizou-se e perdeu ainda mais o controlo, porque agora será ainda mais complicado voltar a controlá-los.

Isto que acabei de explicar é, na minha opinião, uma das maiores caixas de pandora que a WWE abriu nos últimos anos e a razão para muitos dos problemas que a companhia tem. Até isto se resolver e até todos perceberem que isto não foi uma revolução começada pelos fãs, mas algo que a WWE começou, então a guerra nunca irá acabar e os fãs irão supor que a rivalidade continua em andamento e que a WWE está, por defeito, errada.

Também não convém esquecer que, no passado, a WWE recompensou e elogiou comportamento rebelde por parte dos fãs. Não se lembram quando, em 2013, a audiência da área de Nova Iorque ganhou um Slammy Award pelo seu comportamento no Raw pós-WrestleMania? No mesmo evento onde os fãs arruinaram um combate entre dois preferidos da companhia – Sheamus e Randy Orton. Como é que a WWE quer benefícios da dúvida da parte dos fãs quando estes estão cansados ou revoltados, se os recompensou no passado por remarem contra a maré e passou anos a posicionar-se como a vilã? Os fãs são aquilo que a companhia fizer deles. Estes são os fãs que a WWE educou ao longo dos últimos anos.

Gostaria de acabar o artigo aqui e dizer que foi essa a razão para o SummerSlam, um evento que tinha tudo para ser fantástico, ter acabado envolto em críticas, mas não foi. O SummerSlam foi demasiado longo e extremamente mal planeado. Não há forma de dar a volta ao assunto – essa é a pura das verdades. Trocar alguns combates de ordem e tirar umas horas ao evento tinha resolvido a maioria dos problemas e os fãs teriam reagido de forma completamente diferente.

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Abrir um evento em Brooklyn com derrotas de Enzo & Cass e Sasha Banks seguidas é o equivalente a pedir uma revolta, especialmente quando Sasha Banks venceu o título poucas semanas antes num momento emocionante. Na altura do evento, critiquei os resultados dos combates, mas agora que se sabe que Sasha Banks está lesionada e que a WWE planeava ter Kevin Owens e Chris Jericho no combate pelo título Universal no Clash of Champions, devo reconhecer que os resultados fazem sentido.

Quero frisar que fazer sentido e ser o ideal são conceitos diferentes, porque embora perceba porque é que Enzo & Cass perderam, a verdade é que ter uma dupla tão popular perder para dois lutadores individuais que formam equipa há pouco tempo e não têm razões nenhumas para se dar bem não é ideal em cenário nenhum.

Porém, como queriam metê-los na rota do título e os derrotados conseguem recuperar com relativa facilidade devido à destreza de Enzo ao microfone, não é a tragédia grega que pintei na minha cabeça na madrugada de segunda. No entanto, nunca deveriam ter começado um evento em Brooklyn com um destes dois resultados, especialmente os dois seguidos. Isso é mais do que certo.

Depois de mais uma vitória de um vilão (The Miz), os fãs assistiram ao combate da noite entre John Cena e AJ Styles. Mais de vinte minutos de gritos fervorosos por ambos os lutadores durante um combate extremamente competitivo e repleto de falsos alarmes e grandes manobras. Isto tudo num combate que, para todos os efeitos, é de midcard. 

Isto é o equivalente a um combate no meio do evento envolver cadeiras, escadotes e mesas, quando o combate principal é um TLC. Como é que é suposto os fãs reagirem com emoção e adrenalina a todos os grandes momentos do combate principal, quando viram um combate de meio do card fazer tudo o que havia para fazer?

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Logicamente, o alinhamento de um combate de Wrestling é suposto aumentar gradualmente a energia e adrenalina até ao combate principal, não é suposto atingir o clímax a meio do evento e perder o gás por completo. Em certos casos, é possível ter um grande combate a meio do evento e garantir que os fãs chegam ao fim ainda com energia, mas nesses casos o evento não dura seis horas! Ou quatro, se quisermos ignorar o Kickoff!

Os fãs presentes na arena não sabem porque é que Sasha Banks, Enzo e Cass perderam. Portanto, quando vamos julgar o comportamento dos fãs durante o combate de Seth Rollins e Finn Bálor, precisamos de ter a noção de tudo aquilo que disse acima, assim como os resultados negativos que abriram o evento principal e o completo gasto de energia que foi AJ Styles vs John Cena.

Segundo alguns fãs presentes, a energia esvaiu-se da arena em dois momentos fulcrais: quando Charlotte deixou Sasha Banks cair no canto do ringue e quando o combate de AJ Styles e John Cena terminou. Os fãs recuperaram do primeiro, mas não recuperaram do segundo. A WWE precisava de apresentar conteúdo soberbo depois de AJ Styles vs John Cena para os fãs continuarem investidos e não ficarem desiludidos. Quando se tem um combate a meio do evento com calibre de combate principal, onde os dois lutadores passam grande boa parte do tempo a sobreviver a Styles Clash, AA, Super AA e tudo o mais, como é que se pode pedir aos fãs que levem a sério um Fameasser de Dolph Ziggler? Que combates a sério é que Ziggler venceu recentemente com essa manobra?

E depois há outra questão – este estilo de trocar grandes manobras e falsos alarmes durante grande parte do combate pode representar um problema. Podemos culpar os fãs por demorarem mais tempo a apanhar a história de um combate, ou por serem preguiçosos por não quererem seguir a história, quando grande parte dos combates principais da WWE funciona assim?

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Repito, é a WWE que educa os fãs, não o contrário. É a WWE que os molda e habitua. Não se lembram dos combates do ano passado com Kevin Owens e John Cena? Foram três combates de vinte minutos, extremamente competitivos, cheios de grandes manobras e falsos alarmes. Se é isto que a WWE habitua os fãs a receber, então não se pode ficar surpreendido quando é isto que os fãs esperam.

Mas mesmo que não fosse, defendo que era bastante complicado os fãs conseguirem recuperar totalmente de AJ Styles vs John Cena. Não há volta a dar, o combate nunca deveria ter estado a meio do evento. Se um combate a meio do evento faz os truques todos, o que é que é suposto o combate principal fazer? Esse foi outro erro da WWE. Para tentar salvar o evento, a WWE devia ter rematado com um combate principal diferente de AJ Styles vs John Cena, mas fantástico. Se apresentassem o mesmo, teriam falhado redondamente porque Styles e Cena já tinham feito melhor horas antes. Tinha que ser diferente e tinha que ser bom.

Quando olhamos para os NXT TakeOver que o NXT costuma apresentar, vemos eventos que são estruturados para aumentarem gradualmente de intensidade de combate para combate e vemos combates principais todos diferentes. Nos últimos dois eventos vimos o combate pelo título de equipas ser o melhor combate do evento e, como normal, foi o antepenúltimo da noite, mas como os combates seguintes foram completamente diferentes do combate de equipas e como os eventos são mais curtos (pouco mais de duas horas), os fãs não perderam por completo a energia e conseguiram aguentar, de certa forma, até ao fim.

O que é que a WWE apresentou aos fãs depois de os fazer esperar mais de quatro horas? Um dos combates principais não se realizou porque o suposto herói lesionou o suposto vilão antes do combate começar e o combate principal terminou em onze minutos, depois de Brock Lesnar ter feito Randy Orton sangrar abundantemente.

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Bem, é escusado dizer que se planeiam fazer os fãs esperar horas a fio por algo, então convém certificarem-se que vão oferecer algo pelo qual vale a pena esperar esse tempo todo. Não foi isso que a WWE fez. A WWE ofereceu mais um combate formulaico de Brock Lesnar, o problema é que a fórmula está esgotada e é cada vez mais ineficaz.

Voltando ao combate pelo título Universal, acho que é minimalista culpar a aparência do título Universal pelo comportamento dos fãs. Se o título fosse o mais bonito de sempre, os fãs iriam resumir-se ao silêncio ou encontrar outra coisa para se animarem. Nada iria mudar o facto dos fãs estarem exaustos e, de certa forma, desmotivados. A verdade é que Wrestling não é uma atividade que deva durar várias horas.

Um evento de Wrestling é uma atividade interativa que requer um enorme dispêndio de energia por parte de quem está assistir. Gritar, saltar da cadeira, apoiar/vaiar os presentes e prestar atenção ao que está a acontecer em ringue não é algo que se faça bem durante várias horas. Precisa de ser breve e deixar os fãs com água na boca a querer mais, em vez de saturados e aborrecidos. Com a nova era da WWE Network, a WWE convenceu-se que pode aumentar o tempo de duração dos eventos especiais à vontade, sem quaisquer repercussões. Ora, estas são as repercussões.

O objetivo de um evento não deveria ser meter tudo o que há para oferecer e levar os fãs até ao limite da saturação. O objetivo deveria ser apresentar o que se tem de melhor de forma cuidada e estruturada, de forma a que os fãs se divirtam tanto que voltem para ver mais. Wrestling não pode deixar de ser um passatempo, não pode deixar de ser algo que os fãs gostam, para ser um aborrecimento e, em certas alturas, uma seca.

Opinião Feminina #300 - What went wrong?

Lá porque a WWE tem a liberdade de aumentar a quantidade de conteúdo, não significa que o deva fazer. A WWE deveria aumentar as horas dos eventos quando tem algo para oferecer que valha as horas extra, não quando quer encher horas à força e por isso apresenta combates de equipas escritos em cima do joelho ou rivalidades vazias sem qualquer história ou desenvolvimento significativo.

Olhamos para o combate pelo título Intercontinental e chegamos à conclusão que não há qualquer razão para o combate estar no evento. Também é certo que os fãs iriam-se revoltar se não aparecesse no SummerSlam. Iriamos de imediato criticar a WWE por contribuir para a desvalorização do título. E teríamos a razão, mas a solução não é meter o título Intercontinental no evento só porque este precisa de lá estar. A solução é arranjar um bom motivo para este se encontrar no evento e o tornar mais longo. O objetivo é tornar a rivalidade de Apollo Crews e The Miz em algo que valha a pena ver.

Isso valoriza o título Intercontinental por associação. Colocá-lo no evento só para fazer tempo , num combate de cinco minutos, durante o qual os fãs não sentem absolutamente nada, é um desastre e apenas prejudica o título. Isto é algo que o NXT também faz bem com a série de TakeOver – o NXT podia perfeitamente apresentar mais dois ou três combates e encher três horas, mas não o faz. Apenas apresenta o estritamente necessário e o que vale a pena ser apresentado.

O SummerSlam foi um evento demasiado longo, com muitos combates que não valiam o tempo que os fãs estavam a gastar da sua vida, e um alinhamento absolutamente ridículo. Foi uma montanha russa sem sentido. O evento começou (oficialmente) com a derrota da equipa da casa, o combate mais sério e emocionante foi a meio do evento e foi seguido de piadas sobre testículos, enquanto Roman Reigns e Rusev, homens derrotados recentemente por Finn Bálor e Seth Rollins, apareceram mais tarde que o combate pelo título Universal num combate que nunca aconteceu e uma luta anticlimática de onze minutos encerrou o evento.

Continua-me a deixar absolutamente estupefacta como é que a WWE continua a arranjar formas de transformar eventos promissores, com cards que têm tudo para ser fantásticos, em completas desilusões. Parece ser uma missão pessoal que a companhia tem. Também não admira, visto que é a maior vilã que a indústria tem.

Desejo uma excelente semana a todos, até à próxima edição!

Opinião Feminina #300 - What went wrong?

22 Comentários

  1. o combate do orton vs lesnar durou 14 minutos.

  2. Excelente artigo, dos melhores que vi neste site! Concordo em todos os pontos, nada a acrescentar.

  3. C0M0 4SS1M?8 anos

    Falou tudo.

  4. Malco Canedo (Viciados em Troféus)8 anos

    Parabéns pelo artigo #300, Salgado.
    O Summerslam foi mais uma amostra do protocolo WWE em gerenciamento de PPVs. Outro problema que me deixou nervoso foi o combate pelo WWE World Title estar no meio do card sendo que ele é o título máximo da companhia, e ainda por cima ele foi defendido num combate curto e anti-climático e afundou toda a história contada pelo Ambrose e pelo Ziggler no Smackdown.
    Um ataque de Roman Reigns a Rusev antes do main-event deu a notar que a WWE ainda dá mais importância ao membro menos talentoso do Shield.
    Cena VS AJ foi muito bom, mas deveria ser um dos 4 últimos combates da noite e ter o Lesnar a ser main-eventer em mais um combate onde o objetivo é mostrá-lo como um monstro não dá mais certo porque os fãs não acreditam mais que ele irá perder e usar esse momentum para elevar alguém, ou seja, Lesnar se tornou forçado.
    Basicamente, o Summerslam serviu pra mostrar que não adianta dar o que os fãs querem se você não resolve os problemas que permeiam o booking primeiro.
    Excelente artigo e continue assim.

    • Anónimo8 anos

      foi o Rusev que atacou o Roman Reigns primeiro. antes mesmo que ele chegasse a entrar no ringue.

  5. Creio que desta vez tocas-te muito bem nos pontos negativos.

  6. David Silva8 anos

    Excelente artigo disse tudo e um pouco a mais.
    Más acredito que a partir do momento que cada brand tiver seus eventos em shows especiais separados a WWE os sature menos,afinal eu não acredito num evento apenas do Raw ou Smackdown com uma duração tão longa quanto este Summerslam.

  7. 300ª edição do Opinião Feminina, número incrível. Muitos Parabéns Salgado!

  8. Ótimo artigo.
    Não tenho nada a acrecentar

  9. Simão Correia8 anos

    Bem no campeonato das criticas já sabemos que vence!!! Salgado?? Devia ser amargo ou algo do género

  10. Awesome One8 anos

    Sinceramente nao concordo totalmente quando dizem que a wwe privilegia os lutadores mais dotados fisicamente e com o melhor look. Se assim fosse então qual é exatamente a razão para wade barrett, sheamus, del rio, o proprio lashley quando cá esteve, Rusev nao serem atualmente main-eventers ou estarem sequer perto desse estatuto. E aproveito para acrescentar a esta lista ainda cesaro e jack swagger desde que devidamente apresentados. Todos tem claramente o perfil que a wwe privilegia e no entanto muitos deles andam ou andaram a perder semanalmente para wrestlers como neuville zayn ou kevin owens! Se estão no plantel e tem todas as caracteristicas que a wwe gosta fora o fato de serem extremamente completos porque raio nao sao apostas serias ao topo da empresa e andam la perdidos no card (na sua maioria!) sem acrescentar nada e totalmente desinteressantes? Será que é mesmo esse perfil que a wwe procura? Sinceramente custa-me cada vez mais a acreditar ate porque a unica aposta seria que vejo na nova geraçao é seth rollins sem contar claro esta com roman reigns e mais recentemente finn balor. Eu acho que mais que olhar a um determinado look ou perfil a wwe procura a todo o custo fazer roman reigns destacar-se de entre todos os outros e fazer dele o melhor entre os melhores e isso desvaloriza imenso os restantes wrestlers. O que adianta manda-lo para o midcard se continua a ser o main-event da raw? O que adianta nao o colocar no combate pelo titulo e dar uma construçao à rivalidade dele pelo titulo secundario do programa de nivel semelhante so por ser ele? O combate para mim nao era pelo titulo dos USA? Era o combate do Roman Reigns. E isso nao conduz a rigorosamente nada e so agrada a uma porçao extremamente reduzida dos fas que sao apoiantes de Reigns. Qual é a logica de ter tantos wrestlers com o perfil que gostam completamente desacreditados no roster? O que estão ali a fazer? De fato isso chega a ser frustrante. Como seria a rivalidade de sheamus e cesaro se eles estivessem crediveis? Porque um ex campeao mundial como jack swagger é jobber? Porque um ex campeao mundial como Del Rio perdeu completamente o jeito e agora so serve como comida para os raros main-eventers consolidados que a wwe tem? Porque impediram barret de brilhar ele que tem todas as caracteristicas que a wwe privilegia numa estrela de topo? Sinceramente nao creio que a escolha da companhia se baseie apenas no look das estrelas depois de ver tantos casos em que o publico ate gostava deles e foi a propria wwe que de tudo fez para as deitar abaixo sem motivo aparente.

    Em relação ao papel da autoridade nao concordo totalmente quando é dito que o mesmo deveria acabar. Em tempos ja distantes houve enormes personagens heels nesse papel e que funcionaram de maravilha porque a construçao das rivalidades e dos segmentos era brilhante. Agora nao o é mais. Quando a autoridade voltou com hhh heel eu fiquei realmente com grandes esperanças que se desse uma reediçao do que ja havia sido feito anteriormente mas com as estrelas do presente e acredito que se tudo tivesse sido feito nessa ordem essa historia teria sido um sucesso. No entanto nada disso aconteceu e a historia rapidamente se tornou numa trapalhada sem qualquer logica ou sentido em que os elementos da autoridade ora eram heels oram eram faces e em que ninguem saia beneficiado a um ponto tão saturante que ja nem uma historia final para lhe por fim salvaria. A autoridade devia ser dominante inicialmente e mostrar a sua força e perder apenas em grandes momentos e eventos. Nao perder logo no primeiro combate para depois voltar a vencer e este se repetir por meses e meses tornando-se totalmente desinteressante e sem qualquer sentido. Infelizmente nao souberam conduzir a historia nesse sentido. Dai considero que o problema nao é nem nunca foi a existencia da autoridade mas sim a forma como a mesma foi bookada.

    Por fim e em relaçao ao main-event parece-me injusto e errado deixar tudo o que há de melhor para o ultimo combate impedindo os restantes wrestlers de brilharem como o podem fazer. Todos tem o direito de brilhar e se a wwe mostrasse so no ultimo combate o melhor que tinha para oferecer porque motivo deveriamos ver o ppv de inicio? O simples fato de um combate ser o main-event ja é motivo suficiente para ser considerado o combate mais importante da noite. Essa ideia de se ir mostrando cada vez mais e de se ir elevando o nivel parece-me equivocada muito sinceramente pois estando na presença de wrestlers tao talentosos é mais que logico que todos eles tenham um arsenal de trunfos para nos oferecer seja no primeiro combate da noite ou no ultimo. É logico que nao vamos oferecer um TLC ao estilo Edge e Undertaker num opener quando o main-event vai ser um TLC com os hardys ! Mas limitar o que John Cena e AJ Styles podem fazer so para quem vem a seguir se sobressair parece-me errado pois randy orton, brock lesnar, ziggler, ambrose, rollins todos eles sao wrestlers perfeitamente capazes de dar um espetaculo tao bom ou melhor. E o problem nao foi o combate de cena e aj roubar o show e sim a mediocridade do combate pelo titulo do smackdown e do main-event.

  11. KILL OWENS KILL8 anos

    Que artigo! Fez jus ao número 300… Por favor nunca pare, você consegue passar exatamente tudo que muitos fãs sentem e não conseguem expressar em palavras.

    Concordo com exatamente tudo que foi dito. O último artigo ficou mesmo bem pessimista, quando a situação tem vindo a melhorar bastante, mas esse 300 está muito realista, tá perfeito na minha opinião.

  12. Muitos parabéns pelo artigo número 300 Salgado! Embora ultimamente não tenha concordado com as criticas que tens feito nos últimos artigos, neste não tenho nada com que discordar! Concordo com tudo o que disseste!

  13. Anónimo8 anos

    porque que Salgado ao invés de escrever equipe ela escreve equipa? e controlo ao invés de controle?

  14. Ricardo8 anos

    Não e possível o Vince é o HHH devem chupar a rola do Rollins não e possível o cara lesionou o Finn e ainda vai ganhar o titulo

    • KILL OWENS KILL8 anos

      Por que foi realmente de propósito.

      • CenaLunaticFringe8 anos

        Nao sei se foi para rir ou para chorar. Digo-te que, se realmente pensas isso, es muito, mas mesmo muito estupido.

      • KILL OWENS KILL8 anos

        Acidentes acontecem, não é preciso por o Seth abaixo por isso. Porém sou a favor que proibam aquele golpe, ou usem em Wrestlers especificos que são acostumados em como lidar com ele.

  15. Anónimo8 anos

    eu acho uma tremenda hipocrisia as pessoas ficarem criticando a wwe por ela preferir caras bonitões para ser o rosto da empresa. porque em todas as profissões a aparência física conta e muito. as vezes conta até mais que o talento. porque com a wwe seria diferente? e para ser o rosto da empresa o lógico é que seja alguém que chame a atenção. não apenas pelo talento mais pela aparência física também.

  16. Parabéns pelos 300 artigos, Salgado! Brilhante registo.