Foi há quase nove anos que, sentada à frente do computador, de olhos esbugalhados e a vibrar de excitação, assisti ao combate épico que Shawn Michaels teve com Undertaker no vigésimo-quinto aniversário da WrestleMania. Horas antes de tal momento, assisti com tépido interesse à Battle Royal, designada a celebrar o passado, presente e futuro da divisão feminina da WWE, onde uma diva seria coroada como “Miss WrestleMania”. Com um historial de altos e baixos, a divisão continuava numa fase onde era considerada um momento de descanso, intervalo e comédia para relaxar os espetadores da ação mais empolgante.

As participantes entraram todas ao mesmo tempo, sem qualquer distinção entre elas, ao som de “So Hott” de Kid Rock. Nenhuma delas era especial e o combate também não. Estrelas como Trish Stratus e Lita não apareceram e, em retrospetiva, sabe-se que também não perderam nada. Nunca se soube ao certo quem estava no combate ou não, devido à forma como entraram, e assim que a campainha tocou, foi uma confusão autêntica, sem nunca se ter uma boa noção de quem tinha sido eliminada e de quem continuava em jogo.

A vencedora da noite foi Santina Marella que, na realidade, era Santino vestido de mulher. Tudo não passou segmento musical e cómico para servir de intervalo durante o grande evento. O facto de incluir mulheres ou de ser uma tentativa muito pouco esforçada de honrar a história da divisão passaram completamente ao lado. As mulheres foram completamente secundárias à comédia e à música no segmento que supostamente era delas.  Foi apenas mais uma tentativa da WWE de produzir comédia e, como todos sabem, tal raramente corre bem. Honrar as senhoras que passaram pela companhia no vigésimo-quinto aniversário da WrestleMania foi uma bonita ideia, mas não funcionou e, na realidade, ninguém se esforçou para que funcionasse.

Opinião Feminina #321 - Ladies Night

Quase nove anos depois assistimos ao primeiro combate feminino de Royal Rumble. Um combate histórico que contou com a presença de várias figuras do passado, presente e futuras estrelas da companhia. É verdade que a “Women’s Revolution” (ou “Women’s Evolution”, nunca se decidem bem que termo usar) sempre foi mais uma estratégia de marketing do que uma revolução verdadeiramente dita. Todavia, apesar de todos os solavancos, hesitações e disparates que a WWE vai cometendo criativamente, também é verdade que hoje em dia, a divisão feminina tem mais destaque, mais oportunidades e é alvo de maior escrutínio do que no passado. Há mais pessoas investidas na divisão e no que acontece às lutadoras do que antes. Ao poucos e mesmo que tropeçando nos seus próprios pés, a WWE vai avançando, fazendo história e criando momentos. O Royal Rumble feminino foi um desses momentos.

O combate em si foi muito bom e uma grande vitória para todas as envolvidas. Não se arrastou, nem aborreceu, foi construído de forma inteligente, jogando muito bem com o regresso de algumas das figuras mais emblemáticas da divisão, protegendo as lutadoras com menos capacidades de se exporem demasiado e, acima de tudo, exibiu as suas estrelas mais brilhantes.

Foi um combate com muita nostalgia, mas foi um combate onde o presente se destacou pela positiva. Asuka, não só venceu, como foi um dos enormes pontos de destaque. O seu carisma, energia e à vontade é absolutamente contagiante. Asuka está complemente à vontade dentro de ringue, dentro da sua pele e com a sua personagem e isso nota-se a milhas. A sua interação com  Ember Moon foi um dos meus momentos preferidos e o reconhecimento do público de Filadélfia ao reencontro foi uma das poucas coisas certas que o público fez durante o combate.

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A resistência de Sasha Banks como “Iron Woman” e, acima de tudo, a prevalência do seu lado mais negro ao sacrificar tudo e todos na sua batalha para chegar ao topo foi outra história de destaque ao longo do combate e um dos motivos para a sua qualidade. Banks não só foi a estrela que recebeu a honra de eliminar Trish Stratus, como plantou as sementes para um combate com Bayley – a sua inimiga natural. Não seria bonito ter combates femininos na WrestleMania com histórias dignas do evento em si, mesmo que não tenham títulos à mistura?

Tal como Asuka e Banks, também Becky Lynch, Ember Moon e Kairi Sane, entre outras, se destacaram e não foram ofuscadas pelo regresso de Lita, Trish Stratus, entre outras. Aliás, a presença destes nomes tão respeitados do passado da divisão e a forma como interagiram com o plantel atual, não só era extremamente necessário – pois a divisão feminina da WWE, de um modo geral, é muito mais pequena que a masculina, logo arranjar trinta participantes interessantes e dignos de Royal Rumble seria muitíssimo mais complicado – como ajudou a elevar o estatuto do combate e das participantes. Além disso, era merecido. Trish Stratus, Lita, Beth Phoenix, Mickie James, entre outras, vieram de gerações em que estas oportunidades não eram uma realidade. As expetativas, as exigências, a mentalidade era diferente, mas as suas contribuições destacaram-se na mesma e em momentos como estes, onde celebramos os feitos de todos, era apenas merecido que fossem reconhecidas. Neste caso, a nostalgia não roubou o destaque ao presente, como tantas vezes acontece, mas enalteceu-o.

Aliás, o combate funcionou como um misto de impulsionador ao futuro da divisão e um agradecimento ao passado. Nada mais justificaria a presença de Vickie Guerrero, uma das managers mais icónicas dos últimos anos. Não, ela nunca foi uma lutadora, mas foi uma figura que, sem qualquer preparação ou motivo aparente para além do facto de ser a viúva de um lutador muito querido de todos, se tornou essencial na programação da WWE ao desempenhar o papel de uma vilã.

É escusado dizer que participaram pessoas que, provavelmente não deveriam ter participado, e que a ausência de alguns nomes – o de AJ Lee em particular – foi absolutamente gritante. No entanto, para primeira edição, ninguém pode dizer que não foi um sucesso e um motivo de orgulho para todas.

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Este formato, tão dependente de nostalgia, funcionou para primeira edição, mas esperemos que a WWE reforce significativamente as divisões femininas da programação principal, não só em número como em estrelas, pois esta não é uma fórmula que sustenha muitas mais edições de Royal Rumble. Tenho pena que Billie Kay e Peyton Royce, o Iconic Duo do NXT, não tenha marcado presença no grande evento e ainda mais pena tenho de não se terem cruzado com a dupla Laycool – já que queriamos agradecer ao passado pelas suas contribuições, uma participação de Layla e interação com Michelle McCool teria recebido um sorriso da minha parte, tal como o reencontro de Mickie James e Trish Stratus recebeu.

Antes de passarmos ao que se passou após a vitória de Asuka, devo dar a mão à palmatória. Quase perdi a vontade de ver este combate quando foi anunciado que Stephanie McMahon iria comentar a partir da mesa de comentadores. O seu comportamento inconsistente e a sua constante necessidade de ser o centro das atenções eram ingredientes que tinham a capacidade de arruinar uma noite histórica e especial. Não foi o que aconteceu. Stephanie mostrou que fez o trabalho de casa e esteve sempre a tentar elogiar as participantes de uma maneira ou de outra, especialmente salvando Sasha das críticas (acertadas) de Corey Graves, quando insistia em interromper tentativas de eliminação que não a envolviam. Stephanie não incomodou, não atrapalhou e, pelo menos até à vitória de Asuka, não tirou destaque às participantes. É verdade que ela não precisava de estar ali, mas não atrapalhou. Se ao menos fosse sempre assim…

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Dois dias antes do Royal Rumble, dei por mim a pensar que, devido ao estatuto histórico do combate feminino de Royal Rumble, a WWE tinha aí o motivo perfeito para deixar que o combate fosse o último da noite, o main-event. Dois segundos depois, acordei para a vida e lembrei-me que não costuma funcionar assim. Ora, o combate foi mesmo o último da noite, mas por uma razão diferente – Ronda Rousey fez a sua estreia na WWE. Não é surpreendente. Há muito tempo que tal se esperava. Há muito que se sabe que Rousey é fã de WWE, não tivesse ela já aparecido numa WrestleMania, e tendo em conta a sua popularidade, também há muito que se sabe que a WWE, em particular, Triple H e Stephanie McMahon estavam mortinhos para se aliar a ela. Ela é uma estrela, uma estrela que gera milhões, e eles não são parvos que não conseguem ver uma boa oportunidade de marketing e de fazer dinheiro.

Ronda Rousey na WWE nunca foi uma questão de “se”, mas uma questão de “quando”. Era inevitável.

Revoltou-me um pouco a forma como muitos fãs queriam que Rousey se estreasse no Rumble e o vencesse. Revoltou-me ainda mais quando começaram a surgir teorias que se Rousey não participasse, os fãs sabotariam o combate da mesma forma que sabotaram em 2014 por Daniel Bryan. As duas situações são tão diferentes que nem vale a pena compara-las.

Ronda Rousey na WWE é algo que me dá medo. Muito medo. Independentemente das suas falhas pessoais, Rousey é uma fã da indústria, portanto é alguém que sabemos que tem respeito e aprecia o que está a ser feito, o que é espetacular. Isto aliado à sua enorme popularidade, pode fazer maravilhas pela divisão e pelos seus membros. Rousey tem o potencial de arranjar mais espetadores e fãs da divisão, tem o potencial de cimentar e lançar estrelas que irão garantir a continuidade da divisão.

Todavia, há tanta coisa que pode correr mal que até tenho medo de ter esperança.

A WWE não é uma companhia conhecida pelo seu auto-controlo e planeamento a longo prazo. Receio que olhem para Rousey como uma forma de promover a WrestleMania (e consequentes grandes eventos) e não pensem tanto em como usá-la para fazer crescer a divisão, não só em quantidade de estrelas, mas em relevância. A WWE é uma companhia que se deixa levar pelo ego e que se deixa cegar pelos recordes que se podem atingir hoje, amanhã, este ano!

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A estreia de Rousey em nada apaziguou os meus medos. Muitas vozes (algumas delas vindas da própria divisão feminina da WWE) defendem que ela não deveria ter estreado no Rumble, visto que roubou destaque ao combate histórico e ao esforço de todas. É um ponto de vista válido, mas preocupou-me mais o sorriso de Rousey e o aperto de mão a Stephanie McMahon. Teria preferido que ela entrasse em ringue, atacasse Asuka, apontasse para o símbolo da WrestleMania e tivesse saído (sem Charlotte e Alexa Bliss presentes). Ninguém poderia culpar Asuka de ter sido dominada depois de ter sobrevivido e vencido o Royal Rumble contra uma Rousey que estava completamente descansada. E atenção, não estou a sugerir que Rousey passe por cima de todas de forma imparável, nada disso.

Mas já imaginaram? A (quase) imparável Rousey contra a imparável Asuka? É uma história que se escreve sozinha. Cansada depois do Rumble, Asuka não perderia nada por sofrer uma ou duas manobras às mãos de Rousey (nunca uma submissão) e Rousey teria uma estreia mais fiel à sua personagem.

Lembram-se de quando, em 2014, Batista voltou e, apesar de ser recebido como um herói, tratou Triple H e Stephanie como amigos? Melhor ainda, lembram-se de como Brock Lesnar voltou à WWE em 2012? Qual dos regressos vos pareceu melhor e qual dos dois se adapta melhor à aura que Rousey cultivou nos seus tempos de UFC?

Uma Rousey sorridente, feliz por fazer parte da festa, a apontar repetidamente para o símbolo da WrestleMania e a apertar a mão a Stephanie não é bom para ninguém. Não diz nada de relevante, não cria interesse para o futuro. Rousey é a coisa mais próxima de uma versão feminina de Brock Lesnar que a WWE pode ter. Rousey é uma das razões – senão A razão – pela qual a “Women’s Revolution” aconteceu de todo. Não se deixem enganar, ver Rousey no topo da UFC, no main-event  a ganhar milhões e a fazer milhões, foi o maior incentivo que a WWE podia ter tido em ser progressiva. E a sua aura de agressividade que inspirava medo a tudo e todos ajudou-a imenso a chegar ao topo. Não foi isso que vimos no Royal Rumble. O que vimos no Rumble foi uma Rousey educada, controlada, contente por fazer parte do grupo. Não foi esta Rousey que fez milhões. Não quero que ela tenha o tratamento de Lesnar, onde passa por cima de todos só porque sim. Mas, quero que ela continue a ter a sua aura de ameaça e perigo iminente. Quero que ela entre pela porta da frente e que destrua a porta pelo caminho. Não quero que ela bata e peça com licença para entrar. E sou completamente de acordo que ela deve ser o mais protegida possível quando lutar. Porque caso contrário, a mística morre ainda mais depressa. Agora, esta apresentação foi completamente errada.

No fim do Royal Rumble, vi uma Rousey contente por estar na WWE e os McMahons desejosos de brilharem ao lado dela. Stephanie McMahon aperta-lhe a mão em câmara, Triple H de imediato começa a dar entrevistas a explicar como a sua enorme equipa conseguiu, às escondidas, trazer Rousey de volta para os EUA e para o Royal Rumble sem ninguém saber. E é disto que eu tenho medo.

Não é que Rousey roube as atenções das pessoas do Royal Rumble e da divisão. É que a popularidade de Rousey seja usada para Triple H, Stephanie e outros, brilharem. Triple H e Stephanie já mostraram que não são capazes de deixar que as suas criações e as suas ideias tenham sucesso sem eles estarem lá a dizer que os responsáveis foram eles. É esta a pura das verdades. Se está a correr bem, se está a ter sucesso, eles têm que estar lá a dizer que é graças a eles (tenha sido ou não). E, se é para isto que Rousey vai ser usada, é um autêntico desperdício.

Não foi uma boa estreia. Não foi uma má estreia. Foi desinteressante e demasiado semelhante a disparates que a WWE cometeu no passado. Rousey pode fazer muito por esta divisão, por muito limitadas que sejam as suas capacidades de Wrestling, mas para funcionar, tem que ser pela divisão e com o bem-estar da divisão em mente. Tem que ser para cimentar as estrelas atuais e criar novas. Tem que ser para criar um futuro, qualquer outra alternativa é um desperdício de recursos. Não estou completamente segura que seja isso que vá acontecer e, por isso, acabei uma noite que tinha sido muito boa e divertida a revirar os olhos.

Com ou sem Rousey, facto é que o primeiro Royal Rumble feminino foi um sucesso e uma celebração da história da divisão e de tudo o que as senhoras fizeram por ela. Não tem sido uma história fácil ou perfeita. Mas foi uma celebração bonita e à altura. Apesar de todos os seus defeitos, altos e baixos, contratempos e problemas, têm todas motivos para estar orgulhosas do passado domingo. Agora é continuar a olhar para o futuro e construí-lo!

Opinião Feminina #321 - Ladies Night

Pois é, parece que voltei. Não voltei por causa do Royal Rumble feminino, as circunstâncias foram pura coincidência – juro! Admito, no entanto, que pedi para que o meu primeiro artigo fosse após o Rumble, para ter mais tema de conversa. Voltei porque tive saudades de escrever. Acima de tudo, foi isso. Também nunca deixei de gostar de Wrestling, apesar de ter apreciado bastante o meu ano sem pressão de acompanhar minuciosamente tudo o que estava a acontecer. E a verdade é que sempre gostei bastante deste projeto, agradeço e continuarei sempre a agradecer ao Salvador por me deixar fazer parte da equipa e por manter o WPT vivo. Felizmente ou infelizmente, desta vez serei apenas capaz de publicar quinzenalmente, portanto espero que tenham gostado e até daqui a duas semanas.

15 Comentários

  1. João Malheiro6 anos

    Apesar de não comentar muito neste site, já o frequento pelo menos desde 2011. No entanto, tinha que fazer uma exceção à regra e comentar o regresso das melhores cronistas de Portugal. Uma entrada no lugar 31 e out of nowhere temos o regresso da Salgado.

    Fico muito feliz pelo regresso e sem dúvida que vou acompanhar religiosamente uma das grandes autoras do HOF deste site e que me fez ganhar interesse para perceber melhor como funciona a indústria do Wrestling.

    Quanto ao artigo, o Rumble feminino foi bem executado, com a vencedora certa. Talvez a Asuka podia ter entrado mais cedo e eliminado ainda mais pessoas para ter uma performance totalmente destrutiva. Mas desta forma não foi má. Quanto à Rousey, se tiver juízo e respeito pelos colegas e a indústria, então o sucesso depende totalmente dela. Se bem que tenho bastante receio da sua capacidade de cumprir no ringue e, caso corra mal, a WWE perder o interesse nela, como tu própria referiste. Only time well tell.

    Welcome back. Finally! Salgado has comeback…Home!

  2. Apesar de não concordar com tudo, acho que está encontrado o melhor regresso do Royal Rumble.

  3. Que surpresa! Bem vinda de volta. Ótimo artigo, apesar de eu sempre achar seu posicionamento muito “apocalíptico”, é válida seu ponto de vista.

    O que achou da Maria Menounos? hahahah, foi horrível né. Pra mim a pior parte da RR Feminina. Mas, foi uma noite de muita alegria pra mim. Amei o resultado, Asuka me surpreende cada vez mais. Mal posso esperar pela Wrestlemania, e que tenhamos bons combates femininos.

  4. Welcome back, Salgado.

    Excelente artigo.

  5. Alex6 anos

    Gostei muito do seu artigo!!!!!! Concordo com você em alguns pontos, creio que todos esperavam debuts e retornos (nem que fossem apenas nessa memorável noite). Particularmente esperava que o Laycool aparecesse, as Iconic Duo, AJ Lee (que no seu tempo elevou a divisão das divas), entre outras figuras históricas. Todavia, é importante ressaltar que a história foi muito bem construída, e o combate em si foi extraordinário. Passado, presente e futuro juntos foi espetacular, melhor que até o RR masculino. Espero que os próximos RR continuem ou tenham um nível maior, assim como os outros PPV e que a divisão feminina continue tendo destaque.

  6. JPB6 anos

    Ainda nem consegui ler o artigo de tão emocionado e feliz que estou em te ver de volta Salgado! Eu amo o ‘Opinião Feminina’!

  7. Grande artigo e obrigado por teres voltado! 😀 Tragam o Daniel de volta com o Cutting Edge, se não for pedir muito :p

  8. Antes de comentar o tema, quero perguntar se é normal à alguém reagir a esse retorno como se reagisse a vitória do Bryan na WM30? Nossa, estou chorando de felicidade, quanta falta faz esse espaço e essa mulher. Sério, muito feliz memo.

  9. Que choque de entrar aqui e ver opinião feminina novo! Tive até de olhar duas vezes para ver se era verdade, seja muito bem vinda de volta, Salgado!

  10. Nossa, como tinha saudades de ler esta crônica… Com certeza esse espaço me fará ter mais interesse em acompanhar o produto atual nem que seja pra falar mal apenas 😀 Mas fato é que o booking da WWE matou todo o meu interesse, o que é uma pena por tanto talento maravilhoso que eles tem.

    Sobre o Royal Rumble, concordo com quase tudo que disseste. Sobre a qualidade da luta em si, sobre a interação com as estrelas do passado, sobre a Steph, onde me peguei pensando “nossa, ela está fazendo um bom trabalho”.

    Porém há algumas coisas que não gostei, como as garotas ficarem saindo e entrando no ringue toda hora, chegou um momento que eu não fazia mais ideia quem ainda estava na luta. Gostei da prestação das Bellas, sobretudo a Nikki claro, mas não curti terem deixado a mesma pra ser a última eliminada.

    Sobre a Sasha Banks que merecia uma ovação GIGANTE pela sua prestação (o Cole deu muita ensase nisso também), que Rumble essa mulher fez, foi sem duvida a figura da luta e merecido. Alternou lidamente entre o papel de Heel e Face de uma forma tão natural. Sensacional.

    Já sobre a Ronda, digo que concordo e discordo de ti. Também tenho medo destas coisas que referiste, mas tenho um good feeling about this. Só que discordo na parte que dizes que foi uma má estreia a ponto de revirar os olhos, pois eu vibrei muito quando ela apareceu, quando ela meteu medo na Steph, mas a melhor parte foi a Asuka mantendo a personagem e jogando de lado a mão da Ronda, isso foi OURO. Contudo, concordo que uma estreia como você descreveu seria bem melhor mesmo…

    Enfim, é isso. Espero que seja mesmo um regresso definitivo e adoraria saber a tua opinião sobre o evento e a RR match masculina, pois eu gostei, mas com algumas boas ressalvas.

    Welcome back!

  11. Pronto, terminei de ler o artigo, e ah, que maravilha (:
    Me sinto totalmente uma tiete, estou nesse momento fazendo menos jus ao meu nome que nunca, mas fazer o que? É incrivel te ter de volta, Salgado. Eu nem ia ver o Rumble, mas após o artigo decidir ver. E é tão bom ter alguém com a mesma birra que eu tenho de Stephanie e HHH… Uma necessidade de aparecer que não cabe neles.

    Naturalmente não posso concordar ou discordar muito com o artigo, já que nem vi o evento – principalmente por ter me frustrado totalmente com o Raw especial de 25 anos, especialmente a forma que trataram as mulheres. Pegaram onze delas, aparentemente sem nenhum critério, apresentaram todas em um mesmo seguimento sem nenhuma história e consideraram seu trabalho feito. Colocaram a Lilian Garcia no meio das lutadoras (Se queriam chama-la, ótimo, concordo, mas porque não coloca-la a anunciar o seguimento? Ela sequer lutava…) Trouxeram a Maria e a Maryse, como se não estivessem lá normalmente, Kelly Kelly foi colocada em meio as “Melhores de sempre”… Um autêntico disparate.

    Além de tudo fizeram isso na mesma noite em que rolou uma luta envolvendo oito mulheres, na qual duas sequer entraram no ringue… Porque não colocar algumas das veteranas nessa luta? Faria o seguimento bem menos inchado e não me daria a impressão de um desleixo tão grande.

    Isso é claro, considerando que a WWE seria incapaz de dar combates\promos as suas veteranas, como deu aos veteranos… E ainda que não seja uma lutadora, porque diabos Daniel Bryan – que nem gerente do Raw foi – e John Laurinaitis apareceram no seguimento dos grandes gerentes gerais do Raw e a Vickie não? Decepção…

    De qualquer jeito, voltando ao artigo, creio que algumas coisas que não ocorreram ou não estavam no poder da WWE – AJ Lee – ou podem ocorrer em futuros eventos, afinal de contas, apesar da importância de um rooster bom com star power, as surpresas, retornos e aparições são fundamentais em um combate como o Rumble.

  12. Welcome back, glad to read you once more

  13. Seria uma sacanagem a Ronda Rousey ganhar a RR match, só achei que a eliminação da Nikki Bella poderia ter sido mais sofrida, mas a divisão feminina tem cada vez mais nomes de importância

  14. Muito feliz por você ter voltado Salgado. Seus artigos são esclarecedores e em grande parte concordo plenamente.
    Creio que o retorno da Rousey, da forma que você pensou, faria muito mais sentido. Ela não pareceu intimidadora, não pareceu sequer um grande desafio. Lógico, é a Ronda Rousey, mas a Charlotte e a Asuka olhavam pra ela como se fosse uma novata interrompendo o momento. A Alexa ainda que ficou com aquela expressão de desconforto.
    Enfim, espero que saibam o que fazer com ela daqui pra frente. É uma oportunidade de ouro pra divisão.

  15. Salgado, fico muito feliz com teu retorno a casa, sentia muito a falta de teus artigos, que sempre lia com felicidade, nas manhãs de domingo aqui no Brasil.

    Gostei muito da Royal Rumble Match feminina, deu uma grande nostalgia rever diversas lutadoras que fizeram história na WWE, gostei da vitória da Asuka e estou curioso para que a WWE vai reservar a Ronda Rousey.