Nas últimas semanas, inúmeros rumores e notícias têm surgido sobre a insatisfação e frustração de várias estrelas da WWE, com algumas delas a, alegadamente, pedir a demissão. Dean Ambrose, uma das principais estrelas da programação da WWE dos últimos seis anos, foi uma delas. E, pela primeira vez em muito tempo, a WWE fez questão de anunciar publicamente que, de facto, Dean Ambrose não iria renovar contrato quando este terminasse, ou seja, dentro de meses, Dean Ambrose deixará de fazer parte da WWE.

Este não foi um anúncio esperado, mas ao mesmo tempo, é impossível não compreender (ou adivinhar) o porquê da decisão de Ambrose. É curioso que, caso Ambrose não mude de ideias, tudo acabe assim quando, apenas há pouco mais de seis anos, ele entrou na WWE pela porta grande, com muitas expetativas em torno do seu futuro.

Há pouco mais de seis anos, no final de 2012, Dean Ambrose estreou-se finalmente no plantel principal, depois de meses e meses no sistema de desenvolvimento da WWE (FCW, nunca tendo aparecido no NXT). Na altura, a sua estreia era muito antecipada pelos fãs que já o conheciam, não necessariamente pela sua proeza ou capacidade dentro de ringue – que embora tolerável, nunca foi brilhante – mas pela sua atitude e apresentação. Ambrose era louco, antes de ser rotulado como tal pela WWE. Ambrose era – e provou ao longo da sua carreira na WWE – ser capaz de debitar até o mais ridículo dos discursos com naturalidade e facilidade que impressionava todos.

Aliás, muitos dos pontos altos da sua carreira na WWE são segmentos ou momentos que tinham tudo para falhar redondamente e que este salvou. Ambrose é um excelente contador de histórias. Sabe vender o que está a sentir, o que está a pensar e a forma como se expressa é tão natural que consegue fazer os fãs esquecer que estão a assistir aos programas mais controlados, artificiais e fabricados que alguma vez foram produzidos. Não sentimos que Ambrose está a ler num teleponto ou a recitar parágrafos que teve de decorar nos bastidores escritos por outras pessoas.

Opinião Feminina #347 – Leaving the Asylum

A forma como se expressava e as suas inúmeras promos no circuito independente, antes da WWE, eclipsaram os combates sangrentos que costumava protagonizar. Quando Ambrose estreou na WWE, a maioria dos seus fãs estava em pulgas, não para o ver lutar, necessariamente, mas para ver a magia que acontece quando ele agarra num microfone. A sua rivalidade com William Regal na FCW, que contou com excelentes combates e fantásticas promos apenas aguçou ainda mais a vontade dos fãs de o verem no grande palco.

Inicialmente, parecia que a WWE estava na mesma página que os fãs. É inegável que os três membros do grupo The Shield – Dean Ambrose, Seth Rollins e Roman Reigns – são estrelas de quem a WWE gosta e quer proteger. Tal notou-se ao longo destes seis anos, apesar das suas incapacidades criativas. E, apesar de mais tarde se ter revelado que a WWE tinha maior interesse em proteger Seth Rollins e Roman Reigns, inicialmente, Dean Ambrose foi o escolhido. Reigns era o músculo, Rollins era a mente, mas Ambrose era a boca. Ambrose era o mais interessante dos três e o que parecia ter o futuro mais planeado. Foi Ambrose que primeiro conseguiu um título a solo. Foi Ambrose que enfrentou Undertaker num episódio do SmackDown, numa altura em que Undertaker só lutava em circunstâncias muito, muito especiais.

A WWE é famosa pelos erros que comete, a nível criativo, mas conseguiu criar algo muito especial com o grupo. Juntos, Dean Ambrose, Seth Rollins e Roman Reigns, criararam algo muito especial e que será relembrado com carinho pelos fãs que acompanharam a carreira do grupo, mesmo tendo todas as reuniões falhado miseravelmente em conseguir honrar o sucesso de outros tempos. Foi um grupo que, apesar das suas diferenças de talento e potencial, conseguiu produzir três talentos de grande calibre. Não deixa, no entanto, de ser irónico que Ambrose, cujo trabalho tinha gerado mais expetativa e o que foi alvo de mais aposta por parte da WWE inicialmente, se tornou o membro menos protegido.

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Mais uma vez, tal pode ser justificado. Muitos fãs apontam que, embora Ambrose tenha charme, carisma e uma destreza notória em expressar-se e contar histórias, a sua carreira dentro de ringue não é alvo dos mesmos elogios. Nesse campo, Seth Rollins destaca-se muito mais e até Roman Reigns já teve combates muito melhores e marcantes. Mas, apesar de tudo isso, o verão de 2014 foi o verão de Ambrose. Enquanto muitos tinham sonhado com potencial ilimitado de um Dean Ambrose, vilão, com um microfone na mão, este revelou-se uma estrela fantástica como o herói rebelde que se recusava a esquecer a traição de Seth Rollins.

Porque, em 2014, Dean Ambrose brilhou como uma versão da WWE de Dennis, the Menace. Desde o momento em que Seth Rollins traiu os seus camaradas de grupo para se aliar à Autoridade que Dean Ambrose se tornou incansável na sua missão do castigar e perseguir. Roman Reigns, por sua vez, esqueceu rapidamente a traição e depressa perseguiu objetivos maiores. Se estamos a avaliar o passado em retrospetiva, podemos também dizer que este foi o primeiro grande crasso erro da WWE na representação de Roman Reigns. Ambrose perseguiu e torturou Rollins, fisicamente e psicologicamente, em inúmeros segmentos que, começaram como brilhantes mas, como tudo na WWE, eventualmente cansaram e deixaram de ter a mesma piada. Mais uma vez, a WWE só conhece extremos – quando encontra algo que funciona, a companhia faz uma de duas coisas, ou pára de todo com o que está a fazer, ou aumenta a sua quantidade exponencialmente ao ponto que deixa de funcionar.

Os fãs adoraram as aventuras de Dean Ambrose. Adoraram o seu espírito rebelde e relaxado, a sua postura e apresentação diferente de todos os outros. Adoraram a sua resiliência em nunca desistir, em nunca estar demasiado magoado para parar. Adoraram a sua imprevisibilidade e a forma como fez a vida de Seth Rollins num inferno. No início, Ambrose tinha o toque de Midas, transformando todos os segmentos em que entrava em puro ouro, quase sem esforço nenhum. Desta forma, Ambrose tornou-se, facilmente, na estrela que mais ovações recebia na companhia.

Em breves períodos do pico da sua popularidade, Ambrose chegou a bater John Cena e Roman Reigns em vendas de merchandise e bilhetes. Para muitos fãs, foi ele que começou a preencher o lugar deixado por CM Punk e Daniel Bryan.

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Em retrospetiva, talvez Ambrose não devesse ter sido tão bem-sucedido. Em retrospetiva, se Ambrose não tivesse sido tão bom em transformar momentos ridículos e até infantis em genuína comédia, ele não teria sido condenado a passar o resto da sua carreira a fazê-lo. Televisões a explodir, hologramas, combates de Asilo e muitas outras patetices, são alguns dos motivos que limitaram o potencial de Ambrose. E nunca pararam de acontecer, nem mesmo quando se tornou num vilão. A WWE cometeu muitos erros com Dean Ambrose, apesar de todas as oportunidades e títulos que lhe deu. Ambrose podia ter sido muito mais popular do que foi se, apenas em algum momento, a WWE tivesse premido o gatilho e apostado nele. Não teria prejudicado Roman Reigns, pois a insistência em apresentá-lo como herói nunca iria funcionar da forma como estava a ser feita.

O que é que Dean Ambrose tinha que Roman Reigns não tinha? Royal Rumble 2016 responde a essa questão – pura resiliência. Enquanto Roman Reigns teve de ser levado para os bastidores durante o combate de Rumble, Ambrose lutou, com perseverança e garra, até ao fim, mesmo sem qualquer esperança de vencer. A WWE reconheceu a vontade dos fãs de querer ver Ambrose receber a honra e o respeito que claramente merecia, e por isso deu-lhe duas derrotas decisivas e seguidas – a primeira contra Triple H, no Roadblock e a segunda contra Brock Lesnar, na WrestleMania, numa anedota de combate.

Que mais se pode dizer? A WWE sempre foi muito boa a castigar os fãs que não marchavam ao som do tambor. É irónico que Ambrose tenha vencido o título principal da WWE pela primeira vez, meses depois da WWE ter arrasado com a sua credibilidade e popularidade decisivamente, quando esta tinha acabado de renascer e lançar faíscas. No Royal Rumble, ninguém acreditava que Ambrose ia vencer, mas a possibilidade que este podia deixou os fãs doidos de alegria. Mas, a WWE não se podia afastar do seu plano e Ambrose apenas venceu o título, porque Roman Reigns foi suspenso e prejudicou os planos da companhia.

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Não é por acaso que nos vários documentários produzidos pela WWE, Ambrose aparece várias vezes a dizer que a sua função na companhia é apagar fogos. Sempre que acontece algum problema, sempre que alguém falta, sempre que alguém se lesiona ou sempre que alguém é suspenso, Ambrose é chamado ao serviço para ajudar. E, tal como um bom soldado que cresceu apaixonado pela indústria, é isso que ele faz.

Dean Ambrose foi, em anos consecutivos, o lutador da WWE com mais combates. Desde o momento em que os Shield se separaram até à sua lesão, que o afastou por longos meses, Ambrose foi dos lutadores – senão O lutador – mais usados pela WWE. O que lutava todos os dias, em todas as tours, sem falhar, nem fraquejar. Ambrose foi, durante alguns anos, o lutador mais depedente que a WWE teve e quem mais podiam confiar.

Exatamente por isso, acredito que Ambrose teria sempre um lugar garantido na WWE. Não no topo dos topos, mas num meio termo entre o main-event e o midcard. Mas, segundo os relatos, Ambrose que, supostamente, nunca gostou de patetices, está frustrado e cansado da direção criativa que tem tido nos últimos anos e avisou a WWE que não vai renovar contrato, apesar do aumento que lhe propuseram. É complicado não compreender a sua posição. É verdade que ele venceu imensos títulos e teve sempre algum destaque, mas também é verdade que a maioria desses feitos não teve significado nenhum. Hoje em dia, a WWE distribui títulos como se estivesse a distribuir gomas e é cada vez mais complicado, não só para o lutador, mas para a companhia também, fazer algo que impressione e surta algum efeito num universo onde os títulos não têm qualquer importância e, alegadamente, vitórias e derrotas também não.

Especialmente depois dos últimos meses, é mesmo muito complicado não compreender a posição de Ambrose. Afinal, nem como vilão – o papel que parecia ter nascido para representar – Ambrose conseguiu fugir de patetices e acessórios desnecessários que apenas o ridicularizam e tiram peso ao que ele fez – atacar Seth Rollins na noite em que Roman Reigns anunciou o seu afastamento do Wrestling devido a problemas de saúde.

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A rivalidade dos dois tinha tudo, tudo o que era preciso para ser digna de um combate de destaque na WrestleMania. Tinha tudo para ser uma rivalidade da qual iríamos passar os próximos anos a falar, pelos bons motivos. A noite escolhida para o ataque, o talento inato de Ambrose e todo o seu carisma, mais o incrível talento de Rollins e da sua facilidade em portar-se como herói… Enfim, os ingredientes estavam lá todos, os cozinheiros é que não sabiam o que estavam a fazer. Uma rivalidade com um potencial épico desperdiçada e arruinada. Depois da seriedade da lesão com que teve de lidar, ter de voltar ao trabalho para isto, realmente coloca tudo em perspetiva. Mais uma vez, é difícil não compreender Ambrose.

Diz muito dele e da sua frustração, o facto de estar disposto a terminar relações com a WWE, numa altura em que a companhia está ansiosa e interessada em manter todos sob contrato – com medo que possam aliar-se a outras companhias, como a AEW. Especialmente quando está numa posição relativamente segura.

É sempre possível que a WWE, até ao fim do contrato, consiga aliciar Ambrose, não com promessas de mais dinheiro, mas com algumas promessas criativas que possam convencer Ambrose a dar-lhes outra oportunidade. Não sei se a WWE o fará, especialmente depois de ter anunciado publicamente que este não iria renovar. Podem fazê-lo e manter segredo, de forma a que quando finalmente for revelado que Ambrose fica causar choque e surpresa de todos. Afinal, todos ficaram surpreendidos quando a companhia anunciou que este não iria renovar e até há quem não acredite ainda. Segundo alguns lutadores, Ambrose é uma pessoa muito privada e discreta e não é fácil perceber o que este está a pensar. Portanto, se alguém seria capaz de fazer esta estratégia resultar seria Ambrose.

Não acho que seja esse o caso. Pelo menos, não ainda. Como se tem visto, a WWE não tem tido problemas em confirmar a saída dele através de derrotas decisivas e segmentos desnecessários e humilhantes com Nia Jax.

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Acho que nesta altura do campeonato, estando a sua saída anunciada e confirmada, a WWE deveria utilizar apenas Ambrose nos eventos ao vivo. O seu envolvimento em qualquer rivalidade não irá causar grande suspense ou dúvida no seu desfecho e, como é óbvio, não é alguém com quem se pode contar para fazer planos a longo prazo, portanto mais vale deixá-lo para os eventos ao vivo. Humilhá-lo todas as semanas com derrotas rápidas apenas vai destruir e desvalorizar todo o pouco trabalho que a WWE teve em promovê-lo.

Não é apenas Dean Ambrose que está a perder em combates de dois minutos e a ser humilhado por Nia Jax. É um antigo campeão da WWE, Intercontinental, de Estados Unidos e de equipas, que já enfrentou estrelas como Brock Lesnar, Triple H e Undertaker em combates de destaque. Se ele agora não vale nada, então o que dizer dos seus feitos? Além disso, ele pode sempre voltar no futuro. Portanto, porquê enxovalhar e ridicularizar alguém a quem se deu tanto e que pode um dia voltar?

Esta é uma lição que a WWE nunca aprendeu, nunca em décadas e décadas de existência. Ao tratar os lutadores assim, quando estes decidem sair, a WWE não está só a castigá-los, está também a insultar e desvalorizar tudo o que fez por eles. Tudo. Todos os títulos, todo o tempo de antena, todo o investimento. E por isso, será muito mais difícil para os que vêm a seguir tornar um reinado com o título da WWE, ou o título Intercontinental, especial e algo digno de destaque na sua carreira. Afinal, se o tipo que teve o título antes consegue ser enxovalhado daquela maneira, então não é preciso muito para se ser campeão.

O contrato de Ambrose pode terminar só depois da WrestleMania, mas se o anúncio já foi feito, então está na hora dele fazer a vénia, receber os aplausos e deixar a cortina fechar. Obrigada a todos e até daqui a duas semanas!

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6 Comentários

  1. DheFan6 anos

    Excelente artigo , bom trabalho .

    Concordo com o que escreveste , especialmente uma frase que tive de fazer copy & past que foi a seguinte : “A WWE sempre foi muito boa a castigar os fãs que não marchavam ao som do tambor”.

    Ora para quem gosta de wrestling isto é preocupante pois estamos a falar de entidades que , como no caso do Ambrose , nunca foram vistos com bons olhos ou como uma prioridade para a companhia . Obviamente que não me esqueço do que este conseguiu conquistar na sua carreira na wwe , mas tal como disseste estas ocasiões tiveram lugar derivadas de outros lutadores cough cough Roman cough cough não terem estado uhh ” disponíveis ” para o efeito , sendo o Ambrose um daqueles que era chamado para fazer o serviço.

    E quando falamos do Ambrose , podemos falar nos seguintes meses de Bobby Roode , Finn Balor , Shinsuke Nakamura , Rusev , Sami Zayin e muitos mais que a wwe prefere manter em contrato com medo de uma longínqua competição de audiências com outras companhias de wrestling , do que , preferencialmente , expor estes lutadores pelo seu talento in -ring e fora deste mesmo.

    Caso não haja manobra de engodo por parte da wwe e do Ambrose , resta-me apenas aguardar que este assine por uma companhia que , saiba valorizar melhor as capacidades deste cavalheiro.

  2. Y2Jean6 anos

    Texto excepcional
    Imaginem se ao invés do ambrose, fosse rollins a trair o parceiro na noite em que se despediram do Roman e conquistaram o título de duplas? Hoje em dia não é fácil surpreender, no shield, rollins já traiu, todo mundo fica esperando que outro membro seja o traidor. Se Rollins repetisse o feito, poderia resgatar ambrose, e quem sabe essa rivalidade poderia fazer os dois perderem o Intercontinental title. Eles poderiam rivalizar até a Wrestlemania, numa busca pelo titulo universal, além de se vingar do lesnar (ambos foram derrotados por ele)

  3. Certamente fará falta

  4. Não era um dos melhores dentro do ring, mas era um deles com o mic. Espero que consiga mais reconhecimento ou na AEW ou qualquer outra, merece mais respeito e reconhecimento. Vlw Ambrose!

  5. Igor dos Reis Gomes da Silva6 anos

    Que texto maravilhoso!

  6. “A rivalidade dos dois tinha tudo, tudo o que era preciso para ser digna de um combate de destaque na WrestleMania. Tinha tudo para ser uma rivalidade da qual iríamos passar os próximos anos a falar, pelos bons motivos. A noite escolhida para o ataque, o talento inato de Ambrose e todo o seu carisma, mais o incrível talento de Rollins e da sua facilidade em portar-se como herói… Enfim, os ingredientes estavam lá todos, os cozinheiros é que não sabiam o que estavam a fazer. Uma rivalidade com um potencial épico desperdiçada e arruinada. Depois da seriedade da lesão com que teve de lidar, ter de voltar ao trabalho para isto, realmente coloca tudo em perspetiva. Mais uma vez, é difícil não compreender Ambrose”.

    Ora aqui está a principal razão pela qual me tornei num daqueles fãs que só vai ver o Royal Rumble e a WrestleMania, os chamados fãs casuais. A WWE é uma anedota e já o é há muitos anos, em todos os sentidos que se possam imaginar.

    Esta mais recente necessidade que a família McMahon tem de se associar à rivalidade Becky Lynch/Charlotte/Ronda Rousey é ridícula. E o argumento de que são elas (três mulheres que, cada uma à sua maneira, se tornaram estrelas com base no seu talento e dedicação) que precisam do star power deles para vender um possível main-event feminino na WrestleMania ofende a inteligência de qualquer ser humano com um QI mediano.

    Em relação ao Dean Ambrose, é simplesmente um dos maiores talentos que já passaram por aquela companhia. Os três membros dos Shield deviam estar no topo há mais de cinco anos, a companhia devia ter girado à volta deles – que por sua vez iriam depois elevar talentos que se estrearam mais tarde, como Kevin Owens, Rusev ou Sami Zayn, chegando também eles ao topo -, mas em vez disso vimos um Roman Reigns a ser completamente mal usado, um Seth Rollins que só agora irá atingir todo o seu potencial como herói porque o seu amigo está doente e, sobretudo, um Dean Ambrose absurdamente mal desperdiçado – como foi a geração de Dolph Ziggler, Cody Rhodes, Wade Barrett, The Miz e Damien Sandow..

    Gabo a paciência que vocês ainda têm para sofrer/vibrar com isto.