Hoje a WWE realiza mais uma edição do “Night of Champions” – a noite onde todos os títulos que a companhia apresenta no seu roster principal são defendidos. Ora, não é só o evento como um todo que se adivinha melhor que a edição de 2012 do Summerslam, é especialmente o combate pelo Título da WWE que se adivinha como sendo muito melhor. Não só na forma como foi construída, que foi obviamente melhor, como o combate em si promete muito mais do que a Triple Threat envolvendo Big Show.

Tal como constatei na edição do Opinião Feminina que fiz a rever o Summerslam, as minhas suspeitas confirmaram-se. Afinal, depois do evento foi fácil perceber o porquê da inclusão de Big Show no combate pelo Título da WWE e o porquê da WWE não ter preparado a rivalidade de John Cena e CM Punk para culminar, pela primeira vez nesta sua nova versão, no Summerslam. Resumindo, depois de ver o evento e de ver as grandes expectativas que a WWE tinha para a suposta reforma de Triple H e para o combate deste com Brock Lesnar, era apenas natural assumir que a WWE não quis jogar todos os seus trunfos de uma vez, para que estes também não se ofuscassem.

A WWE foi inteligente e bem-intencionado, mas não foi totalmente bem-sucedida com a tentativa. Depois do Summerslam, passamos assim ao que realmente interessa e a um combate realmente digno pelo Título da WWE. Como é natural, não digo digno em termos de qualidade, pois ao longo deste reinado já fomos brindados com excelentes combates e candidatos a combates do ano por este Título. Digo digno no sentido de finalmente ocorrer uma rivalidade que faz os fãs crer que a companhia inteira pára para ver.

Contudo, porque razão seria de outra forma? John Cena está envolvido nesta rivalidade e entrámos oficialmente numa época pouco importante no calendário da WWE. É tão pouco importante que costuma ser nesta altura que a WWE mais costuma arriscar no que toca a apostar em certos talentos ou a tomar certas decisões das quais não teria tanta certeza inicialmente. O que, já agora, significa que a contagem decrescente para o cash-in de Dolph Ziggler já começou, mas isso é assunto para outro artigo.

Agora sem distracções, sem Lendas a part-time ou John Cena a entreter-se com adversários sem importância, temos oportunidade para assistir à continuação do que começou o ano passado. Desta vez espera-se que tal decorra sem interrupções (Kevin Nash e Triple H), sem desculpas mirabolantes e ridículas (a mensagem que Kevin Nash enviou a si próprio) e com um fim decente (ao contrário do combate de Nash e CM Punk que, graças aos deuses, nunca chegou a acontecer), seja este quando for.

Opinião Feminina #95 – Full-Fledged Villainy

Depois do que se passou no histórico milésimo episódio da Raw, Jerry Lawler não se tornou apenas num dos alvos do campeão da WWE, mas também na mais recente ferramenta que a WWE utilizou para que CM Punk continuasse o seu caminho em direcção à vilania suprema.

Ver CM Punk, o campeão da WWE, a levar tão a sério as palavras dos comentadores eleva, de certa forma, o trabalho destes. Atribui-lhes importância, valor e mais uma razão para existir.. Afinal, mesmo que seja por despeito, não é todos os dias que os lutadores levam tão a peito as palavras dos comentadores. Especialmente os campeões. Seria de esperar que eles tivessem mais com que se preocupar.

Ora, Jerry Lawler é reconhecido pelos mais velhos como sendo um símbolo do passado do qual sentem nostalgia e pelos mais novos é visto como sendo aquele senhor simpático que conta meia dúzia de piadas e faz frente a Michael Cole. Embora a sua posição junto ao público não seja tão forte quanto Jim Ross, Jerry Lawler continua a ser respeitado por uma larga maioria dos fãs.

E, provando o que já venho a dizer há algum tempo, a verdade é que mesmo não sendo a melhor Lenda para ser usado para o cargo de ajudar CM Punk a tornar-se cada vez mais maléfico, ainda assim Punk conseguiu que tal esquema resultassse. É absolutamente inegável que no fim do combate de Steel Cage onde defrontou JerryLawler, Punk já era um vilão afirmado. Agredir uma Lenda com uma certa idade, depois de a ter vencido simplesmente por despeito é um acto malvado. Especialmente se tivermos em conta a forma como fugiu depois, quando John Cena apareceu. Nada do que Punk fez nesse combate ou depois do mesmo pode ser considerado uma atitude de face, muito menos de top face.

Para Punk, Lawler foi uma rivalidade paralela à rivalidade com Cena. Uma rivalidade usada para complementar e ajudar a construir aquilo que realmente interessa: o combate no Night of Champions. Não gostei especialmente que isso tivesse envolvido mais uma passagem de Lawler pelos ringues da WWE, por razões já aqui explicadas, mas foi um meio para chegar a um fim. E resultou, portanto não há muitas queixas que se possam fazer.

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Alguém que também é usado para complementar CM Punk, não contra si, mas a seu lado, é Paul Heyman. Não há muitos adjectivos que possa atribuir a Paul Heyman que, não só não tenham sido já usados por todos nós, mas que também lhe façam verdadeira justiça. A nível criativo, Paul Heyman é, nada mais, nada menos, que um génio. E mais do que isso, Paul Heyman é das personalidades mais carismáticas que alguma vez passou por esta indústria. Tudo o que diz, como diz, e tudo o que faz, seja qual for a forma como o faz, é uma ajuda brilhante para quem quer que seja o sortudo que for escolhido para estar a seu lado. Até as mais simples conversinhas – das quais não sabemos nada – feitas ao lado do ringue (como a imagem sugere acima) dizem tudo. Mais uma grande prova de que nem sempre é preciso complicar para chamar a atenção dos fãs.

Depois de mais uma magnífica promo, feita na Raw após o Summerslam, onde anunciou Brock Lesnar como sendo o novo Rei da WWE, fiquei curiosa para saber o que é que isto significava. Como é que isto conduziria Brock Lesnar à sua próxima rivalidade. Ora, meia-hora depois, numa das decisões mais ridículas das últimas semanas tomada pela WWE, ficámos a saber via redes sociais que Brock Lesnar tinha “abandonado” a WWE. Outra vez.

O ridículo até nem foi decidir que Brock Lesnar se ia embora de novo, isso até fazia sentido. O ridículo foi gastar meia hora de um episódio da Raw para dizer absolutamente nada. Fantástico é que mesmo sem dizer nada em concreto, a promo foi brilhante. Triste é que não tenha tido nenhum objectivo e o que era realmente importante foi dito em quinze segundos no Tout. E viva as redes sociais!

Quando tal se veio a saber, a minha preocupação por Brock Lesnar metamorfoseou-se em preocupação por Paul Heyman. Este senhor é demasiado valioso para se ir embora ou para não ser utilizado, especialmente quando há tanto talento na WWE que ele pode ajudar. Mal sabia eu que o feliz contemplado com a oportunidade de trabalhar com Paul Heyman seria CM Punk.

Não acredito que tenha sido a única a achar, inicialmente, que seria um desperdício juntar os dois talentos. Não me interpretem mal, afinal, acredito que ambos consigam fazer coisas excelentes e históricas juntos. Contudo, CM Punk não é propriamente a pessoa que tinha em mente para Paul Heyman ajudar. Afinal, carisma e mic skills são coisas que não faltam a CM Punk.

Contudo, CM Punk precisa de algo. CM Punk precisa de algo que o distinga da quase ascensão total à imortalidade que fez o ano passado. Algo que o distinga de todos os outros heels comuns e fracos que a WWE possua. Algo que faça os fãs crer que ele é diferente.

Em Montreal, neste último episódio da Raw, pela primeira vez em muito tempo, os fãs fizeram soar um famoso cântico que marcou a Attitude Era, o conhecido: “A**hole”. Muitos argumentos podem justificar o porquê do desaparecimento deste cântico e, certamente, a classificação da programação da WWE será dos mais usados. A questão é que não penso que o argumento que realmente justifique esta situação seja esse. Pessoalmente, acredito que os fãs o deixaram de o fazer porque em parte, não há ninguém que mereça esse tipo de atitude.

Tal como tenho estado a dizer, todos os malvados que a WWE possui e criou nos últimos anos têm sido retratados como cobardes, fracos, irrelevantes e vulgares. Repito o que tenho dito recentemente, não há ninguém que realmente mexa com os sentimentos dos fãs ao ponto destes os quererem vaiar até que a voz lhes doa. Já não se escapam impunes durante tempo suficiente para que as pessoas acreditem que estes são mesmo imparáveis. Há sempre algo ou alguém que acaba com o seu ímpeto muito antes deste ser relevante.

Não só CM Punk tem a oportunidade de ser isso mesmo, como a meu ver, precisa de ser isso mesmo para, não só se destacar dos heels dos últimos anos, como também para também manter o produto da WWE algo que as pessoas discutem e falam. Infelizmente, começo a acreditar que a WWE, ou já está a arruinar essa possibilidade por decisão própria, ou então não é isso que pretende de todo (mais à frente explica-se o porquê). Contudo, se for isso que a WWE realmente pretende, ninguém melhor, neste momento, que que Paul Heyman para o ajudar.

Paul Heyman pode ser a novidade. O elemento volátil que, não só ajuda CM Punk a distinguir-se do que fez o ano passado e a marcar uma nova ascensão, como obriga os fãs a manterem-se informados sobre o que está a passar. Ninguém sabe quais são os objectivos desta aliança, por isso é díficil estragar isto.  Tenho esperança que Paul Heyman não seja só a grande ajuda de CM Punk, mas também o símbolo de esperança dos fãs. A esperança de que desta vez a WWE não irá fraquejar. A esperança de que no fim de tudo, tenhamos mais uma grande e incontestável personalidade no mundo da WWE.

Opinião Feminina #95 – Full-Fledged Villainy

Ao longo destas últimas semanas, não foram só Jerry Lawler e Paul Heyman as únicas personalidades a terem algo a dizer sobre esta rivalidade. Não foram os únicos a ter um papel na sua construção e consolidação. Houve mais uma personalidade que ajudou CM Punk a entrar no Night of Champions como heel inquestionável. Estou a falar, como é óbvio, de Bret Hart e da sua interacção com o campeão e o principal candidato ao título no último episódio da Raw em Montreal, no Canadá.

Embora as promos em que este esteve envolvido tenham sido fortemente elogiadas, não fui uma enorme fã do trabalho de Bret, quanto a maioria dos fãs parece ter sido. Primeiro que tudo, devo dizer que o tratamento dos fãs que Hart recebeu em Montreal deu-me uma ideia. Mesmo sendo heel e mesmo tendo sido maldoso para com uma personalidade respeitada, CM Punk foi muito bem recebido em Chicago, ao contrário do que um grande heel deveria ser.

Ora, depois de ver documentários e ver entrevistas que diziam que mesmo quando era heel, Bret Hart era sempre recebido no Canadá como um herói, fiquei a pensar se não seria inovador – para os tempos de hoje, claro – se Chicago conseguisse fazer o mesmo com CM Punk.

Se Chicago conseguisse ser para CM Punk o que o Canadá era para Bret Hart nos dias de vilão, penso que o surgimento de uma nova dinâmica seria impossível de evitar, o que não só iria, mais uma vez, distinguir CM Punk de todos os outros da actualidade, como iria certamente proporcionar novas oportunidades para combates e rivalidades. Para CM Punk, ter um combate em Chicago teria muito mais importância e impacto do que teve até hoje, se no resto do mundo CM Punk estivesse sempre em aparente desvantagem. De momento, penso que seria algo interessante, mas lá está, é preciso primeiro ver se Chicago consegue fazê-lo. Seria certamente interessante de ver, pelo menos para mim.

De qualquer das formas, como estava a dizer, CM Punk mostrou mais uma vez que consegue levar o objectivo a bom porto, mesmo quando o seu parceiro para tal não é o melhor. É um dado adquirido que a promo que encerrou o último episódio da Raw foi brilhante, mas a promo que o abriu não foi assim tão boa. T

Talvez pelo nervosismo, talvez pelo simbolismo do sítio onde estava ou talvez por incapacidades sempre presentes, Bret Hart mostrou-se em clara desvantagem quando a discursar com CM Punk. Como é óbvio, no estatuto de Lenda em que se encontra e tendo em conta a importância da noite em questão, tudo isto são pormenores e picuinhices a que provavelmente ninguém presta atenção, mas a meu ver, ocorreu uma falta de fluidez essencial no trabalho de Bret que certamente não facilitou o trabalho de Punk ao fazer tudo soar genuíno.

Contudo, tal como já referi, isso ocorreu no início. No fim, Bret Hart teve apenas um papel mínimo – onde no qual também foi suportado por um grande talento no que toca a controlar o microfone – mas, mesmo assim aquém das expectativas.

Não tive problemas com o que Bret disse, mas sim a forma como preferiram terminar o episódio: com CM Punk a fugir de John Cena. Isto depois de levar um murro de uma Lenda reformada. Está certo, Bret Hart é uma Lenda e a sua presença em Montreal era extremamente simbólica. Ambos argumentos bastante usados por vários fãs para tentar justificar a forma cobarde como Punk fugiu. Contudo, a meu ver, esses são exactamente os argumentos contra, não a favor como todos insistem.

Referi acima que a WWE estava prestes a arruinar a noção de que CM Punk seria algo mais como heel e aqui está a prova. Havia melhor forma, segundo as circunstâncias, de tornar CM Punk alguém realmente odiado pelos canadianos do que atacar um dos seus heróis na sua noite de regresso? É certo que Punk não foi propriamente apoiado, muito pelo contrário, contudo Bret Hart é uma das Lendas mais acarinhadas. Qualquer acto contra ele iria despoletar a raiva da grande maioria dos fãs, não só dos canadianos.

Peço que não usem o “Montreal Screwjob” e o significado do local como desculpa para Bret não sair desvalorizado. Já fizeram DVDs, já deram entrevistas, até já houve um combate na Wrestlemania relacionado com o assunto, portanto não vale a pena usar um tema que está mais que morto e enterrado.

A verdade é que pela segunda vez em quatro semanas, CM Punk foge de John Cena e age como um cobarde. Isto não foi apenas uma ocasião e quando se está a construir um heel que supostamente não se quer que acabe por ser outro cliché, suponho que seja isso que se queira evitar.

Mesmo com a falta de fluidez de Bret e, principalmente, tendo em conta as sérias circunstâncias em que metade da Raw foi realizada, CM Punk e John Cena fizeram um trabalho absolutamente brilhante. Uma definitiva prova de profissionalismo e talento, se mais eram precisas.

Opinião Feminina #95 – Full-Fledged Villainy

Ora, senhores e senhoras, aqui temos o nosso main-event para o Night of Champions: CM Punk vs. John Cena, mais uma vez! Tal como o nosso campeão costuma dizer, a dinâmica deste duo é extremamente interessante e algo que a WWE podia explorar de mil e uma formas diferentes, caso assim quisesse. Em entrevistas, CM Punk já chegou a comparar a sua dinâmica com John Cena a Batman e ao Super-Homem. Certamente é uma comparação interessante, contudo nada fiel de momento. Para tal, CM Punk precisava de ainda apresentar uma réstia de bondade, o que como se pode constatar nas últimas semanas, não existe.

CM Punk é, oficialmente e sem qualquer dúvida, o campeão ofendido e despeitado à procura de respeito. E John Cena é… John Cena! O adversário ideal e também com algo para provar, visto há muito não obter uma vitória contra CM Punk. Se bem construída e desenvolvida, esta rivalidade bem pode durar até ao Royal Rumble, onde supostamente um dos dois terá que enfrentar The Rock pelo Título da WWE.

Como é óbvio, não estou a dizer que eles tenham que lutar todos os pay-per-views até ao Rumble, apenas acho que é algo possível de fazer se a WWE continuar a intercalar esta rivalidade com pequenas rivalidades paralelas, como tem feito com CM Punk até agora. Também não nos podemos esquecer o papel de Paul Heyman e que o seu desenvolvimento e construção pode dar muito pano para mangas. Além disso, tal como já disse, esta altura é das menos importantes no calendário da WWE, portanto também convém que tenham algo interessante para atrair os fãs. O facto de não existir Mala de Money in the Bank pelo Título da WWE também facilita a situação, deixando assim o caminho aberto para estes dois explorarem hipóteses sem grandes pressões. De qualquer forma, prefiro não ficar esperançosa neste aspecto, pois ultimamente WWE possui uma enorme dificuldade em construir as coisas a longo prazo, acertando muito raramente.

Independentemente dos argumentos que ambas as partes estão a usar – que têm sido extremamente credíveis, inteligentes e manipuladores, bem ao jeito da WWE – não estou a ver mais nenhum final aceitável para este combate que não seja com CM Punk como campeão. Isso não significa que deva vencer limpamente, nem de forma justa, mas certo é que CM Punk precisa de sair do Night of Champions com o Titulo da WWE nos seus braços.

Contudo, antes que questionem a minha coerência ao perguntar porque é que no pay-per-view faz sentido que CM Punk não vença de forma limpa, mas tê-lo a agir como cobarde perante Lendas não faz, eu passo a explicar. Quando as Lendas são usadas para complementar uma rivalidade actual, esperar que estas saiam por cima ou que saiam como os elementos mais fortes é ridículo. São Lendas, logo o estatuto já é intocável.

CM Punk, como heel, precisa de evitar cair no cliché ao ser o mais comum e banal batoteiro e cobarde, contudo ele nunca irá conseguir evitar tais trejeitos a 100%, portanto é necessário escolher os momentos em que tal acontece com cuidado e inteligência. Se se pretende que a rivalidade de CM Punk e John Cena continue, não se pode esperar que Cena perca de forma limpa e inquestionável no primeiro embate de ambos nesta nova rivalidade. Contudo, não convém que os fãs associem a imagem de fraco a CM Punk ao vê-lo a agir da mesma maneira quase todas as semanas.

Portanto, é preciso inteligência, lógica e saber o que se pretende para escolher o quando e o porquê destes momentos cruciais. Isto se a WWE não quiser tornar CM Punk apenas mais um heel típico, o que sinceramente, já tive mais dúvidas. De qualquer das formas, é CM Punk que está a atingir novos patamares, portanto é CM Punk que precisa de ficar com o título.

Outro pormenor extremamente importante é o que acontece depois do pay-per-view. Como é que Cena reage ao facto de não sair do pay-per-view com o Título. Cena precisa de reagir adequadamente e em par com aquilo que a WWE planear para o fim. O que Cena não pode fazer é desacreditar e descredibilizar tudo o que envolveu a construção deste combate ao aparecer na Raw com um sorriso na cara, como se nada tivesse acontecido – como aconteceu com The Rock.

Se depois do combate John Cena não agir como se o facto de não ganhar o título é importante, então não interessa que espécie de final mirabolante a WWE arranja para o combate, porque o mesmo não valerá nada. Tudo o que CM Punk fez durante estes onze meses passará a ser nulo, isto se John Cena não lhe der a importância devida depois do pay-per-view. Lembrem-se que não é só um campeão que fica mal visto, mas também um título. O título máximo da companhia, já agora.

Agora é altura do tudo ou nada: o campeão, CM Punk contra o main-eventer, John Cena! Se a WWE estraga isto, é CM Punk e o título da WWE que perdem, pois John Cena não tem mesmo nada a perder. Há anos que não tem.

Além do título, não nos podemos esquecer de Paul Heyman! Este acabou de ser mentor de um homem que obrigou uma Lenda a desistir, mesmo depois de ter gozado com a sua família. Se atingiu tal sucesso, porque razão iria Paul Heyman aliar-se a CM Punk se este não tiver o mesmo grau de importância, ou próximo disso?

Como de costume, as peças estão todas interligadas e basta uma falhar para este castelo de cartas vir por terra. Manter CM Punk como heel e como campeão irá aumentar o suspense sobre qual será o futuro da WWE e por consequente irá manter os fãs interessados nos desenvolvimentos que ocorrem na Raw e no que irá acontecer no próximo pay-per-view. Se isto falha, é um reinado de 300 dias que termina mal e uma grande estrela que fica novamente mais longe da imortalidade. Se a WWE quer CM Punk como uma das peças-chave da Wrestlemania 29, então é bom que não estrague isto. É uma questão de esperar para ver, não só o que acontece hoje no Night of Champions, mas amanhã e depois de amanhã. Por hoje é tudo, desejo um excelente Night of Champions a todos!

Opinião Feminina #95 – Full-Fledged Villainy

13 Comentários

  1. Tomás Canaveira12 anos

    Foi um bom artigo.Esta rivalidade vai dar para o torto é logico que o cena vai ganhar na sua cidade natal ainda mais a WWE até se deu ao trabalho de fazer uma camisola nova para estrear no night of champions mas do lado do punk está o heyman e ao lado do heyman está o brock lesnar essa é a parte que mete mais suspanse é que não sabemos ou pelo menos não temos a certeza de que o heyman faz uma das suas.Mas a WWE têm planos o mais certo é o Cena ganhar no NOC e perder no HIAC.Mas temos de esperar para ver.

  2. Excelente artigo.

    Não tenho muito a dizer,já disse algumas vezes que não faz sentido o CM Punk perder o Título da WWE neste momento,senão esta história fica estragada logo no início.

    Nunca fui daqueles que tem a certeza da existência de uma stable,mas caso isso se confirme eu não admirava que o Cena ganhasse hoje o título e o Punk recuperasse o ouro no Hell In A Cell devido a uma interferêncoa dessa tal stable,mas estou seguro de que o Punk saia de boston com o Título da WWE.

  3. Discordo de ti em alguns pontos. Dizes que o Cena não tem nada a perder e , na minha opinião, isso não é bem assim. Cena tem um estatuto completamente consolidado mas não significa que independentemente de vencer ou perder os fãs o olhem da mesma maneira. Não, há uma diferença entre perder e vencer. Prova disso é que em 2012, com algumas derrotas que o Cena teve, já não existe tanto essa história do SuperMan. Agora é o Sheamus que leva com esse adjectivo mas isso já é outra conversa.

    Portanto, para o Cena o combate no NOC é daqueles em que ele “precisa” ganhar. De referir que nos últimos dois confrontos em PPV que eles tiveram foi o Punk a sair por cima. Se o Punk vencer o Cena, ainda por cima em Boston, não serão demasiadas derrotas consecutivas para aquele que é suposto ser a cara da empresa?

    Outro ponto é a sugestão de uma vitória “não limpa” pela parte do Punk. Já vimos isso a acontecer tantas vezes… Esse tipo de comportamento funcionava muito bem com o Edge, por exemplo, mas , tal como tu, gostava de ver o Punk seguir por outros caminhos. Uma derrota do Punk faria com que a “demanda pelo respeito” atingisse niveis ainda mais elevados, dando outra intensidade à feud.

    Posto isto, e sem querer ser incoerente, acho injusto que o Punk perca o titulo pois tem feito um execelente trabalho. Mas quem disse que os heel’s não podem ser injustiçados? No SummerSlam vimos isso a acontecer com o Del Rio e vi muitos elogios a essa decisão. O fato de eventualmente o Punk perder o titulo hoje, algo que desejo mas não acredito, pode significar que ele tire beneficios disso a longo prazo.

    • “Uma derrota do Punk faria com que a “demanda pelo respeito” atingisse niveis ainda mais elevados, dando outra intensidade à feud.”
      Na minha opinião é exactamente o contrário porque o Punk ao ganhar e manter o titulo sob potenciais condições adversas aí é que o tal “RESPECT” que ele tanto pede faria mais sentido… e o titulo saia ainda mais credibilizado e honestamente se Cena perder com uma interferência de Paul Heyman o impacto da derrota era diferente do que perder limpo com um GTS algo que não vai acontecer além do mais ganhando com uma ajuda de um grande heel como é Heyman isso só faria de Punk um heel mais “grandioso” just my opinion.
      O Cena tem muito a perder sem dúvida mas acho que Punk ainda tem mais e por isso o melhor para todos era Punk ganhar com ajudas…

  4. Frederico,

    Admito que os teus ( e os da Salgado) são válidos mas considero essa apenas uma das maneiras de analisar esta questão. Pesando os prós e os contras, continuo a achar que a decisão que pode beneficiar mais a storyline será a vitória do Cena hoje. O que não quer dizer que no fim da feud não saia o Punk por cima, algo que eu defendo.

    Gostava , e penso ser essa a ideia da WWE, de ver esta rivalidade a estender-se até ao Royal Rumble. Até lá tens o NOC, o HIAC, o SS e o TLC, certo? Seguindo uma lógica de valorizar ambos os lutadores seria justo termos duas vitórias para cada lado ou não? Cena vencendo hoje dá tempo para ele ter um reinado decente e o Punk recuperar o titulo de modo a enfrentar o Rock no Royal Rumble.

    Em relação à história do Respect, se ele perder de uma maneira controversa teria ainda mais motivos para se sentir desrespeitado. Claro que o Cena não vai fazer batota mas uma situação como a do Sheamus e o Del Rio seria algo que se adequava bem.

    Como disse no meu comentário anterior, duvido que a WWE vá por este caminho que estou a sugerir. O mais certo é a vitória do Punk com a ajuda do Heyman. Um cenário, que apesar de não ser o meu preferido, não deixa de ter as suas virtudes. De qualquer maneira este NOC promete muito mais do que o SummerSlam.

    • Ah assim já te tou a perceber isso do Cena ganhar de uma forma controversa seria “perfeito” no proclamar de “RESPECT” por CM Punk isso concordo mas tou a gostar tanto do reinado de Punk que põr a hipótese de Cena ganhar irrita me xD não sei bem se me hei de chamar um “hater” do John Cena porque sei que ele até é bom mas a personagem fez me passar odiá lo… e refuto qualquer teoria que passe por Punk não sair campeão… por mim Punk era campeão na boa até ao combate com The Rock ou mesmo contra ele mantinha se campeão ou seja tinha um reinado de 500 e tal dias mas sei que não é isso que vai acontecer.

    • joao pedro12 anos

      Cena não tem nada a perder. Já conquistou tudo o que tinha para conquistar, agora tem de ser homenzinho e fazer tudo o que os outros de semelhante estatuto fazem, elevar outros.
      Falaste que nao faz sentido cena perder por combater na sua cidade? Cena é dos poucos que mesmo na sua cidade leva com reações mistas, e porque nao haveria ele de perder, se em 2006 ele foi a toronto vencer edge não so na sua cidade mas num tlc que é apenas o combate da sua especialização?
      Cena tem que se rebaixar a punk, como muitos outros se rebaixaram para que cena chegasse onde chegou.

  5. Tirando a parte que falou um pouco mal do maior da história, Bret Hart, concordo com tudo, creio que CM Punk será um heel diferenciado e acho que ele vai perder por DQ e continuará como campeão, e vai ficar se gabando por ter se mantido campeão na terra de John Cena até o Hell In A Cell.

    • Pantallica12 anos

      Mais um excelente artigo! Concordo contigo Vinicius. Tambem acho que o Cena ganhe por DQ porque como ja disse em outros artigos, isto faz com que Cena nao perca na sua terra e que Punk nao perde o titulo. Espero é que isto seja bem feito. Pois estes dois deram grandes combates, e partindo do principio que este sera um grande combate, um final fraco e estupido estragava tudo. Se no fim do combate fizesse um ataque brutal ao Cena com uma cadeira ou assim isso ia dar ao Best In The World um estatuto de heel elevadissimo na minha opiniao, pois teria “espancado” a cara da empresa na sua cidade natal independemente da derrota ou vitoria.

    • A Salgado não falou mal do Bret hart,simplesmente disse que ele não correspondeu às expectativas e que isso dificultou o trabalho do CM Punk na promo inicial,e eu concordo.

      • Eu sei, é força do hábito, é que eu tendo sempre a defender o Bret Hart… e acho que ele foi muito bem no segmento final, depois de tudo que aconteceu com Jerry Lawler e o caos que estava nos bastidores

  6. Eddie12 anos

    Ó timo artigo, eu tinha cesteza de que o Cena venceria até o Paul Reyman aparecer na Raw em Chicago, agora já estou um pouco em dúvida quanto ao resultado, CM Punk vem em um grande reinado em todos os aspectos(tanto em qualidade quanto em duração) por isso creio que o Cena vença, pois após o NOC teremos uma rematch no Heel in a Cell e no SS o Main Event será por equipes, restando assim só o TLC antes da volta do Rock, por mim o Punk reteria o cinturão até o TLC pelo menos se firmando como heel vencendo o Cena de forma duvidosa com a ajuda do Heyman. mais o fato é que a WWE precisa dar liberdade e tempo para o Punk e para o Heyman pois com isso esses dois homens vão fazer coisas épicas estando na ronda do cinturão ou não.