Hoje, 24 de março, completa um mês que não escrevia neste espaço. Também havia parado de acessar o Wrestling.PT. Medroso. Parei por temer o que os meus leitores iriam pensar de mim, após ter chegado aqui cheio de discursos e dizeres e logo cair na mesmice. Alguns nascem com o dom da escrita, outros, como eu, pensam apenas obter tal talento. Por muitas vezes, fiquei quebrando a cuca pela madrugada para surgir com algumas palavretas à mais para alcançar as 1000. Chegou um momento em que eu não conseguia mais. O hobby ficou passou a ser um fardo, ficou chato.
Tudo ficou chato. Já está chato ligar a televisão e ver jornalistas apenas falando sobre os protestos e de como tudo vai água abaixo. Já está chato ter que engolir tudo aquilo que a WWE nós manda goela abaixo. Já está chato esse bando de radicais à matar os outros por aí em nome da religião. Os mandantes de nossas mídias ainda mantém um pensamento arcaico, que vai de encontro a eterna esperança cultivada pela nova geração. Pobres jornalistas que não podem expressar as suas reais emoções, contudo, no meio deste caos que está o mundo, sou sortudo. Logo explico. No deleite de minha inexperiência não me vejo obrigado à nada.
Sendo sincero, nem vocês me obrigam a escrever mais. Apenas saibam hoje escrevo à vocês com prazer, coisa que talvez se repita – ou não. Porém, tenham certeza: sempre será melhor ler em um dia bom, em que eu esteja inspirado. Como podemos observar a TNA está mudando e junto dela o conceito Death of TNA se vai também. Não chorais, pois não há motivos para sentir saudades. Opinião TNA. Futuro.
A TNA abriu o seu ano de 2016 com um novo acordo televisivo no Pop. Até então já houveram mudanças significantes, tanto em sua estrutura como no seu balneário. Tais perdas servem de munição para aqueles que gostam de dizer quando a empresa fechará às suas portas. Pois bem, nem tente meu amigo. O que temos para agora são algumas certezas e muitas esperanças.
A TNA se renovou, e isto é um facto. 2016 entrou e a NJPW ainda falha em maximizar a sua popularidade. A Ring of Honor tentou se aprofundar no sports-entertainment e acabou por se perder no conceito. A WWE ainda brinca conosco como se fossemos idiotas, vomita-nos sempre as mesmas porcarias, tentam nos dar uma falsa esperança na “mudança” trazida por Shane McMahon, filho de Vince McMahon. Lucha Underground que me desculpe, mas eu preciso de mais. Hoje, no cenário do wrestling profissional, a TNA é a única que está à se importar com os seus fans.
Eles mudaram, e a mudança é um sinal de evolução. O nosso futuro não terá mais Kurt Angle, Bobby Roode e Eric Young. A empresa de Nashville reconstruiu o seu império com tijolos descartados. Vamos dar uma olhada naqueles que, ao que tudo indica, irão carregar a empresa nos próximos anos.
O Futuro da TNA
Mike Bennett e Maria Kanellis: No ínicio do ano um milagre realmente aconteceu, Dixie contratou um grande talento que, mesmo sendo críticado até pelo seu corte de cabelo, vem demonstrando consistência in-ring e boas qualidades ao microfone. Ingredientes estes que só acrescentam ao seu storytelling. Bennett é um personagem em construção, e um dos mais verdes dentre estes que buscam o seu lugar ao sol. Gosto do estilo do rapaz. Não foi daqueles que ficou perdido no meio do roster, disputando feuds aleatórias.
A sua feud com EC3 será violenta, e nos presenteará com bons segmentos até que se resolvam lá pelo Slammiversary. Pelo outro lado, fiquei por achar a personagem de Maria muito estranha. A sua fala parecia extremamente forçada e o seu in-ring work nunca foi bom. Esperava apenas uma valet, mas ela nos surpreende ao se dividir em duas e, ao mesmo tempo, tretar com Gail Kim. Sim, Maria se tornará Knockouts Champion. O casal Bennett foi uma grande contratação.
Lashley: Exemplos como este me fazem crer que se tu largares um Curtis Axel para os bookers da TNA eles conseguirão torna-lo credível em alguns episódios. Lashley sempre foi um cara grande e atendia aos requisitos da WWE. Com baixas mic-skills a TNA fez a escolha certa e colocou-o como um monstro indestrutível. Não me venham dizer que Lashley é um rip-off de Brock Lesnar, isso seria um sacrilégio.
Jeff Hardy irá falhar o seu combate contra Drew Galloway pelo TNA World Heavyweight Championship, dando espaço para Lashley feudar com o escocês. Se isso realmente se tornar realidade há aí um dos combates mais intensos que veremos nos six-sides. Achei o ataque de Lashley à Kurt Angle desnecessário por arruinar a despedida de um homem que esteve lá por quase uma decada. Contudo, agora vemos Lashley com novos olhos. Raquel deve ser adicionada ao seu lado.
Bram: Fiquei na dúvida se colocava Bram entre o futuro da TNA. Ainda não mostrou muita coisa, porém, penso eu, que ele será o substituto natural de Eric Young em termos de loucura. Sabe o que seria bom? Bram entrar em um combate pelo King of the Mountain e trair Eric com grande violência. Algo deste tipo já se vê pelas suas reações faciais à EY, quando este diz ser o “King of TNA”.
Drew Galloway: Kurt Angle passou pessoalmente a tocha para Drew Galloway antes de sair da TNA. Quando ele foi contratado em 2015 o destino já lhe reservava um reinado com o TNA World Heavyweight Championship. Há uma coisa que me desagrada em sua personagem. Lembram-se do reinado de Eric Young em 2014? Aquela história de ser um “fighting champion” nunca me caiu bem, é idiotice.
Por quê eu defenderia o meu título à todo momento se eu mesmo demorei meses para conquista-lo? No último episódio esperava presenciar um heel-turn, entretanto isso já não é mais possível, visto que Drew será o rosto da TNA pelos próximos meses. Um só homem que representa o maior erro da WWE e o maior acerto da TNA.
Bem pessoal, agora seria um momento de meter uma linda conclusão, porém estou sem inspiração. Saibam que este artigo foi feito com vontade, foi prazeroso escrever para vos. Gostaria de escrever outros artigos como este: um título, um texto, sem ter que seguir uma linha de raciocínio muito lógica. Deixemos rolar e ver o que acontece.
Até um próximo sopro de inspiração. Fui.
6 Comentários
Muito bom, senti falta do EC3 que acaba de se tornar um grande nome para ser o top babyface da TNA, mas em geral gostei muito…
de facto a TNA tem apresentado grandes shows, o que deixa satisfeito, pois sou um fa do produto, apesar das muitas perdas que tiveram souberam encontrar jovens á altura
Bom artigo tbm colocava EC3 na lista, sobre as percas a TNA fez 5 adições ao roster então vão substituir bem.
Bom artigo, este ano de 2016 que seja uma nova era na tna, a tna este Ano vem nos mostrar o que é bom wrestler o drew galloway foi uma das melhores coisas que a tna já fez pois o drew tem uns bons moves e tem uma a proximidade com o público bastante alta.
Excelente edição. Espero que o Galloway tenha um bom reinado, tomara que a X-Division seja consistente novamente e um pedido é que ainda quero ver James Storm como World Champion (já que ele ganhou mais por apenas uma semana)
Bom artigo, apenas discordo que “a TNA é a única que está à se importar com os seus fans”, concordo que esta melhorou ainda significativamente o seu produto em 2016, contudo, penso que neste momento, nada supera a Lucha Underground e a NJPW com as que têm o melhor produto, têm o seu estilo próprio e agradam a quem gosta de bom wrestling.
Acabo por concordar no caso da ROH, desde o final de 2015, que a qualidade do seu produto não tem sido a melhor, contudo não acho que seja sequer mau. Um dos grande feito da TNA em 2016, foi aproximar os fãs que lhe restava e colocar os bons lutadores do seu plantel a ter destaque, talvez por isso tenha, na minha opinião, conseguido aproximar-se da ROH.