Perguntas e Respostas #115

Edição 115 do Perguntas e Respostas e em formato especial, onde nos focamos na Total Nonstop Action e agradeço a todos as questões colocadas.

Decidi responder de forma mais directa a algumas das 10 perguntas seleccionadas para permitir algumas explicações mais aprofundadas. Assim ficam aqui as 10 Perguntas e Respostas desta edição.

1. Achas que o Bobby Roode pode voltar a ser TNA World Heavywheight Champion? Até quando achas que Lashley será campeão? (Rui Ribeiro; Rodrigomcb99)

Boa pergunta e sem dúvida que o Bobby Roode voltará a ser TNA World Heavyweight Champion. Dentro do balneário da TNA percebe-se que é um nome consensual quanto ao talento e carisma que possui e isso é evidentes nas diferentes Conference Calls que tenho participado. Junto dos fãs, Roode recolhe imensa simpatia, não só pelos reinado de 256 gloriosos dias com toda a história que levou a esse titulo, como pela história por detrás (a Bound For Glory Series, a derrota com o Angle, a separação dos Beer Money, a traição ao James Storm…). Além de ter sido um bilhante campeão, Roode remete-nos para uma era de wrestling que já não existe e digo isto no bom sentido. Ele é dos poucos hoje que consegue ter um timing perfeito, excelentes capacidades no ringue, ser muito bom nas promos e não desgastar os seus pontos fortes e spots sem significado. Roode tem hoje a capacidade de atrair a atenção dos fãs e ser capaz de contar uma boa história. Por isso, não só ele voltará a ser o rosto da TNA como acredito que sê-lo muito em breve (o próximo entenda-se) e se tiver que apostar diria que o Lashley irá perder o titulo no Bound For Glory.

2. Vendo a revitalização que a Divisão Tag está a levar, o que achas do regresso dos Generation Me (Young Bucks), mas com outra personagem? (JoãoRkNO)

As palavras-chave são “com outra personagem”. É óbvio que a TNA beneficiaria da vinda dos Generation Me, como há outras equipas no mercado actualmente, sejam os ReDragon, os Briscoe Brothers, os Hystars ou a dupla Johnny Gargano/Chuck Taylor (que há anos que ando aqui a defender), entre tantas outras. Se é verdade que a divisão de equipas da TNA está hoje melhor que há um ano, com a presença dos The Wolves, Hardy Boyz, Team 3D, BroMans e Bram/Magnus, a verdade é que é um estado positivo muito frágil e certamente sem qualquer sustentabilidade, pois Magnus e Bram e o Hardy Boyz não ficarão juntos por muito tempo e a Team 3D apenas regressou para a indução no TNA Hall of Fame. Provavelmente em Novembro, ficaremos reduzidos a apenas 2 ou 3 destas equipas. Não é segredo que o Davey Richards e o Eddie Edwards têm pressionado a TNA a fazer contratações para esta divisão e o Gen Me são um nome que os fãs da TNA reconhecem. O problema com os irmãos Buck é que eles têm que encontrar o seu nicho. Da capacidade atlética ninguém dúvida, mas durante o tempo que estiveram na TNA os GenMe sempre deram combates ao estilo high-fly, mas sem terem história, nem personagem a suportá-los. A última ideia que a TNA teve para eles foi juntá-los a Tara numa relação quase-romântica…algo que apenas foi posto em prática em 2 ou 3 episódios do Impact, pois a dupla abandonou a TNA pouco tempo depois. Assim e respondendo á questão sou o primeiro a querer ver o Matt e o Nick de volta à TNA, mas por favor peçam uma storyline e mudem de visual…

3. Achas que o regresso do Matt pode significar que os Hardy Boyz vão se juntar para concorrer para o titulo de Tag-Team? (MrW0lf)

Não. Ou melhor eles até podem concorrer ao titulo, até o podem ganhar (apesar de não concordar com isso), mas eles não vão ficar. O Jeff já deu a entender (até muito claramente) que está focado em desenvolver-se como lutador de singles. Ele está com bastantes ideias e quer encontrar uma forma the conjugar o personagem Willow com o The Charismatic Enigma. No caso do Matt, ele só deve estar preocupado em fazer mais algum dinheiro agora, até porque ele não aceitou o contrato com a ROH. Penso que o Matt ganha mais em trabalhar na TNA e no circuito independente sem compromissos, do que se vincular à TNA. E sejamos realistas, se o Jeff deu problemas no passado, o Matt é o problema e sempre o será. Eu nunca lhe daria um contrato numa organização. Mas para efeitos de nostalgia, é aproveitar enquanto os Boyz are back in town.

4. Sabendo que a TNA tem feito o British Bootcamp, acha que seria bom fazerem um Bootcamp nos EUA? (YO)

Essa é a beleza do conceito do TNA British Bootcamp. Podes ter uma versão produzida no Reino Unido e podes pegar nesse conceito e vendê-lo no Japão, na India, nos Estados Unidos, na Alemanha, no Brasil, em Portugal…é um programa de potencial global. A limitação é que a TNA tem um orçamento curto e a Challenge TV até hoje foi a única cadeia de televisão a aceitar co-produzir o programa. A menos que a TNA consiga vender a ideia nos Estados Unidos, o que é quase impossível, dificilmente teremos uma versão Americana do BBC.

5. Como é que achas que vão acabar as negociações entre a TNA e a Spike Tv? O que achas sobre a TNA talvez ir para foxsports, será uma boa opção sabendo que a fox é um dos maiores canais de desporto do EUA? (Slaters Gonna Slate; Ygor)

Recapitulando, de acordo com as fontes do TMZ, a Spike TV não iria renovar com a TNA, deixando iMPACT Wrestling sem acordo televisivo. Várias fontes com ligação directa ao caso contam que os executivos da Spike TV contactaram a presidente da TNA, Dixie Carter esta semana para dar a notícia. No dia seguinte, Carter informou as pessoas mais próximas de si numa reunião na sede da companhia em Nashville. Na semana passada, o pwinsider reportou o caso que já é chamado de Russogate (nome inspirado no famoso caso nos anos 70 Watergate, que levou à demissão do Presidente dos EUA Richard Nixon). Vince Russo que estava oficialmente afastado do wrestling e da TNA, enviou um email supostamente dirigido a Mike Tenay, onde constavam uma série de indicações de diálogo entre Mike e Tazz. O email acabou por ser enviado por engano para Mike Johnson, colaborador do site pwinsider e colega do Wrestling.pt nas TNA Conference Call. Johnson acabou por noticiar este email, levando Russo a assumir que estava a trabalhar com a TNA como consultor, mas apenas para ajudar na dinâmica dos comentários. Esta introdução é importante para perceber o desenrolar da história.

Ao que tudo indica as negociações entre a Spike TV e a TNA estariam bem encaminhadas no mês passado, mas não concluidas porque a TNA procura um aumento nos direitos televisivos. A Spike TV paga cerca de 65 mil dólares por hora de programação à TNA e a organização pretendia aumentar esse valor para os 100 mil dólares. O valor final acabaria for ficar sensivelmente entre os 75 e os 85 mil dólares. Os problemas vieram com a publicação da noticia sobre o envolvimento de Vince Russo com a TNA. Os executivos na Spike não gostaram de ver confirmado o regresso de Russo (que tem uma péssima reputação junto dos executivos da Spike TV), depois da TNA ter negado o envolvimento deste na organização. Na semana passada, a Spike TV reuniu-se com a TNA e decidiu manter a proposta original de 65 mil dólares, não aceitando negociar outros valores. Ao que tudo indica, os responsáveis da TNA não terão ficado contentes com a proposta, dando a entender que poderiam ter outras opções em mãos. Ambas interromperam as negociações.

Até à data a TNA está a tentar retomar as negociações com a Spike, enquanto procura chegar a acordo com a Fox Sports na esperança de verem o Impact wrestling a ser transmitido em horário conjunto com a UFC, no canal Fox Sports 1. A TNA firmou há uns meses uma parceria com a agência de talentos UTA para procurar um novo acordo televisivo. Até ao momento não há confirmações oficiais, mas Dixie Carter e o executivo da TNA Bob Ryder afirmaram via twitter que os rumores não são verdade e que as negociações estão a decorrer. A Viacom – o grupo de media que detém a Spike TV confirmou ao pwinsider que não comenta negociações em curso. O contrato actual da TNA com Spike dura até Outubro. A TNA está em Nova Iorque esta semana a gravar uma série de eventos entre os dias 5 e 7 de Agosto. Alguns executivos da Spike TV vão estar presentes para continuar as negociações para a renovação do contrato televisivo.

A TNA tem igualmente agendada várias reuniões com outros canais de televisão que estão bastante interessados no número de espectadores que o Impact Wrestling atrai todas as semanas (superior a um milhão). Porque razão iria a Spike TV abdicar da TNA que lhe oferece consistemente uma audiência semanal entre 1 milhão e 1 milhão e meio de espectadores a um custo de 130 mil dólares semanais (o que é bastante pouco, considerando que para se ter um programa secundário da WWE teria que se pagar números em torno do milhões de dólares e que a Bellator de certeza que está a receber mais por 1/3 da audiência do Impact Wrestling)? A TNA já cometeu muitos erros, mas a verdade é que mesmo nos piores tempos o número de pessoas a assistir nunca variou e continua a ser o programa mais visto do canal. Aliás, este número de pessoas que seguem a TNA é de tal forma interessante que hoje mesmo o Jim Ross apontava três caminhos: ou todos estes rumores são apenas uma forma da Spike TV não pagar o que a TNA pretende, ou a Spike TV avança para a compra da TNA (como fez com a Bellator) ou a TNA consegue negociar um novo contrato com outra cadeia de televisão que queira receber todas as semanas 1.5 milhões de olhos na sua programação. Parece-me que a renovação vai acabar por acontecer e todas as noticias são jogadas de bastidores de ambas as partes para conseguirem o melhor acordo possível.

6. Qual a sua opinião sobre Vince Russo? (Roberto “The Viper”)

Eu vou tentar pôr isto da forma mais simpática possível e começo por repetir aquilo que há uns dias comentei com o Daniel, claro que reconheço mérito Daniel, nem o acho culpado do destino da WCW, pois em última análise ele foi apenas mais um prego nesse caixão. Eu vejo o Vince desta forma…Ele de certeza que cresceu a ver algum wrestling e o que ficou na memória dele são aqueles momentos como o Hogan a vencer o Andre The Giant, o body slam do Luger ao Yokozuna, o Flair a passar o testemunho ao Sting no Clash of Champions, os combates com estipulação entre o Flair e o Ricky Steamboat, o Warrior a correr para o ringue, o Iron Sheik a ser apupado…acredito que em tempos ele terá sido fã de wrestling e que tem presente estes momentos e outros tantos. No entanto ele pensa que um show de wrestling é feito só destes momentos.

Ele não considera sequer que para que um combate entre o Sting e o Ric Flair tenha o significado que teve no final dos anos 80, é preciso construir o Sting como o jovem e promissor atleta, a estrela do futuro e o Flair como a super-vedeta e que esse combate termina num empate, sem interferências externas, porque o foco está no equilibrio de forças entre o melhor de hoje e o melhor de amanhã. O conceito de crash TV é penoso, mas é a lógica do Russo. Ele próprio o diz que não quer saber da história e de lógica, para ele não há bons, nem maus. Ele defende que uma pessoa que esteja a mudar de canal naquele momento e que tropece num segmento pensado por ele, vai ficar a ver. Ele esquece-se que o absurdo até pode atrair as pessoas num determinado momento, mas ninguém ficará para ver uma coisa que não tem lógica, nem continuidade.A minha questão como o Russo é esta, ele é excelente a inventar conceitos e ideias, mas se não tiver ninguém em cima dele capaz de filtrar e de organizar as ideias, ele vai construir um produto totalmente caótico, sem se preocupar com os fãs, sem pensar em construir novos atletas, sem criar histórias. Viver para o momento e viver para as audiências foi o principal erro da WWF, da WCW e nos últimos anos da TNA. Para mim, o wrestling não é uma cadeia de spots.

Apesar de aquilo que nós fãs recordamos são “flashes” de shows a que assistimos, para que esses segmentos tivessem significado houve uma construção que levou meses, algumas anos. Se o Russo não concorda com isto, ele nunca pode estar a comandar seja o que for pois vai levar o produto dele à ruina. O wrestling é uma indústria que é carregada por personagens, histórias e combates, além da ideia ingénua que pelo menos uma parte daquilo que vemos é verdade. Se despimos o wrestling de tudo isto, temos uma bizarria sem nexo. Eu concordo que o Russo é muito bom para criar novos personagens e utilizar muitos lutadores, porque o estilo de escrita dele permite encaixar muitos segmentos e combates num único episódio e certamente que parar para ver vai ficar curioso, porque há sempre coisas a acontecer. Mas ele não pensa em lógica, continuidade ou sustentabilidade. Ele escreve para o hoje e para a audiência de hoje.

Esse estilo leva a que tenha de estar sempre a inventar coisas novas e facilmente se cai no ridículo das más ideias e dos conceitos esgotados ou sem sequência. Por isso, para mim o Russo seria sempre um excelente treinador-adjunto e ainda hoje não me importava de ver algo em que ele estivesse a trabalhar, mas teria de ter um treinador principal que acolhesse e filtrasse as ideias dele.

7. O que achas do Bram, EC3 e Sanada, Achas que uns dos três poderá chegar ao main event da TNA? Quem achas mais talentoso? o que achas do Samuel Shaw? (Jardel Silva)

Na minha opinião tanto o Bram como o Sanada estão apenas a faltar construção. O Sanada é um excelente atleta, mas tem a limitação de não falar Inglês. Essa limitação nunca foi impeditiva de um wrestler não-Americano ter sucesso numa promoção Americana, mas é certamente um enorma obstáculo para que os fãs se interessem por ele. Felizmente, o James Storm tem vindo a assumir esse papel de suporte ao Sanada e se bem feito poderemos tê-lo a ganhar muito destaque. O Bram tem tudo para ser um main-eventer na TNA, mas falta-lhe a construção do personagem…são aquelas pequenas coisas, como os maneirismos, a música de entrada, as roupas, as “catchphrases”, a forma como ele interage com o público…isso não está limado e é esse o passo que falta para ele se aproximar do topo. O EC3 está num patamar muito diferente.

A forma como a TNA o construiu como sobrinho da Dixie Carter deu-lhe um lugar imediato no roster e um reconhecimento do público e o talento dele fez o resto. Não duvido que em breve vamos tê-lo a disputar o titulo mundial e penso que ele dará um excelente campeão. Ele é muito astuto nas suas promos. Quanto ao Shaw continuo a defender que é absolutamente brilhante a forma como ele se transformou neste personagem algo macabro e é um daqueles nomes que se estivesse a desenvolver a sua história numa organização com uma exposição televisiva muito maior que a TNA, já teria muito seguidores por esta altura. Recomendo que revejas alguns dos segmentos dele no Youtube (visita o canal da TNA).

8. Gostaria que AJ Styles voltasse?

Neste momento não. Não vejo de que forma é que ele poderia ser útil à TNA neste momento, quando existem já demasiados candidatos ao titulo mundial e quando as horas que a TNA de televisão por semana são tão curtas para desenvolver todas as storylines, personagens e combates. Certamente que no futuro o AJ será um TNA Hall of Famer e quero-o a terminar a carreira na TNA e talvez para o ano, confirmando-se a saída do Kurt Angle e as saídas graduais dos “intrusos” da ECW (Rhino, Devon, Dreamer…) o AJ possa ter uma função em que valha a pena o trazer. Para já estou a gostar bastante do trabalho dele na NJPW e desejo-lhe as maiores felicidades.

9. Algumas Perguntas: Quais os shows da TNA e quando são transmitidos;  qual a regularidade dos Pay per views e quando é o proximo; quais os melhores lutadores e melhores feuds; o que é a X Division? (Hell-no or yes)

Vou ser muito direto a responder às questões, mas antes de as endereçar lembro que a TNA não é uma alternativa a nada. Continuo a ser surpreendido por uma certa mentalidade que abunda neste mundo do wrestling em que para se ver um show da organização A é porque a organiação B não presta, não está bem ou não quero ver mais. Será que na vida eu só posso gostar de 1 banda? de 1 filme? de 1 série? de 1 jogo? de 1 marca de carros? Como fã de wrestling, tanto posso assistir à TNA sem que isso me impeça de disfrutar do que se faz na WWE, na ROH, na NJPW, na AAA ou seja lá onde for. Deixem-se de comparações e disfrutem. Em relação ás perguntas que servem de introdução para quem quer começar a ver com regularidade a TNA, o Wrestling.pt transmite todas as Quintas-feiras às 02h em Portugal e 22h no Brasil o Impact Wrestling.

Existem 4 grandes PPVs mensais na TNA – Lockdown (em Março), Sacrifice (em Abril), Slammiversary (em Junho) e o maior PPV do ano que é o Bound For Glory que este ano será transmitido dia 12 de Outubro. Nos meses em que não existem estes PPVS (por isso Janeiro, Fevereiro, Maio, Julho, Agosto, Setembro, Novembro e Dezembro) a TNA transmite na primeira Sexta-feira de cada mês um PPV especial (gravado com alguns meses de antecedência) chamado TNA One Night Only e que são eventos únicos, sem influências nas histórias actuais. Todos os PPVs são transmitidos no Wrestling.pt às 01h de Portugal e 21h no Brasil. Relembro que vamos ter o Bound For Glory no dia 12 de Outubro. Quantos aos melhores lutadores isso é muito relativo, mas há nomes que podes conhecer melhor como o Jeff Hardy, Kurt Angle, Mr. Anderson, Bully Ray, Devon ou actual campeão mundial o Bobby Lashley e há nomes que já podes ter ouvido como o Samoa Joe, Bobby Roode, Austin Aries, Eric Young, EC3, Abyss ou os The Wolves Eddie Edwards e Stevie Richards.

A divisão feminina é excelente com a campeã Gail Kim e outras caras como Velvet Sky, Angelina Love ou a Taryn Terrell. Quanto a feuds temos em curso uma luta a três na divisão de tag-team com os The Wolves actuais campeões a defenderem os titulos contra os Hardy Boys (Jeff e Matt Hardy) e a Team 3D (Bully Ray e Devon). Bobby Lashley o campeão mundial está em rota de colisão com Bobby Roode e Lashley tem do seu lado MVP e Kenny King. Samuel Shaw é um lutador que andou em feud com Mr. Anderson e acabou internado num hospicio. Gunner salvou Shaw e está a tentar integrá-lo no roster, mas Anderson está desconfiado de Shaw…Bram e Magnus são uma dupla britânica que passaram para o “lado negro” e têm usado a violência para ganhar os seus combates a qualquer custo e neste momento é Abyss a tentar travá-los, por vezes com a ajuda de Eric Young. No Impacto! que escrevo todas as Quinta-feiras podes ler algumas edições passadas que falam nas storylines da TNA. Perguntaste o que era a X Division, bem é um titulo secundário na TNA, onde estão os lutadores mais associados a um estilo de combate high-fly. No fundo é uma divisão inspirada nos cruiserweights da WCW, mas que não têm limite de peso, aliás o lema é “it’s not about weight limits, it’s about no limits”.

Por isso, sempre que vires um combate para esta divisão espera muitas manobras acrobáticas e de grande impacto. O campeão actual é Samoa Joe. Espero que estas respostas sirvam de introdução e vai acompanhando, coloca as tuas questões nos comentários dos shows, no Impacto! ou pergunta diretamente no chat durante a transmissão de um evento da TNA. Estamos cá para ajudar.

10. Gostavas de ver o Del Rio no Impact? (Ricardo Silva)

O único argumento a favor é aquele que foi colocado pelo Francisco e estou mais a “fiar-me” na opinião dele que muito respeito, quando ele afirmou que o Del Rio poderia ser um nome reconhecido pelo público latino, num roster que actualmente não tem nenhuma cara que apele a esse mercado. Percebo este argumento e faz sentido. No entanto, se esquecer essa manobra de marketing, penso que a contratação de um nome como o Alberto Del Rio só vem prejudicar a TNA pela fórmula que tantas vezes foi repetida e fracassou. A TNA nunca conseguirá estabelecer a marca se insistir em contratat nomes fortemente associados a outras organizações, sobretudo quando esses atletas não vêm para ajudar a promover os talentos mais novos ou “da casa”, mas sim como a promessa de serem as novas caras da organização.

Penso que a vinda de nomes de lutadores já estabelecidos da WWE prejudica mais a TNA e a história mostra que os beneficios de marketing são quase nulos, basta ver o pouco crescimento que a TNA tem tido nos últimos ano, mesmo quando seguia fortemente uma politica de oferecer contratos a qualquer talento que estivesse de saída da WWE. Se Hulk Hogan é para muitos um nome maior na indústria, este esteve três anos na TNA e a TNA ganhou com isso? Dificilmente. Será Del Rio a fazer a diferença? Certamente que não. Preferia outra estratégia de conquista desse apaixonado mercado sul-Americano.

Na próxima semana será a Salgado a responder às vossas questões. Da minha parte até ao próximo Impacto!