Perguntas e Respostas #207

E chegou a vez dele! Com um Top Ten a batalhar com a assiduidade, com o tempo a não pender muito a ajuda para o meu lado, arranjo sempre tempo para responder às vossas questões. Porque vocês perguntaram-me directamente, dirigindo-se a mim por nome, e com o propósito de saber o que penso em relação a determinado assunto. E tal deixa-me lisonjeado. Um pouco preocupado também. Mas toca a esclarecer:

Chris, visto que quando responder já vai ter rolado o Battleground e as primeiras edições de Raw e SmackDown Live pós Draft?
Você gostou dos resultados do Battleground ? E o que achou das primeiras edições de Raw e SmackDown Live? (Kelvin)

Não tenho grandes razões de queixa em relação ao Battleground. Não tenho sequer. Talvez tire alguns pontos ao “no contest” entre Miz e Darren Young, algo anti-climático e que, por norma, deixa a rivalidade em aberto mesmo que já tenham partido para brands separadas. Surpreendido pela vitória do Ambrose, confesso, mas muito agradado. Quanto às primeiras edições do Raw e SmackDown de cara lavada, também tenho a dizer que estou agradadíssimo. Afinal conseguem fazer shows de qualidade nesta “nova Era”. Até pode ser só aquele arranque inicial para nos prender a atenção e começar a desleixar depois, mas só provam que, querendo, sabem fazer coisas em condições. E essa conversa da “New Era” costuma bem ser conversa de chacha, mas desta vez há mesma essa sensação e esse clima no ar. Muito boas edições das brands separadas e mais surpresas positivas nos resultados – Ziggler! Vejamos o que vem daqui para a frente!

Acha que se separarem os New Day, qual deles pode ser bem aproveitado? Acha que o Big E pode ser main eventer? (Anónimo)

Se souberem fazer as coisas bem, todos. Até o Kofi, uma brilhante passagem nos New Day pode ser o ideal para o ter reconstruído para deixar de ser o midcarder base dos incontáveis reinados de transição. Mas não creio que construam algum como potencial main eventer fixo, nem mesmo o Big E e mesmo que eu acredite que já tenham tido essa ideia inicialmente. Pode ser menino de fazer lá uma visita, uma shot ao título mas sem nunca se estabelecer lá.

Chris, quais os lutadores que, na tua opinião, foram draftados para a brand errada? (Stream)

Como isto é novo outra vez, ainda não posso associar Superstars a cores para achar que Fulano devia estar aqui e Sicrano ali. Há uma boa distribuição de star power, o que é bom. Mas pronto, tenho por onde pegar para responder à tua pergunta: se uma divisão Cruiserweight vai voltar e no Raw, porque foi o Kalisto para o SmackDown? Não se aproveitava bem ali? É que até o rapaz deve ter ficado tão confuso que nem atinou com uma promo! (Também agradecia não ter que levar com o Braun Strowman a solo no Raw, mas pronto, bola para a frente!)

Achas melhor cada brand ter seu título (World, Tag Team, Woman) ou o Campeão transitar entre as duas? E sobre a Cruiserweight Division, será que a WWE aprendeu com o passado e não vai tratar essa divisão como uma piada ou com o tempo vai ser esquecida de novo? (Drew)

As divisões de equipas e femininas ainda só têm um cinto. Já têm por onde pegar para fundar novos cintos, pelo menos em número, mais que em construção e credibilidade (os Ascension são dos que fazem lá número!). Mas têm. E já andam a mandar umas bocas a sugerir que talvez venham a trabalhar nisso, o que é bem-vindo. Por mim, pelo menos. Gosto da exclusividade das coisas e da separação total. Aquela sensação de mundos completamente separados que existia ali entre 2004 e 2006, como eu gostava.
Quanto à divisão Cruiserweight, não têm como levar isso como uma piada agora. Acordaram para essa categoria. O tratamento e destaque para o Cruiserweight Classic só me diz que isto é para ser levado a sério, muito mais que o que já tenha sido noutros melhores tempos!

Em que brand achas que o Cesaro devia ter ficado? (Rui Ribeiro)

Ele deu-nos aquela entrevista em que disse que preferia ter ficado no SmackDown. Os seus argumentos são persuasivos e deixam-nos a pensar que realmente era melhor ele ter ficado no SmackDown. Mas como lhe deixaram/indicaram dizer aquilo que disse, suponho que seja com alguma ideia e que isso sirva para alguma história que estejam a planear para ele. No Raw. Espero bem que assim seja, que não fosse só um bitaite e que não fosse mais retomado. Quero-o no Raw por isso, pelo aparente propósito. Mas, no geral, o gajo dá espectáculo entre cordas de qualquer cor!

Chris, achas que agora que o AJ Styles ficou no SmackDown e o Luke Gallows e o Karl Anderson no Raw, assim como o Finn Bálor, será que o Club vai ter continuidade com o Bálor como líder, passando a “Bálor Club”? (ReiSupremo)

Claro que a possibilidade está encima da mesa agora. Mas não sei se os juntaram já com essa intenção imediata ou se têm ideia de fazer isso já muito brevemente. Ambos têm os seus objectivos distintos e Bálor está muito over como Face. O que realmente os ligaria seria a caça aos títulos de ambos que, no caso de conquista, formaria um grupo dominante e completamente repleto de Campeões. Para já, vejo com bons olhos o Finn Bálor a orientar-se sozinho.

Porque a Summer Rae não é relevante para a WWE? (kevin)

Porque… Não é. O público não a recebe com grande calor ou frio e ela, em ringue e ao microfone, é meramente competente sem ser algo de destaque. Fica como uma daquelas que “está lá” para quando for preciso qualquer coisa. Essas também fazem falta!

Na sua opinião, qual o melhor wrestler da história? E qual o melhor da atualidade? E por que o são? (Raw Is Rollins)

Ah, a pergunta de cabeçário! Mas pronto, é de opinião pessoal, siga! O melhor wrestler da história é Shawn Michaels e o melhor da actualidade é Seth Rollins. O porquê até é bem semelhante, são Superstars muito completos que já carregam um selo de qualidade anexado ao nome. Demasiada coisa boa com Shawn Michaels para um gajo se lembrar de tudo de uma vez – mesmo para chatear porque diz que o gajo era um otário de primeira lá dentro – e Rollins, com um legado ainda em construção, para lá vai indo – só se consta que ele seja bom rapaz, ao contrário do Hall of Famer. HBK fica como aquele que mais gostei de ver sempre e Rollins o que mais aguardo ver actualmente – bem acompanhado por outros, sem ter que os enumerar a todos, está bem constituída a coisa. Justificações simples.

De 0 a 10, qual é a chance de Orton vencer Lesnar?
Chris Jericho seria o adversário ideal para Darren Young caso ele vença o IC Title?
Como fica a feud entre New Day e os Wyatts após o draft?
Quais serão os primeiros passos de Finn Bálor no main roster?
Como ficará a disputa pelos títulos após o draft? (Y2Jean)

– Não sou lá grande coisa com números. Tecnicamente é um 0 porque quem raio vai ganhar ao Lesnar agora? Sobe para 1 ou 2 por andar a fazer asneiras com substâncias, na UFC. Em história, será por aí um 7, tem que se vender Orton como alguém capaz de se aguentar, mesmo com Lesnar a manter-se como a Besta imparável.
– Darren Young não venceu mas, se tivesse levado o título para o Raw, onde Jericho se encontra, e tendo ele agora o seu posto de “enhancement” entre os talentos, era uma opção legítima para rivalizar pelo título do qual ele tem o recorde de posse. Se seria o ideal mesmo, não sei.
– Acabada. Os próprios Wyatts se separaram e, pelo menos os New Day, já têm amigos novos com que se entreter – The Club.
– Passos grandes. Num main event do SummerSlam a lutar pelo novo título Mundial/Universal do Raw.
– Separada e exclusiva a cada brand, ficando divisões como a de Tag Team e feminina ainda por ver.
Dado os timings dos acontecimentos… Seriam mesmo todas estas perguntas para mim? É que quase só relatei acontecimentos!

Com a separação do Strowman da Wyatt Family achas que a Wyatt Family deveria receber mais um membro? (Kick_Ass)

Ainda têm o Luke Harper a recuperar de lesão. Portanto não há necessidade de acrescentar malta nova quando têm realmente mais um ainda por vir. E que, não é por nada, mas é o melhor deles todos. Curiosamente aquele que melhor desempenharia um push a solo. Mas se não dá, então que dê lá umas ajudinhas aos seus “irmãos” de barbas longas e pouco asseio.

Chris, com o Raw tendo a Campeã feminina no seu programa, como você acha que fica o SmackDown? Achas que teremos um novo título ou as lutadoras da brand azul ficarão apenas em storylines? (Jerry Tyler)

Durante muito tempo o SmackDown tinha uma divisão feminina sem título. Era mais pobre que a do Raw e bem mais pobre que a de agora. Não sei se optarão por esse método actualmente. Gostava que mantivessem as exclusividades dentro das brands e que evitassem os saltos para fora para competir pelo título mas, com lutadoras fortes como Becky Lynch e Natalya e sangue novo como Alexa Bliss e Carmella, convém dar-lhes um propósito. Mas o próprio título do Raw é novo, nem sei que nome se deveria dar a mais um. Vejo mais facilidade em acrescentar um título de Tag Teams. Para já, até deixava ficar assim, mesmo que deixasse competidoras como a Becky Lynch “a seco”. Nem que ambicionassem serem transferidas para o Raw para lutar pelo título. Mas veremos como isto se porta, ainda só houve uma semana disto!

Chris, como achas que vão ser as rivalidades “interbrands” pelo WHC levando em conta que os superastros da RAW não pertencem ao SD e vice-versa? (Caio)

Resolvido, há mais um título. Mas respondia-te com a mesma opção ainda antes de se instalar o novo cinto. Rivalidades “interbrands” não deviam ser pelo título, deviam ser pela brand mesmo ou um motivo pessoal muito forte. E muito raras, para ter mais significado e impacto.

Chris, você acha que a WWE pode criar uma stable com Nakamura, Hideo Itami, Kota Ibushi e Asuka? (HHH)

Não vejo necessidade de colocar tudo no mesmo “lote” só por partilharem nacionalidade, até me parece um pouco separatista. Mas se acho que eles podiam fazer isso? Por acaso até acho. Não acho que o vão fazer mas acho que o pudessem fazer, não está fora do livro deles. E ainda cabia o Tajiri a liderar e a mandar em tudo!

O que você acha de, futuramente, os The Authors of Pain se juntar ao Samoa Joe e formarem uma stable? (HHH)

Nada que alguma vez me tenha passado pela cabeça, nunca fiz a associação. Nem vejo a acontecer nem vejo razões para isso. Samoa Joe está muito bem como um “lone wolf” – desculpa, Corbin – e aos Authors of Pain basta-lhes o grande Paul Ellering como orientação. São dois casos de estrelas a quem não lhes vejo associações a alguém a fazer muito sentido, por agora.

E espero que tenha dito o suficiente, que tudo tenha sido compreendido, que tudo tenha ficado esclarecido. Agora toca a rematar mais questões, que isso a vocês nunca falta, ao joaop. Ele também gosta da brincadeira. Da minha parte, ficam os meus cumprimentos e até à próxima!